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Aula 3 Amebíase

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Amebíase
Odinilson Brandão
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 Epidemiologia
Importante problema de saúde pública;
 480 milhões de pessoas no mundo infectadas;
 50 milhões de casos invasivos/ano;
 100mil óbitos/ano;
 número de casos assintomáticos;
 frequente em adultos
 Profissão mais atingida – trabalhadores de esgotos
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 Cosmopolita - varia de acordo com a região (OMS, 2012)
 Epidemiologia
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2,5 a 11% : Sul e Sudeste
 19% Região amazônica gravidade 
 10% Demais regiões
 Epidemiologia
 Brasil
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 Agente etiológico
Entamoeba histolytica
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 Diferenças nas formas clínicas da doença;
Evidências bioquímicas: diferenças no perfil isoenzimático;
Métodos imunológicos: através de anticorpos;
Técnicas genéticas: através de diferenças no DNA genômico ou ribossomal dessas amebas. 
 Estudos recentes baseados em:
 Agente etiológico
 Aproximadamente durante um século: E. histolytica foi considerada como única espécie.
1997 OMS assume a Entamoeba dispar infectando o homem – infecções assintomáticas
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 Classificação
Taxonomia
Reino : Protista
Sub-reino: Protozoa
Filo: Sarcomastigophora
Sub-filos: Mastigophora
Classe: Lobosea
Família: Endamoebidae
Gênero: Entamoeba
 Espécie: Entamoeba histolytica
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 Entamoeba histolytica
 E. coli
 E. dispar
 E. Hartmanni
 E. Gengivalis
 Endolimax nana
 Iodamoeba bütschlii
 Diantamoeba fragilis
Patogênica
Comensais
 Classificação
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 Morfologia
 Formas evolutivas do parasito
Cisto -forma infectante
 Metacisto
 Trofozoíto– forma patogênica (vegetativa) Hábitat: luz do intestino grosso.
 Pré-cisto
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 Esféricos/ovais
 8µm a 20µm de diâmetro
1-4 núcleos
 Parede cística - quitina
 corpos cromatóides – agregados de ribossomos
forma de resistência
eliminado nas fezes
 viabilidade: 20 dias
 Forma evolutiva - Cistos
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 Forma evolutiva - Trofozoítos
 20 a 60 µm de diâmetro
1 núcleo
 Pleomórficos – emissão de pseudópodes
 citoplasma: ecto e endoplasma
 ingestão pinocitose/fagocitose:
- Bactérias e grãos de amido (forma não inavasiva)
- hemáceas (forma invasiva) 
 multiplicação: divisão binária 
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Ingestão de 
cistos maduros
 Mecanismos de transmissão
Contato indireto 
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Contato direto – Relações sexual (oral-anal)
 Mecanismos de transmissão
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 Ciclo de vida
 Monoxênico
Metacisto
Trofozoítos
Cólon
Divisão binária
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 Ciclo de vida
 Monoxênico
Cólon
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 Patogenia
 Invasão amebiana – quebra do equilíbrio entre o hospedeiro e parasito;
 Trofozoítos invadem os tecidos
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extra-intestinal
Adesão – lectinas 
 Destruição tecidual – enzimas proteolíticas
 Dispersão amebóide – microulcerações em direção a muscularis mucosae 
 Patogenia
Mecanismos de invasão
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Liberação de fatores líticos
Formas invasivas
 Patogenia
Colagenases
Proteases
Degradação da matriz extra- celular
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 Patogenia
Progressão em todas as direções;
Ulceração – “Botão de camisa” ou “colo de garrafa”;
Ameboma – formação esporádica.
Mecanismos de invasão
3. Dispersão amebóide 
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Adesão
Ulceração
perfuração
Abscesso
fígado
 Patogenia
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 Patogenia
 Manifestações Clínicas
Difíceis e arbitrárias
 1969 OMS propôs a seguinte classificação:
Forma assintomática
Forma sintomática
Amebíase intestinal
Amebíase extra-intestinal
Colite não disentérica
Colite disentérica
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Formas sintomáticas
 - Amebíase intestinal: colite não disentérica
 
 Manifestações Clínicas
 Forma clínica + frequente em nosso meio;
 2 a 4 evacuações diarréicas ou não/ dia 
 Presença de muco ou sangue
 Desconforto abdominal, cólicas
 Febre - raramente
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Formas sintomáticas
 - Amebíase intestinal: colite disentérica
 
 Manifestações Clínicas
 Forma aguda;
 Cólicas intestinais e diarréia 
 10 ou + evacuações/dia 
 Evacuações mucossanguinolentas
 Cólicas intensas e tenesmo 
 Febre moderada
 Prostração
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Formas sintomáticas
 - Amebíase extra - intestinal
 
 Manifestações Clínicas
 Abcessos hepáticos – Forma + comum
 Predomina em adultos – 20 a 60 anos
 + frequente em homens
 Dor, febre e hepatomegalia
Complicações
Ruptura;
Infecção; 
Propagação para outros órgãos
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Segmento de ceco e cólon infectados com E. histolytica – úlcerações múltiplas
 Patogenia
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Abscesso amebiano hepático
 Patogenia
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 Formas clínicas e Sintomatologia - Resumo
 Forma assintomática 
 Forma intestinal (não invasiva) – colite não disentérica
 dores abdominais (cólicas)
 diarréias (pode ficar crônica)
 Forma intestinal invasiva – colite disentérica 
 colite amebiana aguda, disenteria grave (fezes líquidas)
 úlceras intestinais, abscessos
 Forma extra-intestinal
 fígado (+ comum): dor, febre, hepatomegalia
 pulmão (+ raro)
 cérebro (+ raro)
 pele (região perianal e órgãos genitais)
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 Mecanismos de defesa do hospedeiro
Camada Mucosa - mucina: gel aderente, previne a adesão da ameba às células epiteliais facilitando a eliminação do parasita
Glicosidases produzidas pelas bactérias da microbiota
 intestinal e proteases do lúmen degradam a lectina da E. hystolyica
3. Resposta imune adquirida – humoral e celular
Trends in Parasitology 2007, 23 (3)
 Imunidade
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 Diagnóstico
Superposição de sintomas comuns a várias doenças.
 Disenteria bacilar, salmonelose, síndrome do cólon irritado e esquistossomose.
 Clínico 
???
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 Parasitológico de fezes – identificação
Fezes diarréicas: trofozoítos e cistos
Fezes formadas: cistos
Diferenciar amebas não patogênicas
Eliminação intermitente
 Diagnóstico
 Laboratorial
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 Diagnóstico diferencial com amebas não patogênicas 
 
E. histolytica x E. coli
E. histolytica x E. dispar 
 Diagnóstico
 Parasitológico
 Problemas
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 Diagnóstico diferencial
 E. histolytica X E. coli
4 núcleos
8 núcleos
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 Parasitológico
 Coleta das amostras – 3 amostras em dias alternados
 Diagnóstico
 Laboratorial
conservadores (SAF ou MIF);
 uso de tetraciclinas, hidróxido de magnésio, óleos minerais, anti-diarréicos (caulim ou bismuto) e contraste radiológico – falseiam ou dificultam o exame
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 Diagnóstico
 Imunológico
Método de escolha nos casos de amebíase extra-intestinal 
ELISA para detecção de antígeno nas fezes
 ELISA para detecção Acs IgG soro - amebíase invasiva 
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 Outros Exames:
 
 Retossigmoidoscopia 
 Raio-X
 Cintilografia
 Ultra – sonografia
 Ressonância magnética
Tomografia computadorizada
 Diagnóstico
Identificar a localização
Número 
Tamanho
Abscessos
Distingui-los
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 Profilaxia e Controle
Saneamento básico
Educação sanitária
Higiene pessoal (lavar as mãos)
Tratamento de água
Controle de alimentos (lavar frutas e verduras)
 Exame frequente dos manipuladores de alimentos
Tratamento das fontes de infecção
 Combate as moscas
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 Profilaxia e Controle
Vacinas (experimentais)
 
Alvos
 trofozoítos (via oral)
 cistos (impedir encistamento – bloqueio da transmissão)
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 Tratamento
 Formas intestinais
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 Tratamento
 Formas graves
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História natural da amebíase
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 Exercícios
1) Descreva o ciclo biológico da Entamoeba histolytica.
2) Cite as formas evolutivas da E. histolytica identificando a forma vegetativa e a forma infectante.
3) Esquematize as manifestações clínicas da amebíase segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS, 1969).
4) Identifique quais os métodos de diagnóstico mais indicados para os casos de amebíase intestinal e extra-intestinal.
5) Cite alguns exames complementares utilizados para o diagnóstico de amebíase.
6) Aponte medidas profiláticas recomendadas na prevenção da amebíase.
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Amebíase
Odinilson Brandão
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