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02 Encontro (Estados Federados e Municípios)

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DIREITO CONSTITUCIONAL II
Narciso Leandro Xavier Baez
ESTADOS FEDERADOS
Bens dos Estados: (arts. 26 CRFB)
 	I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
 	II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros;
 	III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;
 	IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.
ESTADOS FEDERADOS
Autonomia dos Estados: (arts. 18, 25, 28, CRFB)
AUTO-ORGANIZAÇÃO 
AUTOLEGISLAÇÃO
AUTOGOVERNO
AUTO-ADMINISTRAÇÃO
1. AUTO-ORGANIZAÇÃO
	* “Os Estados organizam-se pelas Constituições que adotarem.”
	* O poder constituinte estadual é autônomo, mas não soberano.
	* A Constituição Federal fixa a zona de determinação e o conjunto de limitações à capacidade organizatória dos Estados, ordenando que suas Constituições e leis observem os seus princípios (art. 34, VII, 37 a 41 e 125, CRFB)
2. AUTOLEGISLAÇÃO
Competências Reservadas aos Estados: “São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição” (art. 25, § 1º, CRFB)
ESTADOS FEDERADOS
Autonomia dos Estados: (arts. 18, 25, 28, CRFB)
2. AUTOLEGISLAÇÃO
Também lhes competem competências enumeradas em comum com a União e os Municípios (art. 23), assim como a competência exclusiva referida no art. 25, §§ 2º e 3º.
3. AUTOGOVERNO
Têm idêntica estrutura governamental a União. 
Poder Executivo (Goverdador do Estado), Legislativo (Assembléia Legislativa) e Judiciário (Tribunal de Justiça e outros tribunais e juizes)
PODER LEGISLATIVO ESTADUAL
A Assembléia Legislativa é Unicameral e compõe-se de Deputados, representantes do povo, eleitos diretamente pelo sistema proporcional, para um mandato de quatro anos.
Art. 27, CRFB: O número de deputados corresponde ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os deputados federais acima de 12.
Funcionamento: reúne-se a Assembléia Legislativa na Capital do Estado, em sessão legislativa ordinária, independentemente de convocação, na data fixada na Constituição estadual
ESTADOS FEDERADOS
Autonomia dos Estados: (arts. 18, 25, 28, CRFB)
3. AUTOGOVERNO
Poder Legislativo Estadual:
Atribuições: É função do Poder Constituinte estadual definir também sobre que matéria cabe à Assembléia Legislativa legislar, com sanção do Governador, e sobre que matéria lhe compete dispor exclusivamente.
Processo Legislativo Estadual: tem por objetivo a formação de :
a) Emendas à Constituição estadual;
b) Leis ordinárias sobre matéria de competência estadual;
c) Leis complementares estaduais
d) Decretos legislativos
e) Resoluções Legislativas: sobre matéria administrativa e outras de interesse interno da Assembléia Legislativa.
ESTADOS FEDERADOS
Autonomia dos Estados: (arts. 18, 25, 28, CRFB)
3. AUTOGOVERNO
Poder Executivo Estadual:
É exercido por um Governador do Estado, eleito para um mandato de quatro anos, por sufrágio universal e voto direto e secreto em eleição que se realize no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, do ano anterior ao do término do mandato de seu antecessor, tomando-se posse no dia 1º de janeiro do ano subseqüente. A posse se dá perante a Assembléia Legislativa
Substitutos do Governador: 1º Vice-Governador; 2º Presidente da Assembléia Legislativa; 3º Presidente do Tribunal de Justiça
A Constituição Estadual deve definir:
a) Atribuições do Governador
b) Remuneração e impedimentos
Crimes do Governador: os Comuns devem ser processados e julgados perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ), enquanto os de responsabilidade dependerá de como for regulado na Constituição de Cada Estado, mas, por simetria á Constituição Federal deverá haver participação da Assembléia Legislativa.
ESTADOS FEDERADOS
Autonomia dos Estados: (arts. 18, 25, 28, CRFB)
3. AUTOGOVERNO
Poder Judiciário Estadual:
O constituinte estadual é livre para estruturar sua Justiça, desde que preveja o 1)Tribunal de Justiça como órgão de cúpula da organização judiciária estadual, crie os 2) juizados especiais e a 3) justiça de paz, designe 4) juiz de entrância especial com competência para dirimir litígios agrários e 5) mantenha o tribunal do júri, nos termos do art. 5º, XXXVIII, porque estão configurados na Constituição Federal que até já lhe define algumas competências (art. 93, III, 967, I e II, 98 e 125).
Poderá criar ou não Tribunal de Alçada, criar ou não Justiça Militar, por proposta do Tribunal de Justiça, descentralizar seus sistema Judiciário com tribunais de segunda instância em regiões do interior.
Cabe aos Estados também a instituição de representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face da Constituição Estadual
ESTADOS FEDERADOS
Autonomia dos Estados: (arts. 18, 25, 28, CRFB)
3. AUTOGOVERNO
Poder Judiciário Estadual:
Organização Interna dos Tribunais e juízes estaduais:
a) Tribunais de segunda instância: 
O Tribunal de Justiça, órgão de cúpula da organização judiciária estadual, compõem-se de desembargadores em número e com atribuições determinadas na Constituição e nas leis do Estado.
Cabe ao TJ propor à Assembléia Legislativa: 1) a alteração do número de seus membros e o número dos membros dos tribunais inferiores; 2) a criação e extinção de cargos e a fixação de vencimentos de seus membros, dos juízes, dos serviços auxiliares e dos juízos que lhes forem vinculados.
Os Tribunais de Alçada onde houver, compõem-se de juízes.
b) Juízes de primeira instância: 
Funções essenciais à Justiça Estadual: 
a) Ministério Público estadual: Lei Complementar de cada Estado estabelecerá a organização, as atribuições e o estatuto de seus MPs (art. 128, § 5º, CRFB)
ESTADOS FEDERADOS
Autonomia dos Estados: (arts. 18, 25, 28, CRFB)
3. AUTOGOVERNO
Funções essenciais à Justiça Estadual: 
b) Procuradorias e consultorias estaduais: os Procuradores dos Estados e Distrito Federal hão de ser organizados em carreira em que ingressarão por concurso público de provas e títulos (art. 132), estando, pois, vedada a admissão ou contratação de advogados para o exercício das funções de representação judicial (salvo impedimento de todos os procuradores).
c) Defensorias Públicas estaduais: é obrigatória sua instituição, conforme estabeleceu a CRFB. É uma instituição essencial à função jurisdicional, destinada à orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do art. 5º, LXXIV
MUNICÍPIOS
Posição do Município na Federação
	É entidade estatal integrante da Federação, como entidade político-administrativa, dotada de autonomia política, administrativa e financeira.
AUTONOMIA MUNICIPAL
	Tem a partir da CRFB 1988 o poder de auto-organização, ao lado do governo próprio e de competências exclusivas.
	A autonomia municipal assenta-se em quatro capacidades:
	a) capacidade de auto-organização: mediante a elaboração de lei orgânica própria;
	b) capacidade de autogoverno: pela eletividade do Prefeito e dos Vereadores às respectivas Câmaras Municipais.
	c) capacidade normativa própria: ou capacidade de autolegislação, mediante a competência de elaboração de leis municipais sobre áreas que são reservadas à sua competência exclusiva e suplementar.
	d) capacidade de auto-administração: administração própria, para manter e prestar os serviços de interesse local
MUNICÍPIOS
Posição do Município na Federação
CAPACIDADE DE AUTO-ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL
	Art. 29, CRFB: “O Município se regerá por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os
princípios estabelecidos nesta Constituição e na Constituição do respectivo Estado.”
É uma espécie de Constituição Municipal. Discrimina a matéria de competência exclusiva do Município, observadas as peculiaridades locais, bem como a competência comum que a Constituição lhe reserva juntamente com a União, os Estados e o Distrito Federal (art. 23).
A Constituição estabeleceu no art. 29, o conteúdo básico da Lei Orgânica.
Competências Municipais: o Art. 30, CRFB, discrimina as bases da competência dos Municípios.
Governo Municipal
Poderes Municipais: o governo municipal é constituído só de Poder Executivo, exercido pelo Prefeito e de Poder Legislativo, exercido pela Câmara Municipal. Os municípios não têm Poder Judiciário.
MUNICÍPIOS
Governo Municipal
Poder Executivo Municipal
O Chefe desse Poder é o Prefeito.
Cabe a cada Lei Orgânica discriminar as funções do prefeito
O Prefeito e o Vice-Prefeito (como os vereadores) serão eleitos no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato de seus antecessores, para mandato de quatro anos, e tomarão posse no dia 1º de janeiro do ano subseqüente.
Segundo Turno: Aplica-se a regra do art. 77, no caso de Municípios com mais de 200.000 eleitores (art. 29, I e II). Assim, a eleição do Prefeito e do Vice deve atender ao princípio da maioria absoluta
Substitutos do Prefeito: 1º Vice- Prefeito; 2º Cabe à Lei Orgânica estatuir sobre os substitutos eventuais do Prefeito.
Poder Legislativo Municipal
É exercido pela Câmara Municipal que deverá também ter suas funções discriminadas pela lei orgânica do respectivo Município
A Câmara será composta por vereadores, cujo número será fixado pela Constituição do Respectivo Estado, proporcionalmente à população do município.
O mandato de vereador terá a duração de 04 anos. 
Intervenção nos Estados e Municípios
NATUREZA:
	É ato político que consiste na incursão da entidade interventora nos negócios da entidade que a suporta. É medida excepcional, e só há de ocorrer nos casos nela taxativamente estabelecidos e indicados.
HIPÓTESES:
Intervenção da União nos Estados (art. 34, CRFB): 
Defesa do Estado – manter integridade nacional ou repelir agressão estrangeira
Defesa do Princípio Federativo – por termo a grave comprometimento da ordem pública; garantir livre exercício de quaisquer dos Poderes na unidade federativa.
Defesa das Finanças Estaduais – deixar de pagar por mais de 02 anos dívida fundada; deixar de entregar aos municípios receitas tributárias, dentro dos prazos legais.
Defesa da Ordem Constitucional - forma republicana, sistema representativo e regime democrático; direitos da pessoa humana; autonomia municipal; aplicação das receitas tributárias, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.
Intervenção nos Estados e Municípios
HIPÓTESES:
Intervenção da União nos Estados (art. 34, CRFB): 
Procedimento: efetiva-se por Decreto do Presidente da República
Especificando amplitude, 
Prazo e 
Condições de execução 
Nomeando, se for o caso, interventor. 
A intervenção deve ser submetida ao exame do Congresso Nacional que poderá aprovar ou rejeitar a intervenção. 
Não há controle jurisdicional porque é ato político, exceto se violar as normas constitucionais.
Intervenção nos Estados e Municípios
HIPÓTESES:
Intervenção dos Estados nos Municípios (art. 35, CRFB): 
Deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois anos consecutivos, dívida fundada (I)
Não forem prestadas contas devidas na forma da lei (arts. 30, III, e 31)
Não aplicação de receita mínima destinada à educação (art. 212)
O Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial (IV)
Procedimento: 
Faz-se por Decreto do Governador, especificando amplitude, prazo e condições de execução, nomeando, se for o caso, interventor. 
A intervenção deve ser submetida ao exame da Assembléia Legislativa, que poderá aprovar ou rejeitar a intervenção
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO DE CONTEÚDO
1) O princípio da independência e harmonia entre os poderes, como previsto e consagrado na Constituição de 1988, caracteriza ?
2) É correto afirmar que o poder político do Estado é uno e indivisível e Independentes e harmônicos entre si são os órgãos que exercitam as funções estatais ?
3) Da distribuição constitucional de competência legislativa decorre, como regra geral, a supremacia hierárquica da lei federal sobre a estadual e desta sobre a lei municipal ?
4) Na competência legislativa concorrente não há hierarquia entre as normas federais e estaduais ?
5) A República Federativa do Brasil tem como forma de Governo, a Federação; como forma de Estado, a República; como Poderes, a União, os Estados e o Distrito Federal e os Municípios ?
6) No Estado Federal brasileiro, o Município tem as suas competências delimitadas na Lei Orgânica Municipal ou na Constituição Estadual?
7) Quais são os substitutos do Governador? Se todos falecerem quem ocupará o cargo?

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