Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Centro Universitário Estácio do Ceará – Estácio/FIC Disciplina de Parasitologia Básica em Enfermagem ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA Profa. Rosiane Teles Schistosoma mansoni CLASSE: Trematoda ORDEM: Digenea FAMÍLIA: Schistosomatidae GÊNERO: Schistosoma ESPÉCIE: Schistosoma mansoni Schistosoma haematobium Schistosoma japonicum Schistosoma intercalatum Schistosoma mekongi • Única que existe no Brasil Ocorre na África, Antilhas e América do Sul Schistosoma mansoni •EPIDEMIOLOGIA Ampla distribuição geográfica (África, Antilhas e América do Sul) Idade (faixa etária mais jovem) Meio ambiente favorável (temperatura e luminosidade) Susceptibilidade do molusco (Biomphalaria) Presença de pessoas Infectadas eliminando ovos viavéis nas fezes. MORFOLOGIA •Tem sexos separados: Macho Mede 1 cm, cor esbranquiçada, corpo dividido em 2 porções: Anterior: ventosa oral e ventral Posterior: canal ginecóforo Fêmea Mede 1,5 cm, cor mais escura, corpo dividido em 2 porções: Anterior: ventosa oral e ventral Posterior: glândulas vitelinas e ceco MACHO FÊMEA Schistosoma mansoni •TRANSMISSÃO Através da penetração ativa das cercárias na pele e mucosas Áreas mais atingidas pés e pernas Locais de maior transmissão Valas de irrigação, açudes, pequenos córregos MORFOLOGIA OvoMede 150 μm, oval e apresenta lateralmente um espículo voltado para trás (longevidade do ovo maduro: 3 a 4 semanas). Miracídio Cilíndrico e ciliado (vivem cerca de 8 a 10 horas). Curta expectativa de vida Tem que penetrar no molusco logo Esporocisto primário Esporocisto secundário – produtores de cercaria Cercária Esquistossômulo Dentro do molusco – miracidio perde seu cílios Esporocisto I e II Cercárias Produção de esporocisto e cercarias enquanto durar a vida do caramujo. Esquistossômulo – forma intermediária entre a cercaria e o verme adulto Forma infectante do homem • Esquistossômulos – forma-se a partir da cercaria ao mesmo tempo que esta penetra na pele. Vão para a circulação –> chegam ao coração direito e pulmão –> vão para o coração esquerdo –> bombeados para todos os órgãos. Quando chega ao sistema porta intra-hepático – diferenciam-se em macho e fêmea – acasalamento – caminham juntos pela mesentérica inferior e seus ramos e demais veias. Localização habitual – vênulas da parede do reto, sigmoide e intestino grosso. Schistosoma mansoni •HÁBITAT Vermes adultos Sistema porta intra-hepático Acasalamento e postura Plexo hemorroidário terminais da veia mesentérica inferior. Eliminação de cercarias pelo molusco •Ritmo circadiano •De 9 hs ao entardecer •Pico às 11 horas Poder infectante – média 8 hs Esquistossomose •Fase aguda ALTERAÇÕES CUTÂNEAS: 2-3 dias Dermatite cercariana: Sensação de comichão Eritema Edema Pequenas pápulas Dor. ALTERAÇÕES GERAIS Manifestações discretas nos pulmões e fígado – devido a penetração dos esquistossômulos Forma toxêmica = depende do no de parasitas e sensibilidade do hospedeiro. Início súbito – 15o ao 25o dia Febre Linfadenopatia Esplenomegalia Hepatomegalia Urticária VERMES Os mortos causam lesões no fígado Ação espoliadora Consomem 2,5 mg de ferro por dia FASE CRÔNICA Formação de granulomas em torno dos ovos do parasito. Apenas metade é eliminada nas fezes. Fase intestinal A maioria assintomática – levam mais de 10 anos para atingir o máximo da carga parasitária. Retocolite, tenesmo e ardor ao defecar. Fase hepatointestinal Com a migração dos helmintos para a submucosa e dos ovos para o fígado. Forma hepatointestinal Má digestão Sensação de plenitude gástrica pós- prandial, flatulência e inapetência, Mal-estar, nervosismo, desânimo e emagrecimento. Hepatoesplenomegalia Os ovos prendem-se nos espaços porta, com a formação de numerosos granulomas Fibrose periportal Obstrução dos ramos intra hepáticos da veia porta Hipertensão portal Forma hepatoesplênica Devido a congestão do ramo esplênico Esplenomegalia Predominam manifestações da hipertensão porta: Varizes esofagogástricas Hematêmese Anemia Edema Ascite Forma cardiopulmonar: Tosse seca, febre, broncopneumonia, asma Descompensação cardíaca: Cor pulmonale Síndrome cianótica •Esquistossomose associada a outras infecções: •Salmonelose Septicêmica Prolongada •Staphylococcus aureus •Hepatite B Diagnóstico Laboratorial Exame de fezes: Kato-Katz Lutz (sedimentação espontânea) Método de Eclosão miracidiana Biópsia retal, biópsia hepatica Falsos negativos: • 4 e 6 semanas após a infecção (a oviposição não tendo começado) • Nas semanas que se seguem a um tratamento que intoxicou mas não matou todos os helmintos. Exames sorológicos Intradermoreação ELISA • Empregada com vantagem, em especial quando os ovos são raros. • TRATAMENTO Oxamniquine (Mansil ou Vansil) (Age sobre as formas adultas do parasito) 15 mg/kg de peso do paciente, dose única, por via oral. Crianças com menos de 30 kilos 20 mg/kg de peso, em duas doses de 10 mg/kg, com intervalo de 4 a 6 horas. Praziquantel (CESTOX, CISTICID, BILTRICID) (Age sobre as formas adultas do parasito) 40 mg/kg de peso do paciente, dose única, via oral. Critérios de cura: evolução clínica e exame parasitológico – negativo por mais de 4 meses após o tto. •PROFILAXIA No contexto geral: Saneamento básico Educação sanitária Tratamento dos doentes Combate ao molusco presentes nos focos peridomiciliares através de moluscocidas.
Compartilhar