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Conceito e evolução do Simbolismo

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Simbolismo e Desenvolvimento da Linguagem
Baseado em levantamento literário, o artigo conceitua termos e tem por objetivo identificar a relação entre o simbolismo, desenvolvimento cognitivo e a alteração no desenvolvimento da linguagem, em crianças assim diagnosticadas. 
A alteração de linguagem ocorre quando há anormalidade na aquisição, compreensão ou expressão da linguagem, seja ela oral ou escrita. Essa alteração pode fazer com que o indivíduo não retenha informação e não a memorize, modificando a maneira de interagir com o mundo. Nesse caso, afeta também a evolução do simbolismo que pode ser - em testes e pesquisas como no texto apresentados – indicativo da cognição da criança exposta à determinada situação.
O vínculo entre gesto e linguagem é percebido desde cedo no desenvolvimento da criança, aliás, o gesto a partir de um determinado tempo pode ser considerado como representação da linguagem, interagindo e definindo componentes externos. Tanto gestos quanto palavras são formas de manifestar as ações contidas nos objetos. Tal afirmação foi em outra ocasião indicada por Piaget (1962), demonstrando um modelo de homologia geral, de forma que o simbolismo e a linguagem caminham juntos durante os estágios de desenvolvimento.
Fundamentando no modelo de Piaget foi realizado um estudo para avaliar a maturidade simbólica da criança através do jogo simbólico, analisando-a de acordo com o uso que ela faz de objetos. Posteriormente, outros estudos foram feitos defendendo a ideia que a linguagem e o jogo simbólico estão associados somente em pontos específicos e habilidades simbólicas linguísticas e não linguísticas peculiares, esse modelo foi denominado teoria da homologia local.
Ainda na análise da investigação de alteração da linguagem sabe-se que não é recomendado que a comparação de grupos seja feita por critérios de idade cronológica. O que em minha opinião deveria ser o comum, já que o diagnóstico de uma possível alteração será dado de acordo com o desenvolvimento normal de uma determinada faixa etária.
A relação jogo simbólico e desenvolvimento normal de linguagem é determinada pelo modelo da homologia local e descreve quatro estágios: Na comunicação pré- simbólica a criança entre 9 e 12 meses pede por apontamento acompanhado de vocalizações. Em símbolos, entre 13 e 20 meses emergem as primeiras palavras e gestos convencionais associados a objetos. Nas combinações simbólicas, entre 20 e 24 meses há combinação de palavras e frases e combinações de esquemas gestuais simples e múltiplos. E em sequências simbólicas, após os 28 meses começa o processo de gramatização da linguagem. 
Com base nesse parâmetro podemos sugerir as diferenças na relação entre jogo simbólico e alteração de linguagem. As crianças com alteração no desenvolvimento da linguagem apresentaram resultados inferiores no jogo simbólico quando comparadas com crianças com desenvolvimento normal e mesma idade.
A pesquisa desenvolvida no artigo foi feita com 17 crianças com alteração da linguagem e são submetidas a terapia fonoaudiológica. Foram três sessões de testes, a primeira de brincadeira livre onde foi ofertada uma caixa de brinquedos, a segunda de imitação de esquema simples e a terceira de realização de sequências rotineiras. 
Na brincadeira livre a maioria das crianças respondeu com esquemas pré-simbólicos, ou seja, apenas nomearam e reconheceram a função dos brinquedos. Tendo em vista que havia crianças de dois a seis anos era de se esperar que mais crianças usassem outro esquema. Mas isso ocorre devido ao fato de que crianças com alterações têm menos habilidade em adaptar brinquedos para diferentes finalidades.
Na sessão de imitação de esquema simples grande parte das crianças conseguiram imitar a maioria dos esquemas. Essa facilidade pode ser justificada pelo fato que elas apresentam melhor desempenho quando a situação apresentada é estruturada e com apoio de outrem. Na terceira sessão, de realização de imitação de sequências rotineiras nenhum indivíduo conseguiu repetir por completo as sequências apresentadas, isso pode indicar uma imaturidade em lidar com os esquemas simbólicos.
A realização de uma avaliação da criança com alteração de linguagem deve considerar-se o desenvolvimento cognitivo e o jogo simbólico apresentado. Concluímos, portanto que essa criança apresenta déficit no desempenho cognitivo em relação às crianças de mesma idade.
Percebemos que apesar de muitas vezes criticada a teoria de Piaget é o princípio de todo o processo do simbolismo e desenvolvimento da linguagem. Suas afirmações sobre estimulação de um adulto e a imitação da criança são aqui notadas quando falamos da facilidade da criança em repetir alguns esquemas simples. Além disso, observamos a importância do tratamento fonoaudiológico também utilizar o jogo simbólico estimulando tanto o desenvolvimento linguístico quanto o cognitivo, além da ampliação do léxico. 
Evolução do Simbolismo
As ações feitas pela criança nos primeiros meses de vida são reflexos daquilo que ela recebe do meio externo. Com o passar do tempo, gestos e objetos passam a ter um sentido, a formar imagens mentais e iniciar o desenvolvimento da linguagem. No decorrer desse processo denominado simbolismo, a criança modifica sua percepção durante fases e progride na representação da realidade. Quanto maior o progresso no desenvolvimento simbólico, maior desenvolvimento da linguagem.
No período sensório-motor a criança constrói a base cognitiva para o desenvolvimento do simbolismo, quando ela tem o controle motor e voluntário de alguns movimentos os repete como brincadeira.
Condutas pré-simbólicas 
Uso convencional dos objetos: Logo após compreender o significado dos objetos faz o uso convencional deles e tenta imitar o que os outros fazem. 
Esquemas simbólicos: Reproduz ações rotineiras, usa miniaturas e tem ações centradas em si.
Aplicação das ações em outros: Manipula as ações em outros, estimula o adulto a estimulá-la, ou seja, distingue-se do outro, o adulto entra com recursos linguísticos.
Condutas Simbólicas
Sistematização da aplicação em outros: Utiliza de bonecos para representar pessoas, atribui aos outros ou aos bonecos suas características.
Sequencialização das ações: Utiliza ações compostas, ordena brincadeira. Por exemplo: Veste boneca, coloca na cama, e a faz “dormir”.
Uso de símbolos: Representação independente de objeto ou pessoa. Gestos e palavras criam um fato, uma situação.

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