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Sinopse aula sobre Exclusão do Crédito Tributário

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DISCIPLINA: DIREITO E LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA. 
 
CRÉDITO TRIBUTÁRIO. 
 
4. CAUSAS DE EXCLUSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO* 
 
 As causas de exclusão do crédito tributário são a isenção e a anistia. 
 
 4.1. A ISENÇÃO 
 
A isenção é uma causa de exclusão do crédito tributário, consoante o inciso I do art. 175 do 
CTN. 
Seus efeitos desonerativos atingem a obrigação tributária principal (pagamento do tributo), 
mantendo-se incólumes as obrigações acessórias. O contribuinte isento continuará obrigado às 
prestações positivas ou negativas que não correspondam ao pagamento do tributo. 
Abrange fatos geradores posteriores à lei, operando-se “para a frente”. 
O STF admite que, tratando-se de isenção, o fato gerador ocorre, acarretando a criação da 
obrigação tributária. Ou seja, ocorre a incidência tributária, mas há a dispensa legal do pagamento do 
tributo que seria devido. 
Quanto à questão da revogabilidade, as isenções poderão ser revogadas a qualquer tempo, 
salvo as isenções onerosas, já que estas proporcionam direito adquirido, no entendimento do STF. 
Já as isenções não onerosas, também consoante o STF, podem ser revogadas a qualquer tempo, 
tornando o crédito tributário imediatamente exigível. 
Em regra, a isenção se relaciona apenas a impostos, excluindo-se taxas e contribuições de 
melhoria. 
A lei concessiva da isenção deverá ser a lei ordinária, específica, Em se tratando de tributos 
criados por lei complementar, sua isenção deverá se dar por lei da mesma hierarquia. 
Cumpre lembrar que as isenções de ICMS não se enquadram, em princípio, no que foi citado 
acima no concernente ao tipo de lei. Nesse caso, Estados e o Distrito Federal deverão, previamente, 
firmar entre si convênio, celebrado no Conselho Nacional de Política Fazendária – CONFAZ, para 
posteriormente conceder a isenção. 
Por fim, a isenção em caráter individual não gera direito adquirido, sendo passível de anulação 
ou cassação sempre que se apure que o beneficiado não satisfazia ou deixou de satisfazer as condições 
ou não cumpria ou deixou de cumprir os requisitos para a concessão do favor, quando será possível 
exigir-se o valor do crédito tributário acrescido de juros de mora. Será, também, aplicada multa se o 
benefício tiver sido obtido com dolo ou simulação, não se computando, para efeitos de prescrição, o 
tem decorrido entre a concessão da isenção e a sua revogação. 
 
 
4.2. A ANISTIA 
Conceitua-se anistia como o perdão das penalidades pecuniárias (em especial as multas). A 
anistia, portanto, não exclui o tributo. Somente se aplica a infrações cometidas antes da vigência da lei 
que a tiver concedido, alcançando as situações pretéritas (é “para trás”). 
Seus efeitos desonerativos atingem a obrigação tributária principal (pagamento de multa), 
permanecendo hígidas as obrigações tributárias acessórias. 
A anistia poderá ser geral ou limitada. Como limitada, poderá ser concedida nas seguintes 
situações: I – às infrações relativas a determinado tributo; II – àquelas infrações punidas com 
penalidades pecuniárias até determinado montante, conjugadas ou não com penalidades de outra 
natureza; III – à determinada região do território da entidade tributante, em função de condições a ela 
peculiares; IV – sob condição do pagamento de tributo no prazo fixado pela lei concessiva do favor ou 
pela autoridade administrativa. 
Por fim, a anistia não gera direito adquirido. Poderá ser anulada se não houver a satisfação das 
condições, não se computando, para efeitos de prescrição, o tempo decorrido entre a concessão da 
anistia e a sua revogação, caso tenha havido dolo, fraude ou simulação. 
 
 
Texto parcialmente extraído/adaptado do Livro Direito Tributário – autor: Eduardo Sabbag.

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