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Resumo Direito Constitucional Aula 03

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D. Constitucional 
Data: 09/09/2011 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: (21)2223-1327 1 
Barra: Shopping Downtown – Av. das Américas, 500 - bl. 21, salas 157 e 158 – Tel.: (21)2494-1888 
www.enfasepraetorium.com.br 
 
 
Assuntos tratados: 
1º Horário. 
� Poder Constituinte / Poder Constituinte Derivado / Poder Constituinte Derivado 
Decorrente / Limites ao Poder Constituinte Decorrente / Poder Constituinte 
Difuso / Direito intertemporal / Constituição Nova versus Constituição Anterior 
/ Constituição Nova versus Legislação Anterior / Material / Formal / 
Incompatibilidade Formal Procedimental / Incompatibilidade Formal Orgânica / 
Exercícios / Controle de constitucionalidade / Introdução / Conceito de 
Controle de Constitucionalidade / Elementos do Controle de 
Constitucionalidade 
2º Horário. 
� Pressupostos do Controle / Modelos de Controle no Direito Comparado / 
Modelo Americano / Modelo Europeu ou Austríaco / Modelo Francês / Modelo 
Inglês / Modelo Brasileiro / Históricos nas Constituições Brasileiras / 
Constituição de 1824 / Constituição de 1891 / Constituição de 1934 / 
Constituição de 1937 / Constituição de 1946 / Constituição de 67/69 / 
Constituição de 1988 / Modalidades de Controle / Quanto ao Momento / 
Quanto à Natureza dos Órgãos / Quanto ao Controle Judicial / Controle Político 
/ Controle do Executivo / Controle do Legislativo / Controle Judicial Preventivo 
 
1º Horário 
 
PODER CONSTITUINTE 
 
1. Poder Constituinte Derivado 
1.1. Poder Constituinte Derivado Decorrente 
É o poder que os Estados membros têm para elaborar a sua própria 
Constituição. 
Observação: Segundo a doutrina majoritária a lei orgânica do município não 
tem natureza constitucional, mas legal. Por outro lado, a doutrina minoritária entende 
que há Poder Constituinte de primeiro grau (equivalente ao originário), de segundo 
grau (equivalente ao decorrente) e de terceiro grau (exercido pelos municípios). 
Observação: A lei orgânica distrital trata tanto de matéria própria de 
Constituição Estadual como de questões atinentes à lei orgânica, tendo em vista que o 
 D. Constitucional 
Data: 09/09/2011 
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DF não é um estado nem pode ser dividido em município. Daí porque se falar que a lei 
orgânica distrital é sui generis. Nesse sentido, na parte em que a lei orgânica trata de 
matéria da Constituição Estadual, restará presente o Poder Constituinte Decorrente. 
No confronto entre lei estadual em face da Constituição Estadual, é cabível o 
controle de constitucionalidade; e de lei municipal contrária à Constituição Estadual, 
também é cabível controle. Porém, em caso de lei municipal contrária à lei orgânica 
municipal, não é cabível controle de constitucionalidade, porque a lei orgânica 
municipal não é Constituição; mostra-se cabível mero controle de legalidade. 
Já, quanto à lei do DF contrária à lei orgânica distrital, na parte em que esta 
equivale à Constituição Estadual, mostra-se cabível o controle de constitucionalidade. 
 
1.1.1. Limites ao Poder Constituinte Decorrente 
O Poder Constituinte Derivado Decorrente, diversamente do Originário, é 
limitado. Nesse contexto, devem-se estudar três princípios: 
a. Princípios Constitucionais Sensíveis � são aqueles localizados no art. 
34, VII da CRFB; são princípios que, uma vez violados, ensejam a intervenção federal. 
CRFB, Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto 
para: 
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: 
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; 
b) direitos da pessoa humana; 
c) autonomia municipal; 
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. 
b. Princípios Constitucionais Extensíveis � impostos sobre a União, mas 
que devem ser estendidos aos estados, por simetria e reprodução obrigatória. 
Não se tem um rol taxativo, mas, podem-se citar, por exemplo: as imunidades 
parlamentares, as atribuições dos tribunais de contas, o processo legislativo, as 
atribuições do Chefe do Executivo, etc. Todas essas matérias são disciplinadas pela 
CRFB/88 em âmbito federal, os quais são de reprodução obrigatória no âmbito dos 
estados (simetria). 
c. Princípios Constitucionais Estabelecidos � a CRFB estabelece limites 
diretos e específicos para os estados. 
Quanto mais extensos forem esses princípios, mais restrita será a autonomia 
dos estados, sendo inversamente proporcional. 
 D. Constitucional 
Data: 09/09/2011 
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Comparativamente, o rol dos princípios sensíveis na CRFB/88 é menor do que 
aquele rol das Constituições anteriores, o que demonstraria, a priori, que a autonomia 
dos estados foi ampliada. Por outro lado, o rol dos princípios extensíveis e 
estabelecidos foi ampliado na CRFB/88, o que demonstra, na verdade, que a 
autonomia dos estados foi restringida. 
 
2. Poder Constituinte Difuso 
Trata-se do poder de promover a mutação constitucional, que consiste no 
processo informal de mudança da Constituição, ou seja, muda-se o sentido do texto, 
mas não o texto em si. 
Nesse sentido, é possível que uma norma, dentro de determinada realidade 
social, seja interpretada de um modo, e, com o passar do tempo, essa mesma norma 
passe a ser interpretada de outra maneira. Não há que se falar neste ponto em um 
novo texto, mas uma nova norma (que decorre da nova interpretação dada). 
Por exemplo, na década de 90, o STF declarou constitucional a vedação de 
progressão de regimes na lei de crimes hediondos. Em 2006, no entanto, o STF deu 
uma nova interpretação ao princípio da individualização da pena, pelo que a norma 
antes considerada constitucional, passou a ser tida como inconstitucional. Trata-se de 
exemplo clássico de mutação constitucional. Vide HC 82.959, STF. 
PENA - REGIME DE CUMPRIMENTO - PROGRESSÃO - RAZÃO DE SER. A progressão 
no regime de cumprimento da pena, nas espécies fechado, semi-aberto e aberto, 
tem como razão maior a ressocialização do preso que, mais dia ou menos dia, 
voltará ao convívio social. PENA - CRIMES HEDIONDOS - REGIME DE 
CUMPRIMENTO -PROGRESSÃO - ÓBICE - ARTIGO 2º, § 1º, DA LEI Nº 8.072/90 -
INCONSTITUCIONALIDADE - EVOLUÇÃO JURISPRUDENCIAL. Conflita com a 
garantiada individualização da pena - artigo 5º, inciso XLVI, da Constituição 
Federal - a imposição, mediante norma, do cumprimento da pena em regime 
integralmente fechado. Nova inteligência do princípio da individualização da pena, 
em evolução jurisprudencial, assentada a inconstitucionalidade do artigo 2º, § 1º, 
da Lei nº8.072/90. 
Observação: Pode existir ainda a chamada mutação constitucional 
inconstitucional. Para entender o sentido dessa nomenclatura, deve-se ater que 
“norma constitucional” pode significar tanto ser compatível com a constituição como 
estar na Constituição. No caso, usa-se esse segundo sentido, sendo que mutação 
constitucional significa mutação da Constituição. Essa mutação pode ser contrária aos 
próprios valores da Constituição, tratando-se de mutação ilegítima, chamada de 
mutação constitucional inconstitucional. 
 D. Constitucional 
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A mutação constitucional inconstitucional revela que a mutação apresenta 
determinados limites: 
a. Próprio texto constitucional � não se pode atribuir sentido à 
Constituição que seja flagrantemente contrário ao texto constitucional. Para tanto, 
deve-se elaborar-se emenda constitucional. 
b. Valores e espírito da própria Constituição. 
A Constituição, em determinados pontos, impõe algumas obrigações de agir 
para o Poder Público. Exemplo: o Estado se mantém omisso em relação a uma 
obrigação constitucional, gerando para o povo um sentimento de descrédito 
decorrente dessa omissão, de modo que a Constituição passa a ser interpretada em 
forma não impositiva, não vinculativa. 
A omissão do Poder Público pode acarretar uma interpretação da Constituição 
pela sua inefetividade, fenômeno ilegítimo. Assim, a mutação constitucional gerada 
por omissões inconstitucionais é ilegítima. 
Outra forma que gera uma mutação constitucional inconstitucional é a 
consolidação de práticas governamentais ilegítimas. Exemplo: o “Mensalinho” não se 
mostra legítimo, embora conduta corrente na prática, justamente por ser contrário aos 
valores constitucionais. 
 
DIREITO INTERTEMPORAL 
 
1. Constituição Nova versus Constituição Anterior 
Primeiramente, será analisada a relação de uma Constituição nova com uma 
Constituição anterior, o que pode gerar três possibilidades: 
a. Revogação � a nova Constituição promulgada revoga a anterior. É a 
regra, por isso não precisa ser expressa, podendo ser tácita. 
b. Desconstitucionalização � manutenção das normas da Constituição 
anterior materialmente compatíveis com a nova ordem constitucional, as quais 
assumem natureza infraconstitucional. Daí sua nomenclatura, que sugere a perda da 
natureza constitucional dessas normas. Trata-se de fenômeno reconhecido pelo 
Direito Constitucional, mas, para tanto, exige-se expressa previsão. Assim, não 
representa realidade brasileira. 
c. Vacatio constitutionis � é o mesmo que a vacatio legis, mas em âmbito 
constitucional. Entra em vigor constituição nova que revoga a anterior, mas durante o 
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período entre a promulgação e o início de aplicação, a constituição anterior continua 
aplicável. A vacatio constitutionis, para ocorrer, também precisa estar expressa. Entre 
nós, isso ocorreu em parte, consoante art. 34 do ADCT. 
Art. 34. O sistema tributário nacional entrará em vigor a partir do primeiro dia do 
quinto mês seguinte ao da promulgação da Constituição, mantido, até então, o da 
Constituição de 1967, com a redação dada pela Emenda nº 1, de 1969, e pelas 
posteriores. 
 
2. Constituição Nova versus Legislação Anterior 
Pode-se ainda analisar a relação entre uma Constituição nova e a legislação 
infraconstitucional pretérita (direito pré-constitucional). 
Deve-se analisar a compatibilidade do direito pré-constitucional com a 
Constituição nova, que pode ser dar de duas formas: material e formal. 
 
2.1. Material 
O intérprete deve analisar se o conteúdo da norma pretérita em relação à 
Constituição nova, se o que a lei (legislação pré-constitucional) prescreve é ou não 
compatível com o que a Constituição preconiza. 
Se a norma pretérita for compatível com a Constituição nova, haverá sua 
recepção. O fenômeno da recepção tem dois aspectos importantíssimos: 
• A norma recepcionada assume como seu fundamento de validade a 
nova Constituição. Por exemplo, o CP foi elaborado antes da CRFB/88, tendo sido ele 
recepcionado com fundamento na própria CRFB/88. 
• A norma recepcionada assume o status normativo imposto pela nova 
Constituição. Por exemplo, o CTN foi elaborado, à época, como lei ordinária, sendo 
recepcionado pela CRFB/88 como lei complementar. 
Se a norma é materialmente incompatível com a nova Constituição, têm-se 
duas correntes. Uma primeira corrente entende trata-se de norma revogada pela nova 
Constituição; uma segunda corrente entende tratar-se de inconstitucionalidade 
superveniente, porque a lei não é inconstitucional desde a origem, mas se tornou 
inconstitucional posteriormente. 
O STF adotou a primeira corrente, entendendo que norma anterior à 
Constituição incompatível com ela é norma revogada. Diante disso, não cabe controle 
de constitucionalidade da lei anterior em relação à constituição nova (trata-se de 
controle de recepção ou não recepção). 
 D. Constitucional 
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Observação: Como dito acima, o STF adotou a primeira corrente, ou seja, 
rechaça a idéia de inconstitucionalidade superveniente no ordenamento jurídico pátrio 
por entender que norma anterior (pré-constitucional) incompatível materialmente 
com a nova ordem constitucional é por ela revogada. Nesta linha de raciocínio, 
portanto, ainda que seja ajuizada ADPF em desfavor de lei anterior, o posicionamento 
do STF permanece inalterado, pois ao apreciar este tipo de situação, aduzirá que a 
norma não foi materialmente recepcionada pela nova constituição por ser 
incompatível (e não por se tratar de inconstitucionalidade superveniente). 
 
2.2.Formal 
2.2.1. Incompatibilidade Formal Procedimental 
Nesse caso, analisa-se o processo legislativo. 
Podem ser dados três exemplos para melhor ilustrar a questão da 
incompatibilidade procedimental: 
Em um primeiro exemplo, a Constituição anterior exige sobre determinada 
matéria que seja elaborada lei ordinária e o legislador, em observância ao texto 
constitucional até então vigente, elabora lei ordinária. Se a Constituição nova também 
exige para essa matéria lei ordinária, essa norma pode ser recepcionada, sem maiores 
problemas. 
Em um segundo exemplo, a Constituição anterior exigiu sobre a matéria lei 
ordinária, tendo o legislador infraconstitucional respeitado essa regra e elaborado lei 
ordinária. Porém, a Constituição nova exige para a mesma matéria lei complementar. 
A norma foi elaborada em consonância com o processo legislativo vigente, mas está 
contrária ao novo processo legislativo. Essa norma pode ser recepcionada, sendo 
inclusive o exemplo do CTN. 
Como terceiro exemplo, a Constituição anterior exigia sobre determinada 
matéria lei complementar, tendo o legislador à época inobservado tal regra 
constitucional e elaborado lei ordinária; por sua vez, a Constituição nova exige para 
aquela determinada matéria a edição de lei ordinária. Observa-se que a norma 
anterior fora elaborada de forma compatível com o processo legislativo atualmente 
vigente, mas incompatível com o processo legislativo anterior. Ainda que essa norma 
não tenha sido declarada inconstitucional, não será recepcionada, pois nasceu 
inconstitucional. Trata-se de norma ab ovo (nula desde a origem), não podendo ser 
convalidada. 
 D. Constitucional 
Data: 09/09/2011 
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Conclui-se que, em qualquer hipótese em que a norma nasça inconstitucional, 
não poderá ser convalidada. Aquela lei que nasceu materialmente inconstitucional na 
origem, não poderá ser convalidada, sendo nula ab ovo. 
Observação: Toda norma goza, a priori, de presunção de constitucionalidade, 
sendo, por isso, aplicável na prática. Em um caso concreto, mesmo na vigência de 
Constituição nova, o juiz pode deixar de aplicar a norma (pré-constitucional) por 
considerá-la inconstitucional frente à Constituição anterior, por entender que a lei 
nasceu inconstitucional, sendo nula desde a origem. O STF fez isso recentemente, ao 
verificar que decreto anterior a 1988 nasceu nulo com base na Constituição de 1967. 
Observação: A exposição acima permite concluir que a constituição anterior, 
embora revogada pela nova ordem constitucional, pode ainda servir de parâmetro no 
controle concreto de constitucionalidade em relação às normas elaboradas sob a sua 
vigência (já que não há que se falar em não recepção, posto que norma 
inconstitucional é ab ovo, ou seja, nula desde a origem). 
 
2.2.2. Incompatibilidade Formal Orgânica 
É a análise da repartição de competências entre os entes da federação. 
Dois exemplos podem retratar bem essa análise de repartição de competência 
(incompatibilidade formal orgânica): 
Em um primeiro exemplo, a Constituição anterior exige sobre a matéria lei 
federal e a Constituição nova exige, para tanto, lei estadual. Percebe-se que houve 
alteração do ente competente sobre determinada matéria. A lei federal pode ser 
recepcionada e continuar sendo aplicada até que cada estado elabore a sua própria lei. 
Em um segundo exemplo, a Constituição anterior exige sobre a matéria lei 
estadual, sendo que a Constituição nova exige lei federal. A federalização das leis 
estaduais geraria um caos, afinal poderiam ser várias as leis aplicáveis em uma mesma 
matéria. Nesse caso, a lei estadual não pode ser recepcionada. 
Por fim, fica claro que, diante da manutenção da competência federativa, não 
há maiores problemas. 
Percebe-se que, quando a competência era do ente maior e passa para o ente 
menor, a norma pode ser recepcionada; quando a competência era de ente menor e 
passa para ente maior, a norma não pode ser recepcionada. 
Vale observar que o exemplo supracitado se refere aos Estados-Membros e à 
União, mas o mesmo se aplica a estados e municípios. 
 
 D. Constitucional 
Data: 09/09/2011 
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3. Exercícios 
Acerca da aplicabilidade e da interpretação das normas constitucionais, julgue os 
itens seguintes. 
157 Os direitos sociais previstos na Constituição, por estarem submetidos ao 
princípio da reserva do possível, não podem ser caracterizados como verdadeiros 
direitos subjetivos, mas, sim, como normas programáticas. Dessa forma, esses 
direitos devem ser tutelados pelo poder público, quando este, em sua análise 
discricionária, julgar favoráveis as condições econômicas e administrativas. 
Gabarito: Errado. 
Todas as normas constitucionais têm eficácia mínima. 
31 O poder constituinte originário esgota-se quando é editada uma constituição, 
razão pela qual, além de ser inicial, incondicionado e ilimitado, ele se caracteriza 
pela temporariedade. 
Gabarito: Errado. 
O Poder Constituinte Originário é latente, ele não deixa de existir. 
27 É possível a declaração de inconstitucionalidade de norma constitucional 
originária incompatível com os princípios constitucionais não escritos e os 
postulados da justiça, considerando-se a adoção, pelo sistema constitucional 
brasileiro, da teoria alemã das normas constitucionais inconstitucionais. 
Gabarito: Errado 
De fato, existe essa teoria alemã, mas não foi adotada entre nós. 
QUESTÃO 1 - Assinale a opção correta acerca de constituição, hermenêutica 
constitucional e poder constituinte originário e derivado, no ordenamento jurídico 
brasileiro. 
O poder constituinte derivado decorrente deve observar, entre outros, os 
princípios constitucionais estabelecidos, que integram a estrutura da Federação 
brasileira, como, por exemplo, a forma de investidura em cargos eletivos, o 
processo legislativo e os orçamentos. 
Gabarito: Errado. 
Os exemplos estão errados, pois esses não são princípios estabelecidos, mas 
extensíveis, que devem obrigatoriamente ser observados pelos estados. 
QUESTÃO 41 - Assinale a opção correta a respeito dos conceitos de mutação 
constitucional, revisão constitucional e poder constituinte. 
A Tratando-se de mutação constitucional, o texto da constituição permanece 
inalterado, e alteram-se apenas o significado e o sentido interpretativo de 
determinada norma constitucional. 
 D. Constitucional 
Data: 09/09/2011 
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B A revisão constitucional prevista no ADCT da CF, que foi realizada pelo voto da 
maioria simples dos membros do Congresso Nacional, gerou seis emendas 
constitucionais de revisão que detêm o status de normas constitucionais 
originárias. 
C Previsto pelo constituinte originário, o poder constituinte derivado decorrente 
encontra limitações apenas nas cláusulas pétreas. 
D Sendo poder de índole democrática, autônomo e juridicamente ilimitado, o 
poder constituinte originário tem como forma única de expressão a assembleia 
nacional constituinte. 
E É expressamente previsto na CF que os Poderes Legislativos dos estados, do DF 
e dos municípios devem elaborar suas constituições e leis orgânicas mediante 
manifestação do poder constituinte derivado decorrente. 
Gabarito: A 
A letra “B” está errada, porque a revisão constitucional exige maioria absoluta em 
sessão unicameral. Além disso, as emendas de revisão não são originárias. 
A letra “C” está errada, porque o Poder Constituinte Derivado não tem limite 
apenas nas cláusulas pétreas. 
A letra “D” está errada, porque o Poder Constituinte Originário não tem essa 
forma única. Além disso, em regra, o Poder Constituinte Originário é democrático, 
mas pode-se ter uma Constituição imposta. 
A letra “E” está errada, porque as leis orgânicas dos municípios não se 
manifestam mediante poder constituinte decorrente. 
QUESTÃO 2 - Julgue os itens subsequentes, relativos aos poderes constituintes 
originário e derivado. 
I O poder constituinte originário não se esgota quando se edita uma constituição, 
razão pela qual é considerado um poder permanente. 
II Respeitados os princípios estruturantes, é possível a ocorrência de mudanças na 
constituição, sem alteração em seu texto, pela atuação do denominado poder 
constituinte difuso. 
III O STF admite a teoria da inconstitucionalidade superveniente de ato normativo 
editado antes da nova constituição e perante o novo paradigma estabelecido. 
IV Pelo critério jurídico-formal, a manifestação do poder constituinte derivado 
decorrente mantém-se adstrita à atuação dos estados-membros para a 
elaboração de suas respectivas constituições, não se estendendo ao DF e aos 
municípios, que se organizam mediante lei orgânica. 
V O poder constituinte originário pode autorizar a incidência do fenômeno da 
desconstitucionalização, segundo o qual as normas da constituição anterior, 
 D. Constitucional 
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desde que compatíveis com a nova ordem constitucional, permanecem em vigor 
com status de norma infraconstitucional. 
Estão certos apenas os itens 
A) I e V. 
B) II e III. 
C) I, III e IV. 
D) I, II, IV e V. 
E) II, III, IV e V. 
Gabarito: D. 
O item III está errado, porque o STF não admite a inconstitucionalidade 
superveniente. As demais assertivas estão corretas. Vale observar que o item IV 
foi considerado correto, embora se possa questionar a afirmação acerca do DF. 
 
CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
 
1. Introdução 
1.1. Conceito de Controle de Constitucionalidade 
Controle de constitucionalidade é a aferição da compatibilidade vertical entre 
o ato e a Constituição. A Constituição está acima do ato, por isso se sobrepõe a ele, 
chamando-se isso de compatibilidade vertical. 
 
1.2. Elementos do Controle de Constitucionalidade 
Todo controle apresenta sempre dois elementos: objeto (ato impugnado, que 
pode ser comissivo ou omissivo) e parâmetro (norma constitucional usada como 
referência para o controle). 
Exemplo: Caso haja a alegação de que uma lei X viola o princípio da livre 
concorrência, é esse princípio o parâmetro. 
Aqui se mostra relevante o conceito de bloco de constitucionalidade, que 
significa o conjunto normativo usado como parâmetro para o controle. 
A ideia de bloco de constitucionalidade nasce na França, em que existia um tipo 
preventivo de controle. Na ocasião, tinha-se projeto de lei que supostamente seria 
contrário ao direito individual da liberdade de associação. Os direitos individuais, na 
França, não estão catalogados no texto constitucional, diferente do que ocorre na 
 D. Constitucional 
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CRFB/88, no seu art. 5º. Diversamente, a Constituição francesa faz referência a várias 
outras normas que não estão previstas no texto constitucional. Entendeu-se, ainda 
assim, que esses direitos teriam a mesma força da norma constitucional, nascendo a 
ideia de bloco de constitucionalidade. 
O termo bloco de constitucionalidade tem dois sentidos. Em um sentido estrito, 
chamado de perspectiva reduzida, bloco de constitucionalidade compreende apenas o 
texto constitucional. Em uma perspectiva ampla, adotada pela visão francesa, o bloco 
constitucional abrange não só o texto constitucional, mas normas materialmente 
constitucionais fora do texto, incluindo-se princípios, valores e normas fora do texto. 
Por ordem constitucional global, deve-se entender o texto constitucional e as 
normas materialmente constitucionais fora do texto constitucional. 
Os tratados internacionais sobre direitos humanos que observem o art. 5º, §3º 
da CRFB são tidos como normas constitucionais derivadas que servem como 
parâmetro para o controle de constitucionalidade. Assim, embora não estejam no 
texto escrito da Constituição, integrando o bloco de constitucionalidade e fazem parte 
da ordem constitucional global. Sobre esse assunto há os seguintes julgados de 
referência: ADI 514 e ADI 2.971 (vale a pena a leitura do voto do Ministro Celso de 
Mello). 
 
2º Horário 
O STF se utiliza dos seguintes sinônimos para identificar norma que serve como 
parâmetro: modelo paradigmático, modelo paramétrico, modelo referencial, norma 
constitucional revestida de parametricidade. 
 
1.3. Pressupostos do Controle 
a. Supremacia Material da Constituição � É a supremacia do conteúdo, 
sendo que o que a Constituição diz é superior ao que a lei diz. 
b. Supremacia Formal � Traduz-se na rigidez da Constituição, pois o 
processo de elaboração da Constituição é mais rigoroso que de elaboração das leis. 
c. Existência de órgão competente para o controle. 
 
2.Modelos de Controle no Direito Comparado 
2.1. Modelo Americano 
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No caso Marbury versus Madison, entendeu-se possível a revisão judicial da 
legislação (judicial review), por controle incidental ou concreto, porque a matéria 
constitucional aparece como incidental no curso de um processo ordinário. 
Prevalece o princípio da nulidade, pelo qual a norma inconstitucional é nula 
desde a origem (norma ab ovo). 
 
2.2. Modelo Europeu ou Austríaco 
Tem-se como principal influência Hans Kelsen. 
Cria-se a figura do tribunal constitucional, não sendo qualquer juiz no caso 
concreto competente para fazer o controle de constitucionalidade. Diz-se que o 
controle é concentrado nesse tribunal. 
Aqui vale o princípio da anulabilidade, pelo qual a norma inconstitucional é 
anulável. 
 
2.3. Modelo Francês 
Originalmente, no modelo francês, o controle era politico e preventivo, feito 
por órgão político (Conselho Constitucional), em que não se analisa a norma, mas o 
projeto da norma. 
Atualmente, na França, além do controle político e preventivo, há também 
forma de controle incidental, que se difere da forma de controle incidental brasileiro. 
Dá-se através da questão prioritária de constitucionalidade. 
 
2.4. Modelo Inglês 
A priori, no modelo inglês tradicional, há uma ausência de controle, porque, na 
Inglaterra, não há uma constituição escrita, que não é rígida. A ausência de uma 
constituição rígida implica a ausência de controle de constitucionalidade. 
Essa é a visão tradicional, mas, hoje, criaram-se algumas formas de controle na 
Inglaterra. 
 
3. Modelo Brasileiro 
O modelo brasileiro é híbrido, eclético ou misto, pois conjuga o modelo 
americano, europeu e francês. 
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4. Históricos nas Constituições Brasileiras 
4.1. Constituição de 1824 
Falava-se apenas que deveria haver o zelo pela Constituição, mas, a rigor, não 
havia qualquer mecanismo de controle de constitucionalidade. 
 
4.2. Constituição de 1891 
Sofre grande influência estadunidense e de Rui Barbosa, embasando-se no 
controle difuso e incidental. 
 
4.3. Constituição de 1934 
Apresenta quatro grandes inovações: 
a. Reserva de plenário � continua presente no art. 97 da CRFB/88. 
CRFB, Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos 
membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. 
b. Resolução suspensiva do Senado Federal � a norma era declarada 
inconstitucional pelo Judiciário, com efeitos inter partes; poderia o Senado Federal 
conferir efeito erga omnes à decisão do STF, suspendendo a eficácia da norma em 
questão através de resolução. Trata-se de instituto presente ainda hoje no art. 52, X da 
CRFB. 
CRFB, Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional 
por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal; 
c. Representação interventiva � ação proposta pelo Procurador Geral da 
República (PGR) ao STF, tendo a finalidade de a Corte verificar se o Estado violou ou 
não princípio constitucional sensível e, com base nisso, se determinar a intervenção 
federal. O instituto existe ainda hoje, consoante art. 36, III e art. 34, VII da CRFB. 
CRFB, Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: 
III de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do 
Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à 
execução de lei federal. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 
2004) 
Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: 
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: 
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a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; 
b) direitos da pessoa humana; 
c) autonomia municipal; 
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. 
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, 
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento 
do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde.(Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 29, de 2000) 
d. Mandado de Segurança � trata-se da criação brasileira a partir da 
doutrina brasileira do habeas corpus. Inicialmente, o habeas corpus poderia ser usado 
para a proteção de qualquer violação à liberdade; posteriormente, resta-se focado na 
liberdade de ir e vir, sendo que as demais liberdades seriam tuteladas por mandado de 
injunção e habeas data. 
 
4.4. Constituição de 1937 
É a chamada constituição polaca, com caráter nitidamente ditatorial. 
Havendo declaração de inconstitucionalidade na forma incidental, se o 
Presidente da República discordasse da decisão do judiciário, considerando aquela 
norma importante à soberania nacional, submetia o caso ao Legislativo que, por 2/3, 
poderia tornar aquela decisão judicial sem efeito (tratava-se de quórum exigido na 
época para as emendas constitucionais, ou seja, tinha-se uma idéia de 
“constitucionalização” da norma objeto de apreciação e declaração de 
inconstitucionalidade pelo Judiciário). 
A Constituição de 1937 previa ainda que, na hipótese do legislativo não estar 
reunido, suas atribuições constitucionais passariam a ser exercidas pelo Presidente da 
República, que através de decreto-lei, exercia e realizava as atribuições do Poder 
Legislativo. 
Tal instituto, dado seu caráter ditatorial, não se repetiu na CRFB/88. 
 
4.5. Constituição de 1946 
Representa a redemocratização do Brasil, restaurando o modelo da 
Constituição de 1934, com os quatro aspectos já citados. 
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A EC 16/65 cria a representação de inconstitucionalidade de legitimação 
exclusiva do PGR, que corresponde à nossa atual ADI, representando o controle 
abstrato. 
Uma crítica que havia à época é que o PGR estava vinculado ao Executivo, o que 
faria com que atuasse apenas no interesse da União. 
 
4.6. Constituição de 67/69 
Essa constituição mantém o controle difuso e a representação de 
inconstitucionalidade, não acrescentando ou tirando nada a respeito. 
A EC 7/67 traz dois aspectos importantes: 
a. Concessão de cautelar na Representação de Inconstitucionalidade (RI). 
b. Representação interpretativa � também de legitimação exclusiva do 
PGR. Por meio dela, tinha-se o intuito de fixação da interpretação adequada da norma 
pelo STF. Hoje, ela não existe, porque, é possível, na ADI, a formulação de pedido de 
interpretação conforme a Constituição. 
 
4.7. Constituição de 1988 
A CRFB/88 traz uma série de avanços importantes: 
a. Ampliação do rol de legitimados ativos da ADI, consoante art. 103 da 
CRFB � Gera o alargamento do uso do controle abstrato, que passa a ter primazia 
sobre o controle concreto. Isso também contribui para a abstrativização do controle 
difuso, pelo que várias características do controle abstrato serão incorporadas pelo 
controle concreto, como: modulação de efeitos, amicus curiae, etc. 
CRFB, Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação 
declaratória de constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 45, de 2004) 
I - o Presidente da República; 
II - a Mesa do Senado Federal; 
III - a Mesa da Câmara dos Deputados; 
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito 
Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
VI - o Procurador-Geral da República; 
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VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; 
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
b. Criação da ADPF, conforme art. 102, §1º (antigo parágrafo único). 
CRFB, Art. 102, § 1.º A argüição de descumprimento de preceito fundamental, 
decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na 
forma da lei. (Transformado em § 1º pela Emenda Constitucional nº 3, de 
17/03/93) 
c. Criação da ADC, criada pela EC 3/93. 
d. Controle das omissões: � por ADI por omissão (ADO) e Mandado de 
Injunção. 
e. Ampliação dos remédios constitucionais � a Ação Civil Pública e a Ação 
Popular foram alargadas; também foram criadas o habeas data e o mandado de 
injunção. 
Resta claro que a CRFB/88 trouxe muitos avanços quanto ao controle de 
constitucionalidade. 
 
5. Modalidades de Controle 
5.1. Quanto ao Momento 
a. Preventivo; 
b. Repressivo ou Sucessivo. 
 
5.2. Quanto à Natureza dos Órgãos 
a. Judicial � em regra é repressivo. 
b. Político � se define por exclusão, sendo político (exercido pelo 
Executivo e Legislativo) quando não for judicial. Em regra, é preventivo. 
 
5.3. Quanto ao Controle Judicial 
a. Aspecto Orgânico � o controle pode ser: difuso (vários órgãos podem 
exercer o controle) ou concentrado (define-se órgão específico). 
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b. Aspecto Processual � deve-se definir se a matéria constitucional é 
questão principal, quando o controle será abstrato; ou incidenter tantum, caso em que 
o controle é concreto ou incidental. 
Em regra, o controle abstrato é concentrado e o abstrato é difuso. 
 
6. Controle Político 
O controle politico é aquele não judicial, sendo aquele exercido pelo Poder 
Executivo e pelo Poder Legislativo. 
 
6.1. Controle do Executivo 
a. O Executivo pode participar do controle através do veto à projeto de lei 
(art. 66, §1º). Trata-se de hipótese de veto com motivação jurídica, por entender o 
projeto de lei inconstitucional. 
CRFB, Art. 66, § 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou 
em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou 
parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e 
comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os 
motivos do veto. 
b. Além disso, o Presidente e Governador têm legitimidade ativa para 
propor ADI, ADC, ADPF e ADO. 
c. Terceira forma de participação do executivo é a determinação de 
inaplicação de lei inconstitucional. 
Observação: na doutrina, há quem critique essa terceira forma de controle 
exercido pelo executivo. Isto porque, antes da CRFB/88, o Presidente da República e o 
Governador não tinham legitimidade para propor a RI (Representação de 
Inconstitucionalidade), o que justificava a determinação de não aplicação por 
considerarem norma inconstitucional. Após 1988, no entanto, como os chefes do 
executivo passaram a ter legitimidade ativa para propor ADI, ADO, não seria mais 
justificável determinar a inaplicação de lei inconstitucional. Embora haja quem 
entenda criticável a permissão, o STF reconhece a possibilidade mesmo após a 
CRFB/88, conforme ADI 221. 
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. MEDIDA PROVISORIA. REVOGAÇÃO. 
PEDIDO DE LIMINAR. - POR SER A MEDIDA PROVISORIA ATO NORMATIVO COM 
FORÇA DE LEI, NÃO E ADMISSIVEL SEJA RETIRADA DO CONGRESSO NACIONAL A 
QUE FOI REMETIDA PARA O EFEITO DE SER, OU NÃO, CONVERTIDA EM LEI. - EM 
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NOSSO SISTEMA JURÍDICO, NÃO SE ADMITE DECLARAÇÃO DE 
INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI OU DE ATO NORMATIVO COM FORÇA DE LEI 
POR LEI OU POR ATO NORMATIVO COM FORÇA DE LEI POSTERIORES. O CONTROLE 
DE CONSTITUCIONALIDADE DA LEI OU DOS ATOS NORMATIVOS E DA 
COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DO PODER JUDICIARIO. OS PODERES EXECUTIVO E 
LEGISLATIVO, POR SUA CHEFIA - E ISSO MESMO TEM SIDO QUESTIONADO COM O 
ALARGAMENTO DA LEGITIMAÇÃO ATIVA NA AÇÃO DIRETA DE 
INCONSTITUCIONALIDADE -, PODEM TÃO-SÓ DETERMINAR AOS SEUS ÓRGÃOS 
SUBORDINADOS QUE DEIXEM DE APLICAR ADMINISTRATIVAMENTE AS LEIS OU 
ATOS COM FORÇA DE LEI QUE CONSIDEREM INCONSTITUCIONAIS. - A MEDIDA 
PROVISORIA N. 175, POREM, PODE SER INTERPRETADA (INTERPRETAÇÃO 
CONFORME A CONSTITUIÇÃO) COMO AB-ROGATÓRIA DAS MEDIDAS PROVISORIAS 
N.S. 153 E 156. SISTEMA DE AB-ROGAÇÃO DAS MEDIDAS PROVISORIAS DO 
DIREITO BRASILEIRO. - REJEIÇÃO, EM FACE DESSE SISTEMA DE AB-ROGAÇÃO, DA 
PRELIMINAR DE QUE A PRESENTE AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 
ESTA PREJUDICADA, POIS AS MEDIDAS PROVISORIAS N.S. 153 E 156, NESTE 
MOMENTO, SÓ ESTAO SUSPENSAS PELA AB-ROGAÇÃO SOB CONDIÇÃO 
RESOLUTIVA, AB-ROGAÇÃO QUE SÓ SE TORNARA DEFINITIVA SE A MEDIDA 
PROVISORIA N. 175 VIER A SER CONVERTIDA EM LEI. E ESSA SUSPENSÃO, 
PORTANTO, NÃO IMPEDE QUE AS MEDIDAS PROVISORIAS SUSPENSAS SE 
REVIGOREM, NO CASO DE NÃO CONVERSAO DA AB-ROGANTE. - O QUE ESTA 
PREJUDICADO, NESTE MOMENTO EM QUE A AB-ROGAÇÃO ESTA EM VIGOR, E O 
PEDIDO DE CONCESSÃO DE LIMINAR, CERTO COMO E QUE ESSA CONCESSÃO SÓ 
TEM EFICACIA DE SUSPENDER "EX NUNC" A LEI OU ATO NORMATIVO 
IMPUGNADO. E, EVIDENTEMENTE, NÃO HÁ QUE SE EXAMINAR, NESTE INSTANTE, 
A SUSPENSÃO DO QUE JA ESTA SUSPENSO PELA AB-ROGAÇÃO DECORRENTE DE 
OUTRA MEDIDA PROVISORIA EM VIGOR. PEDIDO DE LIMINAR JULGADO 
PREJUDICADO "SI ET IN QUANTUM". 
 
6.2. Controle do Legislativo 
a. Atuação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que analisa a 
constitucionalidade dos projetos de lei ou das PEC’s, das proposições legislativas de 
um modo geral. 
b. Controle do veto do executivo (art. 66, §4º). 
CRFB, Art. 66, § 4º - O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta 
dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria 
absoluta dos Deputados e Senadores, em escrutínio secreto 
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c. Análise da Medida Provisória para conversão ou não em lei � Trata-se 
de controle político repressivo, pois a MP é ato normativo primário, que não é lei, mas 
tem força de lei. 
d. Sustação de lei delegada (art. 49, V) � se o Presidente da República 
exceder os limites da delegação, pode o Legislativo sustar seus atos normativos. Trata-
se de controle político repressivo, pois já se tem lei delegada, sendo segunda exceção 
(art. 68). 
CRFB, Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: 
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder 
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; 
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que 
deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. 
§ 1º - Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do 
Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do 
Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre: 
I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia 
de seus membros; 
II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; 
III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos. 
§ 2º - A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do 
Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício. 
§ 3º - Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, 
este a fará em votação única, vedada qualquer emenda. 
e. Legitimidade ativa para propor ADI, ADC, ADPF e ADO � Mesa da 
Câmara, Mesa do Senado e Mesa das Assembleias Legislativas (art. 103, II, III, IV da 
CRFB/88). 
f. Determinação de inaplicação de lei inconstitucional � neste ponto 
residem as mesmas críticas feitas ao Executivo, afinal as Mesa da Câmara, Mesa do 
Senado e Mesa das Assembleias Legislativas, por terem legitimidade, deveriam propor 
ADI, ADC, ADPF ou ADO. 
g. Revogação da lei inconstitucional � a declaração de 
inconstitucionalidade é exclusiva do Judiciário. Executivo e Legislativo não podem fazê-
lo, pois apenas o Judiciário podem declarar os efeitos de nulidade daqueles atos 
afetados pela lei inconstitucional. Mas, o Legislativo pode elaborar nova lei revogando 
a anterior, ainda que se tenha como fundamento a inconstitucionalidade. 
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h. Elaboração de emenda à constituição superadora da jurisprudência � 
Emenda não é capaz de convalidar norma que nasceu inconstitucional, mas a partir da 
emenda pode ser feita nova lei. Exemplo disso se deu com a contribuição de 
iluminação pública. 
i. Resolução suspensiva do Senado da norma declarada inconstitucional 
por decisão definitiva do STF (art. 52, X). 
CRFB, Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional 
por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal; 
 
7. Controle Judicial Preventivo 
O controle judicial preventivo é a hipótese de Mandado de Segurança 
impetrado por parlamentar quando este entender ter havido violação do devido 
processo legislativo constitucional. 
Exemplo: há um projeto de lei ou uma proposta de emenda à constituição que 
não observa o processo legislativo constitucional, aquele trâmite que a Constituição 
impõe, como: iniciativa, quorum, etc. Por exemplo, terá o parlamentar legitimidade 
quando determinada matéria é de iniciativa do Presidente da República e tal não foi 
respeitado. 
O parlamentar tem direito líquido e certo de participar do processo Legislativo 
constitucional, seja na fase inicial, no debate ou na conclusão. O MS terá como objeto 
o ato da Mesa Diretora da Casa. 
Qualquer MS em face de ato da Mesa Diretora, seja ele de matéria 
constitucional ou não, será de competência do STF. 
Com o julgamento procedente pelo STF, haverá o trancamento do processo 
legislativo. 
Percebe-se que, nesse caso, o controle é judicial e preventivo. 
Além disso, o controle é concreto, pois no controle abstrato se analisa norma 
em tese, mas, nocaso em referência, sequer há norma (o que há é projeto de lei ou 
proposta de emenda à constituição). 
Trata-se de controle difuso, afinal o controle concentrado é aquele de 
competência exclusiva do STF, que não é o caso aqui. Neste caso, a competência do 
STF não é fixada pela natureza do controle, mas por ratione personae, em razão da 
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doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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pessoa. A competência é do STF por se tratar de ato da Mesa, independentemente de 
qual seja o tipo controle. 
Havendo violação a processo legislativo regimental, não há violação direta da 
Constituição e, como se trata de matéria interna corporis, não cabe controle. 
Observação: em sede de mandado de segurança atacando ato da Mesa 
Diretora (projeto de lei), o STF não analisa o conteúdo material da futura norma e sim 
se o processo de elaboração está seguindo o trâmite normal (no tocante aos projetos 
de lei). No entanto, em relação às propostas de emenda constitucional, que no seu 
conteúdo violar cláusula pétrea, caberá mandado de segurança ao STF, que por sua vez 
apreciará violação formal e material (art.60, §4º da CRFB).

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