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Clostridioses �CLOSTRÍDIOS NEUROTÓXICOS Ex: Tétano e botulismo �CLOSTRÍDIOS HISTOTÓXICOS Ex: Carbúnculo sintomático, edema malígno, gangrena gasosa, hemoglobinúria bacilar TÓPICOS DISCUTIDOS NESTA AULA ESPÉCIES PATOGÊNICAS DE Clostridium DE IMPORTÂNCIA NA VETERINÁRIA Clostrídios neurotóxicos • Bactérias gram positivas • Bacilos • Geralmente Móveis • Anaeróbias • Produzem endósporos (causam saliencia nas células mãe ; é uma estrutura dormente, dura, e não-reprodutiva produzida por um número pequeno de bactérias) = ESPOROS • Vive no solo rico em matéria orgânica • Produtores de toxinas Características gerais do Clostridium: CLOSTRÍDIOS NEUROTÓXICOS Produzem seus efeitos pela elaboração de neurotoxinas potentes Afetam a função neuromuscular sem indução observável de lesão tecidual BOTULISMO DOENÇA DA VACA CAÍDA BOTULISMO: Intoxicação causada pela neurotoxina formada previamente pelo Clostridium botulinum e INGERIDA através de restos de carcaças ou alimentos contaminados. É caracterizada por paralisia flácida total/parcial dos músculos locomotores, mastigação e deglutição ETIOLOGIA: • AGENTE: Clostridium botulinum • CARACTERÍSTICAS DO AGENTE: Morfologia�bacilo G +, ANAERÓBIO Esporos�presentes no solo, água ou trato digestivo ≠ espécies Forma vegetativa� se desenvolve em ambientes de anaerobiose (cadáver em decomposição, fundo de águas paradas ou alimentos deteriorados) TIPOS ANTIGÊNICOS: A, B, Cα , Cβ , D, E, F e G As toxinas C e D causam botulismo em bovinos, ovinos, equinos e esporadicamente em outras espécies A, B, E e F – humanos C- aves ETIOLOGIA: Em condições de anaerobiose, as formas vegetativas produzem potentes neurotoxinas que produzem sinais clínicos semelhantes mas diferem na antigenicamente e em sua potência TOXINA BOTULÍNICA • 1g mata um bovino adulto • 1 g de matéria orgânica decomposta contaminada pode ter toxina suficiente para matar um bovino adulto EPIDEMIOLOGIA SURTOS DA DOENÇA: diferentes espécies domésticas e aves SUÍNOS E CÃES são relativamente resistentes a neurotoxina BOTULISMO É RARO EM GATOS DOMÉSTICOS EPIDEMIOLOGIA BOVINOS -ingestão de carcaças de frango presentes nas camas de frango utilizadas para bovinos ou espalhada nas pastagens -roer ossos (carência de fósforo) RUMINANTES E EQUINOS -fardos de silagem com qualidade pobre -silagem ou feno contendo carcaças de roedores NA ATUALIDADE, DEVIDO A PROIBIÇÃO DA UTILIZAÇÃO DA CAMA DE FRANGO NA ALIMENTAÇÃO ANIMAL, OS SURTOS ASSOCIADOS A ESTA FONTE DE CONTAMINAÇÃO TEM DIMINUÍDO CONSIDERAVELMENTE NORMALMENTE O ANIMAL INGERE A TOXINA PRÉ FORMADA E ESPOROS DEVIDO A INGESTÃO DE ESPOROS, QUANDO ESTE ANIMAL MORRER, IRÁ CONTAMINAR O AMBIENTE EPIDEMIOLOGIA BOTULISMO TÓXICO-INFECCIOSO �Incomum �Esporos germinam em feridas no trato intestinal �Relatado em potros (síndrome da agitação do potro) e em filhotes de cães EPIDEMIOLOGIA BRASIL Tem determinado grandes perdas econômicas, principalmente pelo número de animais que morrem todo o ano EPIDEMIOLOGIA �ACOMETE TANTO gado de corte QUANTO de leite �Animais maiores que 2 anos (mais osteofagia) �Vacas em gestação ou lactantes (maior exigência nutricional) EPIDEMIOLOGIA Em bovinos �Morbidade é variável �Letalidade é em geral de 100%, embora haja casos de recuperação de animais que ingerem pequenas doses e desenvolvem sinais clínicos discretos EPIDEMIOLOGIA PATOGENIA: LOCAL ONDE ESPOROS SE DESENVOLVEM (condições de anaerobiose) Ex: cadáver em decomposição, Lodo da água parada, etc FORMA VEGETATIVA PRODUÇÃO DE TOXINAS na carcaça impregnam principalmente nos ossos porosos, ligamentos e tendões INGESTÃO DAS TOXINAS TOXINAS SÃO TRANSPORTADAS AOS NEURÔNIOS SENSÍVEIS POR VIA HEMATÓGENA (toxemia) ATUAM NAS JUNÇÕES NEUROMUSCULARES PROVOCA PARALISIA MOTORA SEM INTERFERÊNCIA SENSORIAL AFETAM PRINCIPALMENTE O SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO BLOQUEIAM A LIBERAÇÃO DE ACETILCOLINA IMPEDE A PASSAGEM DE IMPULSOS NERVOSOS DO NERVO PARA O MÚSCULO PARALISIA FLÁCIDA PATOGENIA: Contração Muscular Toxina Botulínica Fonte: Greene. Infectious diseases of dog and Cat, 1990 Toxina: Promove quebra da proteína responsável liberação Acetilcolina não há fusão vesículas com a membrana celular. SE LIGADE MANEIRA IRREVERSÍVEL PATOGENIA: A PARALISIA DOS MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS RESULTA EM MORTE Ingestão de esporos Condições de anaerobiose no intestino Forma vegetativa Produção de toxina (IN VIVO) PATOGENIA BOTULISMO TOXI-INFECCIOSO: Ex:Sindrome do tremor dos potros SINAIS CLÍNICOS Os sinais clínicos podem aparecer 1-17 dias após a ingestão do alimento contaminado SEMELHANTE EM TODAS AS ESPÉCIES -Pupilas dilatadas -mucosas secas -diminuição da salivação -flacidez na língua (retirada da boca com facilidade) -Flacidez da mandíbula (abrir a boca com facilidade) -disfagia (dificuldade de deglutição) INCOORDENAÇÃO E MARCHA RÍGIDA SÃO SEGUIDOS POR PARALISIA FLÁCIDA E DECÚBITO AFETA PRINCIPALMENTE OS MEMBROS POSTERIORES E EVOLUI PARA ANTERIORES, CABEÇA E PESCOÇO ANIMAL TENDE A FICAR DEITADO EM DECÚBITO ESTERNO- ABDOMINAL COM A CABEÇA APOIADA NO FLANCO OU NO SOLO A PARALISIA DOS MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS LEVA A RESPIRAÇÃO ABDOMINAL ANIMAIS FICAM EM ALERTA SINAIS CLÍNICOS �Superagudos � morte em menos de 24 horas �Agudos � 24 a 72 horas �Subagudos � 3 e 7 dias �Crônicos � 7-30 dias depende da quantidade de toxina ingerida CRÔNICOS: maior possibilidade de sobrevivência (doses menores de toxinas) EVOLUÇÃO DIAGNÓSTICO: SINTOMATOLOGIA, HISTÓRICO E AUSÊNCIA DE LESÕES MACROSCÓPICAS SIGNIFICANTES CERTEZA: �Inoculação em camundongos de extrato hepático, soro sanguíneo, conteúdo ruminal ou intestinal �Detecção de toxina circulante �Tipificação da toxina (soroneutralização) �Alguns testes sorológicos A detecção de toxina em restos de alimentos pode ter valor epidemiológico É IMPORTANTE QUE SEJA ENVIADO AO LABORATÓRIO DE DIAGNÓSTICO A MAIOR VARIEDADE POSSÍVEL DE AMOSTRAS, O QUE AUMENTA A POSSIBILIDADE DE DETECÇÃO DA TOXINA E DE DIAGNÓSTICO. A DIVERSIDADE DE AMOSTRAS É NECESSÁRIA TANTO PARA CONFIRMAÇÃO DA SUSPEITA DE BOTULISMO, COMO PARA A REALIZAÇÃO DE DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE OUTRAS ENFERMIDADES CONTROLE E PROFILAXIA Não existe tratamento específico para o botulismo em bovinos, pois não existe soro hiperimune comercial TRATAMENTO SUPORTE �Água �Alimento, �Alteração da posição- evita a formação de escaras �Laxativo (sulfato de magnésio via oral) elimina alguma porção da toxina ingerida �Uma das mais importantes medidas de prevenção e controle da doença é a suplementação do rebanho com fósforo �Eliminação de carcaças corretamente (queimadas) �Quando enterradas, animais silvestres ou cães podem desenterrar e transportar p outras localidades CONTROLE E PROFILAXIA VACINAÇÃO �Onde tem alta incidência da doença A VACINA tem que ter eficácia comprovada �Animais vacinados a partir dos 4 meses de idade e revacinados dentro de 30-40 dias dependendo do tipo de vacina utilizada � a revacinação pode ser semestral ou anual (vai depender da ocorrência da doença) �Vacinação NÃO pode ser utilizada como medida isolada no controle e profilaxia, pois sua eficácia é limitada frente a ingestão de doses muito altas da toxina a vacinação previa tb pode ser recomendada TÉTANO O QUE É TÉTANO? É UMA DOENÇA INFECCIOSA, ALTAMENTE FATAL, CAUSADA POR TOXINAS PRODUZIDAS PELO Clostridium tetani. CARACTERIZA-SE POR RIGIDEZ MUSCULAR E MORTE POR PARADA RESPIRATÓRIA OU CONVULSÕESTÉTANO Clostridium tetani -Bactéria anaeróbia -Gram positiva -Forma esporo -Habitat natural é o solo Resistência dos esporos -100oC (fervura)� 40 a 60 minutos -Ambiente sem luz solar� anos -fenol 5% leva 12 a 15 horas para matá-lo AGENTE ETIOLÓGICO EPIDEMIOLOGIA �Afeta muitas espécies, inclusive os humanos �A suscetibilidade das espécies as toxinas varia consideravelmente: �Equinos e humanos são altamente suscetíveis �Os ruminantes e os suínos, moderadamente suscetível �Carnívoros, comparativamente resistentes �As aves domésticas não são suscetíveis ao tétano � EQUÍDEOS > OVINOS > BOVINOS > CAPRINOS > CÃES > GATOS EPIDEMIOLOGIA �Incide igualmente em ambos os sexos e em todas as idades �È mais freqüente nas regiões de terras férteis de cultura, principalmente se for exploração pecuária �BACILO ABUNDANTE em fezes de animais, principalmente de equinos �A morbidade é baixa � Sem nenhum tratamento, a letalidade é muito alta (100%) �Letalidade em ruminantes jovens é superior a 80%, mas a taxa de recuperação é alta em bovinos adultos �Em eqüinos a letalidade varia muito EPIDEMIOLOGIA O tétano pode ocorre devido a: -ferimento externos contaminados Ex: como umbigo mal curado -Surtos podem ocorrer após práticas de manejo, � castrações, � colocação de brincos � ou vacinações -A ingestão de alimentos fibrosos grosseiros antes da ocorrência da doença sugere que a porta de entrada da infecção possa ocorrer por feridas na boca EPIDEMIOLOGIA �Feridas penetrantes nos cascos são portas de entrada comuns em eqüinos. �A penetração pelas vias genitais durante o parto é, também, uma porta de entrada comum em bovinos. EPIDEMIOLOGIA �Uma alta incidência de tétano ocorre: � em suínos jovens após a CASTRAÇÃO � em ovinos após a CASTRAÇÃO, TOSA, AMPUTAÇÃO DA CAUDA E VACINAÇÃO. EPIDEMIOLOGIA PATOGENIA BACTÉRIA-ESPOROS (SOLO OU FEZES) INTRODUZIDA NOS TECIDOS ATRAVÉS DE FERIMENTOS (BACTÉRIA NÃO INVADE TECIDOS ADJACENTES) Presença de tecido necrótico, corpos estranhos e microrganismos anaeróbios facultativos contaminantes Condições de anaerobiose (SEM 0XIGÊNIO) ESPOROS GERMINAM PATOGENIA BACTÉRIAS VEGETATIVAS MULTIPLICAM-SE NESTES TECIDOS LESADOS PRODUZ NEUROTOXINA 3 PROTEÍNAS TÓXICAS TETANOSPASMINA TETANOLISINA TOXINA NÃO-ESPASMOGÊNICA HEMOLISINA (destrói membrana celular) AMPLIA A QUANTIDADE DE NECROSE TECIDUAL LOCAL PATOGENIA TETANOSPASMINA -EXOTOXINA (sinais clínicos do tétano) SE DIFUNDE, A PARTIR DO LOCAL DE PRODUÇÃO, ATÉ O SISTEMA VASCULAR, ONDE SE DISTRIBUI, DIFUSAMENTE, ATÉ A ÁREA PRÉ SINAPTICA DAS PLACAS MOTORAS INTERFERINDO NA LIBERAÇÃO DE NEUROTRANSMISSORES, GLICINA E ÁCIDO GAMA AMINOBUTÍRICO (GABA), HIPEREXCITABILIDADE Ex: glicina promove descontração muscular BLOQUEIA A LIBERAÇÃO DE NEUROTRANSMISSORES INIBIDORES. HÁ PARALISIA ESPÁSTICA. HIPERTONIA DO MÚSCULO PATOGENIA TETANOSPASMINA OBS: BLOQUEIO INIBITÓRIO É IRREVERSÍVEL....toxina ligada 3 semanas ou mais PATOGENIA NENHUMA LESÃO ESTRUTURAL É PRODUZIDA, MAS HÁ POTENCIALIZAÇÃO CENTRAL DOS ESTÍMULOS SENSORIAIS NORMAIS, DE FORMA A PRODUZIR UM ESTADO DE CONSTANTE ESPASTICIDADE MUSCULAR E ESTÍMULOS NORMALMENTE INÓCUOS PROVOCAM RESPOSTAS EXAGERADAS A MORTE OCORRE ENTRE 5 E 15 DIAS APÓS OS PRIMEIROS SINTOMAS ACIDOSE FALTA DE ALIMENTAÇÃO E ÁGUA PARALISIA RESPIRATÓRIA SINAIS CLÍNICOS Período de incubação do tétano é variável e depende: �Das dimensões do ferimento �Grau de anaerobiose �Número de bactérias inoculadas �Título de antitoxina do hospedeiro Na maioria dos animais suscetíveis, os sinais clínicos ocorrem 1-3 semanas após a infecção bacteriana. Os casos em cordeiros ocorrem 3-10 dias após a castração, tosa ou remoção da cauda. SINAIS CLÍNICOS O quadro clínico é similar para todos as espécies animais �andar com membros rígidos �Tremores musculares �Trismo mandibular �Prolapso da terceira palpebra �Rigidez da cauda �Orelhas eretas �Hiperexcitabilidade �Tetania dos músculos masseteres �Constipação e retenção urinária são comuns (incapacidade de assumir a posição normal para urinar) �Convulsões (inicialmente quando há estímulo pelo som e toque e posteriormente de forma espontânea) �Enrijecimento dos músculos dos membros fazem o animal assumir a posição de cavalete SINAIS CLÍNICOS SINAIS CLÍNICOS A evolução da doença é variável. A morte dos eqüinos e bovinos ocorre geralmente após o curso clinico de 5-10 dias, mas em geral ovinos morrem no 3-4 dia Em casos fatais, quase sempre há um período transitório DE MELHORA por algumas horas, antes do espasmo tetânico grave e final, durante o qual a respiração fica suprimida Os casos moderados podem se recuperar lentamente, com o desaparecimento gradual da rigidez por um período de semanas ou ate meses SINAIS CLÍNICOS UNESP - BOTUCATU UNESP - BOTUCATU UNESP - BOTUCATU UNESP - BOTUCATU caprino UNESP - BOTUCATU bezerr o UNESP - BOTUCATU UNESP - BOTUCATU UNESP - BOTUCATU DIAGNÓSTICO �Exame clínico e dados epidemiológicos �Se não há autólise no momento da necrópsia a identificação de grandes bacilos Gram positivos com esporos terminais em forma de raquete de tênis em esfregaços do sítio da ferida permitem a confirmação do diagnóstico �Imunofluorescência �Cultura (coletar partes profundas da lesão com swabs estéreis colocados em meio de transporte anaeróbio) �Estudos microbiológicos e histológicos do sistema nervoso central permitem DESCARTAR doenças inflamatórias ou degenerativas (SNC em gelo e formol) DIAGNÓSTICO PROGNÓSTICO Depende de vários fatores �intensidade do quadro mórbido �Período de incubação �Espécie animal Animais que sobrevivem por mais de sete dias podem alcançar a recuperação completa TRATAMENTO A resposta ao tratamento em equinos e ovinos é pequena, mas os bovinos freqüentemente se recuperam Princípios mais importantes no tratamento do tétano �Eliminar a bactéria causadora �Neutralizar as toxinas residuais �Relaxar a tetania muscular para evitar a asfixia �Manter o relaxamento até que a toxina seja eliminada ou destruída �Drenagem e limpeza do ferimento para eliminar o agente (pode utilizar água oxigenada 10 volumes) �Infiltração de penicilina G em torno da ferida �Administração parenteral de penicilina G potássica (22.000 UI/kg) 3-4 vezes ao dia ou penicilina G procaína via intramuscular na mesma dose duas vezes ao dia Antitoxina Uma única dose subcutânea de 1.000-5.000 UI/animal de 500kg até 1.000-5000 UI/kg TRATAMENTO Relaxamento da tetania muscular pode ser propriciado pela sedação e manutenção do paciente em local tranquilo e obscurecido Terapia para diminuir os espasmos �clorpromazina (0,4mg/kg de peso vivo) �Promazina (0,5-1mg/kg) � acetilpromazina (0,05-1mg/kg) duas vezes ao dia durante 8-10 dias TRATAMENTO TRATAMENTO CANINO � Antibiotico mais apropriado é a penicilina ou metronidazol (inicialmente IV) � Antitoxina tetanica na dose 30.000 a 100.000 UI (IV) � Sedação com benzodiazepinas, acepromazina ou barbituricos � Sintomático (RAMSEY, 2010) Cuidados nas castrações, entre outras atividades de manejo, utilizando sempre medidas de higiene e desinfecção. Evitar colocar estes animais em currais ou outros locais contaminados com matérias fecais PROFILAXIA �Áreas enzoóticas animais devem ser vacinados �Vacinações de cordeiros, potros e cabritos aos 2,3 e 6 meses de idade seguindo a dose reforço após 1 ano �Fêmeas que irão parir receber umadose de reforço 1 a 2 meses antes de parir (níveis protetores de Ac colostrais) PROFILAXIA TETANO HV Dra Nádia � Cão: Cacau � 5 meses � Outra clínica � Osh (a 8 dias) � Orelhas eretas � Soro antitetânico � Clorpromazina � Ampicilina � Penicilina � PIOROU - HV � Espasticidade dos membros � Inconsciente � Opistótono � Prolapso da 3 palpebra � Sialorréia intensa � CK mais de 6000 � FILME TRATAMENTO AMBULATORIAL �METRONIZADOL 15Mg/Kg (IV)_antibiótico_anaeróbicas � CLORPROMAZINA 0,5Mg/Kg (IV)_Relaxante muscular � FENOBARBITAL 2Mg/Kg (IM) _ Anticonvulsivante � FUÍDO � SORO ANTITETANICO (IV) � LIMPEZA DA FERIDA PRESCRIÇÃO �METRONIZADOL 15Mg/Kg (IV)_TID (8h) � CLORPROMAZINA 0,5Mg/Kg (IV)_TID � FENOBARBITAL 2Mg/Kg (IM) _ TID � AMPICILINA 22Mg/Kg (IV) _ TID (8h) � RANITIDINA 2Mg/Kg (SC) _TID � SORO ANTITETANICO (4 FRASCOS_2 IV_ 1 SC _1 IM) � LIMPEZA DA FERIDA 13 DIAS DEPOIS DE INTERNAÇÃO ANIMAL FICOU EM PE, UM POUCO RIGIDA � TIROU SORO ANTITETANICO E CLORPROMAZINA � CONTINUOU AMPICILINA, RANITIDINA E FENOBARBITAL � 15 DIAS TEVE ALTA (PRESCRIÇÃO PARA TRATAMENTO EM CASA) � RETORNO CK 257 CLOSTRÍDIOS HISTOTÓXICOS �Produzem uma variedade de lesões em animais domésticos �As exotoxinas elaboradas por bactérias em replicação induzem necrose tecidual local e efeitos sistêmicos que podem ser letais �Alguns clostrídeos histotóxicos estão presentes nos tecidos como esporos latentes que podem germinar e produzir doença clínica específica CLOSTRÍDIOS HISTOTÓXICOS �CLOSTRÍDEOS PRESENTES NO TECIDO MUSCULAR C. chauvoei e ocasionalmente C. septicum �CLOSTRÍDIOS INTRODUZIDOS EM FERIDAS QUE PODEM CAUSAR EDEMA MALIGNO E GANGRENA GASOSA C. chauvoei C. septicum C. novyi tipo A C. perfringens tipo A ocasionalmente C. sordellii �CLOSTRÍDEOS PRESENTES NO FÍGADO C. novyi tipo B e C. haemolyticum CLOSTRÍDIOS HISTOTÓXICOS PATOGENIA È provável que a maioria dos esporos ingeridos seja excretada nas fezes ALGUNS ESPOROS podem deixar o intestino e ser distribuídos nos tecidos, onde permanecem DORMENTES. A seqüência de eventos que leva a distribuição dos ESPOROS nos tecidos não está clara. Esporos que se originam na luz intestinal podem ser transportados aos tecidos por meio de fagócitos. Os tecidos lesados ocasionam tensão reduzida de oxigenio, que é requerida para germinação dos esporos e replicação das bactérias vegetativas A necrose local produzida pelas exotoxinas das bactérias em replicação permite posterior proliferação dos microrganismos nos tecidos, estendendo o processo necrosante. PATOGENIA INFECÇÕES ENDÓGENAS, carbúnculo sintomático, hepatite necrótica infecciosa e hemoglobinúria bacilar resultam da ativação de esporos dormentes NOS MÚSCULOS OU NO FÍGADO PATOGENIA AS INFECÇÕES EXÓGENAS edema malígno e gangrena gasosa resultam da introdução de clostrídios nas feridas. PATOGENIA O ambiente anaeróbio nos tecidos necróticos conduz à replicação dos clostrídios, que frequentemente estão presentes com anaeróbios facultativos nas infecções mistas. PATOGENIA O alastramento da destruição tecidual local resulta da produção de exotoxinas. Sinais clínicos generalizados nas infecções clostridiais endógenas e exógenas são manifestações de toxemia. PATOGENIA DOENÇAS CAUSADAS POR CLOSTRÍDIOS HISTOTÓXICOS Estas doenças tendem a ocorrer periodicamente em determinadas propriedades onde faltam programas de vacinação apropriados CARBÚNCULO SINTOMÁTICO PERNA NEGRA PESTE DA MANQUEIRA ETIOLOGIA • CAUSADA POR Clostridium chauvoei, mas aparentemente outros clostrídios, incluindo C. septicum, C. novyi e C. sordelli, podem, mas raramente, causar a enfermidade e são encontrados, frequentemente junto a C. chavoei nas lesões do carbúnculo sintomático CARBÚNCULO SINTOMÁTICO • BOVINOS - bovinos de 6 meses a 2 anos, normalmente a infecção é endógena (esporos latentes nos músculos tornando-se ativados por lesão traumática) • Não se trata de uma doença contagiosa, não havendo portanto transmissão da doença de um animal para o outro • OCORRE EM TODOS OS ESTADOS DO BRASIL • MORBIDADE: 5 a 25% • LETALIDADE: 100% CELULITE GANGRENOSA E MIOSITE CAUSADAS PELA EXOTOXINA PRODUZIDAS PELO CLOSTRÍDEO EM REPLICAÇÃO MORTE RÁPIDA Característico: Cheiro rançoso CARBÚNCULO SINTOMÁTICO �As grandes massas musculares dos membros, do dorso e do pescoço são frequentemente afetadas �Lesão nos músculos esqueléticos é manifestada por claudicação, edema e crepitação devido ao acúmulo de gases �Lesões nos músculos da língua e da garganta podem produzir dispnéia �Lesões no miocárdio e diafragma podem causar morte súbita OS ANIMAIS INCHAM RAPIDAMENTE APÓS A MORTE E PODEM APRESENTAR PERDA DE LÍQUIDO HEMORRÁGICO PELAS NARINAS E ÂNUS CARBÚNCULO SINTOMÁTICO CARBÚNCULO SINTOMÁTICO SINAIS CLÍNICOS �Doença aguda �Morte em 12-36 horas (encontra animais mortos) �Depressão �Anorexia �Hipertermia �Severa claudicação �Músculos dos membros e outras regiões aumentados de volume e apresentam crepitação (gás) DIAGNÓSTICO • Clínico • Pode ocorrer confusão com outras clostridioses como o edema maligno (ESTE AFETA ANIMAIS COM DIFERENTES IDADES). • Diagnóstico laboratorial devem ser enviados pedaços de músculos com lesão, refrigerados ou esfregaços dos mesmos para realizar a imunofluorescência direta ou isolamento • A necropsia deve ser realizada o mais rápido possível, para evitar que a carcaça entre em estado de putrefação. CARBÚNCULO SINTOMÁTICO CONTROLE E PROFILAXIA �Bovinos podem ser tratados com altas doses de penicilina, mas a maioria morre apesar do tratamento �SURTOS: animais vacinados imediatamente e revacinados 15-21 dias após. Dependendo do custo associar penicilina com vacinação para evitar mais mortes CONTROLE E PROFILAXIA �BEZERROS: vacinados anualmente dos 3-6 meses de idade. Na primeira dose, revacinar novamente 30 dias �Podem ser utilizadas vacinas monovalentes, mas é recomendável utilizar vacinas com C. septicum, C. novyi e, se possível C. sordellii �Cadáveres de animais que morreram desta doença devem ser cremados ou enterrados profundamente, recobertos por cal. CARBÚNCULO SINTOMÁTICO EDEMA MALIGNO E GANGRENA GASOSA INFECÇÕES EXÓGENAS E NECROZANTES DE TECIDOS MOLES Etiologia • Clostridium septicum (Edema Maligno) • Clostridium perfringens (tipo A- Gangrena Gasosa) Outros • Clostridium novyi tipo A • Clostridium sordelli • Oportunistas • Pode surgir a infecção a partir da contaminação das feridas, de lesões durante o parto ou de locais de injeções • Desvitalização tecidual associada a traumas proporciona um pH alcalino, falta de oxigenio e decomposição de produtos protéicos requeridos à proliferação dos clostrídeos • Os bovinos e ovinos são as espécies mais comumente afetadas, podendo ocorrer em qualquer idade. • Podem aparecer SURTOS desta doença, geralmente em bovinos e ovinos após o parto, muitas vezes quando ocorre laceração da vulva. EDEMA MALIGNO E GANGRENA GASOSA � CARNEIROS: infecção clostridual de feridas na cabeça causadas por brigas é chamada de cabeça inchada. Aumento de volume edematoso nos tecidos subcutâneos da cabeça, pescoço e tórax cranial (morte rápida) EDEMA MALIGNO E GANGRENA GASOSA EDEMA MALÍGNO: Manifesta-se como celulite com mínima gangrena e formação de gases. O aumento de volume tecidual devido ao edema, frieza e a descoloração da pele sobrejacente são aspectos clínicos óbvios Pode ocorrer morte rapidamente quando as lesões são extensas EDEMA MALIGNO GANGRENA GASOSA: caracterizada por ampla invasão bacteriana do tecidomuscular lesado. A produção de gases é detectável clinicamente como creptação subcutânea. As características clínicas da toxemia na gangrena gasosa são semelhantes as encontradas no edema maligno GANGRENA GASOSA SINAIS CLÍNICOS • AGUDA – causa morte 24-48 horas após observaçãos dos primeiros sinais • Anorexia • Depressão • Hipertermia • E dependendo da localização da lesão severa claudicação • Área afetada está aumentada de volume e pode apresentar creptação ou edema • Quando a infecção ocorre por ocasião do parto, o inchaço da vulva é acompanhado de um corrimento castanho- avermelhado. EDEMA MALIGNO E GANGRENA GASOSA DIAGNÓSTICO História clínica permite associar a ocorrência de edema malígno com ferimentos recentes e associar com necrópsia (edema hemorrágico no tecido subcutâneo e entre os músculos) raramente ocorre lesões nos músculos. Pode observar-se líquido sero-hemorrágico nas cavidades LABORATORIAL: IMUNOFLUORESCENCIA, ETC EDEMA MALIGNO E GANGRENA GASOSA CONTROLE E PROFILAXIA �Animais afetados podem ser tratados com altas doses de penicilina ou antibióticos de amplo espectro �Evitar contaminação da terra, instrumentos cirurgicos e seringas utilizadas no rebanho �Animais vacinados anualmente (VACINA POLIVALENTE PODE SER UMA BOA OPÇÃO) EDEMA MALIGNO E GANGRENA GASOSA HEMOGLOBINÚRIA BACILAR HEMOGLOBINÚRIA BACILAR �Ocorre principalmente em bovinos e eventualmente ovinos �Infecção endógena �Agente etiológico C. haemolyticum encontrado em zonas úmidas e alagadiças, nas pastagens ou na água �O APARECIMENTO DA ENFERMIDADE DEPENDE DA PRESENÇA DE UM FOCO DE INJÚRIA HEPÁTICA, EM QUE SE ESTABELECEU CONDIÇÕES DE ANAEROBIOSE IDEIAIS PARA MULTIPLICAÇÃO DO AGENTE ETIOLÓGICO �Regiões alagadiças está correlacionada com a ocorrência de fasciolose �Endósporos dormentes no fígado �Migração de fascíolas facilita a germinação de esporos e proliferação dos clostrídios �Hemoglobinúria é a principal característica da doença(consequencia da extensa destruição das hemácias) HEMOGLOBINÚRIA BACILAR SINAIS CLÍNICOS • Enfermidade aguda (12-24 horas – morte) • Animais encontrados mortos nas pastagens • Anorexia • Depressão • Dificuldade de locomoção • Tremores musculares • urina cor vermelho-escuro • As fezes apresentam cor marrom-escuro, podendo aparecer diarréia sanguinolenta. HEMOGLOBINÚRIA BACILAR DIAGNÓSTICO • CLÍNICO E EPIDEMIOLÓGICO • ACHADOS DE NECRÓPSIA �Áreas necróticas no fígado �Hemorragias generalizadas nas serosas � hemoglobinúria � Rigor mortis desenvolve-se rapidamente. � Períneo com presença de urina e fezes sanguinolentas. � Edema subcutâneo gelatinoso, � Icterícia em graus variados CONTROLE E PROFILAXIA Vacinação dos bovinos , normalmente de 4-5 meses antes da previsão da ocorrência de surtos e em áreas endêmicas revacinação anual (acima de 6 meses de idade). Quando vacinados pela primeira vez, repetir a dose 15 -20 dias Embora seja uma enfermidade fatal, o uso maciço de penicilina ou tetraciclina nos estágios iniciais pode dar bons resultados com o desaparecimento da hemoglobinúria em 12 horas CORRÊA, W.M. & CORRÊA, C.N.M. Enfermidade Infecciosa dos Mamíferos Domésticos. 2o ed. Rio de Janeiro: MEDSI, 1992, 843p. RIET-CORREA et al. Doenças de ruminantes e equídeos. 3ed. vol. 1. Santa Maria: Pallotti, 2007,p. 425-432 QUINN, P.J., MARKEY, B.K., CARTER, M.E., DONNELLY, W.J., LEONARD, F.C. Microbiologia Veterinária e Doenças Infecciosas.Porto Alegre: ARTMED, 2005, 511p. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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