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Matemática Básica Aula 1: Conjuntos Numérico Objetivo desta Aula Ao final desta aula, o aluno será capaz de: Identificar os diferentes tipos de conjuntos numéricos e realizar operações. Na teoria dos conjuntos, existem três noções aceitas sem definição: conjunto, elemento e pertinência. Conjunto nos transmite a ideia de coleção. Por exemplo: Conjunto das vogais do nosso alfabeto; Conjunto das letras da palavra ARARA; Conjuntos dos números ímpares positivos. Imediatamente, pensaríamos nos conjuntos: a) A = {a,e,i,o,u} b) B = {a,r} c) C = {1,3,5,7,...} Você não deve esquecer que: Os conjuntos são representados por letras maiúsculas do nosso alfabeto; Os elementos são representados por letras minúsculas; Os elementos de um conjunto são escritos entre chaves e separados por vírgulas. Note que não repetimos elementos em um conjunto e que a ordem dos elementos é irrelevante; Na letra c, lançamos mão de um recurso, a saber (...), para indicar que não existe um último elemento nesse conjunto. Cada membro de um conjunto é chamado de elemento. Descrição de um conjunto Descrição pela enumeração de seus elementos: A = {a,e,i,o,u} Descrição por compreensão: A = { x I x tem a propriedade P} Exemplos: A = { x I x é vogal do nosso alfabeto} B= { x I x é cor da bandeira brasileira} C= { x I x é um número ímpar positivo} Podemos ainda ter o conjunto vazio e o conjunto unitário. O conjunto vazio é aquele que não apresenta elementos. Já o conjunto unitário é aquele que possui apenas um único elemento. Para esclarecer melhor essa ideia, consideremos os exemplos: Exemplo: A = { x I x é uma pessoa com mais de 400 anos} A = { x I x é um número primo par e positivo} Quando tratamos de conjuntos, é necessário que deixemos claro quem é o nosso universo. Por exemplo, se vou falar sobre jogadores de futebol, é importante deixar claro qual o clube; se vou comentar a respeito de palavras, é importante mencionar de que língua estamos falando, alunos de qual colégio, estados de qual país, etc. Representamos o universo pela letra U. Conjuntos Iguais Quais são os conjuntos iguais? Dois conjuntos são ditos iguais quando apresentam os mesmos elementos.Em outras palavras, podemos dizer que se todo elemento pertencente a um conjunto A pertence também a um conjunto B e vice-versa, então A=B. Em símbolos, poderíamos escrever: Exemplos: Subconjuntos Dizemos que um conjunto A é subconjunto de um conjunto B se todo elemento pertencente ao conjunto A pertence também ao conjunto B. Obs.: Dizer que um conjunto A é subconjunto de um conjunto B é o mesmo que dizer: A está contido em B (relação de inclusão); utilizamos o símbolo . A é uma parte de B. Simbolicamente: Obs.: A relação de inclusão é definida para dois conjuntos. O conjunto vazio é subconjunto de qualquer conjunto. Para negar a inclusão, utilizaremos o símbolo (não está contido). Exemplos: Operações com conjuntos: União ou Reunião Dados dois conjuntos A e B, denominamos união de A e B ao conjunto formado pelos elementos que pertencem pelo menos a um dos conjuntos A ou B. Simbolicamente: Propriedades da união Interseção de conjuntos Dados dois conjuntos A e B, denominamos de interseção entre A e B e representamos por ao conjunto formado pelos elementos que pertencem simultaneamente a A e B. Simbolicamente Observação: Quando a interseção entre dois conjuntos é vazia, dizemos que os dois conjuntos são disjuntos. Propriedades da interseção Sendo A, B e C conjuntos quaisquer, valem as seguintes propriedades: a) (idempotente) b) (elemento neutro) c) (comutativa) d) (associativa) Obs.: Quando a interseção entre dois conjuntos: é vazia, dizemos que os dois conjuntos são disjuntos. Exemplos: Dados os conjuntos: A = {1,2,5.6} e B = {1,5,9,10} Temos: Diferença de conjuntos Dados dois conjuntos A e B, chama-se diferença entre A e B o conjunto formado pelos elementos de A que não pertencem a B. Simbolicamente: Exemplos: Complementar de B em relação à A Dados dois conjuntos A e B, tais que , chama-se complementar de B em relação à A o conjunto A – B, isto é, o conjunto dos elementos de A que não pertencem a B. Exemplos: A = {1,2,3,4,5,6} e B = {1,2,3,4} Conjuntos Numéricos Conjunto dos números naturais N = {0,1,2,3,...} Nesse conjunto são definidas duas operações fundamentais: a adição e a multiplicação. Isso significa que, dados dois números naturais, a e b, é sempre possível encontrar um outro número natural c = a+b e também um número c = a.b. Propriedades: para todos a, b e c naturais temos: (a + b) + c = a + (b + c) (associativa) a + b = b + a (comutativa) a + 0 = a (elemento neutro da adição) (ab)c = a(bc) (associativa da multiplicação) ab = ba (comutativa da multiplicação) a.1 = a (elemento neutro da multiplicação) a(b + c) = ab + ac (distributiva da multiplicação em relação à adição) Observe que a subtração nem sempre é possível no conjunto dos números naturais, o que justifica a ampliação do conjunto N. Conjunto dos números inteiros Conjunto dos números racionais Conjunto dos números racionais Dízimas periódicas simples 1/3= 0,333... (período 3) 2/7= 0,285714285714...(período 285714) Cálculo da fração geratriz de uma dízima periódica simples a) Vamos calcular a fração geratriz da dízima 0,444... Seja x = 0,444... multiplicando os dois membros da equação por 10, teremos: 10 x = 4,444...Subtraindo da segunda equação a primeira teremos: 10 x – x = 4,444...-0,444... 9 x = 4 x = 4/9 Obs.: Note que o fato de multiplicarmos a equação por 10 ocorre porque a dízima apresenta apenas 1 algarismo no seu período. Se o período fosse composto de dois algarismos, multiplicaríamos por 100 e assim por diante. Veja o próximo exemplo: Vamos calcular a fração geratriz da dízima 0,343434... Seja x = 0,343434... Multiplicando os dois membros da equação por 100, teremos: 100 x = 34,3434... Subtraindo da segunda equação a primeira, teremos: 100 x – x = 34,3434...-0,3434... 99 x = 34 x = 34/99 Regra para determinação da fração geratriz de uma dízima periódica: escrevemos uma fração onde o numerador é o período e o denominador é formado por um número que possui somente algarismos nove tanto quanto forem os algarismos do período. Exemplos: 1) 0,111... = 1/9 2) 0,525252... = 52/99 3) 2,345345345... = 2 + 345/999 Dízima periódica composta São aquelas que apresentam um algarismo ou um grupo de algarismos antes do período. Exemplos: 1) 0,2333... 2) 0,12444... 3) 0,3451212... Para determinarmos a fração geratriz de uma dízima periódica composta, podemos utilizar o mesmo recurso utilizado para as simples. Vejamos: 1) 0,2333... X = 0,2333... (multipliquemos a equação por 10 com a finalidade de transformar a dízima composta em simples) 10 x = 2,333... (multipliquemos por 10, pois a dízima simples possui um único algarismo no período)(I) 100x = 23,333...(II) De (II)- (I): 100 x -10x = 23,333...-2,333... 90x = 21 x = 21/90 = 7/30 X = 0,12444...(multipliquemos a equação por 100 com o propósito de transformar a dízima composta em simples) 100 x = 12,444... (I) (multipliquemos a equação por 10, pois a dízima tem um algarismo no período) 1000x =124,44...(II) De (II) - (I): 1000x -100x = 124,444...-12,444... 900 x = 112 x = 112/900 = 28/225 Regra para determinação de uma dízima periódica composta A geratriz de uma dízima periódica composta é uma fração que tem para numerador a diferença entre a parte não periódica seguida de um período e a parte não periódica, e para denominador um número formado de tantos noves quantos forem os algarismos do período seguido de tantos zeros quantos forem os algarismos da parte não periódica. Ex: a) 0,2333... X = 23-2/90 = 21/90 = 7/30 0,123434... X = (1234-12)/9900 = 1222/9900 Números Irracionais Existem números cuja representação decimal é infinita, mas não é periódica. Esses números são chamados de números irracionais. A união do conjunto dos números racionais com o conjuntosdos números irracionais nos fornece o conjunto dos números reais. R= Q U I 1) 1,2345678910111213... 2) 3,40400400040000400000... Operações com intervalos Sejam os intervalos A = [1,5[ e B = ]-1,2], vamos determinar: A U B A U B = ]-1,5[ Síntese da Aula Nessa aula você: Aprendeu a reconhecer os principais conjuntos numéricos, bem como a realizar operações entre esses conjuntos. Aprendeu ainda as relações de pertinência e inclusão e a diferença entre elas.
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