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Atuação profissional na saúde

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Profa. Cristiane Vinholi de Brito
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um dos pilares da atenção básica é o princípio da integralidade, que se baseia em ações de promoção, prevenção de agravos e recuperação da saúde. 
A integralidade permite a percepção holística do sujeito, considerando o contexto histórico, social, político, familiar e ambiental em que se insere. 
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A atenção integral é, ao mesmo tempo, individual e coletiva, inviabilizando, portanto, ações dissociadas, evidenciando, assim, a necessidade de articulação entre a equipe multiprofissional.
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Envolve o ato de cuidar das pessoas por meio de ações coesas e interligadas e o incentivo às práticas de promoção de saúde e prevenção de agravos, sem prejuízos das práticas assistenciais.
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Compreende-se a integralidade como um dos pilares da Atenção Primária, que se fundamenta na garantia de assistência em todos os níveis de densidade tecnológica e articulação entre promoção, proteção e recuperação da saúde do indivíduo e sua família
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Busca garantir ao indivíduo uma assistência à saúde que transcenda a prática curativa, contemplando o indivíduo em todos os níveis de atenção e considerando o sujeito inserido em um contexto social, familiar e cultural. 
Para estruturar e reorientar o modelo de Atenção à Saúde, foi consolidada a Estratégia Saúde da Família, composta por uma equipe multidisciplinar de profissionais engajados na busca de uma saú- de humanizada e coletiva que proporcione qualidade de vida à população
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Zona de integralidade
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O campo da saúde coletiva é complexo, ou seja, entrelaçado, ao apresentar inúmeras variáveis intervenientes no processo saúde doença e uma evolução de paradigmas epistemológicos marcados por mudanças expressivas.
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Os termos multidisciplinaridade, pluridisciplinaridade, interdisciplinaridade e transdisciplinaridade constituem diferentes formas de interação dos profissionais em um trabalho multiprofissional
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Determinada e específica área de conhecimento
Métodos próprios de investigação
Busca aprofundar e ampliar conhecimentos da área, bem como novos recursos tecnológicos
Chama para especialização cada vez maior
Seus limites são bem estabelecidos pela área
Caminho normal para evolução da ciência
Masetto (Abeno, 2005)
Perri
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Encontro de pesquisadores de várias áreas de conhecimento trazendo cada qual suas descobertas para abordar um assunto, cada um debaixo de seu ponto de vista
Justaposição de informações de diferentes áreas na esperança de que o coletivo amplie a compreensão do fenômeno
Abordagens paralelas buscando objetivo comum
Um passo para além da disciplinaridade
Masetto (Abeno, 2005)
Perri
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Produção de conhecimento científico novo a partir de duas ou mais áreas de conhecimento que se integram para tal.
Coloca as disciplinas em diálogo entre si que permita uma nova visão da realidade
Trata-se de conhecimento que só existe porque duas ou mais áreas se encontraram e enquanto se encontraram. Não existia previamente em cada um delas.Começou a existir após integração
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Sua razão atual:
Complexidade dos fenômenos humanos e mundiais
Explicações científicas disciplinares são insuficientes diante dos desafios
Surgimento de novas tecnologias
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...procura a abertura de todas as ciências e as atravessa;
...reconcilia ciências exatas, humanas, arte, literatura, poesia, experiência interior;
...não exclui a existência dum horizonte transhistórico;
...rigor, abertura e tolerância são suas características fundamentais 
Masetto (Abeno, 2005)
Perri
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Advinda como uma proposta para minimizar a hiperespecialização, a multidisciplinaridade é caracterizada pela justaposição de várias disciplinas em torno de um mesmo tema ou problema, sem o estabelecimento de relações entre os profissionais representantes de cada área no plano técnico ou científico. 
As várias disciplinas são colocadas lado a lado, carecendo de iniciativas entre si e de organização institucional que estimulem e garantam o trânsito entre elas
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O homem usa a inteligência para fragmentar o complexo mundo em pedaços , atrofiando as possibilidades de compreensão e reflexão sobre a realidade, perdendo, assim, a oportunidade de um julgamento corretivo e de uma visão de longo prazo sobre a mesma. A fragmentação do conhecimento científico teve início por uma ilusão, que ocorreu a partir da separação entre o sujeito e o objeto. 
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Compreendidos de forma horizontal, que rompe com um sistema verticalizado, centrado em um único profissional, focado no atendimento individualizado e na cura de doenças. 
Essas equipes atuam principalmente na atenção básica à saúde, mais especificamente na Estratégia de Saúde da Família (ESF), criada em 1994, com foco na saúde da família, considerando a prevenção, cura e reabilitação da saúde por meio de uma equipe formada por médicos, enfermeiros, dentistas, agentes de saúde e técnicos de enfermagem.
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Uma equipe multiprofissional é definida por uma modalidade coletiva de trabalho que se configura na relação recíproca entre as múltiplas intervenções técnicas e a interação dos agentes de diferentes áreas profissionais, criando um campo de aproximação de saberes concentrados em busca de soluções para os problemas de saúde. 
Seu trabalho é pautado no atendimento integral, contínuo, com equidade e resolutividade, por meio de uma prática humanizada, desenvolvendo ações de prevenção e promoção da saúde.
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O cumprimento do princípio da integralidade na saúde, concebendo cada indivíduo como uma totalidade, tanto na promoção como na prevenção, cura e reabilitação da saúde, valorizando a soma de visões de diferentes profissionais. 
Tal perspectiva de trabalho possibilita a formação de uma comunidade de profissionais capazes de ver a prática do cuidar da saúde por diferences enfoques de saberes.
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Na equipe, o trabalho deve ser interdisciplinar, exigindo relações sociais horizontais, diferenciando-se do modelo assistencial de saúde tradicional e hegemônico. 
O termo interdisciplinaridade sugere um trabalho integrado e compartilhado com as diversas áreas do saber. Significa ouvir o que o outro diz e conhecer seu sofrimento por meio de diferentes pontos de vistas, e, mais do que isso, trabalhar com o pensar do outro, aprendendo novos conhecimentos.
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agir integrando as diversas competências e categorias profissionais que as compõem; 
primar pela ação articulada com setores que as cercam com base nos determinantes socioculturais do processo saúde-doença, fugindo da lógica do atendimento curativo;
 ter foco na horizontalidade, vínculo e corresponsabilidade pelas ações junto aos usuários do sistema.
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As potencialidades das equipes multiprofissionais são direcionadas às mudanças ocorridas no atendimento à saúde da população brasileira que se caracterizava por seu caráter curativo e imediatista, centrado na figura do médico, hospitalocêntrico e tutelado pela burocracia estatal, na qual o ser humano é considerado apenas um ser biológico que necessitava de cura de determinada doença. 
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Na nova perspectiva de atendimento, o ser humano passou a ser visto em sua totalidade, inserido em uma sociedade, que necessita de atenção nas suas múltiplas dimensões humanas
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A proposta de atendimento multiprofissional foge da centralização na figura do médico, construindo um trabalho em equipe que oportuniza a outros profissionais mostrar seus conhecimentos técnicos, contribuindo de maneira articulada com o cuidado da saúde da população assistida, por meio do planejamento de ações, da troca de ideias, dos princípios e orientações e, desse modo, possibilitando a formação de uma comunidade discursiva e de intervenções técnicas com vários profissionais atuando coletivamente.
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A metodologia do trabalho adotado por uma equipe multiprofissional não se limita apenas às ações assistenciais,
mas valoriza atividades preventivas, como educação em saúde, considerando a necessidade de novas abordagens diante dos problemas de saúde contemporâneos, que requerem não somente a cura, mas também o cuidado contínuo
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Construir uma sólida equipe multiprofissional de saúde requer planejamento cuidadoso, compromisso e investimento constante. 
Os profissionais precisam gastar tempo planejando e fazendo o acompanhamento de objetivos e tarefas; dividindo a liderança e a tomada de decisão. 
Destaca-se nessa forma de intervenção o difícil diálogo entre os diferentes atores envolvidos no processo, ameaçando a possibilidade de uma intervenção coletiva do ponto de vista técnico e científico.

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