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Resumo Direito Constitucional Aula 07

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Direito Constitucional 
Data: 03/10/2011 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
 Centro: Rua Buenos Aires, 56 - 2º, 3º e 5º andares – Tel.: (21) 2223-1327 1 
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Assuntos tratados: 
1º Horário. 
� Controle de Constitucionalidade ADI / Técnicas de Decisão / Processo de 
Inconstitucionalização / Recursos Cabíveis em Face da Decisão de ADI / Ação 
Declaratória de Constitucionalidade (ADC)/ Criação / Constitucionalidade da 
ADC / Finalidade da ADC / Pressuposto Objetivo de Admissibilidade / 
Legitimado Ativo, PGR e Amicus Curiae / AGU / Legitimado Passivo / Audiência 
Pública e Nomeação de Peritos / Cautelar / Objeto da ADC / Decisão Final na 
ADC / Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão / Competência para 
Julgamento / Parâmetro / Objeto da ADO / Legitimidade Ativa / Procurador-
Geral da República / Legitimado Passivo / Advogado-Geral da União / 
Manifestação dos Demais Legitimados / Cautelar / Decisão Final 
2º Horário. 
� Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) / Competência / 
Parâmetro / Objeto / Princípio da Subsidiariedade da ADPF / Legitimidade 
Ativa, PGR, Amicus Curiae, AGU e Legitimidade Passiva / Cautelar / Decisão 
Final / Controle Concentrado Estadual / Competência / Parâmetro / Objeto / 
Legitimidade Ativa / Interpretação Constitucional / Diferença entre 
Hermenêutica, Interpretação e Aplicação da Norma / Princípios e Regras / 
Quanto ao Conteúdo 
 
1º Horário 
 
1. ADI 
1.1. Técnicas de Decisão 
1.1.1. Processo de Inconstitucionalização 
Este fenômeno também é chamado de declaração de lei ainda constitucional 
ou declaração de inconstitucionalidade provisória ou declaração de lei constitucional 
em trânsito para a inconstitucionalidade ou inconstitucionalidade progressiva. 
Neste processo, a análise da norma em tese implicaria o reconhecimento de 
sua inconstitucionalidade, no entanto, determinada situação fática confere 
legitimidade à norma enquanto perdurar. 
Exemplo: a defensoria pública tem prazo processual em dobro, segundo a 
legislação brasileira. Defensor público não se confunde com advogado público 
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(defende os interesses dos entes federados), por defender interesses particulares de 
hipossuficientes. O prazo diferenciado da Fazenda Pública ocorre em função do 
interesse público, o que não existe no caso de defensoria pública. Desta forma, em 
tese, o prazo em dobro não se justifica para a defensoria pública, por violar o princípio 
da isonomia, ante a análise da norma em tese. No entanto, a defensoria pública é 
instituição muito recente e não possui estrutura hábil a satisfazer suas atribuições. 
Com isto, a situação fática enseja a constitucionalidade da norma, que findará quando 
a defensoria tiver estrutura suficiente para cumprimento do seu ofício. 
Observação: A partir da análise da norma, observa-se que há estados ou 
situações perfeitas do preceito normativo (qualificação do estado da norma), quais 
sejam: 
a) plena constitucionalidade da norma 
b) absoluta inconstitucionalidade da norma 
Neste contexto, surge a ideia de decisão ortodoxa (tradicional) quando o STF se 
posiciona acerca dos estados da norma constitucional. 
No entanto, existe também a situação chamada imperfeita ou intermediária1, 
caracterizada pela situação em que a norma não se enquadra na declaração plena de 
constitucionalidade, nem na absoluta de inconstitucionalidade. 
Ao se declarar a norma inconstitucional, significa que esta é nula desde o 
princípio. Porém, se é dado efeito ex nunc à decisão (modulação temporal), trata-se 
de situação intermediária, em que se foge ao tradicional. O mesmo ocorre no caso de 
declaração de lei ainda constitucional. 
 
 1.2. Recursos Cabíveis em face da Decisão em ADI 
 A decisão final em ADI é irrecorrível, à exceção dos embargos de declaração. 
Cumpre frisar que não cabe ação rescisória em face da decisão final em ADI. 
 
2.2. Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 
2.1. Criação 
A ADC não é criação da Constituição Originária, pois adveio com a EC nº 3/93. 
 
 
1
 A doutrina chama a situação imperfeita da norma de decisões intermediárias ou sentenças 
intermediárias no controle de constitucionalidade. 
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2.2. Constitucionalidade da ADC 
Tendo em vista ter sido a ADC criada pelo Poder Constituinte Derivado, foi 
discutido se a ação poderia ser criada através de Emenda à Constituição, havendo 
argumentos favoráveis e contrários à questão. 
• Contrários: a criação da ADC violaria a separação de poderes, tendo em vista 
ser mais uma ação de controle de constitucionalidade, mecanismo que o Judiciário 
utiliza para controlar os outros poderes no sistema de freios e contrapesos. 
Desta forma, o Poder Reformador estaria ampliando o poder do Judiciário 
sobre os demais poderes e os mecanismos de controle recíproco só poderiam ser 
estabelecidos pelo Poder Constituinte Originário. 
Ademais, a ampla defesa e o contraditório nos casos concretos seriam 
reduzidos, ante o grau de vinculação das decisões do Judiciário em controle abstrato. 
Desta forma, a ADC não poderia ser criada por EC, pois violaria as cláusulas 
pétreas acima expostas. 
• Favoráveis: a natureza bivalente ou caráter dúplice, segundo a qual a ADI e a 
ADC são ações com sinal trocado, torna constitucional a EC que criou a ADC. A 
procedência da ADI equivale à improcedência da ADC e vice-versa, conforme art. 24, 
Lei 9.868/99. 
CRFB, Art. 24. Proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação 
direta ou procedente eventual ação declaratória; e, proclamada a 
inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação direta ou improcedente 
eventual ação declaratória. 
Sendo a ADC uma ADI invertida, não ampliou a competência do STF para o 
controle de constitucionalidade, sendo mero mecanismo distinto para o Pretório 
Excelso exercer a competência que já possuía, ampliando seu acesso. Na ADC nº 1, em 
questão de ordem, o STF prejudicialmente analisou a questão e entendeu pela 
constitucionalidade da ADC.ADC 1 QO 
Relator(a): Min. MOREIRA ALVES 
Julgamento: 27/10/1993 Órgão Julgador: Tribunal Pleno 
Publicação: 16/06/1995 
Ementa AÇÃO DECLARATORIA DE CONSTITUCIONALIDADE. INCIDENTE DE 
INCONSTITUCIONALIDADE DA EMENDA CONSTITUCIONAL N. 03/93, NO TOCANTE 
A INSTITUIÇÃO DESSA AÇÃO. QUESTÃO DE ORDEM. TRAMITAÇÃO DA AÇÃO 
DECLARATORIA DE CONSTITUCIONALIDADE. INCIDENTE QUE SE JULGA NO 
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SENTIDO DA CONSTITUCIONALIDADE DA EMENDA CONSTITUCIONAL N. 3, DE 
1993, NO TOCANTE A AÇÃO DECLARATORIA DE CONSTITUCIONALIDADE. 
 
2.3. Finalidade da ADC 
São dois aspectos: 
a) Ratificação da presunção de constitucionalidade da ADC: é comum ser feita 
a afirmação de que, na procedência da ADC, converte-se a presunção relativa de 
constitucionalidade da norma em absoluta, porque a norma nasce presumivelmente 
constitucional e qualquer juiz pode entendê-la por inconstitucional, até que o STF 
entenda pela sua constitucionalidade. Neste momento, todo o Judiciário deve 
respeitar essa presunção. 
Acontece que, a rigor, a declaração de constitucionalidade não gera efeito 
preclusivo para o próprio STF, ou seja, poderá declarar a norma inconstitucional em 
momento posterior à declaração de constitucionalidade, através da mutação 
constitucional, por exemplo. Desta forma, a presunção relativa não foi convertida em 
absoluta, mas houve uma ratificação da presunção, que vincula apenas o Judiciário e o 
Executivo. 
b) Promover entendimento homogêneo sobre a norma. 
 
2.4. Pressuposto Objetivo de Admissibilidade 
O pressuposto objetivo de admissibilidade da ADC é a controvérsia judicial, que 
deve ser atual e relevante. 
Controvérsia judicial é a que se estabelece entre órgãos do Poder Judiciário ou 
entre o Judiciário e a Administração Pública. Não abrange, pois, a mera controvérsia 
doutrinária. 
Já a relevância da controvérsia significa que esta deve ter uma extensão 
abrangente. 
Se não houvesse a controvérsia judicial como pressuposto, a ADC seria mero 
instrumento de consulta do STF. 
 
2.5. Legitimado Ativo, PGR e Amicus Curiae 
Com relação ao legitimado ativo, ao PGR e ao amicus curiae, os pontos são 
idênticos ao explanado com relação à ADI. 
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2.6. AGU 
Para o STF, não há necessidade de defesa da norma pelo AGU, porque a 
própria ADC já é ação de confirmação da norma e não de impugnação. 
 
2.7. Legitimado Passivo 
Tendo em vista ser a ADC ação de confirmação, não existe legitimado passivo. 
O STF, no entanto, pode solicitar a prestação de informações aos tribunais, a 
fim de que informem acerca da controvérsia judicial no âmbito de suas jurisdições. 
 
2.8. Audiência Pública e Nomeação de Peritos 
A mesma lógica apontada para ADI é aplicada à ADC. 
 
2.9. Cautelar 
A finalidade da cautelar em ADC é suspender os processos em que se discute a 
matéria, pelo prazo de 180 dias. 
Lei 9.868/99, art. 21, Parágrafo único. Concedida a medida cautelar, o Supremo 
Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da União a parte 
dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo o Tribunal proceder ao 
julgamento da ação no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de perda de sua 
eficácia. 
O STF, no entanto, já decidiu ser possível a prorrogação do prazo. 
A cautelar tem efeito erga omnes e vinculante. Desta forma, se o juiz 
prossegue o processo suspenso por cautelar em ADC, contra sua decisão, caberá 
reclamação ao STF. 
 
2.10. Objeto da ADC 
Lei ou ato normativo federal, em lógica igual à da ADI, residindo como única 
diferença o fato de lei ou ato normativo estadual não poder ser objeto de ADC. 
 
2.11. Decisão Final na ADC 
A decisão final tem efeito erga omnes e vinculante, cabendo reclamação ao 
STF caso haja descumprimento de sua decisão, nos termos do que ocorre na ADI. 
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Se o STF declarar a ADC improcedente, todas as técnicas decisórias serão 
plenamente aplicáveis, como a modulação dos efeitos da decisão. 
No entanto, se julgar a ADC procedente ou a ADI improcedente, o STF declara 
a norma constitucional, havendo controvérsia acerca do cabimento da modulação dos 
efeitos temporais nestes casos. 
O art. 27, Lei 9.868/99, ao tratar da modulação temporal, refere-se 
exclusivamente à declaração de inconstitucionalidade, sendo esta a regra. Na doutrina, 
há quem defenda ser possível a modulação temporal na declaração de 
constitucionalidade, por a retroatividade poder afetar situações individuais e violar a 
segurança jurídica (tese minoritária). Ademais, esta corrente entende que a modulação 
pode ocorrer pela proteção da boa-fé do jurisdicionado, além da segurança jurídica e 
do interesse social. 
Lei 9.868/99, Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, 
e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, 
poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, 
restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a 
partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. 
Cabe modulação temporal em ADC, sendo a polêmica exclusivamente em torno 
do cabimento no caso de sua improcedência. 
 
 
3. Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão 
A ADO está regida do art. 12-A ao 12-H, Lei 9.868/99, inseridos pela Lei 
12.063/2009. 
 
3.1. Competência para Julgamento 
Cabe ao STF processar e julgar a ADO. 
 
3.2. Parâmetro 
É o dever constitucional de agir, tendo em vista que a omissão só se caracteriza 
havendo dever de agir e sendo este descumprido. 
A problemática encontra-se em definir quando há obrigação constitucional. 
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A obrigação constitucional pode ter maior ou menor grau de definição: quanto 
mais indefinida for, maior a dificuldade de caracterizar a omissão e, quanto maior for o 
grau de definição, menos complexa é a caracterização da omissão. 
Exemplo 1: o direito à educação é um direito social. Os direitos sociais, de 
forma geral, conferem ao titular um poder jurídico, por se tratarem de direito. Em que 
pese esta característica, apresentam um grau de programaticidade, por também se 
configurarem como normas programáticas, que estabelecem um objetivo. Como os 
direitos com conteúdo programático têm relação com a justiça social, sua realização 
apresenta um aspecto de progressividade. Os direitos sociais, por força de seu grau de 
programaticidade, apresentam realização progressiva, como ocorre com a educação. 
Uma série de políticas públicas tem que ser implantada para que sejam 
implementados. Ante este quadro, não há omissão em ADO ajuizada alegando-se que 
o Poder Público Federal não está promovendo a educação, porque é um direito 
progressivo, posicionando-se, o STF, com base nas diversas políticas realizadas nos 
últimos 15 anos. O ministro Marco Aurélio entendeu que a educação não possui 
qualidade e não é satisfatória, mas, para a maioria, por haver ações efetivas, não há 
omissão. 
Exemplo 2: A CRFB dispõe que o Município deve promover a educação infantil 
(crianças entre 0 e 5 anos) em creches e pré-escolas. Desta forma, fica menos 
complexo analisar a omissão do município, do que no caso da educação de forma 
ampla. 
Cumpre destacar que as normas de eficácia plena e contida, em regra, não 
servem como parâmetro para a omissão, tendo em vista apresentarem aplicabilidade 
imediata (são normas autossuficientes), não precisando de complementação do Poder 
Público para serem efetivadas. 
Desta forma, o parâmetro para o controle na ADO é uma norma de eficácia 
limitada, pois não tem aplicabilidade imediata e necessita de uma complementação, 
caso em que o Poder Público, se não agir, restará omisso. 
 
3.3. Objeto da ADO 
O objeto da ADO é a omissão parcial ou total, seja normativa ou 
administrativa. 
A omissão parcial é um estado de incompletude ou insuficiência do ato, 
enquanto a omissão total é estado de ausência do ato. 
Na omissão parcial, o Poder Público age, mas de forma incompleta, por 
exemplo, quando da exclusão de benefício, incompatível com o princípio da igualdade. 
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Data: 03/10/2011 
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Exemplo: a lei estabelece certo benefício à determinada categoria, que deveria 
ser dado aos integrantes ativos e inativos. No entanto, o benefício é estabelecido 
apenas aos integrantes ativos, caso em que há omissão imparcial. 
Para o Ministro Gilmar Mendes, na hipótese de omissão parcial, há 
fungibilidade relativa entre a ADO e a ADI, pois, de um lado, questiona-se a omissão 
da norma e, de outro, a exclusão gerada. No processamento perante o STF, a ADO 
corre como ADI, visto que é no curso do processo que se discute se a 
inconstitucionalidade reside ou não na omissão. 
 
3.4. Legitimidade Ativa 
Os legitimados ativos da ADO são os mesmos da ADI. 
Lei 9.868/99, Art. 12-A. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade por 
omissão os legitimados à propositura da ação direta de inconstitucionalidade e da 
ação declaratória de constitucionalidade. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). 
Cumpre salientar que não pode propor ADO, a autoridade ou órgão 
responsável pela omissão. 
 
3.5. Procurador-Geral da República 
O PGR tem que se manifestar e sua manifestação se baseia em sua autonomia 
funcional, podendo manifestar-se em qualquer sentido. 
Lei 9.868/99, Art. 12-E, § 3o O Procurador-Geral da República, nas ações em que 
não for autor, terá vista do processo, por 15 (quinze) dias, após o decurso do prazo 
para informações. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). 
 
3.6. Legitimado Passivo 
É o órgão ou autoridade omissa. 
 
3.7. Advogado-Geral da União 
De acordo com a Lei 9.868/99, o relator pode solicitar a manifestação do AGU, 
não sendo, pois, obrigatória a manifestação do AGU. 
Lei 9.868/99, Art. 12-E, § 2o O relator poderá solicitar a manifestação do 
Advogado-Geral da União, que deverá ser encaminhada no prazo de 15 (quinze) 
dias. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). 
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3.8. Manifestação dos Demais Legitimados Ativos 
Os legitimados ativos que não propuseram a ADO poderão se manifestar no 
processo. 
 
3.9. Cautelar 
Tradicionalmente, o SFT não admitia cautelar em ADO, pois se alegava a 
inexistência de norma. No entanto, a Lei 9.868/99 traz a possibilidade. 
Lei 9.868/99, Art. 12-F. Em caso de excepcional urgência e relevância da matéria, 
o Tribunal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, observado o 
disposto no art. 22, poderá conceder medida cautelar, após a audiência dos 
órgãos ou autoridades responsáveis pela omissão inconstitucional, que deverão 
pronunciar-se no prazo de 5 (cinco) dias. (Incluído pela Lei nº 12.063, de 2009). 
A cautelar em ADI tem finalidade de suspender o efeito ou eficácia da norma. 
Em ADO, no entanto, há três possibilidades para a concessão de cautelar: 
a) suspender a eficácia da norma no caso de omissão parcial (reforça a relativa 
fungibilidade entre ADO e ADI); 
b) suspender processos judiciais ou processos administrativos; 
c) fixar outras providências. 
 
3.10. Decisão final 
A decisão final será comunicada ao órgão competente para a tomada de 
providências. 
Se o órgão for administrativo, terá 30 dias para suprir a omissão, conforme 
dispõe o art. 103, parágrafo 2º, CRFB. No entanto, a Lei 9.868/99 dispõe que o STF 
pode fixar outro prazo razoável, quando entender que o prazo de 30 dias é 
insuficiente. A lei, ao permitir essa flexibilização, baseia-se no Princípio da 
Razoabilidade, não sendo, desta feita, inconstitucional. 
CRFB, Art. 103, § 2º - Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida 
para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente 
para a adoção das providências necessáriase, em se tratando de órgão 
administrativo, para fazê-lo em trinta dias. 
Lei 9.868/99, Art. 12-H, § 1o Em caso de omissão imputável a órgão 
administrativo, as providências deverão ser adotadas no prazo de 30 (trinta) dias, 
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ou em prazo razoável a ser estipulado excepcionalmente pelo Tribunal, tendo em 
vista as circunstâncias específicas do caso e o interesse público envolvido. (Incluído 
pela Lei nº 12.063, de 2009). 
A declaração de inconstitucionalidade implica no reconhecimento da nulidade, 
sendo a norma cassada da ordem jurídica. No entanto, quando se declara uma 
omissão inconstitucional, não é possível o reconhecimento de nulidade, tampouco a 
cassação do ato. Com isto, a decisão final em ADO é uma declaração de 
inconstitucionalidade sem nulidade. 
Na declaração de inconstitucionalidade por omissão parcial, o STF poderá 
declarar a omissão parcial inconstitucional ou a norma inconstitucional sem a 
pronúncia de nulidade, ou, ainda, adotar decisão aditiva, que é a ampliação do campo 
de incidência da norma para incluir situação idêntica ou substancialmente 
semelhante. 
Exemplo: o direto de greve do trabalhador em geral está regulamentado em lei, 
mas o de servidor público não foi regulado até o momento. O STF sempre declarou 
esta omissão inconstitucional, mas, atualmente, vem estendendo a lei que rege o 
direito de greve do trabalhador geral ao servidor público, adotando a decisão aditiva 
(vide MI 670). Neste caso, o STF não agiu como legislador positivo, por não ter criado a 
norma ex nihil (do vazio), apenas ampliou a aplicação de uma norma pré-existente. 
MI 670 / ES - ESPÍRITO SANTO 
MANDADO DE INJUNÇÃO 
Relator(a): Min. MAURÍCIO CORRÊA 
Relator(a) p/ Acórdão: Min. GILMAR MENDES 
Julgamento: 25/10/2007 Órgão Julgador: Tribunal Pleno 
Publicação DJe-206 DIVULG 30-10-2008 PUBLIC 31-10-2008 EMENT VOL-02339-
01 PP-00001 RTJ VOL-00207-01 PP-00011 
EMENTA: MANDADO DE INJUNÇÃO. GARANTIA FUNDAMENTAL (CF, ART. 5º, 
INCISO LXXI). DIREITO DE GREVE DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS (CF, ART. 37, 
INCISO VII). EVOLUÇÃO DO TEMA NA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL 
FEDERAL (STF). DEFINIÇÃO DOS PARÂMETROS DE COMPETÊNCIA 
CONSTITUCIONAL PARA APRECIAÇÃO NO ÂMBITO DA JUSTIÇA FEDERAL E DA 
JUSTIÇA ESTADUAL ATÉ A EDIÇÃO DA LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA PERTINENTE, NOS 
TERMOS DO ART. 37, VII, DA CF. EM OBSERVÂNCIA AOS DITAMES DA SEGURANÇA 
JURÍDICA E À EVOLUÇÃO JURISPRUDENCIAL NA INTERPRETAÇÃO DA OMISSÃO 
LEGISLATIVA SOBRE O DIREITO DE GREVE DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS, 
FIXAÇÃO DO PRAZO DE 60 (SESSENTA) DIAS PARA QUE O CONGRESSO NACIONAL 
LEGISLE SOBRE A MATÉRIA. MANDADO DE INJUNÇÃO DEFERIDO PARA 
 Direito Constitucional 
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DETERMINAR A APLICAÇÃO DAS LEIS Nos 7.701/1988 E 7.783/1989. 1. SINAIS DE 
EVOLUÇÃO DA GARANTIA FUNDAMENTAL DO MANDADO DE INJUNÇÃO NA 
JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL (STF). 1.1. No julgamento do 
MI no 107/DF, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 21.9.1990, o Plenário do STF consolidou 
entendimento que conferiu ao mandado de injunção os seguintes elementos 
operacionais: i) os direitos constitucionalmente garantidos por meio de mandado 
de injunção apresentam-se como direitos à expedição de um ato normativo, os 
quais, via de regra, não poderiam ser diretamente satisfeitos por meio de 
provimento jurisdicional do STF; ii) a decisão judicial que declara a existência de 
uma omissão inconstitucional constata, igualmente, a mora do órgão ou poder 
legiferante, insta-o a editar a norma requerida; iii) a omissão inconstitucional 
tanto pode referir-se a uma omissão total do legislador quanto a uma omissão 
parcial; iv) a decisão proferida em sede do controle abstrato de normas acerca da 
existência, ou não, de omissão é dotada de eficácia erga omnes, e não apresenta 
diferença significativa em relação a atos decisórios proferidos no contexto de 
mandado de injunção; iv) o STF possui competência constitucional para, na ação 
de mandado de injunção, determinar a suspensão de processos administrativos ou 
judiciais, com o intuito de assegurar ao interessado a possibilidade de ser 
contemplado por norma mais benéfica, ou que lhe assegure o direito 
constitucional invocado; v) por fim, esse plexo de poderes institucionais legitima 
que o STF determine a edição de outras medidas que garantam a posição do 
impetrante até a oportuna expedição de normas pelo legislador. 1.2. Apesar dos 
avanços proporcionados por essa construção jurisprudencial inicial, o STF 
flexibilizou a interpretação constitucional primeiramente fixada para conferir uma 
compreensão mais abrangente à garantia fundamental do mandado de injunção. 
A partir de uma série de precedentes, o Tribunal passou a admitir soluções 
"normativas" para a decisão judicial como alternativa legítima de tornar a 
proteção judicial efetiva (CF, art. 5o, XXXV). Precedentes: MI no 283, Rel. Min. 
Sepúlveda Pertence, DJ 14.11.1991; MI no 232/RJ, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 
27.3.1992; MI nº 284, Rel. Min. Marco Aurélio, Red. para o acórdão Min. Celso de 
Mello, DJ 26.6.1992; MI no 543/DF, Rel. Min. Octavio Gallotti, DJ 24.5.2002; MI no 
679/DF, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 17.12.2002; e MI no 562/DF, Rel. Min. Ellen 
Gracie, DJ 20.6.2003. 2. O MANDADO DE INJUNÇÃO E O DIREITO DE GREVE DOS 
SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS NA JURISPRUDÊNCIA DO STF. 2.1. O tema da 
existência, ou não, de omissão legislativa quanto à definição das possibilidades, 
condições e limites para o exercício do direito de greve por servidores públicos civis 
já foi, por diversas vezes, apreciado pelo STF. Em todas as oportunidades, esta 
Corte firmou o entendimento de que o objeto do mandado de injunção cingir-se-ia 
à declaração da existência, ou não, de mora legislativa para a edição de norma 
regulamentadora específica. Precedentes: MI no 20/DF, Rel. Min. Celso de Mello, 
DJ 22.11.1996; MI no 585/TO, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 2.8.2002; e MI no 
485/MT, Rel. Min. Maurício Corrêa, DJ 23.8.2002. 2.2. Em alguns precedentes(em 
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especial, no voto do Min. Carlos Velloso, proferido no julgamento do MI no 
631/MS, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 2.8.2002), aventou-se a possibilidade de 
aplicação aos servidores públicos civis da lei que disciplina os movimentos 
grevistas no âmbito do setor privado (Lei no 7.783/1989). 3. DIREITO DE GREVE 
DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS. HIPÓTESE DE OMISSÃO LEGISLATIVA 
INCONSTITUCIONAL. MORA JUDICIAL, POR DIVERSAS VEZES, DECLARADA PELO 
PLENÁRIO DO STF. RISCOS DE CONSOLIDAÇÃO DE TÍPICA OMISSÃO JUDICIAL 
QUANTO À MATÉRIA. A EXPERIÊNCIA DO DIREITO COMPARADO. LEGITIMIDADE 
DE ADOÇÃO DE ALTERNATIVAS NORMATIVAS E INSTITUCIONAIS DE SUPERAÇÃO 
DA SITUAÇÃO DE OMISSÃO. 3.1. A permanência da situação de não-
regulamentação do direito de greve dos servidores públicos civis contribui para a 
ampliação da regularidade das instituições de um Estado democrático de Direito 
(CF, art. 1o). Além de o tema envolver uma série de questões estratégicas e 
orçamentárias diretamente relacionadas aos serviços públicos, a ausência de 
parâmetros jurídicos de controle dos abusos cometidos na deflagração desse tipo 
específico de movimento grevista tem favorecido que o legítimo exercício de 
direitos constitucionais seja afastado por uma verdadeira "lei da selva". 3.2. 
Apesar das modificações implementadas pela Emenda Constitucional no 19/1998 
quanto à modificação da reserva legal de lei complementar para a de lei ordinária 
específica (CF, art. 37, VII), observa-se que o direito de greve dos servidores 
públicos civis continua sem receber tratamento legislativo minimamente 
satisfatório para garantir o exercício dessa prerrogativa em consonância com 
imperativos constitucionais. 3.3. Tendo em vista as imperiosas balizas jurídico-
políticas que demandam a concretização do direito de greve a todos os 
trabalhadores, o STF não pode se abster de reconhecer que, assim como o controle 
judicial deve incidir sobre a atividade do legislador, é possível que a Corte 
Constitucional atue também nos casos de inatividade ou omissão do Legislativo. 
3.4. A mora legislativa em questão já foi, por diversas vezes, declarada na ordem 
constitucional brasileira. Por esse motivo, a permanência dessa situação de 
ausência de regulamentação do direito de greve dos servidores públicos civis 
passa a invocar, para si, os riscos de consolidação de uma típica omissão judicial. 
3.5. Na experiência do direito comparado (em especial, na Alemanha e na Itália), 
admite-se que o Poder Judiciário adote medidas normativas como alternativa 
legítima de superação de omissões inconstitucionais, sem que a proteção judicial 
efetiva a direitos fundamentais se configure como ofensa ao modelo de separação 
de poderes (CF, art. 2o). 4. DIREITO DE GREVE DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS. 
REGULAMENTAÇÃO DA LEI DE GREVE DOS TRABALHADORES EM GERAL (LEI No 
7.783/1989). FIXAÇÃO DE PARÂMETROS DE CONTROLE JUDICIAL DO EXERCÍCIO 
DO DIREITO DE GREVE PELO LEGISLADOR INFRACONSTITUCIONAL. 4.1. A disciplina 
do direito de greve para os trabalhadores em geral, quanto às "atividades 
essenciais", é especificamente delineada nos arts. 9o a 11 da Lei no 7.783/1989. 
Na hipótese de aplicação dessa legislação geral ao caso específico do direito de 
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greve dos servidores públicos, antes de tudo, afigura-se inegável o conflito 
existente entre as necessidades mínimas de legislação para o exercício do direito 
de greve dos servidores públicos civis (CF, art. 9o, caput, c/c art. 37, VII), de um 
lado, e o direito a serviços públicos adequados e prestados de forma contínua a 
todos os cidadãos (CF, art. 9o, §1o), de outro. Evidentemente, não se outorgaria 
ao legislador qualquer poder discricionário quanto à edição, ou não, da lei 
disciplinadora do direito de greve. O legislador poderia adotar um modelo mais ou 
menos rígido, mais ou menos restritivo do direito de greve no âmbito do serviço 
público, mas não poderia deixar de reconhecer direito previamente definido pelo 
texto da Constituição. Considerada a evolução jurisprudencial do tema perante o 
STF, em sede do mandado de injunção, não se pode atribuir amplamente ao 
legislador a última palavra acerca da concessão, ou não, do direito de greve dos 
servidores públicos civis, sob pena de se esvaziar direito fundamental positivado. 
Tal premissa, contudo, não impede que, futuramente, o legislador 
infraconstitucional confira novos contornos acerca da adequada configuração da 
disciplina desse direito constitucional. 4.2 Considerada a omissão legislativa 
alegada na espécie, seria o caso de se acolher a pretensão, tão-somente no 
sentido de que se aplique a Lei no 7.783/1989 enquanto a omissão não for 
devidamente regulamentada por lei específica para os servidores públicos civis 
(CF, art. 37, VII). 4.3 Em razão dos imperativos da continuidade dos serviços 
públicos, contudo, não se pode afastar que, de acordo com as peculiaridades de 
cada caso concreto e mediante solicitação de entidade ou órgão legítimo, seja 
facultado ao tribunal competente impor a observância a regime de greve mais 
severo em razão de tratar-se de "serviços ou atividades essenciais", nos termos do 
regime fixado pelos arts. 9o a 11 da Lei no 7.783/1989. Isso ocorre porque não se 
pode deixar de cogitar dos riscos decorrentes das possibilidades de que a 
regulação dos serviços públicos que tenham características afins a esses "serviços 
ou atividades essenciais" seja menos severa que a disciplina dispensada aos 
serviços privados ditos "essenciais". 4.4. O sistema de judicialização do direito de 
greve dos servidores públicos civis está aberto para que outras atividades sejam 
submetidas a idêntico regime. Pela complexidade e variedade dos serviços 
públicos e atividades estratégicas típicas do Estado, há outros serviços públicos, 
cuja essencialidade não está contemplada pelo rol dos arts. 9o a 11 da Lei no 
7.783/1989. Para os fins desta decisão, a enunciação do regime fixado pelos arts. 
9o a 11 da Lei no 7.783/1989 é apenas exemplificativa (numerus apertus). 5. O 
PROCESSAMENTO E O JULGAMENTO DE EVENTUAIS DISSÍDIOS DE GREVE QUE 
ENVOLVAM SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DEVEM OBEDECER AO MODELO DE 
COMPETÊNCIAS E ATRIBUIÇÕES APLICÁVEL AOS TRABALHADORES EM GERAL 
(CELETISTAS), NOS TERMOS DA REGULAMENTAÇÃO DA LEI No 7.783/1989. A 
APLICAÇÃO COMPLEMENTAR DA LEI No 7.701/1988 VISA À JUDICIALIZAÇÃO DOS 
CONFLITOS QUE ENVOLVAM OS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS NO CONTEXTO DO 
ATENDIMENTO DE ATIVIDADES RELACIONADAS A NECESSIDADES INADIÁVEIS DA 
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COMUNIDADE QUE, SE NÃO ATENDIDAS, COLOQUEM "EM PERIGO IMINENTE A 
SOBREVIVÊNCIA, A SAÚDE OU A SEGURANÇA DA POPULAÇÃO" (LEI No 
7.783/1989, PARÁGRAFO ÚNICO, ART. 11). 5.1. Pendência do julgamento de 
mérito da ADI no 3.395/DF, Rel. Min. Cezar Peluso, na qual se discute a 
competência constitucional para a apreciação das "ações oriundas da relação de 
trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração 
pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios" (CF, art. 114, I, na redação conferida pela EC no 45/2004). 5.2. Diante 
da singularidade do debate constitucional do direito de greve dos servidores 
públicos civis, sob pena de injustificada e inadmissível negativa de prestação 
jurisdicional nos âmbitos federal, estadual e municipal, devem-se fixar também os 
parâmetros institucionais e constitucionais de definição de competência, 
provisória e ampliativa, para a apreciação de dissídios de greve instaurados entre 
o Poder Público e os servidores públicos civis. 5.3. No plano procedimental, 
afigura-se recomendável aplicar ao caso concreto a disciplina da Lei no 
7.701/1988 (que versa sobre especialização das turmas dos Tribunais do Trabalho 
em processos coletivos), no que tange à competência para apreciar e julgar 
eventuais conflitos judiciais referentes à greve de servidores públicos que sejam 
suscitados até o momento de colmatação legislativa específica da lacuna ora 
declarada, nos termos do inciso VII do art. 37 da CF. 5.4. A adequação e a 
necessidade da definição dessas questões de organização e procedimento dizem 
respeito a elementos de fixação de competência constitucional de modo a 
assegurar, a um só tempo, a possibilidade e, sobretudo, os limites ao exercício do 
direito constitucional de greve dos servidores públicos, e a continuidade na 
prestação dos serviços públicos. Ao adotar essa medida, este Tribunal passa a 
assegurar o direito de greve constitucionalmente garantido no art. 37, VII, da 
Constituição Federal, sem desconsiderar a garantia da continuidade de prestação 
de serviços públicos - um elemento fundamental para a preservação do interesse 
público em áreas que são extremamente demandadas pela sociedade. 6. 
DEFINIÇÃO DOS PARÂMETROS DE COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAL PARA 
APRECIAÇÃO DO TEMA NO ÂMBITO DA JUSTIÇA FEDERAL E DA JUSTIÇA ESTADUAL 
ATÉ A EDIÇÃO DA LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA PERTINENTE, NOS TERMOS DO ART. 37, 
VII, DA CF. FIXAÇÃO DO PRAZO DE 60 (SESSENTA) DIAS PARA QUE O CONGRESSO 
NACIONAL LEGISLE SOBRE A MATÉRIA. MANDADO DE INJUNÇÃO DEFERIDO PARA 
DETERMINAR A APLICAÇÃO DAS LEIS Nos 7.701/1988 E 7.783/1989. 6.1. 
Aplicabilidade aos servidores públicos civis da Lei no 7.783/1989, sem prejuízo de 
que, diante do caso concreto e mediante solicitação de entidade ou órgão 
legítimo, seja facultado ao juízo competente a fixação de regime de greve mais 
severo, em razão de tratarem de "serviços ou atividades essenciais" (Lei no 
7.783/1989, arts. 9o a 11). 6.2. Nessa extensão do deferimento do mandado de 
injunção, aplicação da Lei no 7.701/1988, no que tange à competência para 
apreciar e julgar eventuais conflitos judiciais referentes à greve de servidores 
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públicos que sejam suscitados até o momento de colmatação legislativa específica 
da lacuna ora declarada, nos termos do inciso VII do art. 37 da CF. 6.3. Até a 
devida disciplina legislativa, devem-se definir as situações provisórias de 
competência constitucional para a apreciação desses dissídios no contexto 
nacional, regional, estadual e municipal. Assim, nas condições acima 
especificadas, se a paralisação for de âmbito nacional, ou abranger mais de uma 
região da justiça federal, ou ainda, compreender mais de uma unidade da 
federação, a competência para o dissídio de greve será do Superior Tribunal de 
Justiça (por aplicação analógica do art. 2o, I, "a", da Lei no 7.701/1988). Ainda no 
âmbito federal, se a controvérsia estiver adstrita a uma única região da justiça 
federal, a competência será dos Tribunais Regionais Federais (aplicação analógica 
do art. 6o da Lei no 7.701/1988). Para o caso da jurisdição no contexto estadual 
ou municipal, se a controvérsia estiver adstrita a uma unidade da federação, a 
competência será do respectivo Tribunal de Justiça (também por aplicação 
analógica do art. 6o da Lei no 7.701/1988). As greves de âmbito local ou municipal 
serão dirimidas pelo Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal com 
jurisdição sobre o local da paralisação, conforme se trate de greve de servidores 
municipais, estaduais ou federais. 6.4. Considerados os parâmetros acima 
delineados, a par da competência para o dissídio de greve em si, no qual se discuta 
a abusividade, ou não, da greve, os referidos tribunais, nos âmbitos de sua 
jurisdição, serão competentes para decidir acerca do mérito do pagamento, ou 
não, dos dias de paralisação em consonância com a excepcionalidade de que esse 
juízo se reveste. Nesse contexto, nos termos do art. 7o da Lei no 7.783/1989, a 
deflagração da greve, em princípio, corresponde à suspensão do contrato de 
trabalho. Como regra geral, portanto, os salários dos dias de paralisação não 
deverão ser pagos, salvo no caso em que a greve tenha sido provocada 
justamente por atraso no pagamento aos servidores públicos civis, ou por outras 
situações excepcionais que justifiquem o afastamento da premissa da suspensão 
do contrato de trabalho (art. 7o da Lei no 7.783/1989, in fine). 6.5. Os tribunais 
mencionados também serão competentes para apreciar e julgar medidas 
cautelares eventualmente incidentes relacionadas ao exercício do direito de greve 
dos servidores públicos civis, tais como: i) aquelas nas quais se postule a 
preservação do objeto da querela judicial, qual seja, o percentual mínimo de 
servidores públicos que deve continuar trabalhando durante o movimento 
paredista, ou mesmo a proibição de qualquer tipo de paralisação; ii) os interditos 
possessórios para a desocupação de dependências dos órgãos públicos 
eventualmente tomados por grevistas; e iii) as demais medidas cautelares que 
apresentem conexão direta com o dissídio coletivo de greve. 6.6. Em razão da 
evolução jurisprudencial sobre o tema da interpretação da omissão legislativa 
do direito de greve dos servidores públicos civis e em respeito aos ditames de 
segurança jurídica, fixa-se o prazo de 60 (sessenta) dias para que o Congresso 
Nacional legisle sobre a matéria. 6.7. Mandado de injunção conhecido e, no 
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mérito, deferido para, nos termos acima especificados, determinar a aplicação 
das Leis nos 7.701/1988 e 7.783/1989 aos conflitos e às ações judiciais que 
envolvam a interpretação do direito de greve dos servidores públicos civis. 
A decisão aditiva é técnica decisória no controle das omissões. 
 
Observação: No Mandado de Injunção (MI), o controle é concreto, enquanto 
na ADO, o controle é abstrato. Isto porque, em sede de ADO, o objeto é omissão 
normativa ou administrativa total ou parcial. Já, no MI, o objeto é apenas a omissão 
normativa, não se impugnando omissão administrativa, tendo em vista que esta pode 
ser impugnada pela via concreta, mas por meio de MS ou de outra ação, que não por 
MI. 
 
2º Horário 
 
4. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 
Prevista no art. 102, parágrafo 1º c/c Lei 9.882/99. 
Imperioso destacar que o parágrafo 1º, do art. 102, CRFB é o antigo parágrafo 
único. A EC nº 03/93 acrescentou parágrafos ao art. 102, mas não o relativo à ADPF, 
que é criação do Poder Constituinte Originário. 
CRFB, Art. 102, § 1.º A arguição de descumprimento de preceito fundamental, 
decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na 
forma da lei. (Transformado do parágrafo único em § 1º pela Emenda 
Constitucional nº 3, de 17/03/93) 
Lei 9.882/99, Art. 1o A arguição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição 
Federal será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar 
ou reparar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público. 
Parágrafo único. Caberá também arguição de descumprimento de preceito 
fundamental: 
I - quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou 
ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à 
Constituição; (Vide ADIN 2.231-8, de 2000) 
II – (VETADO) 
O STF entendeu que a ADPF é norma de eficácia limitada e sua utilização só 
passou a ser possível após a edição da Lei 9.882/99. 
 
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4.1. Competência 
Compete ao Supremo Tribunal Federal o processamento e julgamento de ADPF. 
 
4.2. Parâmetro 
São os preceitos fundamentais e não a CRFB como um todo. 
A definição de preceito fundamental foi fixada pelo STF na ADPF nº 33/MC cujo 
acórdão segue transcrito: 
ADPF 33 MC / PA - PARÁ 
MEDIDA CAUTELAR EM ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO 
FUNDAMENTAL Relator(a): Min. GILMAR MENDES 
Julgamento: 29/10/2003 Órgão Julgador: Tribunal Pleno 
Publicação DJ 06-08-2004 PP-00020 EMENT VOL-02158-01 PP-00001 
EMENTA: Argüição de Descumprimento de Preceito Fundamental - ADPF. Medida 
Cautelar. 2. Ato regulamentar. Autarquia estadual. Instituto de Desenvolvimento 
Econômico-Social do Pará - IDESP. Remuneração de pessoal. Vinculação do quadro 
de salários ao salário mínimo. 3. Norma não recepcionada pela Constituição de 
1988. Afronta ao princípio federativo e ao direito social fundamental ao salário 
mínimo digno (arts. 7º, inciso IV, 1º e 18 da Constituição). 4. Medida liminar para 
impedir o comprometimento da ordem jurídica e das finanças do Estado. 5. 
Preceito Fundamental: parâmetro de controle a indicar os preceitos 
fundamentais passíveis de lesão que justifiquem o processo e o julgamento da 
argüição de descumprimento. Direitos e garantias individuais, cláusulas pétreas, 
princípios sensíveis: sua interpretação, vinculação com outros princípios e 
garantia de eternidade. Densidade normativa ou significado específico dos 
princípios fundamentais. 6. Direito pré-constitucional. Cláusulas de recepção da 
Constituição. Derrogação do direito pré-constitucional em virtude de colisão entre 
este e a Constituição superveniente. Direito comparado: desenvolvimento da 
jurisdição constitucional e tratamento diferenciado em cada sistema jurídico. A Lei 
nº 9.882, de 1999, e a extensão do controle direto de normas ao direito pré-
constitucional. 7. Cláusula da subsidiariedade ou do exaurimento das instâncias. 
Inexistência de outro meio eficaz para sanar lesão a preceito fundamental de 
forma ampla, geral e imediata. Caráter objetivo do instituto a revelar como meio 
eficaz aquele apto a solver a controvérsia constitucional relevante. Compreensão 
do princípio no contexto da ordem constitucional global. Atenuação do significado 
literal do princípio da subsidiariedade quando o prosseguimento de ações nas vias 
ordinárias não se mostra apto para afastar a lesão a preceito fundamental. 8. 
Plausibilidade da medida cautelar solicitada. 9. Cautelar confirmada. 
Desta feita, pode-se considerar como preceito fundamental: 
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a) princípios fundamentais (art. 1º ao 4º, CRFB); 
CRFB, Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos 
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de 
Direito e tem como fundamentos: 
I - a soberania; 
II - a cidadania; 
III - a dignidade da pessoa humana; 
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; 
V - o pluralismo político. 
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição. 
CRFB, Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o 
Legislativo, o Executivo e o Judiciário. 
CRFB, Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do 
Brasil: 
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; 
II - garantir o desenvolvimento nacional; 
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e 
regionais; 
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade 
e quaisquer outras formas de discriminação. 
CRFB, Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações 
internacionais pelos seguintes princípios: 
I - independência nacional; 
II - prevalência dos direitos humanos; 
III - autodeterminação dos povos; 
IV - não-intervenção; 
V - igualdade entre os Estados; 
VI - defesa da paz; 
VII - solução pacífica dos conflitos; 
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo; 
IX - cooperação entre os povos para o progresso da humanidade; 
X - concessão de asilo político. 
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Data: 03/10/2011 
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ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
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Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a integração 
econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à 
formação de uma comunidade latino-americana de nações. 
b) direitos fundamentais; 
c) princípios constitucionais sensíveis (art. 34, VII, CRFB); e 
CRFB, Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto 
para: 
VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais: 
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático; 
b) direitos da pessoa humana; 
c) autonomia municipal; 
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta. 
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, 
compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento 
do ensino e nas ações e serviços públicos de saúde. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 29, de 2000) 
d) cláusulas pétreas (art. 60, parágrafo 4º, CRFB). 
CRFB, Art. 60, § 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda 
tendente a abolir: 
I - a forma federativa de Estado; 
II - o voto direto, secreto, universal e periódico; 
III - a separação dos Poderes; 
IV - os direitos e garantias individuais. 
Para a doutrina, os preceitos fundamentais são dotados de maior densidade 
axiológica (de valores), apesar de não haver hierarquia entre as normas 
constitucionais. Exemplo: o direito à vida, como direito fundamental, tem maior 
densidade que a norma constitucional que versa sobre o Colégio Pedro II. 
A violação de preceito fundamental seria de maior gravidade, motivo pelo qual 
existe ação específica para sua proteção. 
 
4.3. Objeto 
a) ADPF Direta ou Autônoma: ato do Poder Público. 
É a proposta no STF, independentemente de haver qualquer processo anterior. 
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Ato do Poder Público é ato normativo ou ato concreto. 
b) ADPF Indireta ou Incidental: ato normativo da União, dos Estados, dos 
Municípios e do DF, inclusive anteriores à CRFB/88. 
Na ADPF indireta, há um processo comum a ser julgado por juiz competente, no 
qual existe uma questão incidental envolvendo preceito fundamental. 
O juiz é competente para julgar a questão incidental em regra, mas, quando 
envolver preceito fundamental, deve-se levar a questão ao STF através de ADPF 
incidental, para que se analise a norma em tese. 
O controle do STF, no caso, é abstrato, pois o nome “incidental” se dá por conta 
da origem da matéria, motivo pelo qual alguns autores preferem a nomenclatura ADPF 
Indireta. Trata-se de cisão funcional da competência no plano vertical. 
A maior finalidade seria permitir que as partes tivessem legitimidade para 
propor ADPF incidental. No entanto, o STF não reconhece as partes como legitimadas 
ativas, entendendo que a legitimidade é exclusiva dos sujeitos elencados no art. 103, 
CRFB. 
Lei 9.882/99, Art. 2º. Podem propor argüição de descumprimento de preceito 
fundamental: 
I - os legitimados para a ação direta de inconstitucionalidade; 
II - (VETADO) 
§ 1o Na hipótese do inciso II, faculta-se ao interessado, mediante representação, 
solicitar a propositura de argüição de descumprimento de preceito fundamental 
ao Procurador-Geral da República, que, examinando os fundamentos jurídicos do 
pedido, decidirá do cabimento do seu ingresso em juízo. 
§ 2o (VETADO) 
CRFB, Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação 
declaratória de constitucionalidade: (Redação dada pela Emenda Constitucional 
nº 45, de 2004) 
I - o Presidente da República; 
II - a Mesa do Senado Federal; 
III - a Mesa da Câmara dos Deputados; 
IV a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) 
V o Governador de Estado ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 45, de 2004) 
VI - o Procurador-Geral da República; 
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VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; 
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; 
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
Bastante importante observar que é possível que as partes representem ao 
PGR, para que este venha a propor a ADPF incidental, a partir da questão incidental no 
processo comum. 
O problema é que os legitimados ativos para a propositura da ADPF incidental 
podem propor a ADPF direta também, ficando aquela esvaziada. 
 
O parâmetro da ADC e da ADI é mais amplo que o da ADPF, enquanto o objeto 
da ADPF Direta é mais amplo que o da ADPF Indireta, que, por sua vez, é mais 
abrangente que o da ADI e este possui maior amplitude que o objeto da ADC. 
Observação: súmula comum nem súmula vinculante podem ser objeto de 
ADPF, pois possuem procedimento específico para seu cancelamento. 
 
4.4. Princípio da Subsidiariedade da ADPF 
Cabe ADPF quando não houver outro mecanismo eficaz para sanar a lesividade, 
conforme dispõe o art. 4º, parágrafo 1º, Lei 9.882/99. 
Lei 9.882/99, Art. 4º, § 1o Não será admitida argüição de descumprimento de 
preceito fundamental quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a 
lesividade. 
Mecanismo eficaz é o que tem a mesma efetividade (mesmo efeito concreto) e 
a mesma amplitude que a ADPF teria. Desta forma, em regra, o mecanismo eficaz tem 
natureza objetiva, motivo pelo qual não cabe ADPF se for cabível ADC ou ADI. 
Objeto na ADC Objeto ADI Objeto na 
ADPF Indireta 
Objeto na 
ADPF Direta 
Lei ou ato 
normativo 
federal. 
Lei ou ato 
normativo 
federal ou 
estadual. 
Lei ou ato 
normativo da 
União, Estados, 
Municípios ou 
DF, incluindo 
os anteriores à 
CRFB/88. 
Ato do Poder 
Público, 
inclusive da 
Administração 
Pública 
Indireta. 
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Exemplo: de decisão contra a qual cabe RE pode-se propor ADPF, por o RE ser 
de natureza subjetiva. 
A exceção se dá quando o mecanismo subjetivo for plenamente apto a sanar a 
lesividade. 
Exemplo: o MS não afasta o cabimento da ADPF, em regra. Porém, já houve um 
caso no STF em que foi feita uma lei criando 2 vagas para cargo de desembargador do 
TJ, que foram preenchidas por promoção de juízes de carreira. A OAB entendeu que 1 
das vagas deveria ser preenchida pelo quinto constitucional, ingressando com uma 
ADPF. O ministro Gilmar Mendes entendeu que o ato administrativo concreto do TJ 
poderia ser impugnado pelo MS coletivo, que seria apto para torná-lo nulo, caso ilegal 
e inconstitucional, possuindo plena aptidão para sanar a lesividade, sendo, pois, 
incabível a propositura de ADPF. 
 
4.5. Legitimidade Ativa, PGR, Amicus Curiae, AGU e Legitimidade Passiva 
Com relação aos legitimados ativos, à atuação do PGR, do AGU, do amicus 
curiae e à legitimidade passiva, deve-se observar o exposto anteriormente com relação 
à ADI. 
 
4.6. Cautelar 
A concessão de cautelar em ADPF possui as seguintes finalidades: 
a) suspender a eficácia do ato; 
b) suspender processos (aplicação analógica do prazo na ADC – 180 dias); 
c) suspender decisão judicial sem trânsito em julgado; e 
d) fixar providência diversa. 
A cautelar em ADPF tem efeito erga omnes e vinculante, motivo pelo qual da 
decisão judicial ou do ato administrativo que viola a cautelar em ADPF, caberá 
reclamação ao STF. 
 
4.7. Decisão Final 
O mesmo esposado a título de decisão final em ADI deve ser observado com 
relação à decisão final em ADPF. 
Observação: cabe ADPF contra ato normativo anterior à CRFB/88 e, caso o 
STF, em ADPF, observe incompatibilidade da norma anterior com a Constituição atual, 
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declarará a não recepção da norma, consequentemente a sua revogação, e não a sua 
inconstitucionalidade. 
 
5. Controle Concentrado Estadual 
A representação de inconstitucionalidade está prevista no art. 125, parágrafo 
2º, CRFB. 
CRFB, Art. 125, § 2º - Cabe aos Estados a instituição de representação de 
inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais em face 
da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para agir a um único 
órgão. 
 
5.1. Competência 
Compete ao Tribunal de Justiça do respectivo Estado processar e julgar a ação 
de controle concentrado estadual. 
 
5.2. Parâmetro 
O parâmetro para a representação de inconstitucionalidade é a Constituição 
Estadual. 
 
5.3. Objeto 
Podem ser objeto de representação de inconstitucionalidade, a lei ou ato 
normativo estadual ou municipal. 
Havendo lei federal contrária à CE, caberá controle de constitucionalidade de 
ambas em relação à CRFB, ou seja, ou a lei federal invadiu a competência estadual, 
caso em que será inconstitucional, ou a constituição estadual invadiu a lei federal, 
hipótese na qual, igualmente, será inconstitucional. 
Outro ponto bastante importante é que, conforme já explicado em aula 
anterior, lei estadual pode ser impugnada por ADI Genérica e ADI Estadual, caso em 
que a ADI genérica implica no sobrestamento da ADI Estadual, não havendo 
litispendência ou continência. 
Desta forma, caso o STF decida que a norma estadual é constitucional, a ADI 
Estadual prosseguirá normalmente e o TJ pode declará-la inconstitucional com base na 
Constituição Estadual. No entanto, se decidir pela inconstitucionalidade da norma 
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estadual, a ADI Estadual fica prejudicada, pois a norma é considerada nula e extirpada 
do ordenamento jurídico. 
Sendo proposta uma ADI Estadual contra lei estadual/municipal e o parâmetro 
seja uma norma de reprodução obrigatória da CRFB, o STF entendeu que o TJ será 
competente para processar e julgar a ação, não caracterizando usurpação de sua 
competência. No entanto, se o TJ interpretar a norma estadual contrariamente à 
CRFB, caberá RE desta decisão. 
Em regra, da decisão em controle concentrado estadual feito pelo TJ não cabe 
RE ao STF, salvo se a questão envolver norma constitucional de reprodução 
obrigatória, caso em que este controle será abstrato, por discutir norma em tese, e 
difuso, pois a competência do STF não é originária. 
 
5.4. Legitimidade Ativa 
A CRFB estabelece que a Constituição Estadual pode criar a ADI estadual, 
vedada a atribuição da legitimação a um único órgão. 
Na legitimidade ativa para a propositura de ADI Estadual, há plena liberdade 
conformativa da CE, ou seja, esta pode estabelecer o rol de legitimados que entender 
mais adequado, não havendo reprodução obrigatória do rol dos legitimados para a 
propositura de ADI genérica, nem aplicação do Princípio da Simetria. 
Exemplo: a CE/RJ deu legitimidade ativa ao PGE, que corresponde ao AGU, sem 
que este seja legitimado ativo para propor ADI genérica. A CE pode ficar aquém ou ir 
além do rol da ADI genérica. 
Observação 1: com relação à cautelar, PGJ, PGE, amicus curiae, decisão final 
etc, há simetria com relação à ADI genérica. 
Observação 2: a ADI Interventiva será abordada na aula de intervenção federal. 
 
Interpretação Constitucional 
Dentro do tema, serão analisados os seguintes pontos: (i) princípios e regras; 
(ii) métodos de interpretação; e (iii) princípios instrumentais da interpretação. 
 
1. Diferença entre Hermenêutica, Interpretação e Aplicação da Norma 
Interpretação é a atividade intelectual empreendida na definição do sentido e 
do alcance da norma (o que significa e a extensão). Para a doutrina clássica, 
interpretação é extrair sentido e alcance da norma, diferentemente do conceito 
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contemporâneo, segundo o qual se entende que toda interpretação é afetada pelo 
intérprete, que realiza a atividade intelectual influenciado por seus valores internos e 
pela cultura e circunstâncias em que está inserido. 
Desta forma, não há interpretação absolutamente neutra, que seja asséptica 
(descontaminada). 
Hermenêutica é a ciência da interpretação, ou seja, é o estudo e a 
sistematização das técnicas/métodos de interpretação. 
Em que pese a distinção apresentada, os dois termos são constantemente 
utilizados como sinônimos. 
A aplicação da norma é fazer a sua incidência sobre o caso concreto. 
 
2. Princípios e Regras 
Inicialmente, necessário frisar que princípios e regras são espécies de normas. 
São vários os critérios para a distinção entre princípios e regras, abaixo 
apontados. 
 
2.1. Quanto ao conteúdo 
• princípios: são valorativos, ou seja, revelam valores. Desta forma, 
apresentam alto grau de abstração e menor densidade, que é relacionada aos 
elementos de aplicação da norma, à determinabilidade. 
Quanto maior a abstração, menor é a densidade, sendo mais difícil aplicar o 
princípio. A aplicação de uma norma está relacionada à sua densidade, motivo pelo 
qual aplicar um princípio é mais difícil que aplicar uma regra. 
• regras: são descritivas, ou seja, definem uma conduta ou um fato e a 
consequência jurídica. Com isto, possuem baixo grau de abstração e maior densidade. 
 
Próxima aula: diferenças entre princípios e regras quanto à aplicação

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