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TÁLAMO

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Tálamo
Alunos: Bruno Siqueira, Daniel Kendy Watanabe, Fernanda Ribeiro, Igor Caio Alfena Arakaki, Marlos Mota Fernandes e Vyctor Hugo Quixabeira
Embriologia do Tálamo
 Neurulação
 
 Vesículas encefálicas
 
 
 Desenvolvimento do diencéfalo e o aparecimento do tálamo
 Crescimento e fim da formação embrionária do tálamo
Anatomia do Tálamo
Imagens do Tálamo: vista lateral, superior e posterior
Algumas partes que compreendem o Diencéfalo: Tálamo, hipotálamo e epitálamo, todos relacionados com o III Ventrículo.
Tubérculo anterior da Tálamo: Participa na delimitação do forame interventricular. 
Extremidade posterior do Tálamo: Pulvinar do Tálamo, que se projeta sobre os Corpos Geniculares lateral e medial, por sua vez formam o Metatálamo.
O epitélio ependimário que reveste a porção lateral do Tálamo é denominado Lâmina Afixa.
A porção medial do Tálamo constitui juntamente com o teto do III ventrículo, o assoalho da Fissura Transversa do Cérebro.
A Fissura Transversa é ocupada por por um fundo-de-saco da pia máter, que entra na constituição do Tela Corioide.
A face Lateral do Tálamo é separada do telencéfalo pela Cápsula Interna.
Aderência Intertalâmica: Responsável por unir os dois Tálamos.
Núcleos Talâmicos
Parte anterior do Tálamo: Núcleos anteriores do Tálamo.
Parte Medial do Tálamo: Núcleo medial dorsal.
Parte lateral do Tálamo
Fileira Dorsal: Núcleo dorsolateral, Núcleo lateroposterior e o Pulvinar.
Fileira Ventral: Núcleo ventral anterior, Núcleo ventral lateral e Núcleo ventral posterior.
Aspectos Histológicos
tálamo
Formato Ovoide;
Aderência Intertalâmica;
Aderência Intertalâmica
Aderência Intertalâmica
Extrato zonal do tálamo
Penetra no Tálamo, forma Lâmina Medular Interna/Medial;
Núcleos Intralaminares;
Fibras nervosas internucleares;
Divide em 
Massa Nuclear Lateral, Núcleos Mediais;Núcleos Anteriores;
Tálamo
Lamina medular externa/lateral 
Fibras talamocorticais e corticotalamicas que se estendem brevemente pela superfície do tálamo antes de entrar ou sair da cápsula interna.
Cápsula Interna
Estrutura telencefálica que limita lateralmente o tálamo;
Fibras nervosas que conectam o córtex cerebral com outras partes do tronco encefálico e a medula espinhal; 
Cápsula Interna
Núcleo Reticular
Entre Lamina medular externa e a capsula interna: núcleo reticular do tálamo;
Fina camadas de células nervosas
Os axônios talamocorticais e corticotalamicos originam ramos colaterais para os neurônios no núcleo reticular, os quais projetam-se para outros núcleos talâmicos. 
Delgada lâmina de neurônios inibidores (GABA-érgicos);
RADIAÇÕES TALÂMICAS.
As conexos entre um núcleo talâmico e uma determinada área cortical são geralmente reciprocas, fazem-se através de fibras tálamo-corticais e cortiço-talamicas, que constituem as chamadas RADIAÇÕES TALÂMICAS.
Feixe de fibras nervosas, aferentes para o núcleo habenular, que forma uma crista ao longo da margem superior da face medial do diencéfalo.
Estria medular
Estria medular
Estria medular
SINAPSES
Conexões talamocorticais são predominantemente IPSILATERAIS;
As sinapses interneuronais nos núcleos talâmicos são basicamente inibitórias e em sua maioria dendodendríticas;
Em geral, as demais são excitatórias;
Fisiologia do Tálamo
Núcleos do tálamo
Divisão dos núcleos talâmicos segundo Walker:
Grupo anterior
Grupo posterior
Grupo lateral
Grupo mediano
Grupo medial
Grupo anterior
Situados no tubérculo anterior do tálamo.
Recebem fibras dos núcleos mamilares pelo fascículo mamilo-talâmico e as projetam para o córtex do giro cíngulo, integrando o circuito de Papez, que faz parte do sistema límbico
Relacionam-se com o comportamento emocional
Grupo posterior
Dividido em Pulvinar e corpos geniculados lateral e medial
Pulvinar:
Faz conecções com a área de associação têmporo-parietal do córtex cerebral situada nos giro angular e supramarginal, sendo possivelmente associado a problemas de linguagem, quando lesado.
Corpo geniculado medial:
Recebe fibras provenientes do colículo inferior ou diretamente do leminisco medial. Projeta fibras para áreas auditiva do córtex cerebral.
Corpo geniculado lateral ou dorsolateral:
Formado por camadas concêntricas de substância cinzenta e branca, não sendo considerado um núcleo
Recebe fibras provenientes da retina. Projeta fibras pelo trato genículo-calcarino para a área visual do córtex.
Composto por 6 camadas: as camadas II, III e V recebem sinal da metade lateral da retina ipsilateral, e as camadas I, IV e VI recebem sinal da metade medial da retina do olho contralateral.
Controla a quantidade de sinal(represamento) que é permitido passar para o córtex através de fibras corticofugais de projeção direta do córtex visual primário para o núcleo geniculado lateral, e das áreas reticulares do mesencéfalo. Ambos são inibitórios, e podem desligar partes específicas do núcleo geniculado dorsolateral.
Se dividem em camadas magnocelulares( I e II) , que recebem aferências das células ganglionares Y da retina e possuem condução rápida, porém é cego para cores(apenas preto e branco), e camadas (III a VI) são chamadas de fibras parvocelulares, recebem aferência das células ganglionares X da retina, que transmite cores e informações espaciais precisas, em uma moderada.
Grupo lateral
Dividido em subgrupo dorsal e subgrupo ventral
Subgrupo dorsal ( funções pouco conhecidas)
Núcleo lateral dorsal
Núcleo lateral posterior
Subgrupo ventral
Núcleo ventral anterior:
Núcleo ventral lateral ou ventral intermédio:
Núcleo ventral póstero-lateral:
Núcleo ventral póstero-medial:
Núcleo reticular do tálamo:
subgrupo ventral
Núcleo ventral anterior:
Recebe fibras do globo pálido e as projeta para áreas motoras do córtex cerebral, e tem função ligada a motricidade somática
Núcleo ventral lateral ou intermédio:
Recebe as fibras do cerebelo e projeta para as áreas motoras do córtex. Integra a via cerebelo-tálamo-cortical. Recebem parte das fibras do globo pálido que se dirigem ao tálamo.
Núcleo ventral póstero-lateral
Recebe fibras dos leminiscos medial e espihal.
O leminisco medial leva os impulsos se tato epicríticoo e propriocepção consciente, o leminisco espinhal, formado pelos tratos espinho-talâmicos lateral e anterior, leva impulsos de temperatura, dor, pressão, e tato protopático.
Núcleo ventral póstero-medial:
Recebe fibras do lemnisco trigeminal, projeta fibras para as áreas somestésica e gustativa situada no giro pós-central. Sensibilidade somática da cabeça e fibras gustativas provenientes do trato solitário
Núcleo reticular do tálamo:
Não possui projeções para o córtex cerebral.
Atravessado por quase todas as fibras tálamo-corticais ou cortico-talâmicas, onde ao atravessá-lo emitem fibras colaterais e estabelecem sinapse.
Suas coneções são com os outros núcleos talâmicos, e admite-se que exerce uma função moduladora sobre as atividades dos outros núcleos.
Grupo mediano
Possuem conexões com o hipotálamo, e possivelmente se relacionam com funções vicerais.
Grupo medial
Núcleos intralaminares:
Núcleo centro-mediano:
Núcleos talâmicos inespecíficos.
Recebe fibras de formação reticular e têm importante papel ativador sobre o córtex.
Núcleo dorsomedial:
Recebe fibras do corpa amigdalóide e do hipotálamo e tem conexões recíprocas com a parte anterior do lobo frontal, denominada área de associação frontal. Relaciona-se com as funções de escolha da estratégia comportamental a ser adotada, manutenção da atenção e controle do comportamento emocional, função exercida juntamente com o hipotálamo e o sistema límbico.
Vias da Dor
Trato neoespinotalâmico para a dor rápida:
As fibras dolorosas do tipo A δ do tipo rápido transmite dor mecânica e térmica aguda, elas terminam na lâmina I.
Terminam
no grupo nuclear posterior do tálamo.
Glutamato como possível neurotransmissor secretado nessas terminações nervosas, com duração de alguns milisegundos.
Via paleoespinotalâmica para a transmição da dor crônica e lenta:
Fibras periféricas crônicas lentas do tipo C.
Terminam nas lâminas II e III dos cornos dorsais, no conjunto é chamado de substância gelatinosa.
Fibras do tipo C secretam o glutamato e a substância P, a substância P pode durar até alguns minutos.
Transmitem os sinais através dos núcleos intralaminar e ventrolateral do tálamo.
Procedimento cirúrgico para aliviar a dor é a cauterização de áreas dolorosas específicas nos núcleos intralaminares no tálamo
É especialmente importante enfatizar a relação entre o córtex cerebral e o tálamo.Quando o tálamo e danificado junto ao córtex cerebral, a perda da função cerebral é de longe maior do que quando apenas o córtex é danificado,pois a excitação talâmica do córtex é necessária para quase toda atividade cortical.
As conexões são em duas direções, tálamo-corticais e cortico-talâmicas.
o tálamo e o córtex juntos são chamados de sistema tálamo cortical.
Funções do tálamo
Sensibilidade:
Com exceção do impulso olfatório, todos os impulsos sensitivos passam em um núcleo talâmico.
Distribui às áreas específicas do córtex os impulsos que recebem das vias leminiscais.
Alguns estímulos são interpretados em nível talâmico.
Pode modificar alguns estímulos.
Motricidade:
Através de núcleos ventral anterior e ventral lateral, em circuitos pálido-corticais e cerebelo-corticais, respectivamente.
Comportamento emocional:
Através dos núcleos do grupo anterior, integrantes do sistema límbico e do núcleo dorsomedial com suas conexões com a áreas pré-frontal.
Ativação do córtex:
Através dos núcleo talâmicos inespecíficos e suas conexões com o sistema ativador reticular ascendente.
Correlações Clínicas
Infartos talâmicos
Os infartos talâmicos decorrem da obstrução dos vasos sanguíneos que irrigam o tálamo.
Formação de trombos, calcificação das paredes dos vasos sanguíneos e por inflamações.
Causam isquemia dos tecidos, gerando necrose.
Irrigação do tálamo
 Pode-se dizer que o tálamo é irrigado por 4 artérias principais:
Artéria tálamo tuberal
Artéria paramediana ou de Percheron
Artéria inferolateral
Artéria coroidea posterior
Infarto da artéria tálamo tuberal
 
A artéria tálamo tuberal irriga:
Núcleo reticular, núcleo ventral anterior, parte rostral do núcleo ventrolateral, pólo ventral do núcleo dorsomedial, fascículo mamilo-talâmico, parte ventral da lâmina medular interna e os núcleos anteriores.
Infarto da artéria tálamo tuberal
O infarto da artéria tálamo tuberal causa déficits neuropsicológicos:
Perda de memória recente
Dificuldade em obter novos aprendizados
Desorientação temporal
Lesões no lado direito → deficiência de memória visual
Lesões no lado esquerdo → distúrbios de linguagem
Infarto da artéria tálamo tuberal
Van Cramon et al. consideram essa perda de memória como resultado da:
Desconexão entre os núcleos anteriores do tálamo e o hipocampo, pela perturbação do fascículo mamilo-talâmico.
Desconexão entre os núcleos anteriores e a amígdala, pela perturbação da lâmina medular interna, por onde passam projeções amígdalotalâmica.
Infarto da artéria paramediana
A artéria paramediana irriga uma vasta área do tálamo, principalmente:
Núcleos dorsomedial, lâmina medular interna e os núcleos intralaminares.
Infarto da artéria paramediana
O infarto da artéria paramediana manifestam
sintomas parecidos com os do infarto da artéria
tálamo tuberal. Contudo, as manifestações são
mais acentuadas:
A perda de memória é mais severa, causando amnésia retrógrada e anterógrada.
Distúrbios comportamentais → confusão, irritabilidade, agressividade, perda de iniciativa, apatia.
Infarto da artéria paramediana
Normal
Infarto
Infarto da artéria inferolateral
A artéria inferolateral irriga:
os corpos geniculados mediais, grande parte dos núcleos ventrais posteriores, as partes rostral e lateral dos pulvinares e dos núcleos dorsolaterais.
Infarto da artéria inferolateral
O infarto da artéria inferolateral provoca uma síndrome denominada síndrome de Dejerine Roussy e está relacionada, principalmente, com a sensibilidade. As principais manifestações da síndrome de Dejerine Roussy são:
Perda de sensibilidade no hemicorpo contralateral à área lesada.
Dor cetral.
Ataxia.
Estereognosia. 
Sensações desproporcionais (desagradáveis) à estímulos sensoriais.
Hemiparesia e hemiplegia.
Infarto da artéria coroidea posterior
A artéria coroidea posterior irriga:
Os núcleos subtalâmicos, a metade medial dos corpos geniculados mediais, núcleos intralaminares e os núcleos pulvinares.
Infarto da artéria coroidea posterior
Há poucos relatos sobre as manifestações clínicas do infarto da artéria coroidea posterior. Nesses poucos, os autores relatam as seguintes manifestações:
Quadrantanopia.
Perda hemissensorial
Afasia
Perda de memória
Tratamento
Anti-depressivos
Anti-convulsivos
Opiáceos
Terapias ( fisioterapia, acupuntura).
Estimulação Cerebral Contínua (DBS) Talâmica para Controle do Tremor
ESTIMULAÇÃO CEREBRAL CONTÍNUA (DBS) TALÂMICA PARA CONTROLE DO TREMOR
 
José Augusto Nasser1,2, Asdrubal Falavigna1, Armando Alaminos1, Antônio de Pádua Bonatelli3, Fernando Ferraz3
 
 
RESUMO - OBJETIVO: Apresentamos resultados da estimulação contínua do núcleo ventral intermédio (VIM) talâmico para o controle do tremor. MÉTODO: Quatro pacientes foram selecionados no período de outubro de 1999 a janeiro de 2001 com tremor incapacitante refratário à farmacoterapia. Dois pacientes apresentavam tremor essencial (TE) bilateral e 2 pacientes tremor de repouso por doença de Parkinson (DP), um à direita e outro à esquerda. Após avaliação sistemática, foram submetidos ao implante de eletrodo talâmico, modelo DBS 3387(Medtronic), para estimulação cerebral profunda (ECP) com alta frequência, sendo este bilateral nos casos de TE e unilateral nos casos com tremor por DP. RESULTADOS: Os pacientes tiveram seu seguimente clínico até o presente, com média de 12 meses, sendo observada a eficácia da estimulação do núcleo VIM no controle dos disparos das células do tremor. As complicações temporárias do tipo parestesias, disartrias e discreto aumento do tônus foram revertidas após o ajuste dos parâmetros de estimulação. CONCLUSÃO: Os resultados confirmam os achados da literatura, de que a estimulação talâmica é excelente opção terapêutica no tratamento do tremor, havendo possibilidade de estimulação talâmica bilateral simultânea com segurança.
PALAVRAS-CHAVE: estimulação cerebral profunda, núcleo VIM talâmico, tremor essencial, tremor parkinsoniano.
 
Deep brain stimulation of VIM thalamic nucleus for tremor control
ABSTRACT - PURPOSE: We present our results in 4 patients with tremor, in whom electrodes (uni and bilateral) for Deep Brain Stimulation (DBS) were implanted in the ventral intermediate nucleus (VIM) of the thalamus. METHOD: Four patients with disabling tremor, with drug-resistant spite of optimum therapeutic trials with poor response were referred to do surgery. Two patients had bilateral essential tremor. These patients were implanted with electrodes for DBS 3387 (Medtronic). Two patients had unilateral parkinsonian tremor and they received unilateral implantation of model 3387 DBS. RESULTS:All four patients showed relieve of the tremor symptoms with significant tremor control seen at the scores. There were no definite adverse events after the electrodes implants for DBS; adverse events were transient and promptly reversed after the adjustment of the parameters. CONCLUSIONS: The results the authors found in this study indicate that VIM-stimulation is effective for tremor control either parkinsonian or essential tremor. The results correlate with the data in the literature.
KEY WORDS: deep brain stimulation, VIM, essential tremor, Parkinson disease.
Fig 1. Fluoroscopia intraoperatória comprovando o correto
posicionamento do eletrodo no alvo (núcleo VIM talâmico) após
fixação do eletrodo quadripolar.
Fig 2. Ressonância magnética feita antes da primeira programação da estimulação cerebral comprovando
o correto posicionamento do eletrodo no núcleo VIM talâmico esquerdo.
Referências
MACHADO, ANGELO. Neuroanatomia Funcional. 2.ª edição. São Paulo: Editora Atheneu. 2000.
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier Ed., 2006.
MOORE, K.L. & PERSAUD, T.V.N. Embriologia Clínica, 8ª ed., Elsevier, Rio de Janeiro, 2008.
LARSEN, W. Embriologia humana. Churchill Livingstone Ed.,2011.
RICHARD S. SNELL. Neuroanatomia Clínica. 7.ª ed. Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2011.
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-282X2002000300017&script=sci_arttext
SCHMAHMANN J.D. Vascular syndromes of the thalamus. Stroke 2003; 34:2264-2278.

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