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ENFERMAGEM EM SAÚDE DA FAMÍLIA SUS aula 4

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O Sistema Único de Saúde
SUS
Professora: Célida Luna Mendivil
2016 
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Conjunto de ações e serviços de saúde prestados por instituições públicas dos três níveis do governo, com participação complementar do setor privado;
Os três níveis de governo são responsáveis pela gestão e financiamento do SUS, de forma articulada e solidária. 
O Sistema único de Saúde (SUS)
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 Em 1990 o Governo edita as Leis 8.080/90 e 8.142/90, conhecidas como Leis Orgânicas da Saúde, regulamentando o SUS, criado pela Constituição de 1988. 
 8.080 de 19 de setembro de 1990 - dispõe sobre as condições para a organização e o funcionamento dos serviços
 8142 de 28 de dezembro de 1990 - dispõe sobre a participação da comunidade e das transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde
Legislação
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Princípios do SUS
Universalidade
Equidade
Integralidade da Assistência
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Princípios do SUS
Universalidade
“ Todas as pessoas tem direito ao atendimento independente de cor, raça, religião, local de moradia, situação de emprego ou renda,etc.A saúde é direito de cidadania e dever dos governos.
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Princípios do SUS
Integralidade
Os serviços de saúde devem funcionar atendendo o indivíduo como ser humano integral.
O atendimento deve ser para sua saúde e não somente para suas doenças.
Atendimento para erradicar as causas e diminuir os riscos , além de tratar os danos.
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Princípios do SUS
Equidade
“ Todo cidadão é igual perante o SUS e será atendido conforme as suas necessidades.
Os serviços de saúde devem considerar que cada população existem grupos que vivem de forma diferente, ou seja, cada grupo ou classe social ou região.Tem problemas específicos, tem diferenças no modo de viver, de adoecer e de ter oportunidades de satisfazer suas necessidades de vida.
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Princípios que regem a organização do SUS
Regionalização e Hierarquização
Resolubilidade
Descentralização
Participação dos cidadãos: O controle social
Complementariedade do setor privado
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Princípios que regem a organização do SUS
As ações e serviços de saúde de menor grau de complexidade são colocadas à disposição do usuário em unidades de saúde localizadas próximas de seu domicílio. As ações especializadas ou de maior grau
 de complexidade são alcançadas por meio de mecanismos de referência, organizados pelos gestores nas três esferas de governo.
Por exemplo:
 O usuário é atendido de forma descentralizada, no âmbito do município ou bairro em que reside. Na hipótese de precisar ser atendido com um problema de saúde mais complexo, ele é referenciado, isto é,
 encaminhado para o atendimento em uma instância do SUS mais elevada, especializada.
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Alguns dos objetivos do SUS – 
Cap. I, Art 6º, Lei nº 8.080/90
A execução de ações:
a) de vigilância sanitária;
b) de vigilância epidemiológica;
c) de saúde do trabalhador; e
d) de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica; 
II - a participação na formulação da política e na execução de ações de saneamento básico;
III - a ordenação da formação de recursos humanos na área de saúde;
IV - a vigilância nutricional e a orientação alimentar; 
VI - a formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção; 
X - o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento científico e tecnológico;
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Instâncias de Gestão
Comissões Intersetoriais
 Finalidade : articular programas e políticas que tenham
interesse para a saúde cuja execução envolva áreas não
compreendidas no âmbito do SUS
 São subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde, assim por exemplo: 
 a continuação
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Comissões Intersetoriais
Comissões Permanentes de Integração:
“Art. 14. Deverão ser criadas comissões permanentes de integração
entre os serviços de saúde e as instituições de ensino
profissional e superior.
Parágrafo único - Cada uma dessas comissões terá por finalidade
propor prioridades, métodos e estratégias para a formação e
educação continuada dos recursos humanos do Sistema Único
de Saúde-SUS, na esfera correspondente, assim como em relação à
pesquisa e à cooperação técnica entre essas instituições.”
Importante
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Articulação entre as 3 esferas: CIB e CIT (inserções da lei 12.466/2011)
Objetivos de atuação da CIB e CIT:
I - decidir sobre os aspectos operacionais, financeiros e
administrativos da gestão compartilhada do SUS, em
conformidade com a definição da política consubstanciada em
planos de saúde, aprovados pelos conselhos de saúde;
II - definir diretrizes, de âmbito nacional, regional e
intermunicipal, a respeito da organização das redes de ações
e serviços de saúde, principalmente no tocante à sua governança
institucional e à integração das ações e serviços dos entes
federados;
III - fixar diretrizes sobre as regiões de saúde, distrito
sanitário, integração de territórios, referência e
contrarreferência e demais aspectos vinculados à integração das
ações e serviços de saúde entre os entes federados
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Instâncias de Gestão
Conferências, Conselhos e Comissões
Conferências Nacionais e Municipais de Saúde
Comissão Intergestores Tripartite (CIT): nacional, gestores das três esferas de governo
Comissão Intergestores Bipartites (CIB): estadual, gestores do governo estadual e e secretários municipais de saúde – presente em todos os Estados
Conass – Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde
Conasems – Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde
Cosems – Conselho de Secretários Municipais de Saúde
Conselhos de Saúde: representantes do Governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários – Nacional, Estadual e Municipal
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Estrutura Institucional e 
Decisória do SUS
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 A Organização e a Gestão do SUS e
os Municípios:
“Art. 8º - As ações e serviços de saúde, executados pelo
Sistema Único de Saúde - SUS, seja diretamente ou mediante
participação complementar da iniciativa privada, serão
organizados de forma regionalizada e hierarquizada em
níveis de complexidade crescente [...]” 
Referencia Contrareferencia 
 Terciário
 Secundário
 Primário
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 A Organização e a Gestão do SUS e
os Municípios:
“Art. 10º - Os Municípios poderão constituir consórcios
para desenvolver, em conjunto, as ações e os serviços de saúde que
lhes correspondam.
§ 1º - Aplica-se aos consórcios administrativos intermunicipais o
princípio da direção única [...]
§ 2º - No nível municipal, o Sistema Único de Saúde-SUS
poderá organizar-se em distritos de forma a integrar e
articular recursos, técnicas e práticas voltadas para a cobertura total
das ações de saúde.
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 A Organização e a Gestão do SUS e
os Municípios:
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Financiamento
“[...]Cada esfera governamental deve assegurar o aporte regular de recursos ao respectivo fundo de saúde de acordo com a Emenda Constitucional nº 29, de 2000.” (BRASIL, 2009)
Vale ressaltar que o financiamento do SUS é de
responsabilidades das 3 esferas de governo, ou tripartite
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Financiamento
Fundo Nacional da saúde Orçamento CNS
 da união
Fundo Estadual da Saúde Orçamento do CES
 Estado
 Fundo Municipal da Saúde Orçamento CMS
 do Município
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Financiamento
Os recursos financeiros do SUS serão
 depositados em conta especial, em cada esfera de sua atuação, e movimentados sob fiscalização dos respectivos Conselhos de Saúde. (Lei 8080/90 - Art. 33)
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Financiamento
“Art. 35. Para o estabelecimento de valores a serem transferidos a E,
DF e M, será utilizada a combinação dos seguintes critérios, segundo análise técnica de programas e projetos:
 I - perfil demográfico da região;
 II - perfil epidemiológico da população a ser coberta;
 III - características quantitativas e qualitativas da rede de saúde na área;
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Financiamento
 IV - desempenho técnico, econômico e financeiro no período anterior;
 V - níveis de participação do setor saúde nos orçamentos estaduais e municipais;
 VI - previsão do plano qüinqüenal de investimentos da rede;
 VII - ressarcimento do atendimento a serviços prestados para outras esferas de governo.”
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Financiamento
Ano Receitas Estaduais Receitas Municipais
2000 7,0 7,0
2001 8,0 8,6 
2002 9,0 10,2
2003 10,0 11,8
2004 12,0 15,0
ADEQUAÇÃO DOS LIMITES MÍNIMOS
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Financiamento
DA UNIÃO
No ano de 2000 foi estabelecida a obrigatoriedade de
 aplicação do valor equivalente ao empenhado no exercício financeiro de 1999, acrescido de 5%. Nos anos seguintes, o valor anual a ser aplicado passou a ser calculado com base no “valor apurado no ano anterior”, corrigido pela variação nominal do Produto Interno Bruto – PIB do ano em que se elabora a proposta orçamentária.
Foi estabelecida a obrigatoriedade de aplicação de um percentual mínimo de 7% da receita de impostos, inclusive as transferências constitucionais e legais.
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Controle Social
Garantia de participação da população no âmbito da Saúde, na fiscalização e condução das políticas;
Para garantir a sua autonomia de gestão, cada município deve ter um Conselho Municipal de Saúde em pleno funcionamento;
Estima-se que haja 100 mil conselheiros de saúde em todo o país
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Atenção Básica 
Conjunto de ações de saúde, no âmbito 
 Individual e coletivo, que abrange a promoção, proteção, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde.
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Unidades de Atenção Básica
Porta de entrada ideal no SUS
Quando organizada, possibilita melhor organização e funcionamento dos serviços de média e alta complexidade;
Gestão Municipal
44.223 UBS (2005)
Unidade de Saúde da Família;Posto de Saúde; Unidade Básica de Saúde; Unidade Móvel Fluvial; Unidade Terrestre Móvel; Unidade Mista; Ambulatório de unidade hospitalar geral
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Estratégia Saúde da
Família: PACS/PSF
PACS: Programa de Agentes Comunitários de Saúde – 208 mil ACS (2005) – formação técnica de 400h
 ESF: Estrategia Saúde da Família: 1 médico, 1 enfermeiro, 1 auxiliar de enfermagem e agentes comunitários (equipe mínima); outros profissionais
Reverter o modelo tradicional de atenção à saúde com ações de promoção da saúde, prevenção, recuperação, reabilitação de doenças e agravos mais freqüentes
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Serviços Privados de Assistência à Saúde 
Atuação, por iniciativa própria de profissionais liberais e pessoas jurídicas, sendo a assistência à saúde livre à iniciativa privada, e vedada a participação de de empresas/capitais estrangeiros (Cap.I, Lei nº 8.080) 
A Agência Nacional de Saúde Suplementar é quem regula, normaliza, controla e fiscaliza estas atividades
Atua em caráter Complementar
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Saúde Suplementar
Instituições Privadas que oferecem serviços de atenção à saúde sob pagamento;
2 mil empresas operadoras de planos de saúde, atendendo a cerca de 37 milhões de usuários;
Gera receita para os Hospitais de excelência do SUS ao repassar receita advinda do atendimento a seus usuários, como o INCOR;
Como o Grupo Hospitalar Conceição, (Porto Alegre, RS), que congrega quatro grandes hospitais e desde de 2003 não recebe pacientes de planos particulares, os grandes Hospitais buscam gerir seu orçamento sem recursos dos planos, em respeito às diretrizes do SUS 
Serviços Privados de Assistência à Saúde 
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Resumindo...
SUS Constitucional x SUS Real
Universal, regido pela solidariedade social, como no Canadá, Reino Unido, Itália ou Suécia...
Ou apenas para as camadas mais pobres da população, em um modelo segmentado, com base no mercado, como o Medicaid/Medicare, nos Estados Unidos?
Áreas de excelência do SUS hoje: Imunização, DST/AIDS, Transplantes
Três grandes subsistemas: 
SUS: subsistema público, para 130 milhões de brasileiros;
Subsistema privado, para 40 milhões que pagam por si ou pelo empregador;
Subsistema privado de desembolso direto, para ricos e pobres
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SUS terá de fazer retirada e plástica da mama em cirurgia única (Aprovado no senado 26-03-2013
De acordo com o projeto, o Sistema Único de Saúde (SUS) fica obrigado a reconstruir a mama mutilada na mesma cirurgia. 
Um deles beneficia as mulheres que precisam se submeter à retirada do seio, em consequência de câncer. 
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