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Curso: DIREITO
Disciplina: DIREITO DE EMPRESA III
PROFESSOR: JURANDI FERREIRA DE SOUZA JUNIOR
1º ROTEIRO
EMPRESA EM CRISE: realidade brasileira.
O diagnóstico de estar uma empresa em crise pode ser avaliado por três ângulos. A crise pode ser econômica, financeira ou patrimonial.
A crise econômica decorre de um quadro conjuntural em um setor específico da economia ou até mesmo da economia como um todo, caracterizado por uma retração de mercado que proporciona uma queda expressiva nos negócios da empresa. Pode decorrer de fatores externos ou internos, como por exemplo, a obsolescência da empresa ou de seus produtos frente a um mercado cada vez mais competitivo.
A crise financeira caracteriza-se pela incapacidade da empresa em honrar seus compromissos por falta de caixa. Há falta de liquidez, que pode ocorrer mesmo com as vendas aquecidas. Pode ser fruto de uma onda de inadimplência de seus compradores, de uma gestão de crédito temerária ou mesmo de uma imobilização patrimonial elevada. Pode ser superada através de operações de desconto de recebíveis, desmobilização de ativos patrimoniais ou operações de crédito com garantia real que proporcionem um desafogo financeiro para a empresa se reorganizar.
Já a crise patrimonial ocorre quando a totalidade de bens que integram o ativo da empresa é inferior ao seu passivo. Diz-se então que a empresa apresenta um quadro de insolvência, ou seja, mesmo vendendo tudo que possui não seria capaz de liquidar suas dívidas. É uma situação de risco para os credores, mas em alguns casos, de oportunidade também. É o caso das empresas da internet, que apesar de aparentemente insolventes, proporcionaram milhares de dólares de lucro aos seus investidores.
Uma empresa em crise significa um risco de perda não só para os investidores e credores, mas também para o Estado e a sociedade como um todo. São postos de trabalho que se perdem, impostos que deixam de ser arrecadados, problemas no suprimento de produtos ao mercado etc.
O Direito moderno não se preocupa apenas em garantir a satisfação dos créditos aos credores, mas, tendo em vista a função social da empresa, consagrada inclusive na Constituição, evitar ou minimizar os efeitos de uma eventual quebra sobre a sociedade como um todo. Daí é que se trata hoje de procedimentos que visam à recuperação judicial da empresa e, apenas em último caso a declaração de sua falência. Não se trata de proteger o administrador aventureiro e temerário, mas de desligá-lo da condução da empresa, responsabilizando-o até criminalmente por sua gestão desastrosa.
Esta nova orientação não significa que se deva manter a empresa em funcionamento a qualquer custo. Há empresas para as quais não há remédio, em que a solução é realmente encerrá-las e realocar o capital e os esforços nela investidos em outro empreendimento. As empresas viáveis, o próprio mercado se encarrega de recuperar. Não faltam investidores ávidos de oportunidades de investimento com retorno certo.
Ocorre porém que, em alguns casos, os próprios controladores da empresa resistem a uma solução dada pelo mercado. Na maioria das vezes resistem a adotar novos rumos na sua condução ou atribuem à empresa um valor superestimado, acima do que o mercado se dispõe a pagar. É o chamado valor idiossincrático, que está associado a grandezas de alto valor pessoal, mas sem nenhum valor para o mercado. Nestas situações é que a jurisdição estatal é chamada a intervir para garantir até mesmo, se for o caso, a continuidade da empresa.
No caso brasileiro, muitas empresas são levadas a enfrentar dificuldades por conta de mudanças de mercado e concorrência proporcionadas pelo próprio Estado. Em alguns setores a informalidade, estimulada pela pesada carga tributária, inviabiliza a atividade legal. Em outros, mudanças de câmbio, de regras de comércio exterior, determinam a quebra de empresas até então viáveis. Some-se a estes fatores as extorsivas taxas de juros que financiam o déficit público e verificaremos que na maioria das vezes o insucesso empresarial deve ser debitado mais na conta do Estado do que na do próprio empreendedor. Aumenta assim a responsabilidade estatal de exercer a jurisdição de forma a tentar preservar as empresas viáveis. 
FIXAÇÃO DE CONTEÚDO
O que caracteriza a crise econômica em uma empresa?
Quando se pode dizer que uma empresa atravessa uma crise financeira?
Uma empresa em crise patrimonial pode ser viável?
Que efeito teve a Constituição de 1988 sobre a Lei Falimentar?
O que compõe o valor idiossincrático de uma empresa? Qual o papel do Estado quando este valor se constitui em obstáculo à sua recuperação?

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