Cuidados de Biossegurança EPI

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Cuidados de 
Biossegurança e 
Controle de Infecção 
Hospitalar
Profª Enfª Jacqueline V. Menetrier
Enfermagem e Biossegurança
Biossegurança
“Conjunto de ações destinadas a prevenir, 
controlar, mitigar ou eliminar riscos inerentes às 
atividades que possam interferir ou comprometer 
a qualidade de vida, a saúde humana e o meio 
ambiente”.
Ministério da Saúde, 2010.
Conceitos
INFECÇÃO
INFLAMAÇÃO
Infecção Hospitalar – Infecção 
Relacionada à assistência à 
Saúde IrAS
Infecção comunitária
Infecção Cruzada
IrAS
“As IRAS são definidas como toda e qualquer infecção que 
acomete o indivíduo, seja em instituições hospitalares, 
atendimentos ambulatoriais na modalidade de hospital dia 
ou domiciliar, e que possa estar associada a algum 
procedimento assistencial, seja ele terapêutico ou 
diagnóstico”.
OLIVEIRA et al., 2012
Legislação
 Comissão de Biossegurança em Saúde (CBS);
 As normas regulamentadoras (NRs) do Ministério 
do Trabalho e Emprego (MTE) e da ABNT 
(Associação Brasileira de Normas Técnicas);
 NR 32: proteção saúde e segurança trabalhador 
da área da saúde;
 NR 06: Equipamentos de proteção individual;
 NR 09: Riscos ambientais;
Aspectos Históricos
 Instituição hospitalar
Ignaz Semmelweis
William Stewart Halsted
Lavagem das mãos
 Índices de infecção: 
Parteiras/estudantes ≠ Médicos
 Morte de um colega: sinais semelhantes ao da 
paciente da autópsia;
 15 de maio 1847 introdução lavagem das mãos 
antes dos procedimentos;
 Índices de 1,3%;
Florence Nightingale
 Condutas com o paciente e o meio;
 Vigilância epidemiológica
Brasil – Portaria 196/1983
• Obrigatória a implantação, em todos os hospitais as 
comissões de controle de infecção hospitalar. 
Atualmente:
- Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA);
- Gerência Geral de Tecnologia em Serviços de Saúde;
- Unidade de Controle de Infecções em Serviços de 
Saúde (UCISA). 
- Lei Federal 9.431 de 06/01/97 que institui a 
obrigatoriedade da Comissão de Controle de Infecção 
Hospitalar (CCIH) e de um Programa de Controle de 
Infecções Hospitalares (PCIH).
CCIH - PCIH
 É um órgão de assessoria da autoridade máxima 
da Instituição com o papel de programar e 
executar ações que visem controlar as infecções 
hospitalares.
 A CCIH deverá ser composta por profissionais da 
área de saúde, de nível superior, formalmente 
designados. 
 Os membros da CCIH serão de dois tipos: 
consultores e executores.
Microbiota 
Residente
Microbiota 
Transitória
Doença Infecciosa
Uma doença infecciosa é qualquer 
doença causada pelo crescimento de 
microrganismos patogênicos no corpo. 
Ela pode ser transmissível ou não. 
SMELTZER - 2009 
É necessária uma cadeia completa de
eventos para que ocorra uma infecção,
a evolução do processo infeccioso.
Processo Infeccioso
Agente 
Etiológico
Reservatório
Porta de 
saída
Meio de 
transmissão
Porta de 
entrada
Hospedeiro 
susceptível
Processo Infeccioso
 Agente Etiológico: microrganismos que causam a infecção.
 Reservatório: qualquer pessoa, vegetal, substância ou 
localização que forneça condições para esses 
microrganismos sobreviverem e permita a dispersão destes.
 Modalidade de saída (eliminação): são os meios pelos quais 
o agente infeccioso deixa o reservatório. Ex. trato respiratório, 
gastrointestinal.
 Via de transmissão: são os meios pelos quais o agente 
alcança o novo hospedeiro. Podem ser diretas e indiretas.
- Portador: individuo que transporta ou transmite o agente 
infeccioso sem apresentar sinais e sintomas.
Processo Infeccioso
 Hospedeiro Suscetível: individuo que em circunstâncias 
naturais permite a subsistência e alojamento de uma agente 
infeccioso. Ex. Paciente imunodeprimido.
- Hospedeiro imune: o individuo já possui uma imunidade à 
aquele agente infeccioso, pode ser através de vacinas ou 
infecção prévia.
 Porta de entrada: vias pelas quais o microrganismo ganha 
acesso ao hospedeiro. Ex. Aparelho digestório, pele e 
mucosas.
Transmissão de 
Microrganismos
Direta
Indireta
Problemas Relacionados às 
Infecções Hospitalares/IRAS
 Aumento da Morbidade;
 Aumento da Letalidade;
 Aumento do Tempo de internação;
 Aumento dos Custos;
 Ameaça constante da disseminação de 
bactérias resistentes aos antibióticos.
Custo Prevenção e Controle
Infecções Hospitalares de 
maior interesse
 Infecções Urinárias;
 Infecções de sítio cirúrgico;
 Infecções Respiratórias;
 Infecções de corrente sanguínea e do acesso venoso;
Medidas Biosseguranças e 
Prevenção Infecção Hospitalar
Precauções
Precauções Padrão ou 
Universal
Precauções conforme a 
rota de transmissão
Precauções empíricas
Precauções
Precauções 
Padrão
Conforme a 
rota de 
Transmissão
Precauções 
Empíricas
• Lavagem das mãos;
•Uso de luvas;
•Uso avental;
•Uso óculos e 
máscara;
•Manipulação e 
exposição material 
perfurocortante;
• Precaução de 
contato;
• Precaução 
transmissão pelo ar;
•Precaução 
transmissão gotículas;
• Suspeita infecção 
específica;
 Todos os indivíduos, mesmo não apresentando sintomas 
específicos, devem ser considerados portadores de 
doenças transmissíveis;
 O profissional deve ter uma postura consciente na utilização 
destas precauções visando não se infectar ou servir de 
fonte de contaminação (MAZOCHI, 2005). 
Precaução Padrão ou 
Universal
Precaução conforme a 
Rota de Transmissão
 Estas são adotadas 
levando em consideração 
a forma de transmissão da 
patologia. 
Precaução Empírica
 Devem ser tomadas no caso de suspeita de 
determinadas infecções, adotando a precaução por 
rota de transmissão específica.
 A contenção objetiva reduzir ou eliminar a exposição da 
equipe de um laboratório ou serviço, de outras pessoas e 
do ambiente em geral aos agentes potencialmente 
perigosos.
Contenções
Contenção 
Primária
Contenção 
Secundária
- Equipamento de Proteção Individual (EPI)
- Equipamento de Proteção Coletiva (EPC)
- Estrutura física;
- Dimensionamento de área;
- Nº de funcionários;
- Quantidade de equipamentos;
- Facilidade de acesso, entre outros;
Higienização das Mãos 
em Serviços de Saúde
O que é?
“É a medida individual mais simples e menos 
dispendiosa para prevenir a propagação das 
infecções relacionadas à assistência à saúde.”
Lavagem das 
Mãos
Higienização das 
Mãos
- Higienização simples
- Higienização antisséptica
- Fricção antisséptica
- Antissepsia cirúrgica das mãos
Objetivos da HM
 Remoção da sujidade, suor, 
oleosidade, pelos, células 
descamativas e da microbiota 
da pele.
 Interromper a transmissão de 
infecções veiculadas ao 
contato.
 Redução da infecção cruzada.
Produtos Utilizados
Água e sabão
Preparação 
alcoólica
Antisséptico
Quando Higienizar as 
Mãos
Água e Sabão
- Visivelmente sujas.
- Ao iniciar o turno de 
trabalho.
- Após ir ao banheiro.
- Antes e após as 
refeições.
Quando Higienizar as 
Mãos
Preparação Alcoólica
- Antes e após o contato com o paciente.
- Antes de realizar procedimentos e 
manipular diapositivos.
- Antes e após o uso de luvas.
- Após risco de exposição a fluidos. 
- Ao mudar de sítio corporal 
(contaminação).
- Após contato com superfícies próximas 
ao paciente. 
O uso de luvas não substitui a higienização das 
mãos!
Higienização das mãos
Quando Higienizar as 
Mãos
Uso de Antisséptico
- Mãos: Precaução contatopor microrganismos 
multirresistentes e no caso de 
surtos.
- Degermação da pele: antes 
de procedimentos cirúrgicos.
Ex. de Produtos: PVPI 
(iodopovidona) e Chlorexidine.
Equipamentos de 
Proteção Individual
Equipamentos de 
Proteção Indivídual
 De acordo com a NR 6 “considera-se 
Equipamento de Proteção Individual -
EPI, todo dispositivo ou produto, de uso 
individual utilizado pelo trabalhador, 
destinado à proteção de riscos 
suscetíveis de ameaçar a segurança e a 
saúde no trabalho”.
 O empregador deve 
fornecer os EPIs 
adequados, instruir e 
treinar, fiscalizar e exigir 
o uso.
 O empregado deve 
usar, conservar e 
descartar 
adequadamente.
Uso do EPI
Principais EPIs
- Luvas descartáveis;
- Calçado fechado;
- Calça comprida;
- Jaleco;
- Gorro/Touca;
- Máscara descartável;
- Óculos de proteção
Luvas
 A Organização Mundial da Saúde, OMS, 
recomenda que luvas devam ser usadas devido 
a duas principais razões:
1. Para reduzir o risco de contaminação das mãos 
dos profissionais de saúde com sangue e outros fluidos 
corporais. 
2. Para reduzir o risco de disseminação de germes 
para o ambiente e de transmissão do profissional de 
saúde para o paciente e vice-versa, bem como de 
um paciente para o outro.
Luvas
 Descartáveis – látex;  Estéreis
• Qualquer procedimento cirúrgico.
• Parto vaginal.
• Punção acesso venoso central.
• Manipulação de quimioterápicos 
e NPT.
Luvas 
Estéreis
• Contato potencial com sangue ou 
outros fluídos corporais.
• Contato com equipamentos e 
objetos contaminados.
• Exposição direta ou indireta.
Luvas de 
procedimentos
• Atendimento direto e indireto ao 
paciente sem potencial contato 
com fluídos, sangue e secreções.
• Ex. verificação PA, exame físico, 
etc..
Não indicação 
de Luvas
A máscara representa uma importante 
forma de proteção das mucosas da boca e 
do nariz contra ingestão ou inalação de 
partículas e aerossóis contendo 
microrganismos.
Máscaras
 Máscaras Descartáveis: servem como barreira de proteção,
entretanto não são eficazes para a filtração de substâncias
químicas, gases e vapores.
 Máscaras de Filtração de Ar:
 Filtro Mecânico: é utilizado para a proteção contra materiais
particulados. Fabricada com material fibroso.
 Filtro Químico: é utilizado para proteção contra gases e
vapores. A absorção de contaminantes gasosos ocorre por
meio de um elemento filtrante. Ex: carvão ativado, sais
minerais.
 Filtro Combinado: constituído da combinação de um filtro
mecânico sobreposto a um filtro químico.
Tipos de Máscaras
O jaleco previne contra a exposição da pele e 
das roupas do profissional a fluídos como sangue, 
secreções, contaminação por produtos químicos 
e microorganismos.
Jalecos
Avental
 O jaleco deve ser utilizado em todos procedimentos
estéticos;
 O jaleco deve estar limpo;
 O jaleco deve ser usado sempre fechado;
 Deve ser trocado sempre que apresentar necessidade;
 Devem ser utilizados somente na área de trabalho;
 Ao dirigir-se a sanitário, copa ou outro local retirar o jaleco;
 Guardar em local próprio e nunca junto a objetos pessoais;
 Deve ser lavado separadamente das roupas de uso pessoal.
Utilização
O gorro oferece uma barreira mecânica para
a possibilidade de contaminação dos cabelos
do profissional com produtos químicos, aerossóis,
microorganismos, além de evitar queda de
cabelo na área do procedimento.
TIPOS DE GORROS:
- Gorros de tecido como o algodão;
- Gorros descartáveis.
Gorro/Touca
Óculos de proteção, assim como as máscaras
representam uma barreira de proteção de
transmissão de infecções.
A mucosa ocular apresenta menor barreira de
proteção que a pele.
Óculos de Proteção
Práticas em Laboratório