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DO MITO AO LOGOS

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DO MITO AO LOGOS
RESUMO: Identificado como sendo o principio da existência, o mito dava sentido aos gregos sobre o desconhecido, e nasceu a partir da necessidade de explicar tudo o que estava ao seu redor. A palavra Mito vem do grego, mythos, e deriva de dois verbos: do verbo mytheyo (contar, narrar, falar alguma coisa para os outros), e do verbo mytheo (conversar, contar, anunciar, nomear). É uma narrativa sobre a origem (gonos) de alguma coisa: origem dos astros, da terra, dos homens, das plantas e dos animais. A filosofia nasce na Grécia Antiga como forma de substituir a visão mística, que é quando o mito já não servia mais para dar sentido à realidade das coisas sendo que esta se fundamentava prioritariamente na fantasia dos seres humanos. Com o surgimento do logos aparecem, no mundo grego, algumas escolas que procuravam encontrar na natureza um elemento que justificasse a realidade com base em algum princípio. Logos passa a ser um conceito filosófico traduzido como razão, tanto como a capacidade de racionalização individual ou como um principiocósmico da Ordem e da Beleza. Este artigo é de caráter qualitativo buscando mostrar que mesmo com o surgimento do logos ainda prevalecem algumas mitologias. E a partir dele demonstrar o valor do mito fazendo com que todos reflitam a respeito da origem da filosofia grega.
INTRODUÇÃO
Na passagem do mito ao logos, há continuidade do uso comum de certas estruturas de explicação, pois a filosofia é um fato histórico enraizado no passado. Tudo se originou com nossos antepassados, e tais hábitos ultrapassam toda uma civilização sócia cultural. A filosofia nasce a partir do momento em que o homem deixa de explicar as coisas por meio de mitos, ou seja, dos deuses e passa a contemplar por meio da razão o mundo que o cerca surgindo assim uma ruptura entre mitos e logos. O mito para os antigos gregos tinha por função esclarecer os fenômenos naturais que surgiam na Grécia.
O estudo sobre o mito nos mostra que mesmo com o passar do tempo e com explicação filosófica da nossa existência, ainda prevalecem às crenças mitológicas e que nos mostra que elas ainda estão presentes em diversas manifestações culturais.
Pretendemos neste trabalho comentar sobre a passagem do mito à filosofia e a participação dos filósofos como principais fundantes deste processo de evolução do homem e assim, explanar a questão do aparecimento da mitologia grega como tentativa de explicação da realidade, mostrando que da sua insuficiência se gestou a passagem a um discurso mais elaborado (logos). Mas, contudo mostrar o valor do mito como tentativa de explicação do mundo, dando uma explicação clara da passagem do mito ao logos para que se possa refletir a respeito da origem da filosofia grega.
A PASSAGEM DO MITO AO LOGOS
Podemos afirmar que nós enquanto seres pensantes, temos por habito refletir sobre tudo o que nos cerca. Na passagem do mito ao logos, há continuidade no uso comum de certas estruturas de explicação, pois a filosofia e um fato histórico enraizado no passado. Tudo se originou com nossos antepassados, e tais hábitos ultrapassam toda uma civilização sociocultural.
A Filosofia nasce a partir do momento em que o homem deixa de explicar as coisas por meio dos deuses e busca desvendar com a razão o mundo que o cerca, surgindo assim uma ruptura entre mythos e logos. Para conseguir tal avanço, o homem grego teve que se desprender de concepções que redundavam na visão de que os deuses eram os responsáveis por castigos aos que os desafiassem, indo de encontro a lei do cosmos, passando a se perceberem e enxergar a natureza como algo dotado de sentido, com base em que poderiam explicar a totalidade pelo uso de sua capacidade reflexiva.
Para que possamos entender melhor a passagem do mito ao logos cabe perguntar: qual o significado de mythos? E de logos?
A palavra Mito vem do grego, mythos, e deriva de dois verbos: do verbo mytheyo (contar, narrar, falar alguma coisa para os outros), e do verbo mytheo (conversar, contar, anunciar, nomear). É uma narrativa sobre a origem (gonos) de alguma coisa: origem dos astros, da terra, dos homens, das plantas, dos animais, do fogo, da agua, dos ventos, do bem e do mal, da saúde e da doença, da morte, das raças, das guerras, do poder. (Convite à filosofia; Marilena Chauí).
A este respeito, Abbagnano diz:
“A função do mito era em suma reforçar a tradição e dar-lhe maior valor e prestigio, vinculando-a a mais elevada, melhor e mais sobre natural realidade dos acontecimentos iniciais.” (Dicionário de Filosofia: Nicola Abbgnano; Pág.: 786/ Edição revista e ampliada).
Os mitos serviam para dar sentido a realidade das coisas, predominando assim na cultura grega as cosmogonias e Teogonia.
Cosmogonia: É a narrativa sobre o nascimento e a organização do mundo, a partir de forcas geradoras (pai e mãe) divinas.
Teogonia: É uma palavra composta de gonos, que significa origem, e theós, que, em grego, significa coisas divinas, seres divinos, deuses.
A Teogonia e, portanto, é a narrativa da origem dos deuses, a partir de seus pais e antepassados.
A palavra Logos (em grego λόγος) significava inicialmente a palavra escrita ou falada. Mas a partir de filósofos gregos como Heráclito passou a ter um significado mais amplo. Logos passa a ser um conceito filosófico traduzido como razão, tanto como a capacidade de racionalização individual ou como um principio cósmico da Ordem e da Beleza. (Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre).
De fato os mitos nascem pelo medo ao desconhecido. O ser humano, não sabendo explicar a origem da vida e do mundo, cria o mito como forma de refugio, dando tranquilidade as suas angustias, por isso se diz que o mito foi à primeira forma de acesso ao conhecimento.
Ha, então, diferenças importantes entre o mito e o logos. Vejamos as principais características de cada um para notar bem estas distinções, apoiando-nos em Marilena Chaui:
CARACTERÍSTICAS DO MITO/ CARACTERÍSTICAS DO LOGOS.
1. O mito pretendia narrar como as coisas eram ou tinham sido no passado imemorial, longínquo e fabuloso, voltando-se para o que era antes de tudo existisse tal como existe.
1. A Filosofia, ao contrario, se preocupa em explicar como e por que, no passado, no presente e no futuro (isto e, na totalidade do tempo), as coisas são como são.
2. O mito narrava a origem através de genealogias e rivalidades ou alianças entre forcas divinas sobrenaturais e personalizadas, O mito falava em Urano, Ponto e Gaia; O mito narra à origem dos seres celestes (os astros), terrestres (plantas, animais, homens) e marinhos pelos casamentos de Gaia com Urano e Ponto.
2. Enquanto a Filosofia, ao contrario, explica a produção natural das coisas por elementos e causas naturais e impessoais. A Filosofia fala em céu, mar e terra. A Filosofia explica o surgimento desses seres por composição, combinação e separação dos quatro elementos - úmido, seco, quente e frio, ou agua, terra, fogo e ar.
3. O mito não se importava com contradições, com o fabuloso e o incompreensível, não só porque esses eram traços próprios da narrativa mítica, como também porque a confiança e a crença no mito vinham da autoridade religiosa do narrador.
3. A Filosofia, ao contrario, não admite contradições, fabulação e coisas incompreensíveis, mas exige que a explicação seja coerente, logica e racional; além disso, a autoridade da explicação não vem da pessoa do filosofo, mas da razão, que e a mesma em todos os seres como forma de substituir a visão mítica, posto que esta se fundamentasse prioritariamente na fantasia dos seres humanos.
Com o surgimento do logos aparecem, no mundo grego, algumas escolas que procuravam encontrar na natureza um elemento que justificasse a realidade com base em um princípio, entre elas, a Escola Jônica, com a presença de Tales, Anaxímenes e Anaximandro. Estes, sentindo a necessidade de explicar alguns fenômenos ao fazer uso do pensamento, criaram algumas teorias que ate hoje servem de esboço para as explicações cientificas.  
Tales, considerado o pai da filosofia grega, apresentou
como elemento primordial (arqué) a agua (principio de todas as coisas), de onde veio tudo que ha. Anaxímenes pensava que era o ar o principal elemento de tudo que há. E Anaximandro acreditava que fosse alguma substancia indeterminada e ilimitada.
No alicerce de todas as explicações, estava a noção de que nada existe que não seja natureza (Physis).
Outro grupo de homens jônicos continuavam as especulações sobre a natureza da própria vida, visando um principio único que explicasse o porquê das coisas, e porque as mesmas são o que são. Um destes homens era Heráclito, que acreditava que o fluxo (devir) era a condição essencial da própria vida, afirmando que nada era absoluto e tudo mudava. Pitágoras acreditava que o universo era ordenado por um sistema harmonioso de números, e Xenofanes, que fundou uma escola filosófica, ensinava que o universo era ordenado por um ser único, supremo e divino, que agia por meio do pensamento.
Tal evolução do pensamento marcava, assim, o declínio do pensamento mítico: era o começo de um saber de tipo sistemático. Deste modo, os gregos acrescentaram uma nova maneira de explicar o mundo, fazendo uso da razão, próprio para aqueles que são “amigos da sabedoria” (philos – amizade; sophia sabedoria), partindo de suas inquietações em busca da arqué. A verdade, porem, e que ha uma relação entre mito e logos. Somos seres humanos mistos de fé e razão, de imaginário e de racional. Portanto, não poderíamos, mesmo que quiséssemos distanciar-nos por completo dos mitos; somos seres místicos e a própria filosofia parte do mito para explicar e dar continuidade as especulações que nos cercam no cotidiano.
 
CURIOSIDADES!
	Principais deuses gregos.
Zeus- Deus de todos os deuses, senhor do céu.
Afrodite- Deusa do amor, sexo e beleza.
Poseidon- Deus dos mares.
Hades- Deus das almas dos mortos, dos cemitérios e do subterrâneo.
Hera- Deusa dos casamentos e da maternidade.
Apolo- Deus da luz e das obras de artes.
Ártemis- Deusa da caca e da vida selvagem.
Ares-Divindade da guerra.
Atena-Deusa da sabedoria e d serenidade. Protetora da cidade de Atenas.
Cronos- Deus da agricultura que também simbolizava o tempo.
Hermes- Mensageiro dos deuses representava o comercio e as comunicações.
Hefesto- Divindade do fogo e do trabalho.
De acordo com os gregos, os deuses habitavam o topo do Monte Olimpo, principal montanha da Grécia Antiga. Deste local, comandavam o trabalho e as relações sociais e politicas dos seres humanos. Os deuses gregos eram imortais, porem possuíam características de seres humanos. O ciúme, traição e violência também são características encontradas no Olimpo.   Os deuses gregos às vezes se apaixonavam pelos mortais e tinham filhos com eles; estes se tornavam os heróis.
	Os principais seres mitológicos da Grécia Antiga eram:
Heróis: seres mortais, filhos de deuses com seres humanos. Exemplos:
Héracles ou Hercules e Aquiles.
Ninfas: seres femininos que habitavam os campos e bosques, levando alegria e felicidade.
Sátiros: figura com corpo de homem, chifres e patas de bode.
Centauros: corpo formado por uma metade de homem e outra de cavalo. Sereias: mulheres com metade do corpo de peixe atraiam os marinheiros com seus cantos atraentes.
Górgonas: mulheres, espécies de monstros, com cabelos de serpentes.
Exemplo: Medusa.
Quimera: mistura de leão e cabra, soltavam fogo pelas ventas.
Fonte: http:// Conheça alguns mitos:
Conhecendo alguns mitos.
Mito de Pandora
Parte de um castigo a Prometeu (titã amigo dos homens) por este ter revelado o segredo do fogo para a humanidade. Prometeu roubou as sementes do deus Hélio (deus do fogo) e repassou aos homens para que estes pudessem cozinhar e fazer tarefa domestica. Enfurecido, Zeus resolveu criar uma mulher que tivesse varias qualidades de diversos deuses. Pandora tinha, por exemplo, o poder de sedução da deusa Atena, o que fez com que Prometeu se cassasse com ela. De acordo com o mito, a humanidade tinha vivido com harmonia ate o momento em que Pandora resolveu abrir sua ânfora (a expressão “caixa de Pandora” foi criada no Renascimento) que continham todos os malem da humanidade e liberou todas as desgraças (vícios, doenças, loucura, pobreza, pragas, violência, crimes, etc.)
O Minotauro.
É um dos mais conhecidos e já foi tema de filme, desenhos, pecas de teatro, jogos, etc. Esse monstro tinha corpo de homem e cabeça de touro. Forte e feroz, habitava um labirinto na ilha de Creta. Alimentava-se de sete rapazes e sete mocas gregas, que deveriam ser enviadas pelo rei Egeu ao Rei Minos, que os enviavam ao labirinto. Muitos gregos tentaram matar o Minotauro, porem acabavam se perdendo no labirinto ou mortos pelos monstros. Certo dia, o rei Egeu resolveu enviar para a ilha de Creta seu filho, Teseu, que deveria matar o Minotauro. Teseu recebeu da filha do rei de Creta, Ariadne, um novelo de lã e uma espada. O herói entrou no labirinto, matou o Minotauro com um golpe de espada e saiu usando o fio de lã que havia marcado todo o caminho percorrido.
O mito de Prometeu
Ele era filho de Jápeto e de Ásia, irmão de Altas, Epimeteu e Menoécio, e se tornou o progenitor de Deucalião. Outra vertente menos significativa aponta como, pois de Prometeu a deusa Hera e o gigante Eurimedon. Este deus foi o cocredor ao lado de Epimeteu, da raça humana, e a ela também se atribui o furto do fogo divino, com o qual representeou a humanidade. Muito amigo de Zeus, o ardiloso Prometeu ajudou o deus supremo a driblar a fúria de seu pai Cronos, o qual foi destronado pelo filho. O dom da imortalidade não o impediu de se aproximar demais do homem, sua criação de acordo com algumas historias, ele o teria a dispunha com a geração dos outros animais, e lhe pediu auxilio para elaborar a raça humana.
Ele concedeu ao ser humano o poder de pensar e raciocinar, bem como lhes transmitiu as mais descobriu que seu pretenso amigo o estava traindo. O titã matou um boi e o fracionou em dois pedaços, ambos ocultos em tiras de couro; destas frações uma detinha somente gordura e ossos, enquanto a carne estava reservada para o pedaço menor. Prometeu, tentou oferecer a Assim sendo o filho de Japeto lhe concedeu este capricho, mas ao se dar conta deque havia sido lubrificada, Zeus se enfureceu subtrai da raça humana o domínio do fogo. E quando Prometeu, mais uma vez desejando favorecer a humanidade, rouba o fogo do Olimpo, pregando uma peça nos poderosos deuses. Já outra versão justificada essa peripécia de Prometeu como uma forma de deter para a raça humana um elementar que lhe garantiria a necessária supremacia sobre os demais seres vivos. O fato e que Zeus decidiu punir Prometeu, decretando ao ferreiro Hefesto que o prendesse em correntes ao alto do monte Cáucaso, durante 30 mil anos, os quais ele seria diariamente bicado por uma águia, a qual lhe destruiria o fígado. Como Prometeu era imortal, seu órgão se regenerava constantemente, e o ciclo destrutivo se reiniciava a cada dia. Isto durou ate que Herói Hercules o libertou, substituindo no cativeiro pelo centauro o uiron, igualmente imortal.
Font: http:\\ shoong.com/humanities/philosophy/ Google.
SUGESTÃO DE FILME: Fúria de Titãs. 
REFERÊNCIAS:
VERNANT, J. -P. A Origem do Pensamento Grego. São Paulo: DIFEL, 1972.
CHAUI, M. Convite à Filosofia. São Paulo: Ed. Ática, 2000.
RODRIGO, L. M. Filosofia em sala de aula: teoria e. Para o ensino médio.
Campinas: Autores Associados, 2009.
BROWN, D. M. (ed.). Grécia: templos, túmulos e tesouros. Rio de Janeiro: Time-
Life / Abril, 1998.
ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/do-mito-ao-logos/106535/#ixzz43kDkTzy8

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