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Resumo Direito Constitucional Aula 02

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D. Constitucional 
Data: 05/09/2011 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: (21)2223-1327 1 
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: (21)2494-1888 
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Assuntos tratados: 
1º Horário. 
� Classificação das Constituições / Quanto ao Conteúdo / Quanto à Forma / 
Quanto à Estabilidade / Quanto à Estruturação / Quanto à Ideologia / Quanto à 
Origem / Quanto à Elaboração / Quanto à Finalidade / Quanto à Efetividade / 
Normas Constitucionais / Classificação das Normas Constitucionais / Quanto ao 
Conteúdo / Quanto à Finalidade / Quanto à Aplicabilidade e Eficácia / Quanto à 
Estrutura / Eficácia das Normas Constitucionais / Eficácia Vertical X Eficácia 
Horizontal / Eficácia Positiva X Eficácia Negativa / Eficácia Mínima das Normas 
Constitucionais / Preâmbulo da Constituição 
2º Horário. 
� Poder Constituinte / Tipologia do Poder Constituinte / Poder Constituinte 
Originário (PCO) / Poder Constituinte Derivado ou Instituído / Derivado 
Reformador / Limites às Emendas Constitucionais 
 
1º Horário 
 
1. Classificação das Constituições 
 
1.1. Quanto ao Conteúdo 
a) constituição material: é o conjunto das decisões políticas fundamentais, ou 
seja, aquelas escolhas que o constituinte fez e sem as quais o próprio Estado não 
existiria. 
b) constituição formal: é a constituição positivada, estabelecida em um texto. 
Dizer que a constituição é formal, não a exclui de ter um conteúdo material. 
Ex.: CRFB/88 é formal e possui normas materiais. 
 
1.2. Quanto à Forma 
a) constituição escrita: é a registrada em um único documento. 
b) constituição não-escrita: encontra-se em leis esparsas, na jurisprudência e 
nos costumes. Ex.: Constituição da Inglaterra. 
 D. Constitucional 
Data: 05/09/2011 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
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A análise acima é a tradicional, tendo em vista que Paulo Bonavides entende 
que, quanto à forma, a constituição pode ser escrita ou não-escrita. Para o autor, a 
constituição escrita pode ser codificada (formal) ou legal (não-formal). A codificada 
encontra-se em um único documento, enquanto a legal está em diversas leis. Já a não-
escrita trata-se da jurisprudência e dos costumes. Para o doutrinador, a Constituição 
da Inglaterra é escrita e não-escrita ao mesmo tempo. 
Vale ressaltar que, a priori, o pensamento adotado pela banca será o 
tradicional. 
 
1.3. Quanto à Estabilidade ou à Rigidez ou à Mutabilidade ou à Alterabilidade 
a) constituição imutável: é aquela constituição que não apresenta processo de 
modificação, só sendo possível alterá-la através de revogação. 
b) constituição rígida: o processo de alteração da constituição é mais rigoroso 
do que o de elaboração de uma lei comum. 
c) constituição super-rígida: ocorre quando parte da constituição é imutável e 
a outra é rígida. 
d) constituição flexível: o processo de alteração da constituição é igual ao de 
alteração da lei, sendo possível que qualquer lei a altere. 
e) constituição semirrígida: parte da constituição é rígida e parte é flexível. Ex.: 
Constituição Brasileira de 1824, onde as matérias propriamente constitucionais só 
poderiam ser alteradas por emendas, enquanto as demais matérias o poderiam ser por 
lei comum. 
A CRFB/88, para parcela minoritária da doutrina, é super-rígida pela existência 
das cláusulas pétreas. No entanto, as cláusulas pétreas podem ser alteradas, desde 
que os institutos reconhecidos como tal não sejam excluídos do texto constitucional, 
motivo pelo qual, para a doutrina majoritária, a CRFB/88 é rígida1. 
 
1.4. Quanto à Estruturação 
a) constituição garantia: é aquela constituição que apresenta uma descrição 
mínima possível, colocando-se como garantia do indivíduo em face do Estado. Versa, 
 
1 Este é o entendimento adotado pela banca CESPE. 
 
 D. Constitucional 
Data: 05/09/2011 
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basicamente, sobre a organização do Estado, a organização dos poderes e sobre os 
direitos individuais, conferindo maior grau de liberdade aos indivíduos. 
b) constituição dirigente ou programática: Além de apresentar o conteúdo da 
constituição garantia, apresenta também direitos sociais e normas programáticas. Os 
direitos sociais impõem ao Estado obrigação de fazer, enquanto normas programáticas 
estabelecem um alvo, um objetivo, um programa de atuação. É uma constituição que 
“olha” para o futuro. 
c) constituição balanço: é a constituição que busca refletir a realidade social e 
política, inspirada em Ferdinand Lassale (concepção sociológica de constituição). A 
realidade política é dinâmica, motivo pelo qual a constituição balanço está sempre 
desatualizada, por ser estática. 
 
1.5. Quanto à Ideologia 
a) constituição simples: é aquela que tem uma linha ideológica bem definida. 
Exemplo: constituição americana, que apresenta uma linha ideológica bastante liberal, 
focada na liberdade do indivíduo. 
b) constituição compromissória: apresenta uma pluralidade de ideologias 
consagradas no mesmo texto constitucional. Ex.: CRFB/88. 
 
1.6. Quanto à Origem 
a) constituição democrática ou promulgada ou popular: é aquela que foi 
elaborada a partir da vontade popular. Exemplo: Constituições de 1891, de 1934, de 
1946 e de 1988. 
b) constituição outorgada: é a constituição imposta. Exemplo: Constituições de 
1824, de 1937, de 1967 e de 1969 (EC nº 01). 
c) constituição cesarista ou bonapartista: é uma constituição imposta, porém 
sujeita à consulta popular de aprovação, a fim de atribuí-la certa legitimidade, apesar 
de haver manipulação do povo. 
Com relação à Constituição de 1967, alguns autores chamam-na de 
semipromulgada ou semioutorgada, pois elaborada pelos militares, mas promulgada 
pelo Congresso Nacional. 
 
1.7. Quanto à Elaboração 
 D. Constitucional 
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a) constituição histórica: é aquela elaborada ao longo de um processo 
histórico. Ex.: constituição da Inglaterra. 
b) constituição dogmática: é aquela elaborada em certo momento histórico e 
de acordo com as concepções vigentes àquela época. Ex.: CRFB/88. 
 
1.8. Quanto à Finalidade 
a) constituição analítica: é uma constituição detalhista, que minudencia os 
diversos aspectos da vida, mesmo, por vezes, temas irrelevantes. Exemplo: CRFB/88. 
b) constituição sintética: é uma constituição concisa, que foca nos temas 
reputados essenciais. 
 
1.9. Quanto à Efetividade ou Classificação Ontológica ou de Karl Loewenstein 
a) constituição normativa: é a constituição efetiva. Efetividade difere-se de 
eficácia, tendo em vista que eficácia jurídica é a aptidão para produzir efeitos, 
enquanto efetividade é a concreta produção de efeitos. Com isto, alguns autores falam 
em efetividade ou eficácia social da norma. 
Desta forma, a constituição normativa é aquela que apresenta poder para 
conformar o processo político, ou seja, dá forma à realidade. 
b) constituição nominal: é aquela que apresenta a intenção de ser efetiva, mas 
não logra êxito. 
c) constituição semântica: é aquela que se apresenta como uma dissimulação 
do governo para se manter no poder. Portanto, não apresenta qualquer intenção de 
ser efetiva, como as constituições de 1967 e 1969, esta última em especial. 
A CRFB/88 é entendida como nominal por alguns e como normativa por outros, 
apesar de ter se mostrado forte o bastante para superar diversas crises políticas e 
econômicas, motivo pelo qual, em linhas gerais, deve ser entendida como normativa. 
 
2. Normas Constitucionais 
Norma constitucional é um tipo de norma jurídica e como tal goza de 3 
atributos básicos inerentes às normas: 
a) abstração: é a regulação de situações hipotéticas. Exemplo: “todos são iguais 
perante a lei”. 
 D. Constitucional 
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b) generalidade: é uma norma preceptiva, que impõe uma obrigação de fazer, 
ou proibitiva, que impõe uma obrigação de não fazer. A generalidade abrange, ainda, o 
fato de que a norma não apresenta destinatários individualizados. 
c) imperatividade: é a obrigatoriedade da norma, sob pena de sanção. Há casos 
em que a sanção é muito bem definida, como no direito penal, mas há outros em que 
a sanção faz parte do sistema, como no caso de uma lei que viola uma norma 
constitucional, que é inválida, sendo nula por imposição da norma constitucional. 
Apesar das características acima explicitadas, as normas constitucionais 
apresentam algumas peculiaridades com relação às demais normas jurídicas: 
a) hierarquia superior: a norma constitucional é superior a qualquer norma 
jurídica. 
b) plasticidade ou porosidade: é a ductilidade da norma, ou seja, a norma 
constitucional apresenta um sentido vago. Exemplo: dignidade da pessoa humana. 
c) conteúdo político: ao versar sobre processo político (exercício do poder), a 
norma constitucional o disciplina mais do que qualquer outra norma. 
 
2.1. Classificação das Normas Constitucionais 
 
2.1.1. Quanto ao Conteúdo 
a) normas materialmente constitucionais: trazem decisões políticas 
fundamentais. 
b) normas formalmente constitucionais: são as inseridas no texto 
constitucional. 
 
2.1.2. Quanto à Finalidade (Luís Roberto Barroso) 
a) normas constitucionais de organização ou organizatórias: tratam do 
funcionamento do Estado, estrutura, órgãos e competências. Ex.: normas que tratam 
da AGU na CRFB. 
b) normas constitucionais definidoras de direitos: são as normas que definem 
os direitos fundamentais. 
c) normas constitucionais programáticas: são normas que estabelecem um 
objetivo a ser alcançado. 
 
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2.1.3. Quanto à Aplicabilidade e Eficácia 
Há algumas classificações neste caso. 
a) Classificação bipartida ou clássica ou americana: defendida por Rui Barbosa, 
Pontes de Miranda e Manoel Gonçalves Ferreira Filho. 
a.1) Norma autoaplicável ou autoexecutável ou bastante em si mesma: 
apresenta densidade suficiente para a plena produção de seus efeitos, sem depender 
de qualquer complementação. Daí o termo “norma que se basta”. 
a.2.) Norma não-autoaplicável ou não-autoexecutável ou não bastante em si 
mesma: é uma norma que não tem densidade suficiente e, portanto, precisa de 
complementação. 
 
b) Classificação tripartida: defendida por José Afonso da Silva, inspirado na 
doutrina italiana. 
b.1) Norma de eficácia plena: apresenta aplicabilidade imediata e integral, ou 
seja, não precisa de complementação, equivalendo à norma autoaplicável. 
b.2) Norma de eficácia contida ou contível ou restringível: apresenta 
aplicabilidade imediata, mas, possivelmente, não-integral, pois pode vir a sofrer uma 
restrição. 
Ex.: art. 5º, XIII, CRFB – se a profissão não estiver regulamentada, qualquer 
pessoa pode exercê-la. No entanto, quando sofrer uma disciplina legal, seu exercício 
pode ser restringido. 
CRFB, Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: 
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as 
qualificações profissionais que a lei estabelecer; 
b.3) Norma de eficácia limitada: possui aplicabilidade mediata e precisa de 
complementação para produzir efeitos, equivalendo à norma não-autoaplicável. 
Subdvide-se em: 
• Norma de Eficácia Limitada de Princípio Institutivo ou Organizatório: trata 
de organização, funcionamento ou competência que precisa de complementação para 
produzir efeitos. Ex.: para que a AGU pudesse existir, foram necessários diversos atos 
após sua previsão constitucional. 
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• Norma de Eficácia Limitada de Princípio Programático: estabelece um fim, 
um objetivo, um alvo a ser alcançado. 
 
c) Classificação quadripartida: remete à classificação tripartida, alterando a 
nomenclatura. É adotada por Maria Helena Diniz. 
c.1) Norma de Eficácia Absoluta: é aquela que gera efeito de bloqueio ou efeito 
paralisante sobre o poder constituinte reformador. São as cláusulas pétreas, os limites 
ao poder de reforma. 
c.2) Norma de Eficácia Plena 
c.3) Norma de Eficácia Relativa Restringível: equivale à norma de eficácia 
contida da classificação tripartida. 
c.4) Norma de Eficácia Relativa Complementável: equivale à norma de eficácia 
limitada da classificação tripartida. 
 
d) Classificação de Uadi Lammêgo Bullos: reproduz a classificação 
quadripartida e acrescenta mais uma: a norma de eficácia esgotada e aplicabilidade 
exaurida, que é a norma que produz seus efeitos no tempo e já não há mais novos 
efeitos a serem produzidos. Ex.: art. 2º, ADCT. 
ADCT, Art. 2º. No dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado definirá, através de 
plebiscito, a forma (república ou monarquia constitucional) e o sistema de governo 
(parlamentarismo ou presidencialismo) que devem vigorar no País. (Vide emenda 
Constitucional nº 2, de 1992) 
Dentre todas as classificações apresentadas, as mais citadas ainda hoje são a 
bipartida e a tripartida. 
 
2.1.4. Quanto à Estrutura 
a) Normas princípios: são normas valorativas. Exemplo: dignidade da pessoa 
humana. 
b) Normas regras: são normas descritivas, que apresentam uma conduta e a 
consequência jurídica dessa conduta. 
Observação: O conteúdo mais específico com relação a princípios e regras será 
abordado na aula de hermenêutica. 
 
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2.2. Eficácia das Normas Constitucionais 
 
2.2.1. Eficácia Vertical X Eficácia Horizontal 
a) Eficácia Vertical: é a incidência da norma na relação entre o Estado e o 
particular. O Estado é mais forte que o particular, devendo este ser protegido. 
b) Eficácia Horizontal da Norma: é a incidência da norma na relação entre 
particulares. Os particulares estão, inicialmente, em posições iguais, mas a norma 
constitucional os vincula, por vezes, diretamente. 
 
2.2.2. Eficácia Positiva X Eficácia Negativa 
a) Eficácia positiva: é a imposição de uma obrigação de fazer. 
São os direitos de 2ª Geração, apesar de não serem exclusivamente positivos, 
em função da bipolaridade eficacial, ou seja, todas as normas constitucionais 
apresentam eficácia positiva e negativa. Desta forma, os direitos de 2ª Geração são 
direitos preponderantemente positivos, mas também negativos. 
b) Eficácia negativa: é a imposição de uma obrigação de abstenção, de não 
fazer. 
São os direitos de 1ª Geração (direitos individuais, direitos de defesa), apesar 
de não serem exclusivamente de eficácia negativa, em função da bipolaridade 
eficacial, ou seja, todas as normas constitucionais apresentam eficácia positiva e 
negativa. Com isto, os direitos de 1ª geração são preponderantemente negativos, mas 
também são positivos. 
 
2.2.3. Eficácia Mínima das Normas Constitucionais 
Para a doutrina, toda norma constitucional apresenta efeitos, ainda que 
mínimos, possuindo uma eficácia mínima. São eles: 
a) Efeito Inibitório: a norma constitucional não permite atos ou outras normas 
contrários a si. Exemplo: normas programáticas, que são de eficácia limitada, mas 
servem de parâmetro para o controle de constitucionalidade. 
b) Efeito Revogatório: a norma constitucional revoga as normas anteriores que 
lhe sejam contrárias. 
c) Efeito Interpretativo: as normas constitucionais são usadas como parâmetro 
de interpretação das demais normas. 
 D. Constitucional 
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3. Preâmbulo da Constituição 
Trata-se de um protocolo de intenções, uma declaração política e, portanto, 
não é norma constitucional. Desta forma, não é de reprodução obrigatória nas 
constituições dos estados-membros. 
Como dito acima, as constituições estaduais não estão obrigadas a reproduzir o 
preâmbulo da constituição. Neste sentido, houve a ADI 2076, proposta pelo 
Governador do Acre, rejeitada pelo STF (impossibilidade jurídica do pedido). Cumpre 
ressaltar que o preâmbulo tem conteúdo político e não jurídico. 
 
2º Horário 
 
4. Poder Constituinte 
 
4.1. Tipologia do Poder Constituinte 
 
4.1.1. Poder Constituinte Originário (PCO) 
É o poder para elaborar uma constituição nova, estabelecer normas 
constitucionais originárias. 
 
a) Titularidade 
A doutrina é pacífica, atualmente, em admitir que a titularidade é do povo 
enquanto indivíduos que ocupam o Estado. Antigamente, entendia-se que a 
titularidade era divina. 
 
b) Formas de Manifestação do Constituinte Originário 
1ª forma – por meio de rupturas abruptas, sendo sua maior manifestação, as 
revoluções. 
Tanto a revolução, quanto o golpe são formas de tomada do poder, mas se 
diferem por a revolução ser legitimada pelo consentimento popular (atuação direta do 
povo ou grupo com consentimento do povo), sendo ilegal, mas legítima. Já o golpe, 
não tem apoio popular, sendo ilegal e ilegítimo. 
 D. Constitucional 
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Na prática, é possível que, após um golpe, seja promulgada uma constituição, 
mas esta será ilegítima ou antidemocrática. 
2ª forma – por meio de rupturas jurídicas, mas não sociais, hipóteses em que 
há necessidade de ser elaborada nova constituição e quando esta entra em vigor, tem-
se nova ordem jurídica. Afirma-se que as rupturas sociais não ocorreram por não ter 
havido revolução. 
3ª forma – por meio de um poder exógeno ou alienígena. É o que se chama de 
heteroconstituições ou constituições heterônomas, ou seja, constituições impostas 
por um poder externo parao Estado. 
Ex.1: em situações de guerra, em que o país vencedor impõe aos países 
vencidos as constituições que estes deverão adotar. 
Ex.2: casos de independência da colônia em que a metrópole institui sua 
constituição. 
Essa imposição pode ocorrer de 2 formas: ou o poder externo escreve nova 
constituição ao outro Estado, ou impõe parâmetros para que o poder interno elabore 
sua constituição. 
4ª forma – por meio de um poder supranacional. É a hipótese de uma entidade 
supranacional, formada a partir da integração de certos Estados. Exemplo: União 
Europeia e Mercosul. 
 
c) Exercício do Poder Constituinte Originário 
Pode ser direto, no qual o próprio povo elabora sua constituição, ou indireto. 
O exercício do PCO de forma indireta pode ser monocrático (uma pessoa, como 
por exemplo, o rei, elabora a constituição em nome do povo) ou policrático (um órgão 
colegiado elabora a constituição em nome do povo, como, por exemplo, a assembleia 
constituinte). 
Há, ainda o exercício semidireto, em que a constituição é elaborada pelos 
representantes do povo, porém sujeita à consulta popular. 
É possível a tomada de poder por movimento revolucionário e a elaboração de 
constituição por assembléia constituinte. Pode, ainda, ocorrer revolução sem 
convocação de assembléia constituinte, sendo o texto elaborado por um grupo de 
integrantes do poder. 
 
d) Características do Poder constituinte originário 
 D. Constitucional 
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• Ilimitado: o PCO não está sujeito a limites jurídicos. O PCO não se limita a 
normas jurídicas pré-existentes, não sendo obrigado a respeitar direitos adquiridos, 
por exemplo, apesar de, em regra, respeitá-los. 
• Inicial: o PCO estabelece nova ordem jurídica, portanto, inaugura um novo 
ordenamento. 
• Incondicionado: o PCO não se sujeita a formalidades pré-estabelecidas, tendo 
em vista que estas serão estabelecidas por ele próprio. 
• Latente: o PCO não deixa de existir, sendo permanente e perene. No entanto, 
quando não está elaborando a constituição, entra em estado de inatividade, 
aguardando qualquer momento para se manifestar. 
• Instantaneidade: o PCO pode se manifestar a qualquer momento. 
• Especificidade: o PCO é específico, pois se manifesta exclusivamente com o 
fim de elaborar a constituição. Mesmo que o Congresso Nacional e a Assembléia 
Constituinte sejam compostos pelo mesmo grupo, as atuações devem ser separadas, 
sendo o PCO, ainda assim, específico. 
• Inalienabilidade: o PCO não pode ter sua titularidade transferida, alterada. 
 
d.1) Críticas à Ilimitação do PCO 
Otto Bachof questionou a possibilidade de haver normas constitucionais 
inconstitucionais. 
Aduz que a constituição apresenta valores suprapositivos reconhecidos em seu 
texto, que devem ser reconhecidos e respeitados pelo PCO. No entanto, há o que se 
chama de livre espaço de manifestação volitiva, que é um livre espaço de definição a 
partir da vontade do constituinte. 
Entende que, quando o PCO estabelece uma norma no texto constitucional 
dentro do espaço de manifestação volitiva e fere algum valor suprapositivo, será uma 
norma constitucional (do texto constitucional) inconstitucional (inválida por violar tais 
valores). 
Essa tese foi parar no STF no bojo da ADI nº 815. O PCO, no art. 45, CRFB 
estabelece que o sistema de eleição de deputados é proporcional à população, mas 
impõe número mínimo e máximo de deputados por estado. 
CRFB, Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, 
eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no 
Distrito Federal. 
 D. Constitucional 
Data: 05/09/2011 
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§ 1º - O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo 
Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à 
população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, 
para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou 
mais de setenta Deputados. 
§ 2º - Cada Território elegerá quatro Deputados. 
Alguns estados com baixa população elegeriam poucos deputados, mas como a 
CRFB impõe número mínimo de 8 deputados por unidade federativa, este limite teria 
que ser respeitado. Na ADI, alegava-se que o estabelecimento de número mínimo e 
máximo daria valor maior aos votos de estados com baixa população, bem como que 
as cláusulas pétreas são valores suprapositivos estabelecidos na CRFB e o 
estabelecimento de número mínimo e máximo de deputados os violaria. 
O STF entendeu que não há hierarquia entre normas constitucionais e que as 
cláusulas pétreas são limites ao poder reformador e não valores suprapositivos 
limitantes do PCO. Entendeu, ainda, que o STF é poder constituído guardião da CRFB 
em relação aos demais poderes constituídos e não fiscal do PCO. 
O STF não julgou improcedente a ADI, mas não a conheceu, pois não cabe 
controle de constitucionalidade nesse caso. 
Desta forma, observa-se que não cabe controle de constitucionalidade de uma 
norma constitucional originária e outra, devendo-se usar a ponderação entre elas. 
Desta forma, a tese de Otto Bachof não foi aceita no Brasil. 
Essa é uma primeira crítica feita à característica de ilimitação do PCO. 
 Uma segunda crítica feita na doutrina, é a de que, se por um lado o PCO é 
ilimitado, por outro lado está sujeito a limites extrajurídicos, que são alguns aspectos 
fora do direito, quais sejam: 
 • limites ideológicos: algumas situações não seriam possíveis por questão de 
evolução histórica. 
• limites institucionais: determinados modelos de instituições não são 
admitidos. 
• limites humanísticos: no contexto histórico, alguns institutos não seriam 
admitidos, como o uso de tortura para obtenção de confissão. 
• limites internacionais: para que o país não vá à falência, alguns limites 
internacionais têm que ser respeitados. 
 
4.1.2. Poder Constituinte Derivado ou Instituído 
 D. Constitucional 
Data: 05/09/2011 
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www.enfasepraetorium.com.br4.1.2.1. Derivado Reformador 
Manifesta-se pelas emendas à constituição e pela revisão constitucional. 
A emendas à constituição estão previstas no art. 60, CRFB e são aprovadas por 
quórum de 3/5, em 2 turnos em cada casa. Não há limite temporal (1º emenda é de 
1992). 
CRFB, Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta: 
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado 
Federal; 
II - do Presidente da República; 
III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, 
manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros. 
Já a revisão constitucional está prevista no art. 3º, ADCT, sendo aprovada por 
quórum de maioria absoluta, em sessão unicameral. Só pôde ser realizada após 5 anos 
da promulgação da constituição. 
ADCT, Art. 3º. A revisão constitucional será realizada após cinco anos, contados da 
promulgação da Constituição, pelo voto da maioria absoluta dos membros do 
Congresso Nacional, em sessão unicameral. 
O STF manifestou-se sobre a revisão constitucional, entendendo que esta está 
desvinculada do art. 2º, ADCT, ou seja, independentemente de haver mudança oriunda 
do referido plebiscito, a revisão constitucional é cabível. Entendeu, ainda, que a 
realização foi única, ou seja, ocorrida, não pode mais acontecer. Concluiu, outrossim, 
que a revisão constitucional está sujeita às cláusulas pétreas. 
ADCT, Art. 2º. No dia 7 de setembro de 1993 o eleitorado definirá, através de 
plebiscito, a forma (república ou monarquia constitucional) e o sistema de governo 
(parlamentarismo ou presidencialismo) que devem vigorar no País. (Vide emenda 
Constitucional nº 2, de 1992) 
 
a) Limites às Emendas Constitucionais 
a.1) Limites formais ou procedimentais: presentes no art. 60, parágrafos 2º, 3º 
e 5º, CRFB. O quórum de 3/5 deve ser obedecido, sendo o procedimento de 2 turnos 
em cada casa e a promulgação dar-se-á pelas mesas de cada casa. 
CRFB, Art, 60, § 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa do 
Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em 
ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros. 
 D. Constitucional 
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§ 3º - A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem. 
§ 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por 
prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. 
O Princípio da Irrepetibilidade previsto no parágrafo 5º, art. 60, CRFB deve ser 
combinado com o art. 57, CRFB, que trata das sessões legislativas, que vão de 02 de 
fevereiro a 22 de dezembro, com dois períodos legislativos, por haver dois recessos. 
Desta forma, há o recesso intrassessões e o recesso extrassessões. 
CRFB, Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, 
de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. (Redação 
dada pela Emenda Constituicional nº 50, de 2006) 
Há quem entenda o parágrafo 5º como limite circunstancial, mas, 
tradicionalmente, é enquadrado como limite formal ou procedimental. 
a.2) Limites circunstanciais: presentes no art. 60, parágrafo 1º, CRFB. Nos 
períodos de estado de defesa, estado de sítio e intervenção federal não cabe emenda 
à constituição. 
CRFB, Art 60, § 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigência de 
intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio. 
a.3) Limites temporais: não existem. 
a.4) Limites materiais: são as cláusulas pétreas e podem ser explícitos ou 
implícitos. 
Os limites materiais explícitos estão previstos no art. 60, parágrafo 4º, CRFB. 
CRFB, Art. 60, § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda 
tendente a abolir: 
I - a forma federativa de Estado; 
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; 
III - a separação dos Poderes; 
IV - os direitos e garantias individuais. 
Uma emenda pode eventualmente afetar um princípio ou instituto de cláusula 
pétrea desde que não afete o núcleo essencial. Questão da AGU: tendo uma emenda 
constitucional inserido um novo direito no rol de direitos individuais poderia emenda 
posterior suprimir tal direito? Resposta: Dois entendimentos. O novo direito inserido 
por emenda se torna cláusula pétrea com base no princípio de vedação ao retrocesso 
(abolição de garantias conquistadas). Por outro lado, há quem diga não ser possível se 
tornar cláusula pétrea, pois o limite ao poder reformador só pode ser criado pelo 
 D. Constitucional 
Data: 05/09/2011 
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constituinte originário, sob pena de se admitir o constituinte reformador de hoje 
imponha limites ao poder reformador de amanhã. Por ser questão objetiva, pendente 
de solução pelo STF, restou anulada. 
Os limites materiais implícitos ao poder de reforma são: 
• titularidade do poder; e 
• os limites explícitos são eles próprios, implícitos: os limites impostos pelo PCO 
não podem ser alterados pelo poder derivado reformador, observação que está 
implícita na constituição. No Brasil, é vedada a dupla reforma, que é a alteração de um 
limite para permitir posterior modificação daquilo que, outrora, era vedado.

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