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DIREITO À INFORMAÇÃO - DIREITO FUNDAMENTAL - maria tereza marques

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DIREITO À INFORMAÇÃO - DIREITO FUNDAMENTAL 
BASE PARA DEMOCRACIA (*) 
Maria 7ereza Marques 
Professora na Faculdade de Direito de ]aú, advogada e mes!randa em Direito 
la turma, do curso de pós-graduação da Faculdade de Direito de Bauru - lTE 
"A liberdade, Sancho, é um dos mais 
preciosos dons que os céus deram aos 
homens; a ela não podem igualar-se os 
tesouros da terra nem do mar. 
Pela liberdade, assim como pela honra, 
sepode ese deve arriscar a vida". 
Cervames 
o termo informação, objeto desta explanação, será focalizado levando-se em 
conta o conteúdo informativo dos meios de comunicação de massa. Esse tema é 
bastante vasto e na mesma vastidão apaixonante, tanto que para nós foi um desafio 
delimitá-lo. 
Como não é possível esgotarmos todo seu conteúdo e extensão, limitar-nos­
emos aos seguintes enfoques: o direito à informação sob o prisma de direito funda­
mental, base para a democracia, fixando seu fundamento na Constituição Federal, 
passando para o seu conteúdo que, doutrinariamente, constitui no direito de opi­
nião, liberdade de pensamento, direito de expressão; veremos os eventuais confron­
'Sob orientação do Professor Domor Luiz Alberto David Araujo. 
I
INSTlTUIÇÃO TOLEDO DE ENSINO MARIA TEREZA MARQ1JES 30 
tos entre os direitos à informação e outros direitos fundamentais, finalizando com 
breves comentários sobre a denominada liberdade de imprensa, enfatizando sua 
qualidade de direito fundamental. 
Pois bem. De início, é relevante consignar que não basta a positivação de um 
direito. Não basta um direito formal, meramente declarado, mormente quando cui­
damos de um direito fundamental do homem, cuja existência digna reclama a sua 
concretização e resguardo. 
Esses direitos humanos fundamentais têm evoluído ao longo da história, ade­
quando-se às necessidades do homem. Inicialmente, surgiram como garantia em re­
lação ao poder estatal (direito à liberdade, à igualdade). Posteriormente, foi-se am­
pliando sua órbita de atuação, enfeixando não só aqueles direitos tradicionalmente 
denominados direitos individuais (próprios da personalidade), como também os di­
reitos sociais e econômicos, ao meio ambiente etc. 
Sob esse prisma -necessidade humana -o direito à informação não é mais vis­
to como simples liberdade de externar pensamento, de expressar-se, mas sim como 
um direito fundamental de participação da sociedade, travestindo-se no direito de 
informar (de veicular informações), no direito de ser informado (de receber infor­
mações) e de se informar (de recolher informações), sendo, pois, base para a 
democracia, 
Como é cediço, a democracia configura um dos princípios fundamentais da 
República Federativa do Brasil, conforme dispõe o art. 10 da Constituição Federal. 
De fato, dúvida não há que o Estado brasileiro se traduz em um Estado Demo­
cdtico de Direito, cujos princípios básicos de liberdade são o seu alicerce, seu fun­
damento, irradiando seu valor sobre todas as normas jurídicas. 
Eis aí a importância do direito à informação. 
Realmente, li informação, como forma de obtenção de conhecimento, como 
meio de poder, é hoje mais que um direito: é uma necessidade irrenunciável, sem a 
qual não há participação, não há liberdade, desmorona-se a igualdade, impede a 
existência da democracia, 
Indiscutivelmente, portanto, que a informação é indispensável para a vida so­
cial, principalmente para avida política (exercício do voto), através do qual o povo 
elege seus representantes que vão decidir sobre assuntos de suma importância, que 
vão em seu nome governar, legislar, guiar seus passos e indicar o seu rumo, Enfim, 
vão exercer todo o poder que ao povo pertence, 
O direito à informação, como já analisado, pode revelar diversas facetas, dar 
origem a várias illterpretações e ser concebido sob diversas óticas. Sem descon­
siderarmos outras visões a respeito e, fiéis às posições aqui defendidas, partimos da 
premissa de amplo direito à informação, cujo efetivo exercício é pressuposto básico 
para ademocracia. 
Para bem ilustrar e enriquecer a matéria, trazemos a seguinte explanação: 
"Este direito (o 'direito de saber) deveria aparecer num lugar de 
honra na lista dos di 
há democracia possí 
necemfora do alcam 
que 1Il0nopolim oac 
saber', que controla 
do stablishment econ 
Essa tecnoestrutura 
capital. Para transfo 
acordo com sua com 
nova casta, que faz 
parcimônia. E condE 
Ademocracia - principio fund, 
pode concluir, ao menos dois pressu 
pressupostos deixam de existir de fa 
ção. Afalta de instrução leva à desigl 
Há, desse modo, anecessidad( 
caso contrário, o direito à informaçã 
cia, a uma utopia jurídica. Aqui, pe 
Sampaio, que, explanando sobre ap 
"Todavia, se seu títz. 
com que o rei-povo 
parlamentares: com 
em seu nome sem q~ 
Parece-nos claro, como o sol d 
em um direito fundamental do hom 
Sob esse enfoque, levando-s 
Cretella Júnior assim conceitua infol 
"Informação é toda 
cesso proveniente di 
visão". 
Podemos afirmar, portanto, q 
de/possibilidade de obter conhecin 
suntos dos meios de comunicação 
dos veículos próprios de seu proce~ 
Diante dessa terminologia, di 
de um direito básico, de um direitc 
há educação, não há exercício de d 
no mundo atual, de total competiç2 
'Roger Gérard Schwarlzenberg. oEstado Espetá 
apud Aluízio Ferreira, op. cil. p. 236. 
INSTITUIÇÃO TOLEDO DE ENSINO MARIA TEREZA MARQ1IES 31 
ros direitos fundamentais, finalizando com 
la liberdade de imprensa, enfatizando sua 
lnsignar que não basta a positivação de um 
ramente declarado, mormente quando cui­
ornem, cuja existência digna reclama a sua 
tais têm evoluído ao longo da história, ade­
1icialmente, surgiram como garantia em re­
le, à igualdade). Posteriormente, foi-se am­
o não só aqueles direitos tradicionalmente
 
ios da personalidade), como também os di­
biente etc.
 
lana -o direito à informação não é mais vis­
~nsamento, de expressar-se, mas sim como
 
da sociedade, travestindo-se no direito de
 
tireito de ser informado (de receber infor­
~ informações), sendo, pois, base para a
 
rrgura um dos princípios fundamentais da
 
dispõe o art. 10 da Constituição Federal.
 
)brasileiro se traduz em um Estado Demo­
IS de liberdade são o seu alicerce, seu fun­
s as normas jurídicas.
 
)rmação.
 
ma de obtenção de conhecimento, como
 
J: é uma necessidade irrenunciável, sem a 
de, desmorona-se a igualdade, impede a 
nformação é indispensável para a vida so­
:xercício do voto), através do qual o povo 
sobre asSW1tos de suma importância, que 
seus passos e indicar o seu rumo. Enfim, 
rtence. 
ilisado, pode revelar diversas facetas, dar 
:ebido sob diversas óticas. Sem descon­
às posições aqui defendidas, partimos da 
Jjo efetivo exercício é pressuposto básico 
éria, trazemos a seguinte explanação: 
saber') deveria aparecer num lugar de 
honra na lista dos direitos do homem e do cidadão. Sem ele, não 
há democracia possivel. Sem ele, as opções fundamentais perma­
necemfora do alcance dos eleitores, para reverter a uma minoria, 
que monopoliza o acesso aos arquivos eaos dados, e uma 'elite do 
saber~ que controla o Estado espetáculo e congrega os dirigentes 
do stablishment econômico eda tecnocracia administrativa. 
Essa tecnoestrutura acumula saber, como outros acumulavam 
capital. Para transformá-lo em poder E moldar a sociedade. De 
acordo com sua concepção. Aseu bel-prazer Forma-se assim uma 
nova casta, que faz a informação como se dá uma esmola. Com 
parcimônia.·E condescendência" G. Schwartzenberg l 
Ademocracia - princípio fundamenta! do Estado brasileiro, reclama, como se 
pode concluir, ao menos dois pressupostos básicos: a liberdade e a igualdade. Estes 
pressupostos deixam de existir de fato quando ausente o conhecimento, a informa­
ção. Afalta de instrução leva àdesigualdade e esta é antagônica àdemocracia. 
Hádesse modo a necessidade de dotar esse direito de total efetividade, pois, 
caso con~rário, o direi~o àinformação fica relegado àmera declaração e a democra­
cia, a uma utopia jurídica. Aqui, permito-me repetir as palavras de Nelson Souza 
Sampaio, que, explanando sobre a participação democrática, assim se manifestou: 
"lbdavia, se seu titular não for bem instruído, informado, fará 
com que o rei-povo venha equiparar-se aos reis das monarquias 
parlamentares: continuará reinando sem governar Tudo se fará 
em seu nome sem que ele, de fato, nada faça". 
Parece-nos claro, como o sol do meio-dia, que o direito à informação se traduz 
em um direito fundamental do homem. 
Sob esse enfoque, levando-se em conta o conteúdo da informação, José 
Cretella Júnior assim conceitua informação: 
"Informação é toda notícia dada ao público por veículo ou pro­
cesso proveniente de certasfontes, como ojornal, o rádio, a tele­
• - 11Vlsao. 
Podemos afirmar, portanto, que o Direito à Informação traduz-se na faculda­
de/possibilidade de obter conhecimento, instrução, dados sobre determinados as­
suntos dos meios de comunicação - jornais, rádio, televisão, revistas etc - ou seja, 
dos veículos próprios de seu processamento. 
Diante dessa terminologia, de seu conteúdo, afirmamos que estamos diante 
de um direito básico, de um direito fundamental do homem: sem informação, não 
há educação, não há exercício de cidadania, não há democracia. E, principalmente, 
no mundo atual, de total competição de mercado, de tecnologias avançadas, de cul­
'Roger Gérard Schwartzenberg. o Estado Espetáculo: ensaio sobre e contra o star system em política, p. 345, 
apud Aluízio Ferreira, op. cit. p. 236. 
MARIA TEREZA MARQ1JES INSTITUlçÃO TOLEDO DE ENSlNO32 
tura internacionalizada, não há como negar essa qualidade ao direito em questão e, 
com o intuito de bem enfatizar sua importância, atrevo-me a parafrasear o grande 
constitudonalista José Afonso da Silva, afirmando que, sem informações, o homem 
não se realiza, não convive e, às vezes, nem mesmo sobrevive. 
Esse direito fundamental de se informar, de informar e de ser informado está 
devidamente assegurado em nossa Constituição Federal. 
Dispõe o art. 5°, inc. XIV: "É assegurado a todos o acesso à informação eres­
guardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional". 
Ninguém nega que nesse dispositivo encontra-se o respaldo para o acesso à 
informação e a proteção do sigilo como garantia de trabalho dos profissionais de im­
prensa. 
Todavia, quanto ao seu alcance, há controversia: Celso Ribeiro Bastos, Vidal 
Serrano entre outros, defendem, em síntese, que nesse texto constitudonal con­
sagra-se o chamado direito de informar, mas não tem a mesma conotação dada ao 
direito de ser informado pelos órgãos públicos, disposto no inc. XXXIII, do mesmo 
art. 5°, em que o constituinte expressamente estabeleceu o dever de esses órgãos 
prestarem informações, sob pena de responsabilidade de seus agentes. 
Concluem esses doutos juristas que o direito de ser informado só existe em 
relação aos órgãos públicos, já que quanto às empresas particulares não há o corre­
lato dever de informar. 
Todavia, ousamos deles discordar e esposamos o entendimento de Aluízio 
Ferreira que, em sua brilhante obra "Direito à Informação -Direito à Comunicação", 
sustenta que o direito à informação em nossa Constituição é integral, revelando o 
direito de informar, de se informar e de ser informado. Tal conclusão se faz em 
decorrênda de uma interpretação sistematizada de nossa Lei Magna. 
Destarte, o direito à informação, relativamente ao direito de ser informado pe­
los meios de comunicação, não encontra suporte apenas no inc. XN, do art. 5°, an­
tes citado. Tem ele sustentação em outros dispositivos constitucionais, dos quais se 
destaca o inc. N e o inc. IX do art. Se em questão: 
"IV Élivre a manifestação de pensamento, sendo vedado o anoni­
mato";
 
"IX Élivre a expressão de atividade intelectual, anística científica
 
e de comunicação, independentemente de censura e licença".
 
Oprimeiro desses dispositivos cuida da denominada liberdade de pensamen­
to que, conforme mais adiante se verá, engloba a liberdade de opinião e de expres­
são; o segundo, de maneira mais dirigida, o da liberdade de expressão de atividade 
intelectual, entre elas a da comunicação, da crítica jornalística, deixando-as a saldo 
do inconveniente da antiga e indesejada censura. 
Aludidos preceitos são abase constitucional da liberdade de imprensa, tão fes­
tejada e comentada. 
Mas não é só. Ao dispor sobre as 
lador constituinte originário, arrolando 
ao contribuinte (art. 150, caput), vedo 
aos Municípios a possibilidade de instit 
e o papel destinado a sua impressão (il 
Perguntamos: qual o objetivo de 
lhor, qual o bem maior protegido por 
Evidentemente que o objetivo pl 
comunicação e sim a plena liberdade d( 
seu poder de tributar, poderia, com a 
embaraçar o exercício dessas atividade: 
Parece-nos que o objeto dessa pr 
so, não apenas aos profissionais da COl 
ao cidadão, pois de nada adiantaria o fa 
so a todos os dados se pudessem opta 
vres para manipular essas informações 
mar lhes fora impingido. 
Outrossim, o capítulo referente 
outras garantias à plenitude de inform 
ção social venham a ser objeto de mOI 
do-se com tal proibição, que a informa 
car nas mãos de uma única pessoa ou d 
ção: ainda, nesse mesmo capítulo, a O 
cação impressa independentemente d 
seja, evita que a burocratização possa c 
lação de intormações impressas; e, pOI 
televisão deverão atender, dentre estes 
programações. 
Além de todas as normas constit 
que nos dão o suporte para afirmarmo: 
to ao acesso à informação, trazemos, 
sobre direitos Humanos (Pacto de Sãc 
Brasil é signatári02, cujo art. 13 assim c 
"Toda pessoa tem direI 
são. Esse direito comJ 
difundir informações ~ 
de fronteiras, verbalm 
ou artística, ou por qu 
'Essa Convenção leve sua promulgação no Brasil atr: 
INSTITUIÇÃO TOLEDO DE ENSINO 
:ssa qualidade ao direito em questão e,
 
ncia, atrevo-me a parafrasear o grande
 
ando que, sem informações, o homem
 
mesmo sobrevive.
 
:!f, de informar e de ser informado está
 
ção Federal.
 
oa todos o acesso à informação eres­
~rio ao exercício profissional".
 
~ncontra-se o respaldo para o acesso à
 
ltia de trabalho dos profissionais de im­
ntroversia: Celso Ribeiro Bastos, Vidal 
~, que nesse texto constitucional con­
não tem a mesma conotação dada ao 
)s, disposto no inc. XXXIII, do mesmo 
~ estabeleceu o dever de esses órgãos 
abilidade de seus agentes. 
direito de ser informado só existe em 
empresas particulares não há o corre­
;posamos o entendimento de Aluízio 
Informação -Direito àComunicação", 
a Constituição é integral, revelando o 
. informado. Tal conclusão se faz em 
da de nossa Lei Magna. 
mente ao direito de ser informado pe­
)rte apenas no inc. XIV, do art. 5°, an­
positivos constitucionais, dos quais se 
,tão: 
pensamento, sendo vedado o anoni­
idade intelectual, artística científica 
ntemente de censura e licença". 
denominada liberdade de pensamen­
la a liberdade de opinião e de expres­
i liberdade de expressão de atividade
 
ntica jornalística, deixando-as a saldo
 
!fa.
 
nal da liberdade de imprensa, tão fes-
MARIA TEREZA MARO!JES 33 
Mas não é só. Ao dispor sobre as limitações do poder de tributar, nosso legis­
lador constituinte originário, arrolando o que denominou de garantias asseguradas 
ao contribuinte (art. 150, caput), vedou àUnião, aos Estaóos, ao Distrito Federal e 
aos Municípios a possibilidade de instituir impostos sobre livros, jornais, periódicos 
e o papel destinado a sua impressão (ine. VI, "d"). 
Perguntamos: qual o objetivo dessa garantia? a quem ela interessa? ou me­
lhor, qual o bem maior protegido por esses dispositivos? 
Evidentementeque o objetivo primeiro não foi privilegiar os empresários da 
comunicação e sim aplena liberdade de informação, pois o poder estatal, através de 
seu poder de tributar, poderia, com a instituição de impostos com alíquotas altas, 
embaraçar o exercício dessas atividades. 
Parece-nos que o objeto dessa proteção é ainformação bem como o seu aces­
so, não apenas aos profissionais da comunicação, mas, principalmente, ao público, 
ao cidadão, pois de nada adiantaria o fato de que os jornalistas tivessem amplo aces­
so a todos os dados se pudessem optar por nada externar, ou pior, sentissem-se li­
vres para manipular essas informações obtidas, já que nenhum dever legal de infor­
mar lhes fora impingido. 
Outrossim, o capítulo referente à comunicação social traz em seu conteúdo 
outras garantias à plenitude de informação, proibindo que os meios de comunica­
ção social venham a ser objeto de moropálio ou oligopólio (art. 220, § 5°), evitan­
do-se com tal proibição, que a informação e ou a comunicação de massa possam fi­
car nas mãos de uma única pessoa ou de um número reduzido a ensejar a manipula­
ção: ainda, nesse mesmo capítulo, a Constituição permite a publicação da comuni­
cação impressa independentemente de licença de autoridade (art. 2220, § 6°), ou 
seja, evita que a burocratização possa configurar em óbice para a impressão e circu­
lação de intormações impressas; e, por fií:i, traça os princípios os quais o rádio e a 
televisão deverão atender, dentre estes, a finalidade educativa e intormativa de suas 
programações. 
Além de todas as normas constitucionais e infra-constitucionais já analisadas, 
que nos dão o suporte para afirmarmos que o direito de informação enfeixa o direi­
to ao acesso à informação, trazemos a lume o disposto na Convenção Americana 
sobre direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica, de 27. 11.89), da qual o 
Brasil é signatárid, cujo art. 13 assim declara: 
"Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento e de expres­
são. Esse direito compreende a liberdade de buscar, receber e 
dífundir informações e idéias de toda natureza, sem consideração 
de fronteiras, verbalmente ou por escrito, ou em forma impressa 
ou artística, ou por qualquer outro processo de sua escolha". 
'Essa Convenção teve sua promulgação no Brasil através do Dec N° 678, de 6.lll992 (DOU, 9·11·92). 
I
21. MARIA TEREZA MARQ1JES y't INSTITUiÇÃO TOLEDO DE ENSINO 
Essa regra tem seu conteúdo incorporado ànossa Constituição, nos termos 
do § 2°, do art. 5°, que expressamente dispõe que os direitos e garantias ali expres­
sos não excluem outros decorrentes dos princípios por ela adotados ou dos trata­
dos internacionais em que a República brasileira seja parte. 
Mas, mesmo que assim não fosse, isto é, mesmo que o Brasil n10 tivesse subs­
crito referida convenção, somente pelo disposto no inc. XIV, do art. 5° da Constitui­
Ç10 Federal já se autorizava essa conclusão. 
Afim de melhor ilustrarmos nosso posicionamento, trazemos àbaila a susten­
tação efetuada por Celso Antonio Pacheco Fiorillo e Marcelo Abelha Rodrigues, que 
assim atlrmaram: 
"O art 5°. XlV garante a todos, o acesso à illformação 
(rectius =col/lwzicação). A.í está a pedrafurzdamental do direito 
de ser informado. Édireito fundamental, com garantia de cláusu­
la pétrea. Édireito difuso ellcartável na defilliçâo do art. 81, .? úni­
co, 1do coe. A. mera possibilidade de acesso já configura o direito 
e, portanto, a sua pmteçâo"J. 
Ante todos esses preceitos constitucionais, defendemos o dever de informar 
que tem os órg10s de comunicaç10 de massa, a obrigação desses de cumprir o seu 
mister, levando-se em conta seu destinatário: o povo. 
Exempliticando, 1110 entendemos razoável possa um meio de comunicaç10 
colher informações de cabal interesse público e privilegiar apenas algumas pessoas, 
retendo tais informações, ou veiculando-as de maneira incompleta e tendenciosa. 
Conforme já asseverado, embasa o direito à informação, sendo seu pressupos­
to a liberdade de externar o pensamento, de emitir opiniões, de livremente expressá­
lo. pois o pensamento, enquanto ato do intelecto, sem projeç10 no mundo exterior 
não interessa ao mundo jurídico e n10 reclama uma norma autorizadora para tanto. 
Destarte, pensar só para si não significa liberdade de pensar O escravo, o 
submisso e o oprimido pensam, sem que se lhes assegure liberdade de pensamen­
to Pensar de si para si mesmo é ato de comunh10 interna, é a chamada liberdade 
de consciência, não pode ser policiada, pois simples introspecção psíquica, 
declarando-a a Constituição inviolável (art. 5°, VI). Sendo a liberdade conceito políti­
co-social, a liberdade de pensar reivimlica naturalmente a possibilidade de exteriori­
zação, de extrovers10 do pensamento". 
Evidentemente, que a liberdade de pensamento alcança, sem sombra de dúvi­
da, a liberdade de trazer a público suas idéias, suas conclusões e críticas sobre deter­
minado objeto. Eis aí o direito de expressão, de se expressar, de se comunicar, de 
emitir mensagens, por qualquer meio, independentemente de autorização e ou cen­
sura. 
'Celso Antonio Pacheco Fiorillo e Marcelo Abelha Rodngues, in Manml de Direito Ambiemal e LeglsLlçj()
 
Aphcável, p. 400.
 
'Pedro Frederico Caldas, in Vida Privada, Liberebde de Imprensa e Dan,) MoraL 5}o PauJo, Saraiva, 1997, pp. 59/60.
 
Entretanto, na defesa do difi 
caráter absoluto desse direito. Não. 
namento constitucional agasalha di 
a vida, a liberdade, a honra, até o I 
positivos, sem que haja hierarquia 
harmoniosamente sem conflitos, j~ 
ção, sem prevalência de um sobre 
Ocorre que, por muitas veze: 
damentais pode chocar-se com OUI 
prete um posicionamento acerca ( 
assim se concluir. 
Devemos ter em conta que 
sempre aparentes já que a unidadl 
permite apontar qual dispositivo (I 
lução se dará pela busca de equilít 
Vejamos como se deverá fazl 
ção - a liberdade de crítica -e os d 
Nossa Constituição Federal, 
intimidade, a vida privada, a imag 
violação a esses bens poderá ense 
decorrente. 
Em caso de confronto entre, 
há três correntes doutrinárias inte 
A primeira delas, conhecid: 
absoluto dos direitos de personali 
ção fática o direito de informar (nl 
a preponderância absoluta destes, 
Fixa essa doutrina o princíp 
personalidade que, em nenhuma 
eventual interesse público) poder 
Asegunda vertente doutrill 
qual se desenvolveu sob o pressuf 
reito de crítica e um dos direitos 
se a uma necessária e casuística 
Nessa linha de raciocínio, a tarefa 
to de personalidade envolvido, d 
ponderação está ou não justificad 
Aterceira concepção deser 
rêllcia Normativa, avançando no 
ção, não nega a premissa da limit 
e dos direitos de informação e d 
INSTlTU1Ç,\O TOLEDO DE ENSINO MARlA TEREZA MARQ1JES 35 
orporado à nossa Constituição, nos termos
 
jispõe que os direitos e garantias ali expres­
}s princípios por ela adotados ou dos trata­
brasileira seja parte.
 
isto é, mesmo que o Brasil não tivesse subs­
disposto no inc. XIV, do art. 5° da Constitui­
são.
 
) posicionamento, trazemos à baila a susten­
co Fiorillo e Marcelo Abelha Rodrigues, que
 
nte a todos, o acesso à informação 
). Aí está a pedra fundamental do direito 
~ito fundamental, com garantia de cláusu­
') encartável na definiçãO do art. 81, § ÚllÍ­
lsibilidade de acesso já configura o direito 
;ãO"l. 
~cionais, defendemos o dever de informar 
nassa, a obrigação desses de cumprir o seu 
tário: o povo. 
ramável possa um meio de comunicação 
íblico e privilegiar apenas algumas pessoas, 
-as de maneira incompleta e tendenciosa. 
direito à informação, sendo seu pressupos­
de emitir opiniões, de livremente expressá­
intelecto, sem projeção no mundo exterior 
clama uma norma autorizadora para tanto. 
ignifica liberdade de pensar. O escravo, o 
~ se lhes assegure liberdade de pensamen­
comunhão interna, é a chamadaliberdade 
da, pois simples introspecção psíquica, 
t. 5°, VI). Sendo a liberdade conceito políti­
I naturalmente a possibilidade de exteriori­
pensamento alcança, sem sombra de dúvi­
~ias, suas conclusões e críticas sobre deter­
;são, de se expressar, de se comunicar, de 
lependentemente de autorização e ou cen­
ues, in Manual de Direüo Ambielllal e Leglslaç<iu 
.prensa e D:mo Moral. São Paulo: Saraiva. 1997, pp. 59/(,0 
Entretanto, na defesa do direito à intormação, não se quer aqui defender o 
caráter absoluto desse direito. Não. Como é do conhecimento de todos, nosso orde­
namento constitucional agasalha diversos direitos fundamentais, protegendo desde 
a vida, a liberdade, a honra, até o meio ambiente, a comunicação, em diversos dis­
positivos, sem que haja hierarquia entre eles, isto é, esses direitos devem conviver 
harmoniosamente sem conflitos, já que estão todos inseridos na mesma Constitui­
ção, sem prevalência de um sobre o outro. 
Ocorre que, por muitas vezes, o exercício ilimitado de um desses direitos fun­
damentais pode chocar-se com outro dessa mesma categoria, reclamando do intér­
prete um posicionamento acerca de qual direito deverá prevalecer e o porquê de 
assim se concluir. 
Devemos ter em contei que as antinomias eventualmente detectadas serão 
sempre aparentes já que a unidade hierárquico-normativa da Constituição não nos 
permite apontar qual dispositivo constitucional tem prevalência sobre outro e a so­
lução se dará pela busca de equilíbrio entre as normas porventura conflitantes. 
Vejamos como se deverá fazer essa harmonização entre o direito de informa­
ção - a liberdade de crítica - e os denominados direitos da personalidade. 
Nossa Constituição Federal, em seu art. 50, incisos Ve X, protege a honra, a 
intimidade, a vida privada, a imagem das pessoas, dispondo expressamente que a 
violação a esses bens poderá ensejar indenização pelo dano material ou moral dela 
decorrente. 
Em caso de confronto entre esses direitos individuais e o direito àinformação, 
há três correntes doutrinárias interpretativas de referido conflito aparente: 
A primeira delas, conhecida como o Regime de Exclusão, apregoa o valor 
absoluto dos direitos de personalidade, isto é, contrapondo-se numa mesma situa­
ção fática o direito de informar (noticiar, criticar) e os direitos de personalidade, há 
a preponderância absoluta destes, o que excluiria aquele. 
Fixa essa doutrina o princípio da inviolabilidade de quaisquer dos direitos da 
personalidade que, em nenhuma situação ou sob qualquer pretexto (mesmo o de 
eventual interesse público) poderiam ser violados. 
A segunda vertente doutrinária denomina-se a da necessária ponderação, a 
qual se desenvolveu sob o pressuposto de que, existindo eventual colisão entre o di­
reito de crítica e um dos direitos da personalidade, o mais acertado seria proceder­
se a uma necessária e casuística ponderação entre ambos os direitos envolvidos. 
Nessa linha de raciocínio, a tarefa consiste em sopesar o direito de crítica e o direi­
to de personalidade envol\~do, de modo a concluir se a restrição resultante dessa 
ponderação está ou não justificada constitucionalmente. 
Aterceira concepção desenvolvida, consubstancia-se na corrente da Concor­
rência Normativa, avançando nos pressupostos da doutrina da necessária pondera­
ção, não nega a premissa da limitabilidade dos direitos fundamentais, como gênero, 
e dos direitos de informação e de crítica, em específico. Todavia, fLxa o direito de 
,
INSTITUlçÃO TOLEDO DE ENSlNO36 
crítica (de informaçio, de opinião e de exptf'ssio) como preferencial face aos de­
mais direitos. 
Tal entendimento baseia-se no v~lor social do direito de crítica, alçado na ver­
dade, à condição de um autêntico pressuposto do sistema democrático. Alega-se, 
nesse sentido, que o direito de crítica constitui um verdadeiro alicerce da instituição 
opinião pública, o que, e\~dentemente, reveste tal direito de um caráter especial, 
prevalente em relação aos demais direitos fundamentais que, em determinadas situ­
ações, possam com ele se antagonizar. 
Analisando referidas vertentes doutrinárias, parece-nos que a primeira delas -a 
do regime de exclusão - é totalmente insustentável, haja vista que, sem qualquer 
fundamento jurídico, dá aos direitos à intimidade, à honra, à imagem e à privacidade 
o caráter absoluto que nega a outros direitos também fundamentais. Por essa teoria, 
o direito à informação ficaria relegado a um segundo plano, ou pior, à mera teoria, 
sem qualquer efetividade. 
As duas outras correntes demonstram uma maior possibilidade de acomoda­
ção dos direitos conflitantes, sendo que a segunda vertente -a da necessária ponde­
ração -baseia-se no bom senso, na interpretação do caso concreto e a terceira -a da 
concorrência normativa -melhor exposta e fundamentada, segundo nossa opinião, 
parte do suporte da teoria da ponderação que, sem negar o valor que os direitos 
próprios da personalidade possuem, ressalta o caráter público que reflete o direito 
à informação. Por essa corrente, se a informação veiculada vier a resvalar em ofensa 
à honra de alguém, mas se esse relato for matéria de interesse público e tratar-se de 
informação verdadeira, não há como negar o exercício desse direito, muito embora 
o outro, o direito ofendido, tenha que ser sacrificado. 
Eque, sem esse entendimento, a maior parte das informações veiculadas pe­
los órgãos de comunicação, no mais das vezes consubstanciando em denúncias, se­
ria considerada inoportuna, desrespeitadora de direitos individuais fundamentais. 
Outrossim, ensina-nos Luis Roberto BarrosoS que o princípio da razoabilidade 
é um parâmetro de valoraçio dos atos, em princípio do Poder Público, buscando 
aferir se eles estão informados pelo valor maior inerente a toda ordem jurídica: a 
Justiça, e que é razoável o que seja conforme a razão, supondo equilíbrio, modera­
ção e harmonia, o que não seja arbitrário ou caprichoso, o que correspanda ao sen­
so comum e aos valores vigentes em dado momento ou lugar 
Por esse princípio, deve-se analisar o caso concreto em que há aparente confli­
to positivo de normas e buscar o equilíbrio dessas regras, valorando asituação de ca­
da detentor de um direito fl1ndamental e as circunstâncias que deram ensejo, no ca­
so, à veiculação da informação tida como infringente a um direito da personalidade. 
Assim, frente a todas as correntes doutrinárias analisadas, colhendo de cada 
uma o seu melhor ensinamento e partif1clo da premissa de que não há hierarquia en­
5In Imerpretação e Aplicação ela Constituição. Sáo Palllo: Saraiva. 1996. 
MARlA TEREZA MARQ1JES 
tre as normas constitucionais, que os ( 
mas, ao contrário, limitados, que deve 
seu conteúdo a mcLxima eficácia para c 
tre o direito à informação e os clireitos 
de, deve-se considerar: o teor da inforr 
informado, na relevância da mensagem 
ma e, para que esse direito não se limi 
dade, que somente os abusos, a gratu 
intimidade sejam punidos. 
Eis aí a base para o exercício do ( 
sa: o direito de criticar com responsab 
que se obrigaram perante a coletividad 
De fato, o direito à crítica é ínsi 
vendo a crítica não de modo negativo, 
juízo de valor, do resultado de uma aná 
ou notícia. 
Nio se concebe, assim, o direito 
vremente criticar o objeto sob análise, ( 
mesmo pessoa, desde que inerente àr 
Relativamente à liberdade de im~ 
nominada Lei de Imprensa - a possibiU 
sem que estas resultem em abuso passí 
tre outras, a cítica sobre vários objetos 
ao trabalho científico e o respectivo cie; 
toridades públicas e os políticos. 
Destarte, a crítica pode recair sol 
a sofrer qualquer espécie de censura, ir 
to às ações civis ou criminais. Eque, ql 
ma ao público, está ele submetendo-se. 
tiva, quer negativa. Não obstante essa, 
comunicação ao exercitar esse direito, 
ou ao artista enquanto profissional, reI; 
lhe sendo permitido,sob o pretexto de 
da privacidade, da honra da pessoa hun 
minalmente por seu abuso. 
O mesmo raciocínio é válido rela 
tista e sua obra ficam à mercê de avalia 
ta e sobre suas qualidades como profiss 
ele concordem ou que reconheçam agJ 
mas observações quanto ao limite da Cf 
Outrossim, como já assinalado, p 
INSTITUlÇÃO TOLEDO DE ENSINO MARIA TEREZA MARQ1!ES 37 
~ expressão) como preferencial face aos de­
lor social do direito de crítica, alçado na ver­
ssuposto do sistema democrático. Alega-se, 
mstitui um verdadeiro alicerce da instituição 
~, reveste tal direito de um caráter especial, 
os fundamentais que, em determinadas situ­
ltrinárias, parece-nos que a primeira delas -a 
insustentável, haja vista que, sem qualquer 
ltimidade, àhonra, à imagem e à privacidade 
'eitos também fundamentais. Por essa teúria, 
1 um segundo plano, ou pior, à mera teoria, 
:tram uma maior possibilidade de acomoda­
a segunda vertente -ada necessária ponde­
pretação do caso concreto e a terceira -a da 
ta e fundamentada, segundo nossa opinião, 
ção que, sem negar o valor que os direitos 
ssalta o caráter público que reflete o direito 
armação veiculada vier a resvalar em ofensa 
Ir matéria de interesse público e tratar-se de 
gar o exercício desse direito, muito embora 
er sacrificado. 
maior parte das informações veiculadas pe­
vezes consubstanciando em denúncias, se­
jora de direitos individuais fundamentais, 
oBarros05 que o princípio da razoabilidade 
em princípio do Poder Público, buscando 
or maior inerente a toda ordem jurídica: a 
arme a razão, supondo equilíbrio, modera­
) ou caprichoso, o que corresponda ao sen­
jo momento ou lugar. 
o caso concreto em que há aparente confli­
io dessas regras, valorando a situação de ca­
:as circunstâncias que deram ensejo, no ca­
I infringente a um direito da personalidade. 
doutrinárias analisadas, colhendo de cada 
lo da premissa de que não há hierarquia en­
:Saniva, 1996. 
tre as normas constitucionais, que os direitos nelas consagrados não são absolutos, 
mas, ao contrário, limitados, que devem conviver harmoniosamente, dando-se ao 
seu conteúdo a mi'dma eficácia para obtenção da justiça, no caso de confronto en­
tre o direito à informação e os direitos à honra, à imagem, à intimidade e privacida­
de, deve-se considerar: o teor da informação, o direito de todos e de cada um de ser 
informado, na relevância da mensagem contida na informação, a veracidade da mes­
ma e, para que esse direito não se limite em mera declaração, sem qualquer efetivi­
dade, que somente os abusos, a gratuidade da violação da honra, da imagem e da 
intimidade sejam punidos. 
Eis aí a base para o exercício do direito à informação pelos órgãos de impren­
sa: o direito de criticar com responsabilidade, com o intuito de cumprir o mister a 
que se obrigaram perante a coletividade, 
De fato, o direito à crítica é ínsito da atividade dos órgãos de comunicação, 
vendo a crítica não de modo negativo, depreciativo, mas como manifestação de um 
juízo de valor, do resultado de uma análise acurada e neutra sobre determinado fato 
ou notícia 
Não se concebe, assim, o direito à informação jornalística sem o direito de li­
vremente criticar o objeto sob análise, quer se trate de idéias, artes, atividades ou até 
mesmo pessoa, desde que inerente à notícia veiculada. 
Relativamente à liberdade de imprensa, dispõe o art. 27, da Lei 5.250/67 -a de­
nominada Lei de Imprensa - a possibilidade de críticas, mesmo as mais veementes, 
sem que estas resultem em abuso passível de punição. Esse dispositivo autoriza, en­
tre outras, a cítica sobre vários objetos, entre eles as obras de artes e seus autores; 
ao trabalho científico e o respectivo cientista e às pessoas públicas, mormente as au­
toridades públicas e os políticos, 
Destarte, a crítica pode recair sobre as artes em geral sem que o crítico venha 
a sofrer qualquer espécie de censura, inclusive a judicial, não estando também sujei­
to às ações civis ou criminais. Eque, quando o artista revela sua obra, expõe a mes­
ma ao público, está ele submetendo-se às diversas modalidades de crítica, quer posi­
tiva, quer negativa. Não obstante essa ampla liberdade de criticar, o profissional de 
comunicação ao exercitar esse direito, deverá fazê-lo exclusivamente à obra de arte 
ou ao arti~ta enquanto profissional, relativamente ao seu dom e competências, não 
lhe sendo permitido, sob o pretexto de utilizar-se de seu direito, de invadir a esfera 
da privacidade, da honra da pessoa humana em questão, sob pena de responder cri­
minalmente por seu abuso. 
O mesmo raciocínio é válido relativamente às descobertas científicas. O cien­
tista e sua obra ficam à mercê de avaliações, de juízos de valor sobre sua descober­
ta e sobre suas qualidades como profissional, não podendo ele exigir que todos com 
ele concordem ou que reconheçam agrandiosidadc de sua experiência. Mas as mes­
mas observações quanto ao limite da crítica sobre as artes aqui também se colocam. 
Outrossim, como já assinalado, podem ser objeto de críticas as pessoas públi­
I
I
,
I
MARlA TEREZA MAROlJESINSTITUIÇÃO TOLEDO DE ENSINO38 
cas, os políticos. Éque, ao ingressar na vida pública, do mesmo modo que o artista 
e o cientista que expõem suas obras e seus predicados, a pessoa pública submete 
sua capacidade, seus dotes, suas qualidades e defeitos ao crivo de toda uma socie­
dade. 
Nesse sentido, analisando essa possibilidade, Darcy Arruda Miranda, em sua 
festejada obra "Comentários à Lei de Imprensa" assim se manifestou: 
'í'I máquina da justiça só deve funcionar quando objetivamente se 
realçar o abuso. Do contrário, estaria contribuindo para o des­
prestígio da liberdade de imprensa e acoroçoamento dos abusos 
do poder. 
Aquele que não quiser expor-se à crítica jamais deverá aceitar um 
cargo de governo. Avida pública do político ou daquele que assume 
posto de relevo na vida nacional, édevassável a todas as luzes, épers­
crutável em todas as latitudes, é vasculhável em todos os seus esca­
ninhos, por isso que a coletividade precisa estar alertada contra to­
dos quantos por seus atos ou atitudes possam colocar em situação 
de perigo opaís, a moralidade pública e as próprias instituições". 
Muito emhora também nos filiemos nessa corrente doutrinária, não podemos 
deixar de ressaltar que, mesmo em relação às pessoas públicas, o direito de crítica 
não é de todo absoluto, uma vez que essa valoração deverá observar os princípios 
da razoabilidade e da ponderação, isto é, a crítica efetuada deve guardar liame com 
o cargo público ocupado, com as funções a ele relativas e com os assuntos que real­
mente tenham interesse público, sem abusos. 
A respeito, destaca-se decisão do Tribunal de Alçada Criminal de São Paulo, 
que teve como relator oJuiz Silva Rico, de 1990, em que, dando provimento ao ape­
Io de um político e, conseqüentemente, condenando o jornalista por crime de im­
prensa - injúria -, asseverou que a liberdade de criticar é uma liberdade natural Mas 
que criticar não é destruir, ofender, injuriar, difamar, violentar a dignidade alheia. 
"Embora exprimir opinião seja um dos direitos mais nobres do homem no seio da 
sociedade, constituindo direito fundamental e elemento essencial democrático 
que garante a livre discussão das idéias, constitui crime a crítica veemente eofen­
siva contra alguém, principalmente quando tem em mira uma campanha de cu­
nho pessoal, visando a vítima determinada e dolosamente". (ap. 577.455/0). 
Dessarte, a liberdade de imprensa não é ilimitada. Muito embora não haja 
qualquer possibilidade de censura em seu conteúdo e veiculação, encontra ela limi­
tes diante dos direitos à intimic!ade e privacidade, dos direitos à honra e à imagem, 
devendo valorar com responsabilidade o objeto a ser veiculado. 
Afora essas observações de compatibilidade do direito à crítica jornalística e 
os direitosindividuais da pessoa analisada, o nosso ordenamento constitucional ex­
pressamente vedou qualquer forma de censura (art. 220, § 1° e 2°), garantindo a 
liberdade de expressão e, conseqüentemente, o direito à informação. 
Eanelou bem o constituinte de 
tão insidiosa forma de intervenção 
desmedido c desnecessário, totalmei 
A censura é a negação do direi 
repressão à informação; é a forma d 
de obstrução ao conhecimento. 
Os juristas são unânimes em a 
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sionais de comunicação mas toda as 
"A censura épois um 
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da nação. 
Censura vem a ser ti 
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cel10 ponto a posteri( 
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mais ampla possível 
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Não nos esqueçamos também 
da ditadura militar, após o golpe de 
nais censuradas (em seu lugar eram 
táculos teatrais proibidos, artistas e i 
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nacional"', em "proteção da familia e 
'Celso Ribeiro B:tsws e Ives Gandra Martins. in Cc 
INST1TUIÇÃO TOLEDü DE ENSINO 
ia pública, do mesmo modo que o artista 
us predicados, a pessoa pública submete 
es e defeitos ao crivo de toda uma socie­
;ibilidade, Darcy Arruda Miranda, em sua 
rensa" assim se manifestou: 
leve funcionar quando objetivamente se 
rário, estaria contribuindo para o des­
imprensa e acoroçoamento dos abusos 
iOr-se à critica jamais deverá aceitar um 
úNica do político ou daquele que assume 
ional, édevassável a todas as luzes, épers­
'des, é vasculhável em todos os seus esca­
tividade precisa estar alertada contra to­
ou atitudes possam colocar em situação 
fade pública eas próprias instituições". 
nessa corrente doutrinária, não podemos 
Cl às pessoas públicas, o direito de critica 
1valoração deverá observar os princípios 
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I ele relativas e com os assuntos que real­
50S. 
ibunal de Alçada Criminal de São Paulo, 
1990, em que, dando provimento ao ape­
Jndenando o jornalista por crime de im­
~ de criticar é uma liberdade natural. Mas 
ar, difamar, violentar a dignidade alheia, 
'eitos mais nobres do homem no seio da
 
ntal e elemento essencíal democrático
 
Jnstitui crime a crítica veemente eofen­
do tem em mira uma campanha de cu­
{a edolosamente". (ap. 577.455/0).
 
lão é ilimitada. Muito embora não haja
 
:onteúdo e veiculação, encontra ela limi­
idade, dos direitos à honra e à imagem,
 
Jjeto a ser veiculado.
 
lilidade do direito à crítica jornalística e
 
o nosso ordenamento constitucional ex­
lSura (art. 220, § 1° e 2°), garantindo a 
te, o direito à informação, 
MARIA TEREZA MARQ!JES 39 
Eandou bem (J constituinte de 1988, alijando de nosso ordenamento jurídico 
tão insidiosa forma cle intervenção estatal, que consubstanciava em autoritarismo 
desmedi.do e desnecessário, totalmente indesejado pela nossa sociedade, 
A censura é a negação do direito à liberdade de imprensa; é o instrumento de 
repressão à informação; é a forma de fazer calar vozes, de cercear ;1 comunicação, 
de obstrução ao conhecimento. 
Os juristas são unânimes em afirmar que a imprensa livTe é sinônimo de de­
mocracia e que a censura implica sua degeneração, atingindo, pois, não só os prof]s­
sionais de comunicação mas toda a sociedade. 
"A censura épois um instrumento ahominável porque, ainda que 
qumulo prevista para a defesa de certos valores da sociedade, aca­
ha por desnaturar-se e pôr-se a serviço da suslentação política e 
ideológica dos governantes. 
É, outrossim, instrumento extremamente poderoso que não pode, 
no entanto, deixar de ser utilizado em certas situações de emer­
gência nacional ou de guerra externa. 
É' normal os países em beligerância controlarem as informações 
para, por este meio, ohterem o controle e manipulação do ânimo 
da nação 
Censura vem a ser todo o procedimenlo pelo qual os Poderes Pú­
blicos vísam a impedir a circulação de certas idéias, Há, portanto, 
uma pauta de valores que uma vez agredidos suscitam o desenca­
deamento de um processo impeditivo da slla consumação. 
A censura, pode, pois assumir um ar eminentemente preventivo 
quando ela nega autorização para determinado espetâculo ou 
publicação de certa matéria, como pode assumir uma feição até 
certo ponto a posteriori quando leva a efeito apreensões de revislas 
e dejomaisL) 
Afórmula proihitiva da censura deue ser entendida da maneira 
mais ampla possíuel para aharcar não somente a típica censura 
administrativa, de caráter prévio à expressão ou informação 
originária, mas também a censura posterior materializada em 
proibições de difusão ou divulgação (proihição de hulex)"6, 
Não nos esqueçamos também de nosso passado recente, quando, sob o poder 
da ditadura militar, após o golpe de 1964, livros eram apreendidos, notícias em jor­
nais censuradas (em seu lugar eram publicadas receitas culinárias e poesias), esre­
tácu!os teatrais proihidos, artistas e intelectuais presos e exilados e toda essa violên­
cia justiticada como sendo cometida para o "bem da sociedade", para a "segurança 
nacional", em "proteçào da família e dos bons costumes". 
'Celso Ribeiro BaslOs e Ives Gandr;t Manins, in Comem{uios à CünstilUiç;lo do Br;tsil, 2° v" p, W 
---
---
INSTITUIÇÃO TOLEDO DE ENSINO MARlA TEREZA MARQ1JES 40 
Felizmente, trata-se de épocas passadas, mas, pelo seu exemplo negativo, de­
vem ser sempre lembradas para que nunca mais tais arbitrariedades venham a ocor­
rer. 
Desse modo, frente à liberdade de informação e ou comunicação aqui defen­
dida, a conclusão a que chegamos é que a censura não pode existir em nenhuma 
esfera do Poder, havendo plena liberdade de expressão, respondendo, contudo, o 
responsável por eventuais abusos pelos danos que vier a causar. 
Não se pretendeu aqui esgotar toda a matéria, como inicialmente ressaltado. 
Mas defender a liberdade de informação, principalmente levando-se em conta seu 
destinatário, o detentor primeiro desse direito fundamental: que é o povo, o leitor, 
o ouvinte do rádio, o telespectador da televisão. 
Mas devo confessar que o objetivo desta explanação será atingido se deixar­
mos na mente de cada leitor a importância de dotarmos os órgãos de comunicação 
de princípios e normas infra-constitucionais de plena liberdade de informação, com 
a finalidade maior de bem informar, educar e instruir. 
Por derradeiro, gostaria de fechar minha singela explanação com uma frase de 
John Milton: 
"Dêem-me, acima de todas as liberdades, a liberdade de saber, de 
falar e de discutir livremente, de acordo com a minha consciên­
cid'. 
BIBLIOGRAFIA 
ARAUJO, Luiz Alberto David. AprolE 
física, pessoa jurídica eprodutc 
BARROSO, Luís Roberto. Interpreta 
Saraiva, 1996. 
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BASTOS, Celso Ribeiro. Curso de D 
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___ & MARfINS, Ives Gandr;:
 
2° volume. São Paulo: Saraiva, I~
 
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Caderno de Direito Constitucio:
 
dos Tribunais, julho/setembro 1~ 
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---
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INSTITUIÇÃO TOLEDO DE ENSINO MARJA TEREZA MARQ1JES 41 
lsadas, mas, pelo seu exemplo negativo, de­
lca mais tais arbitrariedades venham a ocor­
~ informação e ou comunicação aqui defen­
le a censura não pode existir em nenhuma
 
de de expressão, respondendo, contudo, o
 
danos que vier a causar.
 
da a matéria, como inicialmente ressaltado.
 
8, prindpalmente levando-se em conta seu
 
direito fundamental: que é o povo, o leitor,
 
elevisão.
 
8 desta explanação será atingido se deixar­
da de dotarmos os órgãos de comunicação
 
lais de plena liberdade de informação, com
 
car e instruir.
 
ninha singela explanação com uma frase de
 
fas as liberdades, a liberdade de saber, de 
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Malheiros. 
A ACUMULAÇÃC 
PÚBLTCOS E A EMENDA 
Procurador de 
l' Turma, no curso e 
1 . INTRODUÇÃO 
A Constituição de 1988 seguiu 
impossibilidade de acumulação de cal 
no artigo 37, inc. XVI, além do artig, 
Transitórias1 Em todo caso, é necess 
caso, que haja compatibilidade de ho 
Em sua origem, "as acumulaçõ( 
rança recebida da corte portuguesa, n 
empregos públicos."2 
'Sob orientação do Prokssor Doutor Luiz AIbeno 
'Are 37, XVl- Évedada a acumulação remunerada, 
horários:a de doIs cargos de professor; a de um ca 
cargos privativos de rnéclico; 
Art. 117 do ADCT: 
§ 10 Éassegurado o exercício cumulativo de dois ( 
exercidos por médico rrlilitJf na adminiscração rur, 
§ 2° Éassegurado o exercício cumulativo de dois 
esrejam sendo exercidos na ;1dministração públic:l 
'TÁCITO, Caio. Acumulação de Cargos Tia COrlSlil 
quando do juIgJrnento do Recurso Extraordinário

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