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Cristo em PROFESSOR + COMENTÁRIOS Filipenses e DE ELLEN G. WHITE JAN FEV I MAR Colossenses 2026 Exemplar Avulso: R$ 33,50. Assinatura Anual: R$ 111,10 LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA ADULTOS GUIA DE ESTUDO DA BÍBLIAQUIZ! Eu estudo minha lição Participe do Quiz da Lição da Escola Sabatina. Aponte a câmera do seu celular para QR Code. ANO BÍBLICO DEZEMBRO 15 Gênesis 47 7 Levítico 17-19 2 Deuteronômio 18-20 16 48-50 8 Levítico 20-22 3 Deuteronômio 21-23 27 Apocalipse 15-17 17 9 Levítico 23-25 4 Deuteronômio 24,25 28 Apocalipse 18, 19 18 Gênesis Êxodo 9-11 37, 30, 5-8 32, 28, 14, 1-4 16, 12, 46, Êxodo 10 Levítico 26, 27 5 Deuteronômio 26-28 29 Apocalipse 20-22 19 Êxodo 11 Números 1-3 6 Deuteronômio 29-31 30 Repassar 0 Novo 20 Êxodo 13 12 Números 4-6 7 Deuteronômio 32-34 Testamento 21 Êxodo 15 13 Números 7,8 8 Josué 1-4 31 Vista geral de toda 22 Êxodo 17 14 Números 9-11 9 Josué 5-8 a Bíblia 23 18-20 15 Números 12-14 10 Josué 9-13 24 21-23 16 Números 15, 16 11 Josué 14-17 JANEIRO 25 24-27 17 Números 17-19 12 Josué 18-21 MKT CPB Adobe Stock 26 29 18 Números 20, 21 13 Josué 22-24 Gênesis 1-3 27 31 19 Números 22-24 14 Juízes 1-3 2 Gênesis 4-7 28 33 20 Números 25-27 15 Juízes 4,5 3 Gênesis 8-11 29 34-36 21 Números 28-30 16 Juízes 6-8 4 Gênesis 12-15 30 38 22 Números 31, 32 17 Juízes 9, 10 5 Gênesis 16-19 31 39, 40 23 Números 33, 34 18 Juízes 11, 12 6 Gênesis 20-22 24 Números 35, 36 19 Juízes 13-16 7 Gênesis 23-25 8 Gênesis 26, 27 FEVEREIRO 25 Deuteronômio 1-3 20 Juízes 17-19 26 Deuteronômio 4-7 21 Juízes 20, 21 9 Gênesis 28-30 Levítico 1-4 27 Deuteronômio 8-10 22 Rute 10 Gênesis 31-33 2 Levítico 5-7 28 Deuteronômio 11-13 23 1 Samuel 1-3 11 Gênesis 34-36 3 Levítico 8-10 24 1 Samuel 4-6 12 Gênesis 37-39 4 Levítico 11, 12 13 Gênesis 40-42 5 Levítico 13, 14 MARÇO 25 1 Samuel 7-10 26 1 Samuel 11-13 14 Gênesis 43-45 6 Levítico 15, 16 Deuteronômio 14-17 27 1 Samuel 14-16 MEU COMPROMISSO PELA GRAÇA DE DEUS: Estudarei minha Lição da Escola Sabatina todos os dias. Participarei ativamente da minha Unidade de Ação e do Pequeno Grupo. Compartilharei estudos bíblicos. ASSINATURACristo em Filipenses PROFESSOR JAN FEV MAR e Colossenses 2026 LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA ADULTOS PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL 523 ISSN 1414-364X A Lição da Escola Sabatina dos Adultos é ÍNDICE preparada pelo Departamento da Escola Sabatina 1. Perseguidos, mas não abandonados 8 e Ministério Pessoal da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. 2. Razões para ação de graças e oração 19 3. Vida e morte 30 20% das ofertas de cada sábado são dedicados aos projetos missionários ao redor 4. Unidade por meio da humildade 41 do mundo, incluindo os projetos especiais da 5. Brilhando como estrelas na noite 52 Escola Sabatina. 6. Confiança somente em Cristo 63 A Casa Publicadora Brasileira é a editora 7. Cidadania celestial 74 oficialmente autorizada a traduzir, publicar e distribuir, com exclusividade, em língua 8. A supremacia de Cristo 85 portuguesa, a Lição da Escola Sabatina, para todas 9. Reconciliação e esperança 96 as faixas etárias, sendo proibida a sua edição, alteração, modificação, adaptação, tradução, 10. Completos em Cristo 107 reprodução ou publicação, de forma total ou 11. Viver com Cristo 118 parcial, por qualquer pessoa ou entidade, sem a 12. Convivendo com os outros 129 prévia e expressa autorização por escrito de seus legítimos proprietários e titulares. 13. Permanecendo na vontade de Deus 140 LIÇÃO DA ESCOLA SABATINA E-mail: sac@cpb.com.br Copyright © da edição internacional: AUTOR: Moskala Visite nosso site para obter comentário adicional General Conference of Seventh-day AUTOR DO AUXILIAR DO PROFESSOR: Adenilton Tavares sobre esta lição: www.cpb.com.br Adventists, Silver Spring, EUA. de Aguiar, professor de teologia do UNASP-EC E-mail: andre.oliveira@cpb.com.br Direitos internacionais reservados. TRADUTORES: Matheus Cardoso e Camilla Seixas Twitter: @LEScpb EDITORES: André Oliveira Santos, Fernando Dias de Direitos de tradução e publicação Souza e Lucas Diemer de Lemos Exemplar Avulso: $ 18,50 em língua portuguesa reservados à REVISORAS: Rosemara Santos, Esther Fernandes e Assinatura Anual: Adriana Teixeira 5492 50463 16PX23 100158 CASA PUBLICADORA BRASILEIRA EDITOR DE ARTE: Thiago Lobo Exemplar Avulso Espiral: Rodovia SP km 106 PROJETO GRÁFICO E CAPA: Eduardo Olszewski Assinatura Anual Espiral: R$ 76,40 Caixa Postal SP 12325/51422 PROGRAMAÇÃO VISUAL: Fábio Fernandes Lição Coment. EGW Avulso: Telefone: (15) 3205-8800 ILUSTRAÇÃO DE CAPA: Thiago Lobo Lição Coment. EGW - Ass. Anual: R$ Site: cpb.com.br ILUSTRAÇÕES INTERNAS: Jairo Ostemberg 13689/51421 PRESIDENTE: Uilson Garcia Serviço de Atendimento ao Cliente: A Lição da Escola Sabatina DIRETOR FINANCEIRO: Diego Lottermann Segunda a quinta, das 8h às 20h constitui marca registrada GERENTE EDITORIAL: Wellington Barbosa Sexta, das 8h às 15h45 perante Instituto Nacional GERENTE DE PRODUÇÃO: Reisner Martins Domingo, das 8h30 às 14h da Propriedade Industrial. GERENTE COMERCIAL: Filipe Corrêa de Lima Telefone: (15) 3205-8888 WhatsApp: (15) 98100-5073 Ligação gratuita: 0800 9790606 Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios, sejam impressos, eletrônicos, fotográficos ou sonoros, entre outros, sem prévia autorização por escrito da editora. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DIREITOS REPROGRÁFICOS Esta lição pertence a: Igreja: Fone:comece devocional 20 com Deus HOJE. sua jornada 26 DEVOCIONAIS alegria ELLEN WHITE SUAS ASAS PROTAGO NISTAS RECOMECE DEUS DEVOCIONAL Quando kids tudo BRAGA A um A cada Deus. E-commerce Call Center CPB Livraria CPB.COM.BR 0800-9790606 Acesse e confira Baixe A 15 98100-5073 a livraria mais próxima Aplicativo pra toda a vidaEstudo da e ESCOLA SABATINA VIVA Escola Sabatina A Escola Sabatina Viva é a estrutura eficaz para o cuidado e a mobilização dos mem- Missão Viva. bros no cumprimento da missão local e mundial da Igreja. As Unidades de Ação da Escola Saba- tina Viva são como "mini-igrejas", e os professo- res são como pastores e líderes missionários desse pequeno rebanho. Na Escola Sabatina Viva, os professores servem a Cristo por meio de três ações estratégicas: 1. Os professores assumem o compromisso de cuidar, motivar e desafiar seus alunos; 2. Os professores visitam cada um de seus alunos pelo menos uma vez ao ano; 3. Os professores estabelecem metas anuais para Estudos Bíblicos, assi- naturas da Lição da Escola Sabatina, ofertas missionárias e batismos em sua Unidade de Ação. Na Escola Sabatina Viva, os membros são abençoados por meio de qua- tro oportunidades de crescimento espiritual: 1. Todos os membros estão matriculados em alguma Unidade de Ação; 2. Os membros possuem a Lição da Escola Sabatina; 3. Os membros estudam regularmente a Lição da Escola Sabatina; 4. Os membros participam pontualmente de sua Unidade de Ação a cada sábado. Na Unidade de Ação da Escola Sabatina Viva, os membros são envolvidos em duas atividades de comunhão e missão: 1. Os membros são desafiados semanalmente a ministrar estudos bíblicos; 2. Os membros são incentivados semanalmente a participar de um Pequeno Grupo. Ellen G. White escreveu: "A Escola Sabatina deve ser um dos maiores instrumentos, e o mais eficaz, em levar pessoas a Cristo" (Conselhos Sobre a Escola Sabatina [CPB, 2021], p. 10). Por essa razão, nosso maior objetivo é conquistar pessoas para a vida eterna e preparar um povo para o encon- tro com Jesus. Departamento de Escola Sabatina Divisão Sul-Americana da IASD 5INTRODUÇÃO Unindo Céu e Terra P ense no trabalho mais difícil que você já fez. que o tornou tão desafia- dor? Foram as expectativas, o tempo limitado para a tarefa, ou ambos? Foi sua atitude em relação ao trabalho? Foram as pessoas com quem você teve que lidar? Ou ainda, talvez tenha parecido impossível ter êxito nessa tarefa? Agora, considere o propósito do plano da salvação: unir o Céu e a Terra. Parece impossível? Do ponto de vista humano, certamente é. No entanto, pouco antes de subir ao Céu, Jesus deu aos apóstolos uma missão aparente- mente impossível: e façam discípulos de todas as nações, batizando- -os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que tenho ordenado a vocês" (Mt 28:19, 20). Ao enviar Paulo aos gentios para cumprir uma tarefa que parecia impos- sível, Jesus disse a ele: "Vou livrar você do seu próprio povo e dos gentios, para os quais Eu o envio, para abrir os olhos deles e convertê-los das tre- vas para a luz e do poder de Satanás para Deus, a fim de que eles recebam remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em Mim" (At 26:18). Algumas pessoas poderiam desistir diante de uma tarefa dessas, mas precisamos nos lembrar das promessas que Jesus fez nessas ocasiões. Ele disse aos apóstolos: "Eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos" (Mt 28:20). E prometeu a Paulo: "Eu apareci a você para constituí- -lo ministro e testemunha, tanto das coisas em que você Me viu como daquelas pelas quais ainda lhe aparecerei" (At 26:16). Em resumo, Jesus nos dá tarefas que parecem impossíveis aos olhos humanos para que possamos depender Dele, e não de nós mesmos, para realizá-las. Ele nunca nos dá uma missão sem nos fornecer o poder neces- sário para cumpri-la. "Quando a vontade do ser humano colabora com a de Deus, ela se torna onipotente. Tudo que deve ser feito em obediência ao Seu comando pode ser cumprido por Seu poder. Todas as Suas ordens são pro- messas habilitadoras" (Ellen G. White, Parábolas de Jesus [CPB, 2022], p. 192). Surpreendentemente, quando Paulo escreveu a Carta aos Colossenses, o evangelho já havia sido "pregado a toda criatura debaixo do céu" (Cl 1:23). Claro, nem todos o aceitaram. Mas, se prestarmos atenção às comissões que Jesus deu aos apóstolos (Mt 28:18-20) e a Paulo, veremos que Ele nunca 6prometeu que todos se tornariam Seus discípulos ou que todos se conver- teriam. evangelho deve ser pregado "por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim" (Mt 24:14, ênfase acrescentada). o que significa dar esse testemunho? Como isso deve ser realizado? Neste trimestre, estudaremos as cartas que Paulo enviou aos filipenses e aos colossenses. Essas duas cartas têm importantes semelhanças. Acima de tudo, elas revelam Cristo, único capaz de unir Céu e Terra. Ele é a escada que Jacó viu se estendendo da Terra ao Céu (Gn 28:12; compare com Jo 1:51). Como Filho do Homem e Filho de Deus, Ele nos redime do pecado e inter- cede por nós. Estudaremos esses dois aspectos de Jesus. Além disso, examinaremos algumas das declarações mais sublimes sobre a divindade de Cristo e como Ele renunciou a tudo para nos salvar. Veremos Paulo, da prisão, enfren- tando problemas em uma igreja que ele fundou (Filipos) e em outra que ele mesmo nunca visitou (Colossos). As conexões que Paulo estabeleceu com a "igreja mundial" de sua época lhe permitiram, mesmo estando em uma prisão romana, responder aos desafios. Ele sabia que seu tempo era curto, e fez tudo o que pôde para aproximar os cristãos do Céu e uns dos outros. Assim, ele nos mostra como a igreja de Deus hoje também pode se unir ao Céu para cumprir a comissão de Apocalipse 14, que conhecemos como as três mensagens angélicas. Clinton Wahlen, Ph.D., é diretor associado do Instituto de Pesquisa Bíblica da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. Suas áreas de especialização incluem o Novo Testamento, a hermenêutica bíblica e a história adventista. Ele viveu e traba- lhou na Alemanha, na Nova Zelândia, na Rússia, no Reino Unido e nas Filipinas. Ele e sua esposa, Gina, têm dois filhos e dois netos. 7Perseguidos, mas 1 não abandonados SÁBADO, 27 DE DEZEMBRO apóstolo Paulo sentia profunda responsabilidade pelas pessoas conver- tidas por meio de seu trabalho. Acima de tudo, desejava muito que per- manecessem fiéis, "assim, no Dia de Cristo", disse ele, "poderei me gloriar de que não corri em vão, nem me esforcei inutilmente" (Fp 2:16). Ele estre- mecia ao pensar no resultado de seu ministério. Sentia que até sua pró- pria salvação estaria em perigo se falhasse em cumprir o dever e se a igreja fracassasse em cooperar com ele na obra da salvação. Sabia que a prega- ção por si só não era suficiente para ensinar os crentes a proclamar a Pala- vra da vida. Sabia que, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, um pouco aqui, um pouco ali, eles precisavam ser ensinados a avançar na obra de Cristo. É um princípio universal o fato de que, sempre que alguém se recusa a usar as capacidades que Deus lhe deu, elas se debilitam e morrem. A verdade que não é vivida, que não é repartida, perde seu poder de comunicar vida, sua força curadora. Essa era a razão por que o apóstolo temia não ser capaz de apresentar "todo homem perfeito em Cristo" (Cl 1:28). A esperança de Paulo em relação ao Céu diminuía quando considerava alguma falha de sua parte que pudesse resultar em apresentar à igreja um modelo humano em lugar do divino. Seu conhecimento, sua eloquência, seus milagres, sua visão das cenas eternas quando levado ao terceiro Céu tudo isso perderia o valor se, por infidelidade em seu trabalho, aqueles por quem ele se empenhou viessem a ser excluídos da graça de Deus. Assim, pessoal- mente e por cartas, insistia com todos os que haviam aceitado a Cristo, para que prosseguissem no caminho que haveria de capacitá-los a se tornarem "irrepreensíveis e puros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma gera- ção pervertida e corrupta, [...] como luzeiros no mundo, preservando a pala- vra da vida" (Fp 2:15, 16). Todo verdadeiro pastor sente pesada responsabilidade pelo progresso espiritual dos fiéis entregues ao seu cuidado, um profundo desejo de que sejam cooperadores de Deus. Ele sente que o bem-estar da igreja depende em grande medida da fiel execução da tarefa que Deus lhe confiou. De forma fervorosa e incansável, busca inspirar os crentes com o desejo de salvar pessoas para Cristo, lembrando-se de que cada novo membro da igreja deve ser mais um instrumento para levar avante o plano da redenção (Atos dos Apóstolos, p. 132, 133). 5DOMINGO, 28 DE DEZEMBRO Paulo, prisioneiro de Jesus Cristo 1 Não é por alguma restrição da parte de Deus que as riquezas de Sua graça não afluem para os seres humanos, neste mundo. Se todos recebessem de bom grado, todos seriam cheios de Seu Espírito. Toda pessoa tem o privilégio de ser um conduto vivo, pelo qual Deus pode comunicar ao mundo os tesouros de Sua graça, as insondáveis rique- zas de Cristo. Não há nada que Cristo mais deseje do que agentes que repre- sentem ao mundo Seu Espírito e caráter. Não há nada de que mundo mais necessite que da manifestação do amor do Salvador, mediante a humani- dade. Todo o Céu está à espera de condutos pelos quais possa ser vertido 0 óleo santo para ser uma alegria e uma bênção para os corações humanos. "Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossas transgressões, nos deu vida juntamente com Cristo pela graça vocês são salvos e juntamente com Ele nos ressuscitou e com Ele nos fez assentar nas regiões celestiais em Cristo Jesus. Deus fez isso para mostrar nos tempos vindouros a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus" (Ef 2:4-7). Tais são as palavras com que "Paulo, o velho", "Paulo, prisioneiro de Jesus Cristo", escrevendo de sua prisão em Roma, procurou expor a seus irmãos aquilo que ele achou a linguagem insuficiente para expressar em toda a sua plenitude "as riquezas incompreensíveis de Cristo" (Ef 3:8), o tesouro de graça gratuitamente oferecido aos caídos filhos dos homens. Na medida que a alma de vocês deseja Deus, cada vez mais encontrarão as infinitas riquezas de Sua graça. Ao contemplarem essas riquezas, vocês passarão a possuí-las e revelarão os méritos do sacrifício do Salvador, a proteção de Sua justiça, a plenitude de Sua sabedoria e Seu poder de os apre- sentar diante do Pai "imaculados e irrepreensíveis" (2Pe 3:14; Maravilhosa Graça, 28 de junho). Desse modo, enquanto permanecia aparentemente separado do trabalho ativo, Paulo exercia uma influência maior e mais duradoura do que se esti- vesse livre para viajar entre as igrejas como nos anos anteriores. Como pri- sioneiro do Senhor, o apóstolo conquistava mais a empatia e 0 carinho dos irmãos; e suas palavras, escritas por quem estava preso por amor a Cristo, impunham maior atenção e respeito do que quando estava pessoalmente com eles. Só depois de Paulo ter sido separado deles é que compreenderam quão pesados eram os encargos que ele havia assumido em seu benefício. Até então, em grande parte, tinham se eximido de responsabilidades e obrigações, por- que sentiam a falta da sabedoria, do tato e da indomável energia do apóstolo; mas agora, depois de terem sido deixados em sua inexperiência a apren- der as lições que haviam rejeitado, valorizaram os conselhos, advertências e instruções de Paulo como não haviam valorizado seu trabalho pessoal. E, ao 6aprenderem de sua coragem e fé durante sua longa prisão, foram estimula- dos a maior fidelidade e zelo na causa de Cristo (Atos dos Apóstolos, p. 288). 1 SEGUNDA, 29 DE DEZEMBRO Paulo em algemas Apesar da iniquidade que prevalecia, havia uma linhagem de homens santos que, elevados e enobrecidos pela comunhão com Deus, viviam como que na companhia do Céu. Eram homens de grande capacidade inte- lectual, que haviam realizado coisas incríveis. Tinham uma grande e santa missão: desenvolver um caráter justo e ensinar a lição de uma vida con- sagrada, não somente para os homens de seu tempo, mas também para as gerações futuras. Poucos, somente dos mais notáveis, são mencionados nas Escrituras, mas em todos os séculos Deus teve fiéis testemunhas, adorado- res dotados de coração sincero. Quantas vezes os que confiam na Palavra de Deus, embora aparen- temente desamparados, têm resistido ao poder do mundo inteiro! Vejam Enoque, puro de coração, de vida santa, mantendo firme sua fé na vitória da justiça contra uma geração corrupta e escarnecedora; Noé e sua casa con- tra os homens de sua época, homens da maior força física e mental, e da moral mais vil; os filhos de Israel junto ao Mar Vermelho, desamparada e aterrorizada multidão de escravos contra o mais poderoso exército da mais poderosa nação do globo; Davi, um pastorzinho, tendo de Deus a promessa do trono, em oposição a Saul, o rei estabelecido e disposto a manter firme- mente seu poder; Sadraque e seus companheiros no fogo, e Nabucodonosor no trono; Daniel entre os leões e seus inimigos nos altos postos do reino; Jesus na cruz, e os sacerdotes e autoridades dos judeus forçando até gover- nador romano a fazer a vontade deles; Paulo acorrentado, conduzido à morte como se fosse criminoso, sendo Nero o tirano de um império mundial. Exemplos assim não se encontram somente na Bíblia. Existem muitos em toda a história da humanidade. Os valdenses e os huguenotes, Wycliffe e Hus, Jerônimo e Lutero, Tyndale e Knox, Zinzendorf e Wesley, com mui- tos outros, têm testemunhado do poder da Palavra de Deus contra 0 poder e astúcia humanos em apoio ao mal. Esses constituem a verdadeira nobreza do mundo, sua linhagem real. Nessa linhagem, a juventude de hoje é cha- mada a ocupar um lugar (Vidas que Falam, 3 de janeiro). Pensemos um pouco na experiência de Paulo. No exato momento em que os esforços do apóstolo pareciam ser mais necessários para fortalecer a provada e perseguida igreja, sua liberdade lhe foi tirada, e ele foi acorren- tado. Mas essa foi a oportunidade para o Senhor atuar, e preciosas foram as vitórias obtidas. Foi justamente no momento em que Paulo parecia menos capaz de agir que a verdade encontrou caminho para entrar no palácio real. Não foram 7os magistrais sermões de Paulo que atraíram a atenção desses grandes homens, mas as suas correntes. Através de seu cativeiro, ele se tornou um 1 conquistador para Cristo. A paciência e mansidão com as quais ele se sub- meteu ao seu longo e injusto confinamento levou esses homens a dar valor ao caráter. Ao enviar a última mensagem aos seus amados na fé, Paulo acrescentou às suas palavras as saudações desses santos da casa de César aos santos em outras cidades (Refletindo a Cristo, 10 de dezembro). TERÇA, 30 DE DEZEMBRO Paulo em Filipos Como maior dos mestres humanos, Paulo aceitava os mais humildes deveres assim como os mais elevados. Reconhecia a necessidade do trabalho tanto para as mãos quanto para a mente e trabalhava para sustento próprio. Prosseguia com seu ofício de fazer tendas ao mesmo tempo em que, diaria- mente, pregava o evangelho nos grandes centros da civilização. Ao se des- pedir dos anciãos de Éfeso, ele disse: "Estas minhas mãos serviram para que era necessário a mim e aos que estavam comigo" (At 20:34). Mesmo possuindo elevados dotes intelectuais, a vida de Paulo revelava o poder de uma sabedoria mais rara. Princípios do mais profundo alcance, princípios a respeito dos quais as maiores mentes de seu tempo eram igno- rantes, eram desdobrados em seus ensinos e exemplificados em sua vida. Ele possuía a maior de todas as sabedorias a que proporciona prontidão para discernir e compaixão e que coloca as pessoas em contato umas com as outras, habilitando-as a despertar sua melhor natureza e inspirando-as para uma vida mais elevada. [...] Veja Paulo no cárcere de Filipos, onde, apesar de seu corpo ferido, ele- vava um hino de louvor no silêncio da meia-noite. Depois do terremoto que abriu as portas da prisão, sua foi ouvida novamente, em palavras de ânimo ao carcereiro pagão: "Não faça nenhum mal a si mesmo! Estamos todos aqui!" (At 16:28) cada homem em seu lugar, todos contidos pela presença de um companheiro de prisão. E o carcereiro, convencido da rea- lidade daquela fé que sustentava Paulo, questionou com relação ao caminho da salvação e, com toda a sua família, uniu-se aos perseguidos discípulos de Cristo. [...] Assim transcorreu sua vida, descrita em suas próprias palavras: "Em via- gens, muitas vezes; em perigos de rios, em perigos de assaltantes, em pe- rigos entre patrícios, em perigos entre gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre falsos irmãos; em trabalhos e fadigas, em vigílias, muitas vezes; em fome e sede, em je- juns, muitas vezes; em frio e nudez" (2Co 11:26, 27). Disse mais: "Quando somos insultados, bendizemos; quando somos per- seguidos, suportamos; quando somos caluniados, procuramos(1Co 4:12, 13); "entristecidos, mas sempre alegres; [...] pobres, mas enrique- cendo a muitos; [...] nada tendo, mas possuindo tudo" (2Co 6:10). Paulo experimentava alegria no servir; e, ao terminar a vida de trabalho, 1 olhando para trás às lutas e triunfos, podia dizer: "Combati o bom combate" (2Tm 4:7; Educação, p. 46-48). QUARTA, 31 DE DEZEMBRO Paulo e Colossos Cercados pelas práticas e influências do paganismo, os crentes colos- senses estavam em perigo de ser afastados da simplicidade do evangelho, e Paulo, para adverti-los contra isso, apontou-lhes a Cristo como o único Guia seguro. [...] "Como vocês receberam Cristo Jesus, o Senhor, continuem a viver Nele, estando enraizados e edificados Nele, e confirmados na fé, como foi ensinado a vocês, crescendo em ação de graças" (Cl 2:6, 7). [...] Cristo havia predito que se levantariam enganadores, por cuja influência a iniquidade se multiplicaria e o amor de quase todos se esfriaria (Mt 24:12). Advertiu os discípulos de que a igreja se encontraria em maior perigo por causa disso do que pela perseguição movida por seus inimigos. Diversas vezes Paulo advertiu os crentes sobre esses falsos mestres. Deviam precaver-se contra essa ameaça, mais do que qualquer outra, pois, recebendo falsos ensinadores, abririam as portas para erros pelos quais o inimigo confundi- ria as percepções espirituais e abalaria a confiança dos recém-conversos à fé do evangelho. Cristo era a norma pela qual eles deviam testar as doutri- nas apresentadas. Tudo que não estivesse em harmonia com Seus ensinos devia ser rejeitado. Cristo crucificado pelo pecado, Cristo ressuscitado den- tre os mortos, Cristo elevado ao Céu essa era a ciência da salvação que eles deviam aprender e ensinar. As advertências da Palavra de Deus com respeito aos perigos que rodeiam a igreja cristã são para nós hoje. Como nos dias dos apóstolos os homens procuravam destruir a fé nas Escrituras pelas tradições e filosofias, hoje, usando os agradáveis conceitos da "alta crítica", da evolução, do espiritismo, da teosofia e do panteísmo, o inimigo da justiça procura levar a humanidade para caminhos proibidos. Para muitos, a Bíblia é uma lamparina sem óleo, porque voltaram a mente para canais de crenças especulativas que produ- zem má compreensão e confusão. A obra da alta crítica, ao dissecar, conjecturar e reconstruir, está des- truindo a fé na Bíblia como revelação divina; está destituindo a Palavra de Deus do poder de dirigir, enobrecer e inspirar vidas humanas. Pelo espi- ritismo, multidões são ensinadas a crer que o desejo é a mais alta lei, que imoralidade é liberdade, e que 0 ser humano deve prestar contas apenas a si mesmo. [...] o poder de uma vida mais elevada, mais pura e mais nobre é nossa grande necessidade (Refletindo a Cristo, 26 de novembro). 9A Epístola aos Colossenses está repleta de lições do mais alto valor a todos quantos estão empenhados no serviço de Cristo lições que mostram 1 a singeleza de propósito e as elevadas aspirações que serão vistas na vida daquele que de maneira sincera representa Salvador. Renunciando a tudo que poderia impedi-lo de progredir em direção ao alto, ou levar a desviar os pés de alguém do caminho estreito, o crente revelará em sua vida diá- ria misericórdia, bondade, humildade, mansidão, longanimidade e 0 amor de Cristo. [...] Em seus esforços para alcançar o ideal de Deus, o cristão não deve se desesperar por nada. A perfeição moral e espiritual mediante a graça e poder de Cristo é prometida a todos. Jesus é a fonte de poder, a origem da vida. Ele nos conduz à Sua Palavra e nos apresenta as folhas da árvore da vida para a saúde dos que sofrem da doença do pecado. Ele nos leva ao trono de Deus e põe em nossa boca uma oração pela qual somos colocados em íntimo contato com Ele mesmo. Em nosso benefício, coloca em atividade os agentes todo-poderosos do Céu. Em cada passo, sentimos Seu vivo poder 7 de setembro). QUINTA, DE JANEIRO As igrejas de Filipos e Colossos Em sua carta aos colossenses, Paulo apresentou as ricas bênçãos con- cedidas aos filhos de Deus. Ele disse: deixamos de orar por vocês e de pedir que transbordem do pleno conhecimento da vontade de Deus, em toda a sabedoria e entendimento espiritual. Dessa maneira, poderão viver de modo digno do Senhor, para o Seu inteiro agrado, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus. Assim, vocês serão fortale- cidos com todo o poder, segundo a força da Sua glória, em toda a perseve- rança e paciência, com alegria" (Cl 1:9-11). Outra vez escreveu sobre seu desejo de que os irmãos de Éfeso conse- guissem compreender a grandeza dos privilégios cristãos. Expôs perante eles, com a mais clara linguagem, o poder e conhecimento maravilho- sos que podiam possuir como filhos e filhas do Altíssimo. Eles poderiam ser "fortalecidos com poder, mediante o Seu Espírito no homem interior", "arraigados e alicerçados em amor"; "compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento". Mas a oração do apóstolo atinge o auge do privilégio quando pede que seus leitores sejam cheios "de toda a plenitude de Deus" (Ef 3:16-19, ARC). Aqui se revelam as alturas a que podemos chegar pela fé nas promes- sas de nosso Pai celestial, quando cumprimos Seus preceitos. Mediante os méritos de Cristo, temos acesso ao trono do Poder infinito. "Aquele que não poupou Seu próprio Filho, mas por todos nós entregou, será 10que não nos dará graciosamente com Ele todas as coisas?" (Rm 8:32). o Pai deu ao Filho Seu Espírito sem medida, e também nós podemos participar 1 de Sua plenitude. [...] Por meio de Jesus, os decaídos filhos de Adão se tornam "filhos de Deus". "Pois, tanto o que santifica como os que são santificados, todos vêm de um só. É por isso que Jesus não Se envergonha de chamá-los de irmãos" (Hb 2:11). A vida cristã deve ser de fé, vitória e alegria em Deus. [...] Com razão, Neemias, servo de Deus, declarou: "A alegria do SENHOR é a força de vocês" (Ne 8:10). E Paulo escreveu: "Alegrem-se sempre no Senhor; outra vez digo: alegrem-se!" (Fp 4:4). "Estejam sempre alegres. Orem sem ces- sar. Em tudo, deem graças, porque esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus" (1Ts 5:16-18). [...] Só poderá haver um reavivamento da primitiva fé e devoção entre os que professam ser o povo de Deus na medida em que se restabeleça a lei divina à sua devida posição (Refletindo a Cristo, 20 de julho). SEXTA, 2 DE JANEIRO Estudo adicional Cristo está a par de tudo quanto é mal interpretado e desfigurado pelos homens. Seus filhos podem esperar com serena paciência e confiança, por mais que sofram malignidade e desprezo; pois há nada oculto que não venha a ser manifesto" (Lc 8:17), e aqueles que honram a Deus serão por Ele honrados na presença dos homens e dos anjos. "Quando, por Minha causa, os insultarem e os perseguirem", disse Jesus, "alegrem-se e exultem" (Mt 5:11, 12). E apontou aos Seus ouvintes, "como exemplo de sofrimento e de paciência" (Tg 5:10), os profetas que falaram em nome do Senhor. Abel, o primeiro cristão dos filhos de Adão, morreu como már- tir. Enoque andou com Deus, e o mundo não o conheceu. Noé foi escar- necido como fanático e alarmista. "Outros, por sua vez, passaram pela prova de zombarias e açoites, [e] até de algemas e prisões" (Hb 11:36). E "alguns foram torturados, não aceitando seu resgate, para obterem supe- rior (v. 35). Em todos os séculos os mensageiros escolhidos de Deus têm sido ofendidos e perseguidos; mas, mediante seus sofrimen- tos o conhecimento de Deus foi disseminado no mundo. Todo discípulo de Cristo tem de ingressar nas fileiras e levar essa obra avante, sabendo que tudo que seus inimigos fizerem contra a verdade reverterá em favor dela. Deus pretende que a verdade seja posta à frente, que se torne objeto de exame e consideração, a despeito do desprezo que lhe deem. espírito do povo deve ser agitado; toda polêmica, toda crítica, todo esforço para res- tringir a liberdade de consciência é um instrumento de Deus para desper- tar as mentes que, do contrário, ficariam sonolentas (0 Maior Discurso de Cristo, p. 27). 112 Razões para ação de graças e oração SÁBADO, 3 DE JANEIRO A perseverança na oração é também uma condição para ela ser atendida. Devemos orar sempre se quisermos crescer em nossa fé e experiência. Devemos ser persistentes (Rm 12:12) e vigiar "com ação de graças" (Cl 4:2). Pedro exorta os crentes a ser sóbrios e vigiar em oração (1Pe 4:7). Paulo orienta: "Sejam conhecidos diante de Deus os pedidos de vocês, pela ora- ção e pela súplica, com ações de graças" (Fp 4:6). "Vocês, meus amados", diz Judas, "orando no Espírito Santo, mantenham-se no amor de Deus" (Jd 20, 21). A oração incessante é a inquebrantável união da alma com Deus, para que a vida que vem do Senhor flua para a nossa vida; e, de nossa vida, pureza e santidade fluam de volta para Deus. É necessário que sejamos diligentes em orar; não permita que nada 0 atra- palhe. Faça todo esforço para manter ativa a comunhão entre Jesus e 0 seu próprio coração. Busque cada oportunidade de ir aonde se costuma orar. Os que estão realmente buscando comungar com Deus serão vistos em reu- niões de oração, fiéis ao seu dever, fervorosos e ansiosos para colher todos os benefícios possíveis. Aproveitarão toda oportunidade de colocar-se onde possam receber os raios de luz do Céu. Devemos orar em família, mas, acima de tudo, não devemos negligenciar a oração particular, pois é ela que sustenta nossa vida espiritual. É impos- sível que a espiritualidade de uma pessoa floresça se a oração for negli- genciada. Não basta orar em família e em público. Sozinho, abra 0 coração aos olhos examinadores de Deus. A oração particular deve ser ouvida uni- camente por Ele, Aquele que ouve toda prece. Nenhum ouvido curioso deve receber o fardo dessas petições. Na oração secreta, a mente fica livre das influências do ambiente, livre da agitação. De maneira calma, embora fer- vorosa, você poderá buscar a Deus. A influência que vem Daquele que vê em segredo será suave e constante. Seu ouvido está aberto para ouvir a súplica que vem do coração. Pela fé simples e serena, a mente entra em comunhão com Deus e reúne os raios da luz divina para dar-lhe forças e sustentá-la no conflito contra Satanás. Deus é nossa fortaleza. Ore em seu aposento particular. Durante seus afazeres diários, deixe que o coração se eleve a Deus. Era assim que Enoque andava com Deus. Essas orações silenciosas sobem como precioso incenso até o trono da graça. Satanás não pode vencer quem tem o coração arraigado no Senhor (Caminho a Cristo, p. 62). 12DOMINGO, 4 DE JANEIRO Comunhão no evangelho Como resultado do trabalho de Paulo em Filipos, uma nova igreja foi aberta naquela cidade, e o número de membros aumentava constante- mente. Seu zelo e devoção e, acima de tudo, sua disposição de sofrer por Cristo exerciam profunda e perdurável influência sobre os conversos. 2 Os irmãos valorizavam as preciosas verdades pelas quais os apóstolos haviam se sacrificado tanto e se entregavam com sincera e total devoção à causa de seu Redentor. Um trecho da carta de Paulo a esses irmãos revela que essa igreja não escapou da perseguição: "Porque vocês receberam a graça de sofrer por Cristo, e não somente de crer Nele, pois vocês têm o mesmo com- bate que viram em mim" (Fp 1:29, 30). E a firmeza deles na fé era tão grande que o apóstolo disse: "Dou graças ao meu Deus por tudo o que lembro de vocês, fazendo sempre, com alegria, súplicas por todos vocês, em todas as minhas orações. Dou graças pela maneira como vocês têm participado na proclamação do evangelho, desde o primeiro dia até agora" (v. 3-5). Terrível é a luta que se trava entre as forças do bem e do mal em importantes centros onde os mensageiros da verdade são chamados ao trabalho. "A nossa luta não é contra o sangue e a carne", declarou Paulo, "e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso" (Ef 6:12). Até o fim dos tempos haverá conflito entre a igreja de Deus e os que estão sob o controle dos anjos maus. Os cristãos primitivos foram chamados muitas vezes a enfrentar face a face os poderes das trevas. Mediante a perseguição e o engano, o ini- migo se esforçava por fazê-los desviarem-se da verdadeira fé. Neste tempo, quando o fim de todas as coisas terrestres está se aproximando rapidamente, Satanás faz desesperados esforços para enganar o mundo. Está arquitetando muitos planos para ocupar as mentes e distrair a aten- ção das verdades essenciais à salvação. Em cada cidade, seus agentes estão ativamente organizando em partidos todos os que se opõem à lei de Deus. o arquienganador está em atividade para introduzir elemen- tos de confusão e rebeldia, e as pessoas estão sendo possuídas de um zelo sem entendimento. A impiedade está alcançando um nível nunca antes atingido; con- tudo, muitos pastores estão clamando: "Paz e segurança" (1Ts 5:3). Mas os fiéis mensageiros de Deus devem prosseguir firmemente com sua obra. Revestidos com a armadura do Céu, devem avançar de forma destemida e vitoriosa e nunca parar de lutar até que cada pessoa que possa ser alcan- çada tenha recebido a mensagem da verdade para este tempo (Atos dos Apóstolos, p. 139, 140). 13SEGUNDA, 5 DE JANEIRO Pedidos de oração de Paulo Por intermédio de Epafrodito, Paulo enviou aos crentes filipenses uma carta, na qual agradecia seus donativos. De todas as igrejas, a de Filipos tinha sido a mais generosa em suprir as necessidades de Paulo. "Como vocês, fili- 2 penses, sabem muito bem", disse o apóstolo em sua carta, "no início da pre- gação do evangelho, quando parti da Macedônia, nenhuma igreja se associou comigo nessa questão de dar e receber, exceto vocês, somente. Porque até quando eu estava em Tessalônica, por mais de uma vez vocês mandaram bastante para as minhas necessidades. Não que eu esteja pedindo ajuda, pois o que realmente me interessa é o fruto que aumente o crédito na conta de vocês. Recebi tudo e tenho até de sobra. Estou suprido, desde que Epafrodito me entregou o que vocês me mandaram, que é uma oferta de aroma agradá- vel, um sacrifício que Deus aceita e que Lhe agrada" (Fp 4:15-18). "Que a graça e a paz de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo este- jam com vocês. Dou graças ao meu Deus por tudo o que lembro de vocês, fazendo sempre, com alegria, súplicas por todos vocês, em todas as minhas orações. Dou graças pela maneira como vocês têm participado na proclama- ção do evangelho, desde o primeiro dia até agora. Estou certo de que Aquele que começou boa obra em vocês há de completá-la até 0 Dia de Cristo Jesus. Aliás, é justo que eu assim pense de todos vocês, porque os trago no coração, seja nas minhas algemas, seja na defesa e confirmação do evangelho, pois todos vocês são participantes da graça comigo. Pois Deus é testemunha da saudade que tenho de todos vocês. [...] E também faço esta oração: que 0 amor de vocês aumente mais e mais em conhecimento e toda a percepção, para que vocês aprovem as coisas excelentes e sejam sinceros e inculpáveis para Dia de Cristo, cheios do fruto de justiça que vem por meio de Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus" (Fp 1:2-11). A graça de Deus amparava Paulo em sua prisão, tornando-o capaz de se alegrar no meio da tribulação. Com fé e segurança, ele escreveu aos seus irmãos filipenses que sua prisão tinha resultado no progresso do evange- lho: "Quero ainda, irmãos, que saibam que as coisas que me aconteceram têm até contribuído para o progresso do evangelho, de maneira que toda a guarda pretoriana e todos os demais sabem que estou preso por causa de Cristo. E os irmãos, em sua maioria, estimulados no Senhor por minhas algemas, ousam falar a palavra com mais coragem" (v. 12-14). Há uma lição para nós nessa experiência de Paulo, pois ela revela a maneira de Deus agir. o Senhor pode tirar vitória daquilo que, para nós, pode parecer frustração e derrota. Corremos perigo de nos esquecermos de Deus e olhar para as coisas que se veem, em vez de contemplar pelos olhos da fé as que não se veem. Quando ocorre uma adversidade ou calamidade, estamos prontos a acusar a Deus de negligência ou crueldade. Se Lhe parece adequado eliminar 14nossa utilidade em algum sentido, nós nos entristecemos, não parando para pensar que Deus pode estar agindo assim para o nosso bem. Necessitamos aprender que a correção é uma parte de Seu grande plano, e que sob a aflição o cristão pode, algumas vezes, fazer mais pelo Mestre do que ao estar empe- nhado em serviço ativo (Atos dos Apóstolos, p. 304, 305). 2 TERÇA, 6 DE JANEIRO Discernimento espiritual aplicado Devemos estar frequentemente em oração. o derramamento do Espírito de Deus ocorreu em resposta à fervorosa oração. Notem, porém, este fato acerca dos discípulos. o relato declara: "Estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo" (At 2:1-4). Eles não estavam reunidos para relatar boatos de escândalos. Não esta- vam procurando expor todo defeito que pudessem encontrar no caráter de um irmão. Sentiam sua necessidade espiritual e clamavam ao Senhor pela santa unção que os ajudasse a vencer suas próprias fraquezas e os habili- tasse para a obra de salvar a outros. Oravam com intenso fervor para que amor de Cristo fosse derramado em seus corações. Essa é hoje nossa grande necessidade em cada igreja de nosso país. Pois, "se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passa- ram; eis que se fizeram novas" (2Co 5:17). o que era questionável no caráter era expurgado da alma pelo amor de Jesus. É expelido todo egoísmo; toda inveja, toda maledicência é desarraigada, e é efetuada uma transformação radical no coração. fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimi- dade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei" (Gl 5:22, 23). "É em paz que se semeia o fruto da jus- tiça, para os que promovem a paz" (Tg 3:18). Paulo declarou que "quanto à lei" no que dizia respeito aos atos exterio- res -, ele era "irrepreensível", mas quando foi discernido o caráter espiritual da lei, quando ele olhou para o espelho sagrado, viu que era um pecador. A jul- gar por um padrão humano, ele se abstivera do pecado, mas quando olhou para as profundezas da lei de Deus, e viu a si mesmo como Deus via, curvou-se com humildade e confessou sua culpa (E Recebereis Poder, 7 de outubro). Paulo escreve aos seus irmãos coríntios: ainda são carnais. Porque, se há ciúmes e brigas entre vocês, será que isso não mostra que são carnais e andam segundo os padrões humanos?" (1Co 3:2, 3). É impossível que espí- ritos perturbados pela inveja e disputa compreendam as profundas verdades espirituais da Palavra de Deus. "Ora, a pessoa natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura. E ela não pode entendê-las, porque 15elas se discernem espiritualmente" (1Co 2:14). Não podemos compreender nem apreciar devidamente a revelação divina sem 0 auxílio daquele Espírito pelo qual foi dada a Palavra. Os que são designados para guardar os interesses espirituais da igreja devem ser cuidadosos em dar o exemplo devido, não dando ocasião a inveja, ciúme ou 2 suspeitas, manifestando sempre aquele mesmo espírito de amor, respeito e cor- tesia que desejam incentivar em seus irmãos. Atenção diligente deve ser dada às instruções da Palavra de Deus. Seja contida toda manifestação de animosi- dade ou falta de bondade; seja removida toda raiz de amargura. Quando surgem dificuldades entre irmãos, deve ser seguida à risca a regra do Salvador. Todo esforço possível deve ser feito para conseguir a reconciliação, mas, se as par- tes persistirem obstinadamente em continuar em divergência, devem ser sus- pensas até que possam harmonizar-se (Testemunhos Para a Igreja, V. 5, 204). QUARTA, 7 DE JANEIRO Frutos do evangelho A experiência do apóstolo Paulo ao se defrontar com os filósofos de Atenas encerra uma lição para nós. Ao apresentar o evangelho no Areópago, o apóstolo enfrentou a lógica com a lógica, ciência com ciência, filosofia com filosofia. Os mais sábios de seus ouvintes ficaram atônitos e emudecidos. Suas palavras não podiam ser controvertidas. Pouco fruto, porém, produ- ziu seu esforço. Poucos foram levados a aceitar o evangelho. Daí em diante, Paulo adotou uma forma diferente de trabalhar. Evitava os argumentos ela- borados e as discussões de teorias e, em simplicidade, encaminhava homens e mulheres a Cristo como o Salvador dos pecadores. Escrevendo aos coríntios acerca de sua obra entre eles, disse: "Irmãos, quando estive com vocês, anunciando-lhes o mistério de Deus, não 0 fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. Porque decidi nada saber entre vocês, a não ser Jesus Cristo, e Este, crucificado. [...] A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder, para que a fé que vocês têm não se apoiasse em sabedoria humana, mas no poder de Deus" (1Co 2:1, 2, 4, 5). Ainda em sua epístola aos Romanos, ele diz: "Não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego" (Rm 1:16). Portem-se, os que trabalham com as classes mais altas, com ver- dadeira dignidade, lembrando-se de que os anjos são seus companhei- ros. Conservem eles o tesouro do espírito e do coração cheio de um "Está escrito". Guardem na memória as preciosas palavras de Cristo. Elas devem ser apreciadas muito acima do ouro e da prata. [...] Há milagres a serem operados na genuína conversão, milagres agora não discernidos. Os maiores homens da Terra não se encontram além do alcance 16de um Deus poderoso em maravilhas. Se aqueles que são Seus colaborado- res cumprirem valorosa e fielmente seu dever, Deus converterá pessoas que ocupam posições de responsabilidade, pessoas de intelecto e influência. Por meio do poder do Espírito Santo, muitos serão levados a aceitar os divinos princípios. [...] Quando se tornar claro que o Senhor espera que eles, como Seus repre- 2 sentantes, aliviem a sofredora humanidade, muitos a isso corresponderão, doando de seus recursos juntamente com a sua compaixão para o bene- fício dos pobres. À medida que sua mente é assim afastada dos próprios interesses egoístas, muitos se entregarão a Cristo. Somente a eternidade revelará o que tem sido realizado por esse tipo de ministério quantas almas, enfermas de dúvida e cansadas do munda- nismo e da inquietação, têm sido levadas ao grande Restaurador, que anseia salvar perfeitamente todos quantos a Eles se achegam (Hb 7:25). Cristo é um Salvador ressurgido, e há salvação debaixo de Suas asas 4:2; A Ciência do Bom Viver, p. 128-130). QUINTA, 8 DE JANEIRO poder da oração o grande apóstolo Paulo era inflexível quando estava em jogo dever e o princípio; mas a cortesia era um notável traço de seu caráter, e isso lhe dava acesso às mais altas classes da sociedade. Paulo jamais duvidou do poder de Deus para lhe dar a graça de que necessitava para viver a vida de um cristão. [...] Ele não vivia sob uma nuvem de dúvida, tateando em meio às trevas e à incerteza, queixoso das dificuldades e provas. Sua de júbilo, fortalecida pela esperança e pelo ânimo, vem soando através dos séculos, até ao nosso tempo. Paulo tinha uma experiência religiosa sadia. o amor de Cristo era tanto sua mensagem principal quanto a força que o compelia e dirigia suas ações. Quando se encontrava nas circunstâncias mais desencorajadoras, que teriam desanimado os cristãos menos comprometidos, ele permanecia firme, cheio de coragem, esperança e ânimo. [...] A mesma esperança e boa disposição se manifestou nele quando no convés do navio, açoitado pela tempestade, a embarcação começou a despedaçar-se. Deu ordens ao coman- dante do navio e preservou a vida de todos a bordo. Embora prisioneiro, era, na realidade, o senhor do navio, o mais livre e feliz homem a bordo. [...] Quando esteve perante reis e dignitários da Terra, os quais tinham sua vida nas mãos, não se intimidou, pois havia entregado a Deus a vida, e esta estava escondida em Cristo. Por sua cortesia, abrandou o coração dos homens que tinham o poder nas mãos homens de temperamento forte, ímpios e corruptos de coração e de vida. [...] o comportamento apropriado e a virtude de verdadeira polidez assinalavam toda a sua conduta. Quando estendia a mão, como era seu costume ao falar, o tinir das correntes não 17lhe causava vergonha nem embaraço. Considerava-as sinais de honra, e regozijava-se de que pudesse sofrer por amor da Palavra divina e do teste- munho de Jesus Cristo. [...] Seu raciocínio era tão claro e convincente que fez tremer o dissoluto rei. [...] A graça, como um anjo de misericórdia, faz ouvir sua voz agradável e clara, repetindo a história da cruz e 0 incompa- 2 rável amor de Jesus (Vidas que Falam, 12 de dezembro). Paulo estava convencido de que os mais altos ideais cristãos só podem ser alcançados mediante muita oração e permanente vigilância; e era isso que procurava incutir na mente deles. Entretanto, ele sabia também que no Cristo crucificado era-lhes oferecido poder suficiente para converter 0 cora- ção. Esse poder era divinamente adaptado para habilitá-los a resistir a todas as tentações para o mal. Com a fé em Deus como proteção e com Sua Palavra como arma de guerra, eles seriam dotados com um poder interior que os capacitaria a repelir os ataques do inimigo (Atos dos Apóstolos, p. 195, 196). SEXTA, 9 DE JANEIRO Estudo adicional Como estimaremos as bênçãos assim postas ao nosso alcance? Poderia Jesus haver sofrido mais? Poderia haver comprado para nós mais ricas bên- çãos? Não deveria enternecer o coração mais duro, lembrar-nos de que, por amor de nós, Ele deixou a glória e a felicidade do Céu, e sofreu pobreza e vergonha, cruel aflição e morte terrível? Não nos houvesse Ele aberto, por Sua morte e ressurreição, a porta da esperança, nada conheceríamos senão os horrores das trevas e as misérias do desespero. Em nosso estado atual, favorecidos e abençoados como somos, não podemos calcular de que pro- fundidade fomos salvos. Não nos é possível medir quão mais profundas seriam nossas aflições, quão maiores nossas misérias, não nos houvesse Jesus rodeado com Seu braço humano de compaixão e amor e nos erguido. Podemos nos alegrar na esperança. Nosso Advogado está no santuário celestial, intercedendo em nosso favor. Temos perdão e paz por Seus méri- tos. Ele morreu a fim de que pudesse lavar nossos pecados, revestir-nos de Sua justiça, e habilitar-nos para o convívio celeste, onde podemos habitar para sempre na luz (Testemunhos Para a Igreja, V. 5, p. 268). Baixe e desfrute aplicativo diversos CPB Loja benefícios Google Play App Store 18Vida e morte 3 SÁBADO, 10 DE JANEIRO A única salvaguarda contra o mal é a presença de Cristo no coração mediante a fé em Sua justiça. É por causa da existência do egoísmo em nosso ser que a tentação tem força sobre nós. No entanto, ao contemplarmos o grande amor de Deus, o egoísmo se apresenta a nós em seu horrível e repugnante caráter, e nosso desejo é vê-lo expelido do coração. À medida que o Espírito Santo glorifica a Cristo, nosso coração é abrandado e subjugado, as tentações perdem sua força, e a graça de Cristo transforma o caráter. Cristo jamais abandonará a alma por quem Ele morreu. A pessoa poderá deixá-Lo e ser vencida pela tentação; Cristo, porém, jamais Se desvia daquele por quem pagou o resgate com a própria vida. Se nossa visão espiritual fosse vivificada, veríamos os que vivem vergados sob a opressão e carregados de desgosto, quase desistindo de tudo. Veríamos anjos voando rapidamente em auxílio desses tentados, os quais se encontram como que às margens de um precipício. Os anjos celestiais impelem para trás os exércitos malignos que circundam essas pessoas, levando-as a pôr os pés no firme fundamento. As batalhas travadas entre os dois exércitos são tão reais como os comba- tes entre os exércitos deste mundo; e do resultado desse conflito dependem destinos eternos. Como a Pedro, a nós é dirigida a palavra: "Eis que Satanás pediu para peneirar vocês como trigo! Eu, porém, orei por você, para que a sua fé não desfaleça" (Lc 22:31, 32). Graças a Deus, não somos deixados sozinhos! Aquele que "amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (Jo 3:16) não nos abandonará na batalha contra o adversário de Deus e do homem. Ele diz: "Eis que Eu dei a vocês autoridade para pisarem cobras e escorpiões e sobre todo o poder do inimigo, e nada, absolutamente, lhes causará dano" (Lc 10:19). Vivamos em contato com o Cristo vivo, e Ele nos segurará firmemente com mão que nunca soltará. Temos que conhecer e crer no amor que Deus tem por nós, e estaremos seguros; esse amor é uma fortaleza inexpugná- vel contra todos os enganos e ataques de Satanás Maior Discurso de Cristo, p. 83, 84). Para a conversão de um só pecador, o ministro deve empenhar ao máximo suas energias. A pessoa criada por Deus e redimida por Cristo tem grande valor, por causa das possibilidades que estão diante dela, das vantagens 19espirituais que lhe têm sido concedidas, das habilidades que pode possuir se permitir que a Palavra de Deus a fortaleça, e da imortalidade que pode obter por meio da esperança apresentada no evangelho. E se Cristo deixou as 99 ovelhas para que pudesse buscar e salvar a única que havia se extraviado, podemos nós ser justificados fazendo menos? Não será um insulto a Deus e uma traição das sagradas verdades deixar de trabalhar como Jesus traba- lhou e se sacrificar como Ele Se sacrificou? o coração do verdadeiro ministro deseja intensamente salvar as pessoas. 3 Gasta-se tempo e energia, e não se evita nenhum esforço, por mais penoso que seja, pois os outros também precisam ouvir as verdades que lhe trouxe- ram tanta alegria, paz e satisfação. o Espírito de Cristo repousa sobre o ver- dadeiro pastor. Ele se preocupa com os perdidos como quem terá que prestar contas por eles. Com os olhos fixos na cruz do Calvário, contemplando o Salvador suspenso, confiando em Sua graça e crendo que Ele estará ao seu lado até o fim, como sua proteção, fortaleza e eficiência, o ministro traba- lha para Deus. Com súplicas e apelos, misturados com a segurança do amor divino, ele busca conquistar almas para Jesus e, no Céu, é contado entre os que são "chamados, eleitos e fiéis" (Ap 17:14; Atos dos Apóstolos, p. 236). DOMINGO, 11 DE JANEIRO Cristo será engrandecido A Bíblia faz poucos elogios a seres humanos. Pouco espaço é dedicado a contar as virtudes, até mesmo dos melhores homens e mulheres que já viveram. Esse silêncio não é sem motivo nem destituído de ensinamen- tos. Todas as boas qualidades que as pessoas possuem são um dom divino. Nossas boas ações são realizadas pela graça de Deus mediante Cristo. E como devemos tudo ao Senhor, a glória do que quer que sejamos ou façamos per- tence somente a Ele; somos apenas instrumentos em Suas mãos. Além disso, conforme ensinam todas as lições da história bíblica, é peri- goso louvar ou exaltar o ser humano, pois se alguém for levado a perder de vista sua inteira dependência de Deus e a confiar na própria força, com cer- teza cairá. o ser humano está lutando com adversários mais fortes do que ele. [...] É impossível vencer esse conflito. E que quer que desvie nossa mente de Deus, o que quer que leve à exaltação própria ou presunção, pre- para o caminho para nossa derrota. A Bíblia nos ensina a desconfiar do poder humano e nos encoraja a confiar no poder divino. Aquele que é verdadeiramente convertido é iluminado. [...] Suas pala- vras, motivos e ações podem ser mal interpretados e falsificados, mas ele não se importa com isso porque tem interesses maiores em jogo. [...] Não ambiciona ostentar-se nem deseja o louvor das pessoas. Sua esperança está no Céu e mantém-se avançando para ele com os olhos fixos em Jesus. Ele age retamente. 20Por meio de suas boas obras, os seguidores de Cristo devem trazer gló- ria, não para si mesmos, mas para Aquele mediante cuja graça e poder eles operaram. É por meio do Espírito Santo que toda boa obra é efetuada, e o Espírito é dado para glorificar, não o recebedor, mas o Doador. Quando a luz de Cristo brilha no coração, os lábios se encherão de louvor e ação de graças a Deus. As orações de vocês, o cumprimento de seus deveres, sua beneficên- cia, sua abnegação, não serão o tema de seus pensamentos ou conversação. Jesus será engrandecido, o eu oculto, e Cristo aparecerá como tudo em todos (Vidas que Falam, 25 de dezembro). 3 Quando os homens e mulheres puderem compreender mais plenamente a magnitude do grande sacrifício feito pela Majestade do Céu em morrer em lugar do ser humano, então será exaltado o plano da salvação e as reflexões sobre o Calvário despertarão ternas, sagradas e vivas emoções no espírito cristão. Terão no coração e nos lábios louvores a Deus e ao Cordeiro. Orgulho e egoísmo não podem florescer no coração que guarda vivas na memória as cenas do Calvário. Este mundo terá pouco valor para aqueles que reco- nhecem o grande preço da redenção humana: o precioso sangue do que- rido Filho de Deus. Nem toda a riqueza do mundo é suficiente em valor para redimir uma pessoa a perecer. Quem pode medir o amor experimentado por Cristo para com um mundo perdido, ao ser suspenso na cruz, sofrendo pelas culpas dos pecadores? Esse amor foi imenso, infinito (Exaltai-0, 29 de janeiro). SEGUNDA, 12 DE JANEIRO Morrer é luero Quantos anos temos permanecido no jardim do Senhor? E que frutos temos produzido para o Mestre? Como temos nos apresentado ao olhar exa- minador de Deus? Estamos avançando em reverência, amor, humildade e confiança Nele? Mantemos viva a gratidão por todas as Suas misericórdias? Buscamos abençoar os que estão ao nosso redor? Manifestamos o espírito de Jesus em nosso lar? Temos ensinado Sua Palavra a nossos filhos e lhes reve- lado as maravilhosas obras do Senhor? o cristão deve representar Jesus não apenas sendo bom, mas também praticando o bem. Assim, sua vida exalará um suave perfume e refletirá uma beleza de caráter que testificará que é, de fato, filho de Deus e herdeiro do Céu. Irmãos, não sejam mais servos negligentes. Toda alma tem de lutar com suas inclinações. Cristo não veio salvar os seres humanos em seus pecados, mas de seus pecados. Ele tornou possível que tenhamos um caráter santo; não se contentem, portanto, com defeitos e imperfeições. Embora deva- mos buscar diligentemente a perfeição de caráter, precisamos nos lembrar, porém, de que a santificação não é a obra de um momento, mas de toda a vida. Paulo disse: "Dia após dia, morro!" (1Co 15:31). A obra de vencer deve 21ser contínua. Cada dia temos de resistir à tentação e obter a vitória sobre o egoísmo em todas as suas formas. Dia a dia devemos acalentar amor e humildade, e cultivar em nós mes- mos todas as virtudes de caráter que agradarão a Deus e nos adaptarão para a abençoada sociedade do Céu. A todos os que procuram realizar essa obra, a promessa é muito preciosa: vencedor será assim vestido de ves- tiduras brancas, e de modo nenhum apagarei o seu nome do Livro da Vida; pelo contrário, confessarei o seu nome diante de Meu Pai e diante dos Seus 3 anjos" (Ap 3:5; E Recebereis Poder, 10 de dezembro). Mais perto de Cristo estará aquele que, na Terra, mais profundamente viveu Seu abnegado amor amor que se ensoberbece, [...] não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal" (1Co 13:4, 5) -, amor que leva o discípulo, como ocorreu com o Senhor, a dar tudo, a viver, trabalhar e sacrificar-se, até a própria morte, pela salvação da humani- dade. Essa disposição foi manifestada na vida de Paulo. Ele declarou: "Para mim, o viver é Cristo", pois sua vida revelava Cristo aos seres humanos; "e o morrer é lucro" lucro para Cristo; a própria morte mostraria 0 poder de Sua graça e atrairia as pessoas para Ele. "Será Cristo engrandecido no meu corpo", disse o apóstolo, "quer pela vida, quer pela morte" (Fp 1:21, 20; Desejado de Todas as Nações, p. 436). TERÇA, 13 DE JANEIRO Viver e morrer por Cristo Para Paulo, a cruz era o único objeto de supremo interesse. Desde que havia sido detido em sua jornada de perseguição contra os seguidores do crucificado Nazareno, jamais deixara de se gloriar na cruz. Nessa ocasião, fora-lhe dada uma revelação do infinito amor de Deus demonstrado na morte de Cristo; e uma transformação maravilhosa havia acontecido em sua vida, pondo em harmonia com o Céu todos os seus planos e propósi- tos. Desde esse momento, Paulo se tornara um novo homem em Cristo. Ele sabia por experiência pessoal que, quando um pecador uma vez contem- pla o amor do Pai, como se vê no sacrifício de Seu Filho, e se rende à divina influência, acontece uma mudança de coração e, desde então, Cristo é tudo em todos. Por ocasião de sua conversão, Paulo havia sido inspirado com 0 incon- tido desejo de ajudar seus semelhantes a contemplar Jesus de Nazaré como o Filho do Deus vivo, poderoso para transformar e salvar. Desde então, sua vida fora inteiramente dedicada ao esforço para retratar o amor e poder do Crucificado. Seu grande coração alcançava todos os tipos de pessoas. "Sou devedor", declarou, "tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes" (Rm 1:14). 0 amor para com o Senhor da glória, a quem tão implacavelmente havia perseguido na pessoa de Seus santos, era princípio 22que atuava em sua conduta, o motivo que o impulsionava. Quando seu fervor no caminho do dever diminuía, um olhar para a cruz e para o amor admirá- vel ali revelado era suficiente para fortalecer sua mente e motivá-lo a pros- seguir na estrada da abnegação. [...] No poder do Espírito, Paulo relatou a história de sua própria conversão miraculosa e de sua confiança nas Escrituras do Antigo Testamento. [...] Suas palavras foram pronunciadas com solene fervor [...] que ele amava com todo o coração o Salvador crucificado e ressurgido. Viam que sua mente estava centralizada em Cristo e que toda a sua vida estava ligada ao seu 3 Senhor. [...] Paulo reconheceu que sua capacidade não estava em si mesmo, mas na presença do Espírito Santo, cuja benigna influência enchia seu cora- ção, sujeitando cada pensamento a Cristo. Ele falava de si como alguém que levava "sempre no corpo o morrer de Jesus, para que também a vida Dele se manifeste em nosso corpo" (2Co 4:10). Cristo era a figura central nos ensi- nos do apóstolo. Ele declarou: "Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim" (Gl 2:20). o eu havia sido apagado, e Cristo, revelado e exaltado (Exaltai-0, 20 de agosto). QUARTA, 14 DE JANEIRO Permaneçam firmes na unidade Em sua carta à igreja de Éfeso, Paulo apresentou perante os membros o do evangelho" (Ef 6:19) as "insondáveis riquezas de Cristo" (Ef 3:8) e então lhes assegurou suas fervorosas orações em favor de sua prosperidade espiritual: "Eu me ponho de joelhos diante do Pai. [...] Peço a Deus que, segundo a riqueza da Sua glória, conceda a vocês que sejam forta- lecidos com poder, mediante o Seu Espírito, no íntimo de cada um. E assim, pela fé, que Cristo habite no coração de vocês, estando vocês enraizados e alicerçados em amor. Isto para que, com todos os santos, vocês possam compreender qual é a largura, o comprimento, a altura e a profundidade e conhecer amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que vocês fiquem cheios de toda a plenitude de Deus" (Ef 3:14, 16-19). Ele escreveu também aos seus irmãos de Corinto: "Aos santificados em Cristo Jesus, [...] que a graça e a paz de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo estejam com vocês. Sempre dou graças ao meu Deus por vocês, por causa da graça de Deus que foi dada a vocês em Cristo Jesus. Porque em tudo vocês foram enriquecidos Nele, em toda a palavra e em todo o conheci- mento, assim como o testemunho de Cristo tem sido confirmado em vocês, de maneira que não lhes falta nenhum dom, enquanto aguardam a revela- ção de nosso Senhor Jesus Cristo" (1Co 1:2-7). Essas palavras são dirigidas não somente à igreja de Corinto, mas a todo o povo de Deus até fim dos tempos. Todo cristão pode desfrutar a bênção da santificação. 23o apóstolo continua nestes termos: "Irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, peço-lhes que todos estejam de acordo naquilo que falam e que não haja divisões entre vocês; pelo contrário, que vocês sejam unidos no mesmo modo de pensar e num mesmo propósito" (v. 10). Paulo não teria apelado para eles a fim de que fizessem o impossível. A união é 0 resultado certo da perfeição cristã. [...] o próprio apóstolo se esforçava para alcançar a mesma norma de san- tidade que havia apresentado aos seus irmãos. [...] Paulo não hesitava em 3 salientar, em toda ocasião oportuna, a importância da santificação bíblica. Ele disse: "Vocês sabem quantas instruções demos a vocês da parte do Senhor Jesus. Pois a vontade de Deus é a santificação de vocês" (1Ts 4:2, 3). "Assim, meus amados, como vocês sempre obedeceram, não só na minha presença, porém, muito mais agora, na minha ausência, desenvolvam a sua salvação com temor e tremor, porque Deus é quem efetua em vocês tanto 0 querer como o realizar, segundo a Sua boa vontade. Façam tudo sem mur- murações nem discussões, para que sejam irrepreensíveis e puros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual vocês brilham como luzeiros no mundo" (Fp 2:12-15; Refletindo a Cristo, 25 de março). QUINTA, 15 DE JANEIRO Unidos e destemidos Félix sentiu que as palavras de Paulo eram verdadeiras. Sua memória retornou ao passado de culpa. Com terrível clareza, relembrou os segre- dos de sua vida devassa e sanguinária, e o relatório tenebroso de seus últi- mos anos. Viu a si mesmo como imoral, cruel e ganancioso. Nunca antes a verdade tinha sido levada tão claramente ao íntimo de seu coração. Nunca antes sua alma se enchera de tamanho terror. pensamento de que todos os segredos de sua carreira de crimes estavam abertos aos olhos de Deus, e que ele seria julgado conforme suas obras, fez com que ele tremesse de pavor. No entanto, em vez de permitir que suas convicções guiassem ao arre- pendimento, procurou livrar-se dessas reflexões indesejáveis. A conversa com Paulo foi abreviada. "Basta, por enquanto! Pode sair", disse; "quando achar conveniente, mandarei chamá-lo de novo" (At 24:25, NVI). Como é amplo o contraste entre o procedimento de Félix e 0 do carce- reiro de Filipos! Os servos do Senhor foram levados acorrentados ao guarda da prisão, como Paulo a Félix. A evidência que deram de estar sendo susten- tados por um divino poder, seu regozijo diante do sofrimento e da adversi- dade, sua coragem quando a terra vacilou com o terremoto e seu espírito de perdão semelhante ao de Cristo levaram a ao coração do carce- reiro, que, trêmulo, confessou seus pecados e encontrou perdão. Félix tre- meu, mas não se arrependeu. Alegremente, carcereiro abriu ao Espírito 24de Deus o coração e o lar; Félix ordenou que o mensageiro divino se reti- rasse. Um escolheu tornar-se filho de Deus e herdeiro do Céu; o outro pre- feriu estar entre os que praticavam a iniquidade (Atos dos Apóstolos, p. 270). "Portanto, no dia de hoje testifico diante de vocês que estou limpo do sangue de todos, porque jamais deixei de lhes anunciar todo o plano de Deus" (At 20: 26, 27). Nenhum medo de causar escândalo, nenhum desejo de amizade ou de aplausos poderia levar Paulo a reter as palavras que Deus lhe dera para instrução, advertência ou correção deles. Deus requer de Seus servos hoje coragem na pregação da Palavra e 3 na exposição de seus preceitos. ministro de Cristo não deve apresentar ao povo apenas as verdades mais agradáveis, retendo outras que possam machucá-los. Ele deve observar com profundo interesse o desenvolvimento do caráter. Se vir que alguém no rebanho está acariciando o pecado, precisa como fiel pastor transmitir os ensinos da Palavra de Deus que se apliquem ao caso. Se ele permitir que, em sua autossuficiência, a pessoa continue sem ser advertida, será responsabilizado por sua perdição. o pastor que cumpre sua elevada responsabilidade deve dar ao povo uma instrução precisa sobre cada ponto da fé cristã, mostrando o que necessi- tam ser e fazer para se apresentarem perfeitos no Dia de Deus. Unicamente aquele que é um fiel ensinador da verdade poderá, ao fim de seu traba- lho, dizer como Paulo: "Estou limpo do sangue de todos" (At 20:26; Atos dos Apóstolos, p. 250, 251). SEXTA, 16 DE JANEIRO Estudo adicional Para aquele que crê, Cristo é a ressurreição e a vida. Em nosso Salvador, a vida que se perdeu por causa do pecado é restaurada, pois Jesus pos- sui vida em Si mesmo, para concedê-la a quem Ele quiser. Está investido do direito de conceder a imortalidade. A vida que Ele entregou como ser humano, reassumiu e concede à humanidade. "Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância" (Jo 10:10). "Aquele [...] que beber da água que Eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que Eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna" (Jo 4:14). "Quem comer a Minha carne e beber o Meu sangue tem a vida eterna, e Eu o ressuscitarei no último dia" (Jo 6:54). Para aquele que crê, a morte é de pouca importância. Cristo fala dela como possuindo pouco valor. "Se alguém guardar a Minha palavra, nunca verá a morte", "nunca provará a morte" (Jo 8:51, 52, ARC). Para o cristão, a morte é apenas um sono, um momento de silêncio e escuridão. A vida está escondida com Cristo em Deus, e "quando Cristo, que é a nossa vida, Se manifestar, então, vós também sereis manifestados com Ele, em glória" (Cl 3:4) (O Desejado de Todas as Nações, p. 631, 632). 254 Unidade por meio da humildade SÁBADO, 17 DE JANEIRO I nsisto com o nosso povo para que toda atitude de crítica e maledicên- cia, e se dirija a Deus em fervorosa oração, pedindo-Lhe que ajude os que se desviaram. Que se unam uns aos outros, e também com Cristo. Estudem o capítulo 17 de João e aprendam como orar e viver a oração de Cristo. Ele é Consolador, e habitará em seus corações tornando a sua alegria completa. Suas palavras lhes serão como o Pão da Vida, e na força assim obtida serão habilitados a desenvolver caráter que será uma honra para Deus. Existirá entre eles perfeita comunhão cristã. Em sua vida serão vistos os frutos que sempre aparecem como resultado de obediência à verdade. Façamos da oração de Cristo a norma de nossa vida, para que possamos formar caráter que revele ao mundo o poder da graça de Deus. Que se fale menos em pequenas diferenças, e se estude mais diligentemente 0 que a ora- ção de Cristo significa para os que creem em Seu nome. Devemos orar para que haja união, e então viver de tal modo que Deus possa atender nossas orações. Perfeita unidade uma união tão íntima como a que existe entre 0 Pai e o Filho é isso que coroará de êxito os esforços dos obreiros de Deus. Completa união com Cristo e entre si é absolutamente necessária para a perfeição dos crentes. A presença de Cristo pela fé no coração dos crentes se constitui seu poder, sua vida. [...] A união com Deus por meio de Cristo torna a igreja perfeita. Aquele que procura servir a outros com abnegação e espírito de sacrifício receberá os atributos de caráter que são louváveis perante Deus e desenvol- vem a sabedoria, a verdadeira paciência, tolerância, bondade e compaixão. Isso o coloca na posição mais elevada no reino de Deus. Nada pode aperfeiçoar a unidade na igreja, a não ser um espírito de tole- rância cristã. Satanás pode semear a discórdia; unicamente Cristo pode har- monizar os elementos discordantes. [...] Quando, como obreiros individuais da igreja, vocês amarem a Deus acima de tudo, e ao próximo como a vocês mesmos, não haverá penosos esforços para estar em união, pois haverá uni- dade em Cristo, os ouvidos estarão fechados às denúncias, e ninguém levan- tará acusações contra o seu próximo. Os membros da igreja nutrirão amor e união e serão como que uma grande família. Então ostentaremos perante mundo as credenciais que testificarão que Deus enviou o Seu Filho ao mundo. Cristo disse: "Nisto todos conhecerão que vocês são Meus discípulos: se tive- rem amor uns aos outros" (Jo 13:35; Refletindo a Cristo, 5 de julho). 26DOMINGO, 18 DE JANEIRO Desunião em Filipos Deus pode tornar os mais humildes seguidores de Cristo mais preciosos do que ouro fino, mais ainda que precioso ouro de Ofir, se eles se entrega- rem à Sua mão transformadora. Devem estar determinados a fazer o mais nobre uso de cada habilidade e oportunidade. A Palavra de Deus deve ser seu estudo e guia, ao decidirem o que é mais elevado e melhor em todos os casos. o caráter irrepreensível, o Modelo perfeito diante deles exposto no evangelho, deve ser estudado com o mais profundo interesse. A lição essen- cial a ser aprendida é que só a bondade é verdadeira grandeza. [...] o mais débil seguidor de Cristo entrou em aliança com o Poder infinito. Em muitos casos, Deus pouco pode fazer por homens e mulheres instruí- 4 dos, porque não sentem necessidade de apoiar-se Naquele que é a fonte de toda a sabedoria. [...] Se você confia em sua própria força e sabedoria, certamente falhará. Deus pede inteira e completa consagração, e não aceitará qualquer coisa aquém disso. Quanto mais difícil for a sua posição, tanto mais necessitará de Jesus. o amor e o temor de Deus conservaram José puro e incontaminado na corte do rei. [...] Ninguém pode ficar a uma extraordinária altura, isento de perigo. A tempestade poupa a humilde flor do vale, enquanto arranca do solo a majestosa árvore no topo da montanha. Há muitas pessoas que Deus pode- ria ter usado na pobreza poderia tê-las tornado úteis ali, coroando-as de glória posteriormente -, mas a prosperidade as arruinou. Foram arrastadas para o abismo porque se esqueceram de ser humildes esqueceram-se de que Deus era sua força e se tornaram independentes e autossuficientes. José suportou a prova do caráter na adversidade, e o ouro não se ofus- cou na prosperidade. Revelou a mesma sagrada consideração para com a vontade de Deus junto ao trono, como quando na cela de prisioneiro. José levava sua religião a toda parte, e era esse o segredo de sua inabalável fide- lidade. Como representantes de Cristo, vocês devem possuir o poder da bon- dade. Devem estar escondidos em Jesus. Não estarão seguros, a menos que segurem a mão de Cristo. Precisam guardar-se de toda presunção e acalen- tar aquele espírito que preferiria sofrer a pecar. Nenhuma vitória que pode- rão conquistar será tão preciosa quanto aquela obtida sobre o eu. A ambição egoísta e o desejo de supremacia morrerão quando Cristo tomar posse das afeições (Cristo Triunfante, 28 de março). SEGUNDA, 19 DE JANEIRO A fonte da unidade o cristão é chamado a buscar elevadas conquistas, mas quão distantes nossas práticas estão desse ideal! Se nossa conduta estivesse em harmonia 27com a ordem de nosso Senhor, o resultado seria glorioso. Ele diz: "Não peço somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em Mim, por meio da palavra que eles falarem, a fim de que todos sejam um. E como Tu, ó Pai, estás em Mim e Eu em Ti, também eles estejam em Nós, para que o mundo creia que Tu Me enviaste" (Jo 17:20, 21). [...] Jesus não orou pelo que não podia ser obtido por nós, e se essa uni- dade é possível, por que os que são seguidores professos de Cristo não se esforçam mais diligentemente para obter essa condição de graça? Quando formos um com Cristo, seremos um com os Seus seguidores. A grande necessidade da alma é Jesus, a esperança da glória. Essa unidade pode ser obtida por meio do Espírito Santo, e o amor pelos irmãos será abun- 4 dante, fazendo que as pessoas reconheçam que temos estado com Jesus e aprendido Dele. Nossa vida será um reflexo de Seu santo caráter. Como crentes Nele, representaremos Sua mansidão de espírito e a suavidade de Seu trato. As pessoas que compõem a igreja de Deus precisam atender individualmente à oração de Cristo, até que todos cheguemos à unidade do Espírito. o que causa dissensão e discórdia? É o resultado de andarmos sepa- rados de Cristo. Distantes Dele, perdemos nosso amor por Ele e nos tor- namos indiferentes aos Seus seguidores. Quanto mais os raios de luz se afastam do centro, mais eles se separam uns dos outros. Cada crente é um raio de luz de Cristo, o Sol da Justiça. Quanto mais perto andar- mos de Cristo, o centro de todo o amor e luz, mais profundo será nosso afeto pelos Seus portadores de luz. Quando os santos são atraídos para bem perto de Cristo, inevitavelmente se aproximam uns dos outros, pois a santificadora graça de Cristo lhes unirá os corações. Não é pos- sível amar a Deus e, no entanto, deixar de amar os irmãos (E Recebereis Poder, 19 de março). A porta do coração precisa ser aberta para o Espírito Santo, pois Ele é o Santificador, e a verdade é o instrumento. Precisa haver aceitação da verdade tal e qual é em Jesus. Esta é a única genuína santificação: "A Tua palavra é a verdade" (Jo 17:17). Leia a oração de Cristo em favor da uni- dade: "Guarda em Teu nome aqueles que Me deste, para que sejam um, assim como Nós" (Jo 17:11). A oração de Cristo não é apenas por aqueles que agora são Seus discípulos, mas por todos os que irão crer em Cristo através das palavras de Seus discípulos, até o fim do mundo. [...] o Senhor tem uma igreja desde aqueles dias, que atravessou as várias cenas do tempo até chegar ao atual período. [...] A Bíblia apresenta diante de nós uma igreja modelo. Seus membros devem manter-se em união uns com os outros e com Deus. Quando os crentes estão unidos em Cristo, a videira verdadeira, tornam-se um com Ele, cheios de compaixão, mansi- dão e amor (Refletindo a Cristo, 4 de julho). 28TERÇA, 20 DE JANEIRO Implante mental ou cirurgia mental? Mesmo os pensamentos têm de ser postos em sujeição à vontade de Deus, e os sentimentos sob controle da razão e da religião. Nossa imagina- ção não nos foi dada para ser deixada à solta, seguindo livremente a pró- pria vontade, sem nenhum esforço nosso para restringi-la e discipliná-la. Se os pensamentos estiverem equivocados, nossos sentimentos seguirão o mesmo caminho; juntos, os sentimentos e os pensamentos formam o caráter moral. o poder do pensamento reto é mais precioso do que uma barra de ouro de Ofir. [...] Devemos valorizar muito o devido controle de nossos pensamen- tos, pois esse controle prepara a mente e o coração para trabalharem har- 4 moniosamente pelo Mestre. É necessário, para nossa paz e felicidade nesta vida, que nossos pensamentos se centrem em Cristo. Uma pessoa se torna aquilo em que ela pensa. Nosso aperfeiçoamento na pureza moral depende tanto do pensamento correto quanto da conduta adequada. [...] Os pensamentos maus destroem a alma. o poder de Deus para converter transforma o coração, refinando e purificando os pensamentos. A menos que se faça resoluto esforço por man- ter os pensamentos centrados em Cristo, a graça não pode se manifestar na vida. A mente tem de se empenhar na milícia espiritual. Cada pensamento deve ser submetido à autoridade de Cristo. Todos os hábitos têm de ser pos- tos sob o controle de Deus. Precisamos de uma constante intuição do enobrecedor poder dos pensa- mentos puros, e da influência nociva dos pensamentos maus. Direcionemos nossos pensamentos para coisas santas. Que sejam puros e verdadeiros, pois a única segurança para toda pessoa está no pensamento correto. Devemos utilizar todos os recursos que Deus nos deu para o controle e cultivo de nos- sos pensamentos. Devemos colocar nossa mente em harmonia com a mente divina. A verdade de Deus nos santificará, corpo, alma e espírito, e seremos habilitados a vencer a tentação. A educação do coração, o domínio dos pensamentos, em cooperação com o Espírito Santo, resultarão no controle das palavras. Isso é a verdadeira sabedoria, e garantirá paz de espírito, contentamento e calma. Haverá ale- gria na contemplação das riquezas da graça de Deus (Nos Lugares Celestiais, 6 de junho). Ceder à tentação começa quando permitimos que nossa mente vacile, que seja incoerente com nossa confiança em Deus. maligno está sempre à espreita de uma oportunidade para desfigurar a Deus e atrair a mente para o que é proibido. Se ele puder, irá fixá-la nas coisas do mundo. Procurará esti- mular as emoções, despertar os desejos, consolidar as afeições no que não é para o seu bem; cabe a vocês, portanto, manter toda emoção e desejo sob 29domínio, em calma sujeição ao entendimento e à consciência. Então Satanás perde o poder de controlar a mente. A obra a que Cristo nos chama é a de ven- cer progressivamente o mal espiritual em nosso caráter. As tendências natu- rais devem ser vencidas. [...] apetite e o desejo precisam ser dominados, e a vontade inteiramente posta do lado de Cristo (Nossa Alta Vocação, 22 de março). QUARTA, 21 DE JANEIRO A mente de Cristo A Palavra de Deus é o grandioso instrumento que persuade as pessoas não convertidas, convencendo-as de sua necessidade do Salvador que per- doa os pecados. 4 plano da salvação junta as santas influências do passado e a luz atual. Essas influências são ligadas pela áurea corrente de amorosa obediência. Receber a Cristo pela fé e curvar-se em submissão à vontade de Deus faz de homens e mulheres filhos e filhas de Deus. Pelo poder que só Salvador pode conceder, eles se tornam membros da família real, herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo. [...] Amar a Deus de todo o coração e ser participante com Cristo em Sua humilhação e sofrimento significa mais do que muitos supõem. A expiação de Cristo é a grandiosa verdade central em torno da qual se agrupam todas as verdades que dizem respeito à grande obra da redenção. A mente do ser humano deve se unir à mente de Cristo. Essa união santifica 0 entendi- mento, dando clareza e vigor aos pensamentos. [...] o mundo é nosso campo de atividade missionária, e devemos dirigir- nos ao nosso trabalho circundados pela atmosfera do Getsêmani e do Calvário 3 de agosto). Quão gloriosas são as possibilidades postas diante da raça caída! Por meio de Seu Filho, Deus revelou a excelência a que o ser humano é capaz de atingir. Pelos méritos de Cristo, ser humano é erguido de seu estado depravado, é limpo e feito mais precioso do que o ouro de Ofir. Torna-se possível que uma pessoa participe com os anjos na glória e reflita a ima- gem de Jesus Cristo [...]. Contudo, quão raramente ele percebe a que alturas poderia atingir se permitisse que Deus dirigisse cada um de seus passos! Deus permite que cada pessoa exerça sua própria individualidade. Deseja que ninguém venha a imergir a mente na de um semelhante, mortal. Os que desejam ser transformados em espírito e caráter não devem olhar aos seres humanos, mas ao Exemplo divino. Deus faz o convite: "Tenham entre vocês o mesmo modo de pensar de Cristo Jesus" (Fp 2:5). Pela conversão e trans- formação, os seres humanos devem receber o espírito de Cristo. Cada um deve estar diante de Deus com uma fé individual, uma experiência indivi- dual, sabendo por si mesmo que Cristo Se acha formado no interior, a espe- rança da glória. [...] 30Temos como nosso exemplo Alguém que é tudo em todos, o primeiro entre 10 mil, Alguém cuja excelência se acha além de qualquer comparação. Ele benignamente adaptou Sua vida à imitação universal. Reunidas em Cristo estão a riqueza e a pobreza; a majestade e a humilhação; poder ilimitado, e mansidão e humildade que se poderão refletir em toda pessoa que receber. [...] Quem dera que apreciássemos mais plenamente a honra a nós conferida por Cristo! Tomando Seu jugo e aprendendo Dele, nós nos tornamos como Ele em nobreza, mansidão e humildade, na fragrância do caráter, e unidos com Ele em atribuir louvor e honra a Deus como o Ser Supremo. Os que vivem à altura de seus altos privilégios nesta vida receberão eterno galardão na vida futura. Se formos fiéis, nos uniremos aos músicos celestiais, cantando com doces acordes hinos de louvor a Deus e ao Cordeiro (Para Conhecê-Lo, 8 de maio). 4 QUINTA, 22 DE JANEIRO mistério da piedade Antes que esse maravilhoso e incalculável dom fosse concedido, todo o universo celestial moveu-se num esforço de compreender o insondável amor de Deus e para despertar no coração da humanidade um reconhecimento pro- porcional ao valor do dom. Havemos nós, por quem Cristo deu a vida, de vaci- lar entre dois pensamentos? Não daremos a Deus senão uma migalha das faculdades de nossa natureza? Não devolveremos senão uma parcela da capa- cidade e energias que nos foram emprestadas por Deus? Podemos nós assim proceder, quando sabemos que Aquele que era o Comandante de todo o Céu [...], considerando o desamparo da humanidade, veio à Terra com a natureza humana a fim de tornar-nos possível unir nossa humanidade à Sua divindade? Ele Se fez pobre para que nos fosse dado entrar na posse do tesouro celestial, incomparável e eterno peso de glória. Para salvar a raça caída, Ele desceu de humilhação em humilhação, até que o divino-humano Cristo sofredor fosse levantado na cruz de modo a atrair a Si todos os seres huma- nos. o Filho de Deus não poderia haver manifestado maior condescendên- cia; não poderia haver baixado a maior profundeza. Esse é o mistério da piedade, o mistério que tem inspirado os seres celestiais a ministrar de tal maneira por meio da humanidade caída, que se despertará no mundo um intenso interesse no plano da salvação. Este é o mistério que moveu o Céu inteiro a unir-se com o ser humano na execu- ção do grande plano divino da salvação de um mundo arruinado, para que homens e mulheres sejam levados, pelos sinais no céu e na Terra, a se pre- pararem para a segunda vinda de nosso Senhor. [...] Como Cabeça da igreja, Cristo está, com autoridade, chamando toda pes- soa que professa crer Nele a seguir-Lhe exemplo de abnegação e sacrifício. [...] [Essas pessoas] são chamadas a se reunirem sem demora sob a bandeira ensanguentada de Cristo Jesus. Sem nada reter, devem fazer inteira oferta 31para alcançar o resultado incomensurável e eterno: a salvação de pessoas (Para Conhecê-Lo, 16 de março). A divindade de Cristo é para ser firmemente mantida. Quando o Salvador indagou a Seus discípulos: "Quem dizem que Eu sou?" Pedro respondeu: Senhor é o Cristo, o Filho do Deus vivo" (Mt 16:15, 16). Disse Cristo, "Sobre esta pedra", não sobre Pedro, mas sobre o Filho de Deus, "edificarei a Minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16:18). Grande é o mistério da santidade. Há mistérios na vida de Cristo que devem ser cridos, mesmo que não possam ser explicados (Olhando Para Alto, 13 de fevereiro). SEXTA, 23 DE JANEIRO 4 Estudo adicional Os que creem em Cristo e andam humildemente com Ele, não lutando pela supremacia, e que observam para ver o que podem fazer para ajudar, aben- çoar e fortalecer a alma dos outros, cooperam com os anjos que ministram aos que serão herdeiros da salvação. Jesus lhes dá graça, sabedoria e justiça, tor- nando-os uma bênção a todos aqueles com os quais são postos em contato. Quanto mais humildes eles forem em sua própria estima, tanto mais bênçãos receberão de Deus, porque receber não os exalta. Fazem correto uso de suas bênçãos, pois recebem para comunicar (Este Dia com Deus, 13 de dezembro). À medida que o amor de Cristo nos enche o coração e nos rege a vida, a cobiça, o egoísmo e o amor da comodidade serão vencidos, e nosso prazer con- sistirá em fazer a vontade de Cristo, de quem professamos ser servos. Nossa felicidade será então proporcional às nossas obras abnegadas, inspiradas pelo amor de Jesus. No plano da salvação, a sabedoria divina designou a lei da ação e reação, tornando a obra de beneficência em todos os seus ramos duplamente bendita. o que dá aos necessitados beneficia a outros, e é ele próprio beneficiado em grau ainda maior. Deus poderia haver conseguido Seu objetivo na salvação dos pecadores sem o auxílio do homem; sabia, porém, que homem não podia ser feliz sem desempenhar uma parte na grande obra em que cultivaria a abne- gação e a beneficência (Testemunhos Para a Igreja, V. 3, p. 316). HINÁRIO MKT DO SÉTIMO DIA 32Brilhando como estrelas na noite 5 SÁBADO, 24 DE JANEIRO N a parábola, as virgens prudentes tinham óleo em seus frascos com as lâmpadas. Suas lâmpadas brilharam com chama contínua pela noite de vigília. Contribuíram para aumentar a iluminação em honra do esposo. Bri- lhando na escuridão, auxiliaram a iluminar o caminho para o lar do esposo, para a ceia de bodas. Assim também os seguidores de Cristo devem irradiar luz nas trevas do mundo. Pela atuação do Espírito Santo, a Palavra de Deus é uma luz quando se torna um poder transformador na vida de quem a recebe. Implantando em seu coração os princípios de Sua Palavra, o Espírito Santo desenvolve nas pessoas os atributos de Deus. A luz de Sua glória Seu caráter deve refletir-se em Seus seguidores. Assim devem glorificar a Deus e iluminar o caminho para a mansão do esposo, para a cidade de Deus e para o banquete de bodas do Cordeiro. A vinda do esposo foi à meia-noite a hora mais escura. Assim a vinda de Cristo será no período mais tenebroso da história deste mundo. Os dias de Noé e de Ló ilustram a condição do mundo exatamente antes da vinda do Filho do Homem. Apontando para esse tempo, as Escrituras declaram que Satanás trabalhará "com todo poder, sinais e prodígios da mentira" (2Ts 2:9). Sua obra é revelada claramente pelas trevas que se adensam rapi- damente, pela multidão de erros, heresias e enganos destes últimos dias. Satanás não leva somente o mundo cativo; suas ilusões infectam até as pro- fessas igrejas de nosso Senhor Jesus Cristo. A grande apostasia se desen- volverá em trevas tão densas como as da meia-noite, impenetráveis como a mais intensa escuridão. Para o povo de Deus, será uma noite de prova, noite de lamentação, noite de perseguição por causa da verdade. Contudo, nessa noite de trevas brilhará a luz de Deus. Ele faz com que "das trevas resplandeça a luz" (2Co 4:6). Quando a Terra era sem forma e vazia, "havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus Se movia sobre as águas. Então Deus disse: 'Haja luz!' E houve luz" (Gn 1:2, 3). Também na noite das trevas espirituais a Palavra de Deus diz: "Haja luz!" Ele ordena ao Seu povo, conforme diz a Escritura: "Levante-se, resplandeça, porque já vem a sua luz, e a glória do SENHOR está raiando sobre você. Porque eis que as trevas cobrem a Terra, e a escuridão envolve os povos; mas sobre você aparece resplandecente o SENHOR, e a Sua glória já está brilhando sobre você" (Is 60:1, 2; Refletindo a Cristo, 16 de julho). 33DOMINGO, 25 DE JANEIRO Desenvolvendo 0 que Deus efetua em nós Enquanto Jesus, nosso Intercessor, pleiteia por nós no Céu, 0 Espírito Santo efetua em nós tanto o querer como o realizar, segundo a Sua boa von- tade. Todo o Céu está interessado na salvação do ser humano. Então, que razão temos nós para duvidar de que o Senhor quer ajudar-nos, e nos ajuda? Nós que ensinamos o povo precisamos ter pessoalmente vital ligação com Deus. No Espírito e na Palavra, devemos ser para o povo como um manan- cial, porque Cristo é em nós uma fonte a jorrar para a vida eterna. A tristeza e o sofrimento podem provar nossa paciência e nossa fé; mas brilho da presença do Invisível está conosco, e temos de esconder o próprio eu atrás de Jesus. Falem à igreja de maneira a incutir ânimo; elevem-na a Deus em ora- ção. Digam-lhes que, quando pecarem e sentirem que não podem orar, é então o momento de orar. Muitos julgam ter sido humilhados por seus fra- 5 cassos e, em vez de vencer, foram derrotados pelo inimigo. A mundanidade, o egoísmo e a sensualidade os têm enfraquecido, e pensam ser inútil buscar aproximar-se de Deus; mas esse pensamento é sugestão do inimigo. Talvez se encontrem envergonhados e profundamente humilhados; mas devem orar e crer. Ao confessarem os seus pecados, Aquele que é fiel e justo lhes perdoará os pecados, purificando-os de toda injustiça (1Jo 1:9). Ainda que a mente vagueie na oração, não fiquem desalentados; tragam-na de volta ao trono, e não deixem propiciatório até que alcancem a vitória. Vocês devem pensar que sua vitória será confirmada por forte emoção? Não; "esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé" 5:4). 0 Senhor conhece seu desejo; pela fé, mantenham-se perto Dele, e esperem receber Espírito Santo. A função do Espírito Santo é reger todos os nossos exercícios espirituais. o Pai nos deu Seu Filho para que, por meio Dele, o Espírito Santo pudesse vir até nós e conduzir-nos ao Pai. Por esse meio divino, temos espírito de intercessão, pelo qual podemos pleitear com Deus como alguém pleiteia com seu amigo (E Recebereis Poder, 8 de dezembro). Cristo tornou possível a cada membro da família humana resistir à ten- tação. Todos os que querem viver vida santa podem vencer como Ele venceu. Para nos apropriarmos da graça de Deus, devemos fazer a nossa parte. o Senhor não Se propõe a realizar por nós o querer ou o efetuar. Sua graça é dada para operar em nós querer e o realizar, mas nunca em substi- tuição de nosso esforço. Nossa alma tem de ser despertada para cooperar. o Espírito Santo trabalha em nós, para que possamos operar nossa salva- ção. [...] Qualidades mentais refinadas e um elevado padrão de caráter moral não são consequências do acaso. Deus dá oportunidades; o sucesso depende de como as aproveitamos. As portas abertas pela Providência devem ser logo 34percebidas e diligentemente aproveitadas. Muitas pessoas poderiam se tor- nar poderosas se, assim como Daniel, dependessem de Deus para receber graça a fim de ser vitoriosas, e força e eficiência para realizar seu trabalho (Maravilhosa Graça, 13 de abril). SEGUNDA, 26 DE JANEIRO Luz em um mundo escuro Devemos refletir o caráter de Jesus. Em toda parte, quer na igreja, no lar ou nas relações sociais com os nossos vizinhos, devemos deixar que apa- reça a encantadora imagem de Jesus. Não podemos fazer isso se não esti- vermos cheios de Sua plenitude. Se ficássemos mais familiarizados com Jesus, haveríamos de amá-Lo por Sua bondade e excelência, e haveríamos de desejar ficar tão semelhantes ao Seu caráter divino que todos soubessem que temos estado com Jesus e aprendido Dele. É praticando em nossa vida os puros princípios do evangelho de Cristo que honramos e glorificamos nosso Pai, que está no Céu. Ao fazer isso, 5 estamos refletindo sobre o escuro mundo ao nosso redor a luz dada pelo Céu. Pecadores serão levados a admitir que não somos os filhos das trevas, mas os filhos da luz. Como eles saberão isso? Pelos frutos que produzimos. Pessoas podem ter seus nomes no livro da igreja; isso, porém, não as torna filhas da luz. Podem ocupar posições honrosas e receber o louvor dos seres humanos; isso, porém, não as torna filhas da luz. [...] Precisa haver uma profunda obra da graça o amor de Deus no coração, e esse amor é expresso pela obediência. É ter Cristo habitando na vida que nos confere poder espiritual e nos torna condutos de luz. Quanto mais luz tivermos, tanto mais poderemos comu- nicar a outros ao nosso redor. Quanto mais perto vivermos de Jesus, mais claros serão os conceitos que teremos de Sua amabilidade. em Sua pureza, discernimos mais claramente os nossos próprios defeitos de caráter. Ansiamos por Ele, e pela plenitude que Nele se encontra e que se destaca na perfeição do Seu caráter celestial; e pela contemplação somos transformados à Sua imagem. [...] Cada dia estamos semeando alguma espécie de semente. Se semear- mos as sementes da descrença, colheremos descrença; se semearmos orgu- lho, colheremos orgulho; se semearmos obstinação, colheremos obstinação, "pois aquilo que a pessoa semear, isso também colherá" (Gl 6:7). Nosso coração pode ficar repleto de toda a plenitude de Deus; mas há alguma coisa para nós fazermos. Não devemos acalentar nossas faltas e pecados, mas abandoná-los e apressar-nos a pôr o coração em ordem. Ao fazer isso, tomemos a chave da fé, e abramos o celeiro das abundan- tes bênçãos de Deus. [...] Há uma plenitude infinita de que se pode extrair algo; e temos a promessa de nosso Senhor divino: "Que se faça com vocês 35conforme a fé que vocês têm" (Mt 9:29). Podemos ganhar a coroa da vida, um lugar à direita de Deus, e, ao entrarmos pelas portas de pérola, ouvir as palavras mais agradáveis do que qualquer música: "Muito bem, servo bom e fiel; [...] venha participar da alegria do seu senhor" (Mt 25:23; Exaltai-0, 9 de setembro). TERÇA, 27 DE JANEIRO vivo Durante anos Senhor tem chamado a atenção de Seu povo para a reforma de saúde. Esse é um dos grandes ramos da obra de preparação para a vinda do Filho do Homem. João Batista surgiu no espírito e poder de Elias para preparar o caminho do Senhor. [...] João separou-se dos amigos e das ostentações da vida. A simplicidade de sua vestimenta, uma peça de vestuário tecida de pelos de camelo, era uma reprovação direta à extravagância e pompa dos sacerdotes judaicos e do 5 povo em geral. Seu regime alimentar, puramente vegetariano, composto de gafanhotos e mel silvestre, era uma censura à condescendência com o ape- tite e a glutonaria que prevalecia por toda parte. [...] Os que devem preparar o caminho para a segunda vinda de Cristo são representados pelo fiel Elias, assim como João veio no espírito de Elias para preparar o caminho para o primeiro advento de Cristo. o grande assunto da reforma deve ser deba- tido. [...] A temperança em tudo deve ser associada com a mensagem, para converter povo de Deus de sua idolatria, glutonaria e de sua extravagân- cia no vestir-se e em outras coisas. A abnegação, a humildade e a temperança requeridas dos justos, aos quais Deus guia e abençoa de modo especial, devem ser apresentadas ao povo em contraste com os hábitos extravagantes e destruidores da saúde daqueles que vivem nesta época degenerada. [...] Em parte alguma poderá ser encon- trada causa tão grande de degeneração física e moral como a negligência desse importante assunto. Os que consentem com o apetite e os desejos e fecham os olhos à luz pelo temor de ver as condescendências pecaminosas que estão relutando em abandonar são culpados diante de Deus. Aqueles que repelem a luz em algum ponto endurecem o coração para menosprezar a luz sobre outros assuntos. que viola as obrigações morais no que se refere ao comer e beber prepara caminho para violar as reivindicações divinas com respeito a interesses eternos. Nosso corpo não é nossa propriedade. Deus exige que cuidemos da habitação que Ele nos confiou, a fim de que possa- mos apresentar-Lhe nosso "corpo por sacrifício vivo, santo e agradável" (Rm 12:1; Vidas que Falam, 24 de setembro). Se nos fosse possível ser admitidos no Céu assim como somos, quan- tos de nós seríamos capazes de olhar para Deus? Quantos de nós traze- mos a veste nupcial? Quantos de nós estamos sem mácula ou ruga, ou coisa 36semelhante? Quantos de nós somos dignos de receber a coroa da vida? [...] A posição não faz homem. É Cristo formado no interior que torna a pessoa digna de receber a coroa da vida, que não se desvanece. Foi-me indicado o remanescente na Terra. Disse-lhe o anjo: "Vocês que- rem escapar das sete últimas pragas? [...] Então terão de morrer para que possam viver. Preparem-se, preparem-se, preparem-se! Vocês precisam ter maior preparo do que até agora. [...] Sacrifiquem tudo a Deus. Deponham tudo sobre Seu altar o eu, as propriedades e tudo o mais como um sacri- fício vivo. Tudo é exigido para que se possa entrar na glória". Cristo vem com poder e grande glória. Vem com Sua própria glória e com a glória do Pai. Vem com todos os santos anjos. [...] Ao passo que os ímpios fugirão de Sua presença, os seguidores de Cristo rejubilarão. [...] Cristo tem sido companheiro diário e amigo familiar de Seus fiéis seguidores. Viveram em contato íntimo, em comunhão constante com Deus. A glória de Deus resplandeceu sobre eles. [...] Agora se regozijam nos raios não ofuscados do resplendor e glória do Rei, em Sua majestade. Estão preparados para a 5 comunhão do Céu, pois têm o Céu no coração (Maranata, 31 de março). QUARTA, 28 DE JANEIRO Caráter provado Paulo amava Timóteo, seu "verdadeiro filho na fé" (1Tm 1:2). Muitas vezes, o grande apóstolo treinava discípulo mais jovem interrogando-o sobre a história bíblica; e, enquanto viajavam de um lugar para outro, ensinava-lhe cuidadosamente a maneira de trabalhar de forma eficaz. A afinidade entre Paulo e Timóteo começou com a conversão de Timóteo; e os laços foram se fortalecendo à medida que participavam das esperan- ças, dos perigos e labutas da vida missionária, a ponto de se identificarem como se fossem uma só pessoa. A diferença em sua idade e seu caráter tor- nou mais sincero seu amor mútuo. o fervoroso, zeloso e indomável espírito de Paulo encontrou repouso e conforto na disposição suave, conciliatória e retraída de Timóteo. o auxílio fiel e o terno amor desse companheiro pro- vado iluminou muitas horas escuras da vida do apóstolo. [...] Tudo que um filho poderia ser para um pai amado e honrado, o jovem Timóteo foi para o experimentado e solitário Paulo. [...] Paulo amava Timóteo, porque Timóteo amava a Deus. Seu inteligente conhecimento da piedade prática e da verdade conferia-lhe distinção e influência. A piedade e a influência de sua vida doméstica não eram de cate- goria vulgar, mas puras, sensatas e não corrompidas por falsas ideias. [...] A Palavra de Deus era a regra que guiava Timóteo. [...] Impressões da mais alta ordem possível eram guardadas na sua mente. Seus instrutores em casa cooperavam com Deus na educação desse jovem, preparando-o para supor- tar os encargos que viriam sobre ele ainda em tenra idade. 37Em sua obra, Timóteo buscava constantemente o conselho e a instrução de Paulo. Não agia por impulso, mas com reflexão e serenidade. [...] Nele o Espírito Santo encontrou alguém que poderia ser moldado e preparado como templo para a habitação da divina Presença. Quando as lições da Bíblia são aplicadas na vida diária, exercem pro- funda e duradoura influência sobre o caráter. Timóteo aprendeu e praticou essas lições (Vidas que Falam, 6 de dezembro). Vemos a vantagem que Timóteo teve em um correto exemplo de piedade e verdadeira devoção. A religião formava a atmosfera de seu lar. o manifesto poder espiritual da piedade no lar mantinha-o puro na linguagem e livre de todas as ideias corruptoras. Deus ordenara aos hebreus que ensinassem a seus filhos os Seus requi- sitos, e os tornassem familiares com todo o Seu trato com seus pais. Este era um dos deveres especiais de cada pai, dever que não seria delegado a nenhum outro. Em lugar de lábios estranhos, o amante coração de pais e 5 mães devia dar instrução a seus filhos. Pensamentos acerca de Deus deviam associar-se com todos os fatos da vida diária. As obras poderosas de Deus no livramento de Seu povo e as promessas do Redentor vindouro deviam ser muitas vezes contadas de novo nos lares de Israel. [...] As grandes verdades da providência de Deus e da vida futura eram gravadas na mente juvenil. Esta era ensinada a ver Deus tanto nas cenas da natureza como nas palavras da revelação. As estrelas do céu, as árvores e flores do campo, as altas mon- tanhas, as águas ondulantes dos ribeiros tudo falava do Criador. A oferta solene do sacrifício e culto no santuário, e as palavras proferidas pelos pro- fetas, eram uma revelação de Deus (Vidas que Falam, 5 de dezembro). QUINTA, 29 DE JANEIRO Epafrodito, exemplo dos que merecem honra Na Epístola aos Hebreus, há um destaque especial para a sinceridade de propósito que deve caracterizar a corrida cristã rumo à vida eterna. [...] Inveja, malícia, maus pensamentos, maledicências, cobiça tudo isso são cargas que o cristão deve deixar de lado, se quiser correr com êxito a mara- tona para a imortalidade. Cada hábito ou prática que conduz ao pecado desonra a Cristo e precisa ser abandonado, seja qual for sacrifício. [...] não sabem", perguntou Paulo, "que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio?" (1Co 9:24). Não importava com quanto entusiasmo e determinação os competidores corressem, prê- mio seria apenas de um. [...] Não é assim na luta cristã. Ninguém que se submeta às condições ficará decepcionado ao fim da corrida. [...] A corrida não é somente para os mais rápidos, e a batalha não é apenas para os mais valentes. mais fraco dos santos, assim como o mais forte, pode alcançar a coroa de glória imortal. [...] 38Para que não corresse de modo incerto ou aleatório na carreira cristã, Paulo se submetia a um rigoroso exercício. As palavras "esmurro o meu corpo" significam literalmente repelir por severa disciplina os desejos, os impulsos e as paixões. [...] Era essa sinceridade de propósito para vencer na corrida pela vida eterna que Paulo ansiava ver revelada na vida dos crentes de Corinto. Ele sabia que, para alcançar o ideal de Cristo, eles tinham diante de si uma luta vitalí- cia na qual não haveria trégua. Insistia com eles para que se empenhas- sem com lealdade, buscando dia a dia a espiritualidade e a excelência moral. Suplicava-lhes que deixassem de lado todo empecilho e prosseguissem rumo ao alvo da perfeição em Cristo. Considerando o que está em jogo, nada é pequeno demais, quer ajude, quer atrapalhe. Cada ato acrescenta seu peso na balança que determina a vitó- ria ou fracasso na vida. E a recompensa dada aos que triunfam será propor- cional à energia e fervor com que lutaram (Vidas que Falam, 11 de dezembro). Deus ordenou a Seus instrumentos humanos o dever de comunicar o cará- 5 ter de Deus, testificando de Sua graça, sabedoria, e beneficência mediante a manifestação de Seu elevado, terno e clemente amor. [...] Nossa obra é restaurar a imagem moral de Deus no ser humano mediante a abundante graça dada por Ele por intermédio de Jesus Cristo. [...] Oh, quanto necessitamos conhecer Jesus e nosso Pai celestial, para que repre- sentemos no caráter! A pessoa que é transformada pela graça de Cristo passará a admirar Seu caráter divino. [...] Quanto menos enxergarmos as próprias qualidades, tanto mais veremos a infinita pureza e a bondade de nosso Salvador. A percepção de nossa pecaminosidade nos conduz Àquele que pode, de fato, perdoar. E quando uma pessoa, ao perceber seu desamparo, busca a Cristo, Ele Se revela de maneira poderosa. Quanto mais percebermos nossa necessidade de nos ache- gar a Ele e à Sua Palavra, mais elevada será a visão que teremos de Seu caráter, e mais plenamente refletiremos Sua imagem (Maravilhosa Graça, 9 de agosto). SEXTA, 30 DE JANEIRO Estudo adicional De todo aquele que professa Seu nome, Cristo pergunta: "Amas-Me?" (Ver Jo 21:15.) Se você ama a Jesus, amará aqueles por quem Ele morreu. Talvez um homem não apresente o exterior mais agradável, talvez seja deficiente em muitos aspectos; se, porém, sua reputação é a de uma pessoa íntegra e honesta, ganhará a confiança dos outros. o amor da verdade, a dependência e confiança que os homens podem nele depositar, removerão ou subjugarão os traços indesejáveis de seu caráter. A fidedignidade em sua posição e vocação, a boa vontade de negar-se com a fidelidade de levar benefício a outros, trará paz de espírito e o favor de Deus (Testemunhos Para a Igreja, V. 4, p. 306, 307). 396 Confiança somente em Cristo SÁBADO, 31 DE JANEIRO P ara satisfazer as reivindicações da lei, nossa fé tem de apoderar-se da justiça de Cristo, aceitando-a como nossa justiça. Mediante a união com Cristo, mediante a aceitação de Sua justiça pela fé, podemos ser habilitados para fazer as obras de Deus e ser cooperadores de Cristo. Se vocês estão dis- postos a se deixarem levar pela corrente do mal, e não cooperarem com os seres celestiais em restringir a transgressão em sua família, e na igreja, a fim de que a justiça eterna seja introduzida, vocês não têm fé. A fé atua pelo amor e purifica a alma. Pela fé, o Espírito Santo opera no coração para ali criar a santidade; isso, porém, não pode ser feito a menos que o ser humano coopere com Cristo. Só podemos ser habilitados para o Céu mediante a operação do Espírito Santo no coração, pois temos que ter a justiça de Cristo como nossas credenciais, se quisermos ter acesso ao Pai. Para que tenhamos a justiça de Cristo, precisamos diariamente ser transformados pela influência do Espírito, a fim de sermos participantes da natureza divina. É obra do Espírito Santo enobrecer os gostos, santificar o coração, enobrecer o ser humano todo. Que a pessoa olhe para Jesus. "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" (Jo 1:29). Ninguém será forçado a olhar a Cristo; mas a do convite soa, em súplica anelante: "Olhem e vivam." Olhando a Cristo, vere- mos que Seu amor é sem paralelo, que Ele tomou o lugar do pecador culpado e lhe atribuiu Sua justiça imaculada. Quando o pecador vê o Salvador morrendo sobre a cruz, sob a maldição do pecado, em seu lugar, contemplando Seu amor perdoador, o amor é des- pertado em seu coração. o pecador ama a Cristo, porque Cristo amou pri- meiro, e o amor é o cumprimento da lei. A alma arrependida reconhece que Deus fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injus- tiça" (1Jo 1:9). o Espírito de Deus opera na alma do crente, habilitando-o a avançar de um aspecto de obediência para outro, alcançando então cada vez mais força e mais graça, em Jesus Cristo (E Recebereis Poder, 21 de fevereiro). Senhor Jesus é nossa força e felicidade, o grande celeiro do qual, em qualquer ocasião, os homens podem tirar força. Ao estudá-Lo, ao falar sobre Ele, tornamo-nos cada vez mais capacitados para imitá-Lo à medida que nos aproveitamos de Sua graça e recebemos as bênçãos que nos oferece, temos alguma coisa com que auxiliar a outros. Cheios de gratidão, comuni- camos aos outros as bênçãos que de graça nos têm sido concedidas. Assim 40recebendo e repartindo, crescemos em graça; e uma rica torrente de lou- vor e gratidão constantemente flui de nossos lábios; o doce espírito de Jesus inflama de gratidão o coração e eleva-nos com o senso de segurança. A infa- lível e inesgotável justiça de Cristo torna-se, pela fé, nossa justiça (Minha Consagração Hoje, 16 de junho). DOMINGO, 1º DE FEVEREIRO Alegrando-se no Senhor Ao cristão é concedida a honra de receber raios de eterna luz provindos do trono de glória e refletir esses raios não apenas em seu caminho, mas também sobre o caminho daqueles com os quais ele tem contato. Ao pro- ferir palavras de esperança e ânimo, de grato louvor e cordialidade, ele pode empenhar-se para tornar melhores as pessoas que o cercam, para elevá-las, para apontar-lhes o Céu e a glória, e para induzi-las a buscar, acima de todas as coisas terrenas, os bens eternos, a herança imortal, as riquezas imperecíveis. "Alegrem-se sempre no Senhor", diz o apóstolo; "outra vez digo: alegrem-se" (Fp 4:4). Onde quer que vamos, devemos levar conosco uma atmosfera de esperança e alegria cristãs; então os que não têm a Cristo 6 verão o encanto da religião que professamos; os descrentes verão a coe- rência de nossa fé. Precisamos ter vislumbres mais nítidos do Céu, a terra em que tudo é resplendor e alegria. Precisamos saber mais sobre a pleni- tude da bendita esperança. Se estivermos constantemente nos regozijando na esperança, estaremos em condições de dizer palavras de ânimo àqueles com os quais nos encontramos. [...] Não apenas na associação diária com crentes e descrentes devemos glo- rificar a Deus com palavras de gratidão e regozijo. Como cristãos, somos exortados a não deixar de congregar-nos, para o nosso próprio refrigério, e para repartir o consolo que recebemos. Em tais reuniões, realizadas sema- nalmente, devemos meditar demoradamente na bondade de Deus e em Suas múltiplas misericórdias para salvar Seu povo dos pecados. Em palavras e ações, no temperamento, no caráter, devemos testificar que o servir a Deus é bom. Desse modo, proclamamos que "a lei do SENHOR é perfeita e restaura a alma" (Sl 19:7). Nossas reuniões sociais e de oração devem ser períodos de ajuda especial e ânimo. [...] A melhor maneira de conseguir isso é tendo uma nova expe- riência nas coisas de Deus cada dia, e não hesitando em falar de Seu amor ao Seu povo congregado. [...] Se pensássemos e falássemos mais em Jesus, e menos em nós mesmos, desfrutaríamos muito mais Sua presença. Se permanecermos Nele, seremos de tal modo cheios de paz, fé e ânimo, e teremos uma experiência tão vito- riosa para narrar ao virmos à reunião, que os outros ficarão revigorados por 41nosso claro e sólido testemunho em favor de Deus. Essas preciosas confis- sões de louvor da glória de Sua graça, ao serem transmitidas por uma vida cristã, possuem um poder irresistível, que atua em favor da salvação de pessoas Cuidado de Deus, 19 de novembro). SEGUNDA, 2 DE FEVEREIRO A vida anterior de Paulo Anseio por força física e saúde, por clareza mental, para que possa pres- tar a Deus um serviço aceitável. "Não foram vocês que Me escolheram; pelo contrário, Eu os escolhi e os designei para que vão e deem fruto, e fruto de vocês permaneça, a fim de que tudo o que pedirem ao Pai em Meu nome, Ele lhes conceda" (Jo 15:16). A Palavra está repleta de preciosas promessas. Terei vigor visual, terei vigor cerebral, terei clareza de concepção e a inspiração do Espírito Santo, porque peço em nome de Jesus. Precioso Salvador! Ele deu Sua vida por mim. profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conheci- mento de Deus! Quão inexplicáveis são os seus juízos, e quão insondáveis são os seus caminhos! 'Pois quem conheceu a mente do Senhor? Ou quem 6 foi o Seu conselheiro? Ou quem primeiro deu alguma coisa a Deus para que isso lhe seja Porque Dele, e por meio Dele, e para Ele são todas as coisas. A Ele seja a glória para sempre. Amém!" (Rm 11:33-36). Anseio pelos benefícios que todos nós podemos receber pela fé. Agora é nossa oportunidade de esconder nossa vida com Cristo em Deus. Todo momento de nosso tempo é precioso. Os preciosos talentos que nos foram emprestados por Deus devem ser empregados em Seu serviço. "Será que vocês não sabem que [...] vocês não pertencem a vocês mesmos? Porque vocês foram comprados por preço. Agora, pois, glorifiquem a Deus no corpo de vocês" (1Co 6:19, 20). Sim, somos a herança do Senhor adquirida por sangue. "Portanto, se vocês comem, ou bebem ou fazem qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus" (1Co 10:31). Deus requer isso de todos os que irão compor Sua família no reino dos Céus. Todo egoísmo precisa ser vencido. Devemos ser leais a Deus, leais como o aço a todos os Seus mandamentos. Os seres humanos elaboram leis e são muito zelosos em sua imposição. Ao mesmo tempo, porém, eles transgridem a lei mais elevada do Soberano mais poderoso. Procuram torná-la nula. Exaltam o humano acima do divino. "Deixaria Eu de castigar estas coisas?'- diz o SENHOR" (Jr 5:9). Sim, Deus recompensará toda pessoa segundo as suas obras (Este Dia com Deus, 30 de julho). Mais próximo do trono estão aqueles que já foram zelosos na causa de Satanás, mas que, arrancados como tições do fogo, seguiram seu Salvador com intensa e profunda devoção. Em seguida estão os que aperfeiçoaram 42um caráter cristão em meio à falsidade e incredulidade, aqueles que hon- raram a lei de Deus quando o mundo cristão dizia que ela havia sido abo- lida, e os milhões de todos os séculos que se tornaram mártires por causa de sua fé. E, mais além, está a "multidão que ninguém [pode] enume- rar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, [...] vestidos de vestiduras brancas, com palmas nas mãos" (Ap 7:9). Terminou a sua luta, a vitó- ria está ganha. Correram a maratona e alcançaram o prêmio. o ramo de palmeira em suas mãos é um símbolo de seu triunfo, e as vestes brancas, um emblema da justiça imaculada de Cristo, que agora possuem Grande Conflito, p. 550). TERÇA, 3 DE FEVEREIRO 0 que importa Devemos ser testemunhas de Cristo; e assim será quando crescermos diariamente até à completa estatura de homens e mulheres em Cristo. É nosso privilégio crescer cada vez mais em Sua semelhança cada dia. Então obteremos o poder de expressar nosso amor por Ele em uma linguagem mais elevada e pura, nossas ideias se ampliarão e ganharão profundidade, e nosso discernimento se tornará mais são e digno de confiança, ao passo 6 que o testemunho que dermos será mais cheio de vida e certeza. Não deve- mos cultivar a linguagem da Terra nem nos familiarizar tanto com a con- versação dos homens que a linguagem de Canaã nos seja nova e estranha. Temos que aprender na escola de Cristo; contudo, é evidente que muitos se satisfazem com uma experiência bem limitada nas coisas espirituais, pois demonstram apenas um pequeno conhecimento das coisas espirituais em suas orações e testemunhos. Há menos bom discernimento nas questões relacionadas aos nossos interesses eternos do que no que diz respeito aos assuntos terrenos e temporais. Os cristãos precisam ser estudantes na escola de Cristo, sempre apren- dendo mais do Céu, mais das palavras e da vontade de Deus; mais da ver- dade e da maneira de empregar fielmente o conhecimento adquirido por eles (Filhos e Filhas de Deus, 6 de março). Em grande parte do serviço que se diz prestado a Deus há rivalidade e exultação pessoal. Deus aborrece a pretensão. Quando os homens e as mulheres recebem o batismo do Espírito Santo, eles confessam seus peca- dos e lhes será concedido o perdão, que quer dizer justificação. Não se deve confiar na sabedoria dos instrumentos humanos que não são penitentes e humildes, pois são cegos no que diz respeito ao significado da justiça e san- tificação pela verdade. Quando os seres humanos se despojam da justiça- própria, discernem sua pobreza espiritual. Atingem então aquele estado de bondade fraternal que demonstra estarem em afinidade com Cristo. São capazes de apreciar o sublime e elevado caráter da obra das missões cristãs. 43Muitos se contentam com facilidade em oferecer ao Senhor insignifican- tes atos de serviço. Seu cristianismo é fraco. Cristo deu a Si mesmo pelos pecadores. Com que solicitude pela salvação de pessoas devemos encher- nos ao ver seres humanos perecendo no pecado! Essas pessoas foram com- pradas por preço. A morte do Filho de Deus na cruz do Calvário é a medida do seu valor. Dia a dia estão decidindo uma questão de vida e morte, decidindo se terão vida eterna ou destruição eterna. E, no entanto, homens e mulheres que profes- sam servir ao Senhor se contentam em ocupar seu tempo e sua atenção com assuntos de pouca importância. Contentam-se em estar em desacordo uns com os outros. Se fossem consagrados à obra do Mestre, não estariam lutando e contendendo como uma família de crianças turbulentas. Todas as mãos estariam empenhadas no trabalho. Cada um estaria em seu posto do dever, labutando de coração e alma como missionário da cruz de Cristo. 0 Espírito de Cristo habitaria no coração dos obreiros, e seriam produzidas obras de justiça. Os obreiros levariam consigo para o seu serviço as afeições e orações de uma igreja despertada. Receberiam suas ordens de Cristo, e não teriam tempo para contendas ou dissensões (Este Dia com Deus, 13 de novembro). 6 QUARTA, 4 DE FEVEREIRO A fé de Cristo Uma grande obra será realizada pela apresentação das salvadoras verdades da Bíblia. Esse é o meio ordenado por Deus para combater a onda de corrup- ção moral na Terra. Cristo deu a vida a fim de tornar possível ao ser humano ser restaurado à imagem de Deus. É o poder da Sua oração que une as pessoas na obediência da verdade. Aqueles que desejarem experimentar mais da san- tificação da verdade na própria vida devem apresentá-la àqueles que a igno- ram. Eles jamais encontrarão obra mais própria para elevar e enobrecer. [...] Nenhum ser humano é idôneo para essa obra, a menos que aprenda dia- riamente a falar as palavras do Mestre enviado por Deus. Agora é o tempo de lançar a semente do evangelho. A semente que lançarmos deve ser a que pro- duzirá os frutos mais preciosos. Não temos tempo a perder. A obra de nossas escolas deve se tornar cada vez mais semelhante, no caráter, à obra de Cristo. Somente o poder da graça de Deus atuando no coração e na mente humana tornará e conservará pura a atmosfera de nossas escolas e igrejas. [...] Nas mensagens a nós enviadas de tempos em tempos, temos verdades que realizarão uma obra maravilhosa de reforma em nosso caráter, se assim per- mitirmos. Elas vão nos preparar para entrar na cidade de Deus. É nosso pri- vilégio fazer contínuos progressos para um grau mais alto de vida cristã. [...] Precisamos nos converter de nossa vida imperfeita para a fé do evange- lho. Os seguidores de Cristo não necessitam procurar brilhar. Se contem- plarem continuamente a vida de Cristo, eles serão transformados na mente 44e no coração, à mesma imagem. Então vão brilhar sem nenhuma tentativa superficial. o Senhor não requer nenhuma exibição de bondade. Ao doar Seu Filho, Ele tomou providências para que nossa vida interior fosse imbuída dos princípios do Céu. É a apropriação dessa providência que levará à mani- festação de Cristo perante o mundo. Quando o povo de Deus experimentar o novo nascimento, sua honestidade, retidão, fidelidade e firmeza de princí- pios serão infalivelmente reveladas 6 de junho). Palavra de Deus contém nossa apólice de seguro de vida. Comer a carne e beber o sangue do Filho de Deus significa estudar a Palavra e transferir essa Palavra para a vida em obediência a todos os seus preceitos. Aqueles que assim compartilham do Filho de Deus tornam-se participantes da natureza divina, são um com Cristo. Respiram uma atmosfera santa em que somente a alma pode verdadeiramente viver. Levam em sua vida uma garantia dos princípios santos recebidos da Palavra sua vida é trabalhada pelo poder do Espírito Santo, e eles têm um anseio pela imortalidade que será deles mediante a morte e ressurreição de Cristo. Se o corpo terreno entra em deca- dência, os princípios de sua fé os sustêm, pois são participantes da natureza divina. Uma vez que Cristo foi levantado dentre os mortos, eles recebem a promessa de ressurreição final, e a vida eterna é a sua recompensa. 6 Esta é uma verdade eterna porque Cristo mesmo a ensinou. Ele Se empe- nhou em ressuscitar justos mortos, pois deu a vida pela vida do mundo. "Assim como o Pai, que vive, me enviou, e igualmente Eu vivo por causa do Pai, tam- bém quem de Mim se alimenta viverá por Mim" (Jo 6:57). "Eu sou o pão da vida. Quem vem a Mim jamais terá fome" (v. 35; Olhando Para o Alto, 5 de março). QUINTA, 5 DE FEVEREIRO Só uma coisa: conhecer a Cristo Paulo fazia muitas coisas. Era um sábio professor. Suas muitas cartas estão repletas de instrutivas lições, expondo princípios corretos. Trabalhava com as mãos, pois confeccionava tendas, e dessa maneira ganhava seu pão de cada dia. Sentia pesada responsabilidade pelas igrejas. Esforçava-se muito fervoro- samente para apresentar aos membros os seus erros, a fim de que os pudessem corrigir, e não fossem enganados nem desviados de Deus. Estava sempre pro- curando ajudá-los em suas dificuldades; e, no entanto, declarou: "Uma coisa faço" (Fp 3:13). [...] Muitas eram as responsabilidades de sua vida, mas sem- pre tinha presente essa "uma coisa". o constante senso da presença de Deus o compelia a manter os olhos fitos em Jesus, Autor e Consumador de sua fé. grande propósito que movia Paulo a prosseguir diante dos sofrimentos e dificuldades deveria levar cada obreiro cristão a se consagrar completa- mente ao serviço de Deus. Atrações mundanas se apresentarão para afastar sua atenção do Salvador, mas ele deve prosseguir em direção ao alvo, mos- trando ao mundo, aos anjos e aos seres humanos que a esperança de ver a 45face de Deus compensa todos os esforços e sacrifícios que a concretização dessa esperança requer. o mais humilde discípulo de Cristo pode tornar-se um habitante do Céu, herdeiro de Deus de uma herança incorruptível que não se esvaece. Quem dera todos escolhessem o dom celestial, tornando-se herdeiros de Deus daquela herança cujo título está resguardado contra todo e qualquer des- truidor, um mundo sem fim! Oh, não escolham o mundo, mas escolham a herança superior! Apressem-se e prossigam com insistência em direção ao alvo, para o prêmio de sua soberana vocação em Cristo Jesus. Logo testemunharemos a coroação de nosso Rei! Aqueles cuja vida esteve escondida com Cristo, os que na Terra combateram o bom combate da fé, resplandecerão com a glória do Redentor no reino de Deus (Vidas que Falam, 13 de dezembro). Cristo é uma perfeita revelação de Deus. "Ninguém jamais viu Deus", diz Ele; Deus unigênito, que está junto do Pai, é quem o revelou" (Jo 1:18). Unicamente conhecendo a Cristo podemos conhecer a Deus. seremos transformados à Sua imagem, preparados para encontrá-Lo quando vier. [...] Agora é o tempo de preparo para a vinda de nosso Senhor. A prontidão 6 para encontrar-se com Ele não pode ser obtida num momento. Como prepa- ração para essa cena solene, deve haver atenta espera e vigilância, combina- das com trabalho diligente. Assim os filhos de Deus o glorificam. Entre as ativas cenas da vida, suas vozes serão ouvidas proferindo palavras de ânimo, esperança e fé. Tudo que eles têm e são é consagrado ao serviço do Mestre. Preparam-se desse modo para encontrar-se com seu Senhor; e quando Ele vier, dirão com alegria: "Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e Ele nos sal- vará" (Is 25:9; Maranata, 9 de março). SEXTA, 6 DE FEVEREIRO Estudo adicional Pela fé em Cristo nos tornamos membros da família real, herdeiros de Deus e co-herdeiros de Jesus Cristo. Em Cristo somos um. Ao avistarmos Calvário e vermos o real Sofredor que com a natureza do homem suportou a maldição da lei em seu favor, acabam todas as distinções nacionais, todas as diferenças sectárias; desaparece toda honra de posição social, todo orgulho. A luz que brilha do trono de Deus sobre a cruz do Calvário põe para sem- pre fim às separações erguidas pelo homem entre classes e etnias. Homens de todas as classes tornam-se membros de uma só família, filhos do celeste Rei, não por meio de poder terrestre, mas mediante o amor de Deus que entregou Jesus a uma vida de pobreza, trabalhos e humilhação, a uma morte vergo- nhosa e angustiante, para que pudesse levar para a glória muitos filhos e filhas (Mensagens Escolhidas, V. 1, p. 219). 46Cidadania celestial 7 SÁBADO, 7 DE FEVEREIRO obediência às leis de Deus desenvolve no ser humano um belo caráter, A em harmonia com tudo quanto é puro e santo e incontaminado. Na vida de uma pessoa assim fica evidente a mensagem do evangelho de Cristo. Aceitando a misericórdia de Cristo e Sua cura do poder do pecado, ele é posto na devida relação para com Deus. Seu coração, purificado da vaidade e do egoísmo, enche-se do amor de Deus. Sua diária obediência à lei divina cultiva para ele um caráter que lhe assegura a vida eterna no reino de Deus. Em Sua vida terrestre, o Salvador nos dá um exemplo da vida santifi- cada que podemos viver caso consagremos nossos dias a fazer o bem às pessoas que necessitam de nosso auxílio. É nosso privilégio levar alegria ao entristecido, luz ao que está na escuridão, vida ao que está prestes a perecer. Vem a nós a mensagem do Senhor: "Por que vocês estão ociosos? Trabalhem enquanto é dia; 'a noite vem, quando ninguém pode trabalhar" (Jo 9:4). Toda palavra que proferimos, todo ato que praticamos, que tende à felici- dade de outros, conduzirá a nossa própria felicidade, e tornará nossa vida semelhante à de Cristo. Nossos deveres diários devem ser alegremente cumpridos. Nosso prin- cipal dever é revelar em palavras e na conduta uma vida que manifeste os atributos do Céu. A Palavra da vida nos é dada para ser estudada e prati- cada. Nossas ações devem estar em estrita conformidade com as leis do reino do Céu. Então o mesmo Céu nos poderá aprovar a obra; e os talen- tos que empregamos em Seu serviço se multiplicarão para maior utilidade. A vida consagrada resplandecerá na treva moral do mundo, guiando as pes- soas perdidas à verdade da Palavra. [...] Em Seu Dom ao mundo, o Senhor revelou quanto está desejoso de que apresentemos em nossa vida as insígnias de nossa cidadania celestial dei- xando que todo raio de luz que temos recebido resplandeça em boas obras para com nossos semelhantes (Filhos e Filhas de Deus, 5 de fevereiro). Consideremos individualmente qual é o registro feito nos livros do Céu a respeito de nossa vida e caráter, e de nossa atitude para com Deus. Nosso amor a Deus aumentou durante o último ano? Se Cristo realmente está habi- tando em nosso coração, amaremos a Deus, nos deleitaremos em obedecer a todos os Seus mandamentos, e esse amor estará continuamente se apro- fundando e fortalecendo. Se representamos Cristo para o mundo, seremos puros no coração, na vida e no caráter; seremos santos na conversação; 47