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19/02/2013 1 INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO PROFESSOR: HERCULANO MENDONÇA RECIFE, FEVEREIRO DE 2013 CURSO: TECNÓLOGO DE CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS DISCIPLINA: RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS IntroduçãoIntrodução O estudo da O estudo da Resistência dos Materiais Resistência dos Materiais tem por objetivo fornecer tem por objetivo fornecer conhecimentos básicos das propriedades mecânicas de sólidos conhecimentos básicos das propriedades mecânicas de sólidos reais, visando utilizáreais, visando utilizá--los no los no projeto, modelagem e cálculo de projeto, modelagem e cálculo de estruturasestruturas.. A boa A boa compreensâocompreensâo dos conceitos que envolvem a mecânicas de dos conceitos que envolvem a mecânicas de sólidos está intimamente ligada ao estudo de duas grandezas sólidos está intimamente ligada ao estudo de duas grandezas físicas: a físicas: a tensãotensão e a e a deformaçãodeformação.. EstruturaEstrutura é a parte resistente de uma construção e é constituída de é a parte resistente de uma construção e é constituída de diversos elementos estruturais.diversos elementos estruturais. 19/02/2013 2 CLASSIFICAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS ESTRUTURAISDOS ELEMENTOS ESTRUTURAIS PROFESSOR: HERCULANO MENDONÇA RECIFE, FEVEREIRO DE 2013 CURSO: TECNÓLOGO DE CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS DISCIPLINA: RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS Classificação dos Elementos EstruturaisClassificação dos Elementos Estruturais BLOCOSBLOCOS os blocos são elementos estruturais nos quais temos blocos são elementos estruturais nos quais tem--se as três se as três dimensões com valores significativos numa mesma ordem de dimensões com valores significativos numa mesma ordem de grandeza.grandeza. 19/02/2013 3 Classificação dos Elementos EstruturaisClassificação dos Elementos Estruturais PLACASPLACAS são elementos estruturais para os quais uma das dimensões são elementos estruturais para os quais uma das dimensões (espessura) é bastante inferior às demais. As placas curvas são (espessura) é bastante inferior às demais. As placas curvas são denominadas de cascas.denominadas de cascas. Cobertas Concha Acústica Classificação dos Elementos EstruturaisClassificação dos Elementos Estruturais BARRASBARRAS são elementos estruturais para os quais duas das dimensões são elementos estruturais para os quais duas das dimensões (largura e altura) são bastante inferiores à terceira (comprimento). (largura e altura) são bastante inferiores à terceira (comprimento). Podem ser retas (vigas, pilares, tirantes e escoras) ou curvas Podem ser retas (vigas, pilares, tirantes e escoras) ou curvas (arcos).(arcos). Pilares e Vigas Arcos 19/02/2013 4 Classificação dos Elementos EstruturaisClassificação dos Elementos Estruturais ELEMENTOS DE FORMA GEOMÉTRICA DE ELEMENTOS DE FORMA GEOMÉTRICA DE DIFÍCIL DEFINIÇÃO DIFÍCIL DEFINIÇÃO estes elementos estruturais apresentam dificuldades na descrição estes elementos estruturais apresentam dificuldades na descrição de seu comportamento físico mas não são menos numerosos que os de seu comportamento físico mas não são menos numerosos que os demais. Num conceito amplo de estrutura estes elementos podemdemais. Num conceito amplo de estrutura estes elementos podem fazer parte da estrutura de um motor, um esqueleto humano ou fazer parte da estrutura de um motor, um esqueleto humano ou uma peça mecânica ou mesmo uma estrutura civil mais rebuscada.uma peça mecânica ou mesmo uma estrutura civil mais rebuscada. CÁLCULO ESTRUTURALCÁLCULO ESTRUTURAL PROFESSOR: HERCULANO MENDONÇA RECIFE, FEVEREIRO DE 2013 CURSO: TECNÓLOGO DE CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS DISCIPLINA: RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 19/02/2013 5 Cálculo EstruturalCálculo Estrutural O cálculo de uma estrutura depende de três critérios:O cálculo de uma estrutura depende de três critérios: �� EstabilidadeEstabilidade: Toda estrutura deverá atender às equações : Toda estrutura deverá atender às equações universais de equilíbrio estático.universais de equilíbrio estático. �� ResistênciaResistência: Toda estrutura deverá resistir às tensões internas : Toda estrutura deverá resistir às tensões internas geradas pelas ações solicitantes.geradas pelas ações solicitantes. �� RigidezRigidez: Além de resistir às tensões internas geradas pelas ações : Além de resistir às tensões internas geradas pelas ações solicitantes, as estruturas não podem se deformar excessivamente.solicitantes, as estruturas não podem se deformar excessivamente. PRESSUPOSTOS E PRESSUPOSTOS E HIPÓTESES BÁSICASHIPÓTESES BÁSICAS PROFESSOR: HERCULANO MENDONÇA RECIFE, FEVEREIRO DE 2013 CURSO: TECNÓLOGO DE CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS DISCIPLINA: RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 19/02/2013 6 Pressupostos e Hipóteses BásicasPressupostos e Hipóteses Básicas A Resistência dos Materiais é uma ciência desenvolvida a partir de A Resistência dos Materiais é uma ciência desenvolvida a partir de ensaios experimentaisensaios experimentais e de e de análises teóricasanálises teóricas.. Os ensaios ou testes experimentais, em laboratórios, visam Os ensaios ou testes experimentais, em laboratórios, visam determinar as características físicas dos materiais, tais como as determinar as características físicas dos materiais, tais como as propriedades de resistência e rigidez, usando corpos de prova de propriedades de resistência e rigidez, usando corpos de prova de dimensões adequadas.dimensões adequadas. As análises teóricas determinam o comportamento mecânico das As análises teóricas determinam o comportamento mecânico das peças em modelos matemáticos idealizados, que devem ter peças em modelos matemáticos idealizados, que devem ter razoável correlação com a realidade. Algumas hipóteses e razoável correlação com a realidade. Algumas hipóteses e pressupostos são admitidos nestas deduções e são eles:pressupostos são admitidos nestas deduções e são eles: Pressupostos e Hipóteses BásicasPressupostos e Hipóteses Básicas 1. Continuidade Física:1. Continuidade Física: A matéria apresenta uma estrutura continua, ou seja, são A matéria apresenta uma estrutura continua, ou seja, são desconsiderados todos os vazios e porosidades.desconsiderados todos os vazios e porosidades. 2. Homogeneidade:2. Homogeneidade: O material apresenta as mesmas características mecânicas, O material apresenta as mesmas características mecânicas, elasticidade e de resistência em todos os pontos.elasticidade e de resistência em todos os pontos. 3. Isotropia:3. Isotropia: O material apresenta as mesmas características mecânicas O material apresenta as mesmas características mecânicas elásticas em todas as direções. Ex: As madeiras apresentam, nas elásticas em todas as direções. Ex: As madeiras apresentam, nas direções das fibras, características mecânicas e resistentes direções das fibras, características mecânicas e resistentes distintas daquelas em direção perpendicular e portanto não é distintas daquelas em direção perpendicular e portanto não é considerada um material isótropo.considerada um material isótropo. 19/02/2013 7 Pressupostos e Hipóteses BásicasPressupostos e Hipóteses Básicas 4. Equilíbrio:4. Equilíbrio: Se uma estrutura está em equilíbrio, cada uma de suas partes Se uma estrutura está em equilíbrio, cada uma de suas partes também está em equilíbrio.também está em equilíbrio. 5. Pequenas Deformações:5. Pequenas Deformações: As deformações são muito pequenas quando comparadas com as As deformações são muito pequenas quando comparadas com as dimensões da estrutura.dimensões da estrutura. 6. 6. SaintSaint--VenantVenant:: Sistemas de forças estaticamente equivalentes causam efeitos Sistemas de forças estaticamente equivalentes causam efeitos idênticos em pontos suficientemente afastados da região de idênticos em pontos suficientemente afastados da região de aplicação dascargas.aplicação das cargas. Pressupostos e Hipóteses BásicasPressupostos e Hipóteses Básicas 7. Seções planas:7. Seções planas: A seção transversal, após a deformação, permanece plana e normal A seção transversal, após a deformação, permanece plana e normal à linha média (eixo deformado).à linha média (eixo deformado). 8. Conservação das áreas:8. Conservação das áreas: A seção transversal, após a deformação, conserva as suas A seção transversal, após a deformação, conserva as suas dimensões primitivas.dimensões primitivas. 9. Lei de 9. Lei de HookeHooke:: A força aplicada é proporcional ao deslocamento.A força aplicada é proporcional ao deslocamento. 19/02/2013 8 Pressupostos e Hipóteses BásicasPressupostos e Hipóteses Básicas 10. Princípio da Superposição de efeitos:10. Princípio da Superposição de efeitos: Os efeitos causados por um sistema de forças externas são a soma Os efeitos causados por um sistema de forças externas são a soma dos efeitos produzidos por cada força considerada agindo dos efeitos produzidos por cada força considerada agindo isoladamente e independente das outras.isoladamente e independente das outras. DIAGRAMAS DE DIAGRAMAS DE TENSÃO X DEFORMAÇÃOTENSÃO X DEFORMAÇÃO PROFESSOR: HERCULANO MENDONÇA RECIFE, FEVEREIRO DE 2013 CURSO: TECNÓLOGO DE CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS DISCIPLINA: RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 19/02/2013 9 Diagramas de Tensão x DeformaçãoDiagramas de Tensão x Deformação identificaidentifica--se 3 tipos mais comuns de diagramas tensãose 3 tipos mais comuns de diagramas tensão--deformação:deformação: Diagramas de Tensão x DeformaçãoDiagramas de Tensão x Deformação Material FrágilMaterial Frágil �� Exemplo: concreto, vidroExemplo: concreto, vidro �� A ruptura (ponto R) se dá para A ruptura (ponto R) se dá para valores de ɛ < 5 %;valores de ɛ < 5 %; 19/02/2013 10 Diagramas de Tensão x DeformaçãoDiagramas de Tensão x Deformação Material Material dútildútil sem patamar de escoamento definidosem patamar de escoamento definido �� aços especiais com alto teor de aços especiais com alto teor de carbono;carbono; �� A ruptura (ponto R) se dá para A ruptura (ponto R) se dá para valores de ɛ >> 5 %;valores de ɛ >> 5 %; �� material não apresenta patamar material não apresenta patamar de escoamento, onde há aumento de escoamento, onde há aumento de deformação com a tensão de deformação com a tensão aproximadamente constante.aproximadamente constante. Diagramas de Tensão x DeformaçãoDiagramas de Tensão x Deformação Material Material dútildútil com patamar de escoamento definidocom patamar de escoamento definido �� aços comuns, com baixo teor de aços comuns, com baixo teor de carbono;carbono; �� A ruptura (ponto R) se dá para A ruptura (ponto R) se dá para valores ɛ >> 5 %;valores ɛ >> 5 %; �� material apresenta patamar de material apresenta patamar de escoamento (trecho entre os escoamento (trecho entre os pontos 3 e 4), onde há aumento de pontos 3 e 4), onde há aumento de deformação com a tensão deformação com a tensão aproximadamente constante.aproximadamente constante. 19/02/2013 11 Diagramas de Tensão x DeformaçãoDiagramas de Tensão x Deformação Limite de Proporcionalidade Limite Elasticidade Tensão de Escoamento Patamar de Escoamento Diagramas de Tensão x DeformaçãoDiagramas de Tensão x Deformação 19/02/2013 12 Diagramas de Tensão x DeformaçãoDiagramas de Tensão x Deformação LEI DE HOOKELEI DE HOOKE PROFESSOR: HERCULANO MENDONÇA RECIFE, FEVEREIRO DE 2013 CURSO: TECNÓLOGO DE CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS DISCIPLINA: RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 19/02/2013 13 Lei de Lei de HookeHooke É a Relação linear entre tensão e deformação na região de É a Relação linear entre tensão e deformação na região de elasticidade. Foi descoberta por Robert elasticidade. Foi descoberta por Robert HookeHooke, em 1676, com o , em 1676, com o auxílio de molas.auxílio de molas. σ = tensãoσ = tensão E = Constante de Proporcionalidade / Módulo de Elasticidade / E = Constante de Proporcionalidade / Módulo de Elasticidade / Módulo de Young (Cientista Thomas Young explicou a Lei em Módulo de Young (Cientista Thomas Young explicou a Lei em 1807)1807) ε = deformaçãoε = deformação � = �. � � = �. � Lei de Lei de HookeHooke 19/02/2013 14 Lei de Lei de HookeHooke Os conceitos de tensão e deformação podem ser ilustrados, de Os conceitos de tensão e deformação podem ser ilustrados, de modo elementar, considerandomodo elementar, considerando--se o alongamento de uma barra se o alongamento de uma barra prismática.prismática. Lei de Lei de HookeHooke A força por unidade de área é denominada tensão, sendo A força por unidade de área é denominada tensão, sendo comumente designada pela letra grega comumente designada pela letra grega σσ.. σ = tensãoσ = tensão P = Força de Compressão ou Tração aplicadaP = Força de Compressão ou Tração aplicada A = Área da Seção TransversalA = Área da Seção Transversal � = � � � = � � 19/02/2013 15 Lei de Lei de HookeHooke O alongamento total de uma barra que suporta uma força axial será O alongamento total de uma barra que suporta uma força axial será designado pela letra grega designado pela letra grega δδ. O alongamento por unidade de . O alongamento por unidade de comprimento ou alongamento específico é denominado comprimento ou alongamento específico é denominado deformação, representado pela letra grega deformação, representado pela letra grega εε.. εε = Deformação= Deformação δδ = Alongamento= Alongamento L = Comprimento InicialL = Comprimento Inicial � = � � = � Lei de Lei de HookeHooke CombinandoCombinando--se as equações anteriores temos a seguinte se as equações anteriores temos a seguinte expressão para o alongamento:expressão para o alongamento: δδ = Alongamento= Alongamento P = Força de Compressão ou Tração aplicadaP = Força de Compressão ou Tração aplicada L = Comprimento InicialL = Comprimento Inicial E = Constante de Proporcionalidade / Módulo de Elasticidade / E = Constante de Proporcionalidade / Módulo de Elasticidade / Módulo de YoungMódulo de Young A = Área da Seção TransversalA = Área da Seção Transversal � = �. �. � � = �. �. � 19/02/2013 16 Lei de Lei de HookeHooke Relação de PoissonRelação de Poisson Quando uma barra é tracionada, o alongamento axial é Quando uma barra é tracionada, o alongamento axial é acompanhado por uma contração lateral, isto é, a largura da barra acompanhado por uma contração lateral, isto é, a largura da barra tornatorna--se menor e seu comprimento cresce.se menor e seu comprimento cresce. A relação entre as deformações transversal e longitudinal é A relação entre as deformações transversal e longitudinal é constante, dentro da região elástica, e é conhecida como relação ou constante, dentro da região elástica, e é conhecida como relação ou coeficiente de Poisson (coeficiente de Poisson (νν)).. = �� ����çã� �����������(��) �� ����çã� �����(�) = �� ����çã� �����������(��) �� ����çã� �����(�) EXEMPLOEXEMPLO PROFESSOR: HERCULANO MENDONÇA RECIFE, FEVEREIRO DE 2013 CURSO: TECNÓLOGO DE CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS DISCIPLINA: RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 19/02/2013 17 ExemploExemplo ExemploExemplo 19/02/2013 18 ExemploExemplo ExercícioExercício 19/02/2013 19 • BARBOSA, F. de S.. Apostila de Resistência dos Materiais. UFJF, 2008. • HIBBELER, R.C. Resistência dos Materiais. Ed. Pearson. • BEER, F. e JOHNSTON, E. R.. Resistência dos Materiais. Mc Graw Hill. • BUFFONI, S. S. de O.. Resistência dos Materiais. UFF. Referências BibliográficasReferências Bibliográficas
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