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CADERNO CONSTITUCIONAL I

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CONSTITUCIONAL II
Professor Rufino
11/08/2015
SEPARAÇÃO DOS PODERES
No Brasil já houve 8 constituições:
1824
1891
1894
1934
1937
1946
1967
1988
Fora previsto por Aristóteles: “O poder deve ser repartido” 
Antigamente havia a concentração dos poderes na figura de uma só pessoa: O monarca. Em cada civilização só havia uma pequena alteração em sua nomenclatura:
Roma – Caesar
Rússia – Czar
Alemanha – Kaiser
Nestes havia todo o poder. A concentração do poder é nociva à democracia.
A história mostra várias situações onde o poder encontrava-se nas mãos de uma só pessoa (os imperadores concentravam em suas mãos inúmeros poderes, detendo o poder da vida e da morte sobre os seus cidadãos). O Caesar romano exercia o poder executivo, legislativo e judiciário, julgando, na condição de pretor, diversos conflitos de interesse surgidos entre os cidadãos.
É importante lembrar que, de acordo com o nobre inglês Lord Acton “O poder corrompe”.
Na Grécia antiga Aristóteles já deixava claro que deveria existir a separação entre os poderes, ficando claro que estes deveriam ser exercidos por pessoas diferentes.
Em 1769, Charles Secondat, Barão de La Brède e de Montesquieu, escreveu a obra clássica “L’espirit dês Lois”, onde sustentava a necessidade de separação entre os poderes, como forma de limitar o arbítrio e o autoritarismo dos governantes.
Montesquieu elaborou uma teoria da separação entre os poderes, deixando claro ainda que os poderes devem controlar uns aos outros, estabelecendo que nenhum poder pode agir de maneira isolada sem ser controlado (freado) pelos demais.
Os norte-americanos, com base nas lições de Montesquieu criaram o sistema denominado “cheks and balances” (pesos e balanças ou mais conhecido como freios e contrapesos). De acordo com esse sistema, os governantes teriam limitados seus poderes em face de seus controles exercidos pelos poderes entre si.
As formas de controle de um poder sobre o outro são as seguintes:
18/08/2015
1 – O art. 52,I explicita que o Senado pode julgar o Presidente da República e o Vice nos crimes de responsabilidade.
O processo de impeachement tem por objetivo retirar o chefe do poder Executivo. Esse processo tramita perante o Senado (poder legislativo) sendo presidido pelo presidente do STF (poder judiciário).
2 – Art. 53§1º e art. 102,I, b – Esses dispositivos permitem que o STF processe e julgue parlamentares envolvidos em crimes de corrupção. Ex: mensalão (ação penal 470).
3 – Art. 62 – Esse dispositivo permite que o Executivo elabore medida provisória. Todavia determina a CF que as MP’s devem ser submetidas ao legislativo para apreciação, o qual pode rejeitá-las.
4 – Art. 66, § 1º - Com base neste artigo, elaborada a lei, ela será remetida ao chefe do Executivo para apreciação, o qual pode vetar (discordar).
5 – Art. 66, § 4º ao 6º - Com fundamento nos dispositivos mencionados, o chefe do poder executivo pode vetar o projeto apresentado, sendo que o legislativo pode “derrubar” o veto.
A promulgação é uma das etapas do processo legislativo. Se o Presidente deixa de promulgar a lei, no prazo de 48 horas, a tarefa passa a ser atribuída ao Presidente do Senado, que deve fazer dentro do mesmo prazo.
6 – Art. 64, § 1º - O Presidente da República pode solicitar urgência ao legislativo para apreciar projeto de lei de sua iniciativa.
7 – Art. 97 – O poder Judiciário pode declarar inconstitucionalidade de lei ou ato normativo. Este artigo permite este controle que pode ser difuso (espalhado, levado a termo por todos os juízes de direito brasileiro) ou concentrado (aquele efetivado pelo STF).
8 – Art. 101, parágrafo único, Art. 52, III, “a” e Art. 84, XIV – Conjugados esses dispositivos percebe-se que o Presidente da República tem podres para indicar Ministros dos Tribunais Superiores. Os indicados devem ser sabatinados pelo Senado. Aprovado o nome, este será nomeado pelo Presidente da República.
FUNÇÕES TÍPICAS E ATÍPICAS ENTRE OS PODERES
De acordo com o art. 2º (CF), existem três poderes estatais, cada um destinado a desempenhar missões próprias, típicas e específicas.
Os poderes devem ser harmônicos e independentes entre si. É importante ressaltar que os poderes desempenham certas funções de maneira atípica.
O Executivo legisla quando elabora medidas provisórias (art. 62) e leis delegadas.
A doutrina aponta que a Administração / Executivo julga quando, por exemplo, aprecia um procedimento licitatório e escolhe o vencedor do certame.
O executivo julga quando demite um funcionário público após regular processo administrativo, lembrando-se que deve ser assegurada a ampla defesa e o contraditório ao funcionário.
O executivo julga quando contrata, adquire bens, produtos ou serviços.[1: Os Tribunais de Contas são órgãos técnicos do Legislativo.]
O legislativo tem como função típica elaborar leis. Atipicamente, o legislativo julga quando demite seus funcionários em regular procedimento administrativo.
A função típica do judiciário é apreciar e julgar os conflitos de interesses surgidos entre os membros da coletividade. Observe-se que é proibido fazer justiça pelas próprias mãos (art. 345 CP)
O Judiciário legisla (de maneira atípica) quando elabora os regimentos internos dos tribunais ou quando o STF, por exemplo, elabora a lei orgânica da magistratura.
O MP, embora não pertença a nenhum dos poderes, é que tem competência para elaborar a LOMP (Lei Orgânica do Ministério Público).
É importante salientar que os atos do poder judiciário não podem ser revistos por nenhum outro poder, mas o poder Judiciário pode examinar atos praticados pelos outros poderes. O judiciário pode rever seus atos.
PODER JUDICIÁRIO E SUAS GARANTIAS
A nossa CF prevê a Justiça Federal e Estadual.
A Justiça Federal é composta pelos tribunais superiores – STF, STJ, TST, TSE, STM, sendo que este último tem por objetivo julgar os militares das forças armadas.[2: Somos Time de Futebol – 11 Ministros][3: Somos Todos de Jesus – 33 Ministros][4: Trinta Sem Três – 27 Ministros][5: Todos os SEte – 7 Ministros][6: São Trinta ao Meio – 15 Ministros]
Os 3 últimos tribunais mencionados integram as chamadas justiças especializadas.
25/08/2015
PODER JUDICIÁRIO – Art. 92 CF
Do latim “Juris dictio”, que siginifica “Dizer o Direito”.
O exercício da função jurisdicional é próprio (típico) do poder judiciário que o faz por meio dos seus órgãos: Juízes de Direito – órgãos monocráticos, e pelos Tribunais – órgãos colegiados.
A função de julgar conflitos de interesse surgidos entre os membros da coletividade é exclusiva do poder judiciário.
JUSTIÇA FEDERAL E JUSTIÇAS ESTADUAIS
A Justiça Federal será acionada quando envolvidos órgãos federais ou funcionários ligados à esfera federal. Ex: funcionário da CEF, Banco do Brasil, Correios – Crimes em ração de sua função são julgados pela Justiça Federal.
Toda a justiça do trabalho é federal (1º e 2º instância), bem como o STM e o TSE, juntamente com seus órgãos, integram a justiça federal.
Por força do art. 125 CF, os Estados-membros podem se auto organizar estruturando seu poder Judiciário. Os TJ’s dividem o Direito ou varas (trata-se da menor partícula onde se exerce atividade jurisdicional. Sua composição mínima é a seguinte: Um juiz de direito, um promotor de justiça, um escrivão e um oficial de justiça).
Geralmente um município corresponde a uma comarca, mas nem sempre é assim. O TJ é que eleva os municípios à condição de comarca, considerando:
População
Número de eleitores
Arrecadação Tributária
Movimento Forense
O foro da Comarca da Capital do Estado de São Paulo compreende o Fórum João Mendes Júnior (Fórum Central) e os regionais.
Algumas comarcas notadamente contam com varas especializadas (varas de registros públicos, família e sucessões, falência e recuperação de empresas, infância e juventude, etc.).
A vara cível é a vara comum, ou seja, tudo aquilo que não for próprio da vara especializada vai tramitar na vara civil.
JUSTIÇA ESPECIALIZADA
É o ramo da Justiça criado para tratarde assuntos ou matérias específicas.
A justiça especializada ou especial envolve os ramos do Judiciário habilitados a aplicar contenciosamente a lei a casos referentes a determinada matéria. Ex: Justiça Trabalhista, Justiça Militar, Justiça Eleitoral.
O art. 106 CF, refere-se aos órgãos da Justiça Federal.
JUSTIÇA COMUM
A competência encontra-se estabelecida no art. 109 – CF.
JUSTIÇA FEDERAL – ÓRGÃOS Art. 106
Art. 106. São órgãos da Justiça Federal: 
I - os Tribunais Regionais Federais;
II - os Juízes Federais.
Os órgãos são: Os juízes federais nomeados após regular aprovação em concurso público de provas e títulos.
Os TRF’s cujos membros são os Desembargadores Federais e estão localizados em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, e em Recife.
O STJ é competente para julgar ações oriundas da Justiça Estadual, bem como da Justiça Federal, o mesmo ocorrendo com o STF, desde que presente questão de natureza constitucional.
O STF e o STJ são denominados tribunais de SUPERPOSIÇÃO, ou seja, eles se situam acima de todos os demais órgãos do poder judiciário e podem julgar questões oriundas da Justiça Estadual e Federal.
O art. 108, I CF estabelece a competência dos TRF’s.
JUSTIÇA FEDERAL – JUÍZES SINGULARES (Art. 106, II CF)
Esses juízes assumem o cargo após aprovação em concurso público de provas e de títulos sendo nomeados pelo Presidente da República de acordo com a ordem de classificação.
JUSTIÇA FEDERAL – TRF’s – (Art. 109 – CF)
Os cinco TRF’s abrangem, em conjunto, todo o território brasileiro. Cada TRF é composto por 7 Desembargadores federais sendo 1/5 desses membros nomeados pelo chamado “quinto constitucional” – art. 94 CF. Os TRF’s serão compostos por advogados e membros do Ministério Público. Idade: mais de 30 e menos de 60 anos, com mais de 10 anos de carreira, notável saber jurídico e reputação ilibada.
JUSTIÇA MILITAR – ÓRGÃOS
Trata-se de um dos ramos da Justiça especializada. Foi criada com a finalidade de julgar os atos praticados pelos militares, os quais são profissionais que têm suas atividades disciplinadas por regras próprias e específicas (disciplina e hierarquia) previstas no RDE, RDM e RDA. Os tribunais militares não são de exceção, tão somente os militares são regidos de maneira diferenciada, portanto, necessitam de especialidade jurisdicional.
Já se discutiu perante o STF a constitucionalidade ou não dos Juízos e tribunais Militares, todavia, o STF ao apreciar diversas ações entendeu que os Tribunais Militares não são órgãos de exceção.
Os militares, como os demais funcionários públicos, são promovidos de acordo com os critérios constitucionais: Antiguidade e Merecimento.
01/09/2015
JUSTIÇA MILITAR – ÓRGÃOS (Art. 122 – CF)
Art. 122. São órgãos da Justiça Militar: 
I - o Superior Tribunal Militar;
II - os Tribunais e Juízes Militares instituídos por lei.
O artigo 122 da carta refere-se ao STM, aos Tribunais Militares e Juízes Militares. O art. 123 refere-se especificamente ao STM.
Os ministros do STM indicados pelo Presidente da República devem ser sabatinados pelo Senado.
Aos membros da Justiça Militar são assegurados as garantias da MAGISTRATURA (vitaliciedade, irredutibilidade de subsídios e inamovibilidade). Todavia vale destacar que os militares das forças armadas são transferidos de 10 em 10 anos para outras regiões militares.
JUSTIÇA ELEITORAL (art. 118 – CF)
Cada estado membro tem o seu TRE
TSE – Composto por sete ministros indicados pelo Presidente da República, sendo que o presidente e o vice devem ser ministros do STF (Presidente e vice presidente do STF, simultaneamente).
Cada Estado-Membro conta com um Tribunal Regional Eleitoral fazendo parte da Justiça Federal especializada.
A primeira instância da Justiça Eleitoral é composta de Juízes de Direito Estaduais.
As juntas eleitorais geralmente localizam-se fora do Forum. Seus funcionários são concursados e integram a Justiça Federal Especializada.
O art. 121 trata das competências da Justiça Eleitoral. O art. 120 refere-se a composição dos Tribunais Regionais Eleitorais.
JUSTIÇA DO TRABALHO
Esse ramo da justiça tem por incentivo apreciar e julgar os conflitos surgidos entre empregado e empregador (reclamante e reclamado). Trata-se de ramo da justiça Federal Especializada. O art. 114 fala da competência da justiça do trabalho.
O art. 111 trata dos órgãos da Justiça do Trabalho. O art. 111-a refere-se ao TST e sua composição de 27 ministros.
QUINTO CONSTITUICIONAL
Para que haja maior debate nos tribunais, estes são compostos por advogados de notável saber jurídico.
JUSTIÇA ESTADUAL
A Justiça Estadual ou Justiça Comum propriamente dita pertence ao julgamento de todos os litígios atribuídos ou pela lei Estadual.
O art. 94 CF trata do 1/5 constitucional. Exigindo dos advogados e membros do MP 10 anos de exercício e notável saber jurídico.
O art. 95 trata das garantias da Magistratura:
Vitaliciedade (art. 95, I – CF) – Significa que o Magistrado não pode perder o cargo senão por força de decisão judicial onde está garantida a ampla defesa.
O magistrado pode aposentar-se por idade, ou por motivo de saúde, desde que atingido o tempo de trabalho.
Inamovibilidade – art. 95, II – Implica em não poder, o magistrado ou membro do MP, ser removido de sua sede de atividades para outra sem seu consentimento.
(Entrância – classificação das comarcas).
Irredutibilidade dos Vencimentos – art. 95, III – CF – O juiz ou membros do MP não podem ter seus vencimentos reduzidos em hipótese alguma.
O art. 93 refere-se ao concurso público para o ingresso na magistratura, entrância para entrância para se considerar a antiguidade e merecimento. Os Tribunais deverão elaborar uma lista tríplice.
O 1/5 Constitucional será considerado para composição dos TJ’s.
Os § 3º e 4º do art. 125 preveem a criação da justiça militar mediante proposta do TJ toda a vez que o efetivo da polícia militar atingir 20.000 membros. 
O art. 126 estabelece que o TJ pode propor a criação de varas especializadas em direito agrário a ser instaladas nos locais onde surgem conflitos pela posse de terra (ex: Pontal do Paranapanema).
PODER LEGISLATIVO
É aquele encarregado de elaborar leis (art. 44). O poder legislativo brasileiro é bicameral. O art. 44 explicita que o Congresso Nacional é composto por duas casas legislativas: Câmara dos Deputados e Senado. Os cargos do legislativo brasileiro só são assumidos de maneira democrática e eleições livres.
SESSÕES CONJUNTAS DO CONGRESSO NACIONAL
Essas sessões conjuntas são lideradas pelo presidente do Senado (art. 57, §5º).
Nas sessões conjuntas serão praticados os seguintes atos:
Inauguração da sessão legislativa (2 de fevereiro de cada ano)
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. 
Atenção: A legislatura (período de 4 anos) é dividida em 4 Sessões Legislativas, que são iniciadas em 2 de fevereiro, interrompidas em 17 de julho, retomadas em 1º de agosto e finalizadas em 22 de dezembro.
Elaboração do regimento interno comum, bem como a regulação e a criação dos serviços comuns relativos às duas casas.
Receber o compromisso do Presidente e Vice Presidente da República.
Deliberar sobre o veto (discordância do chefe do Executivo) – art. 57, § 3º, I, II, III e IV.
Deliberar sobre medidas provisórias (art. 62). Para deliberar sobre Medida Provisória poderá ser convocada sessão extraordinária do congresso. 
Quando houver convocação extraordinária e MP pendente de votação, a MP será colocada em pauta para a deliberação.
Discutir e votar o orçamento (art. 166).
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum.
AUTO-ORGANIZAÇÃO E SEUS LIMITES (ART. 57)
Algumas atividades são desempenhadas conjuntamente pelas duas casas.
É importante salientar: As deliberaçõessomente serão possíveis considerando-se a maioria absoluta dos membros da casa – art. 47.
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.
As comissões devem observar, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou blocos parlamentares (coligações) que integram a respectiva casa – art. 58, §1º.
SENADO (art. 46, § 1º e 2º; 52)
O Senado é composto por 81 senadores sendo que esta representação é paritária, ou seja, são 3 senadores para cada Estado-Membro.
O mandato do Senador é de 8 anos, sendo que a casa é renovada de 4 em 4 anos parcialmente, em 2/3 e 1/3 respectivamente.
Os Senadores representam os estados-membros. A eleição para o senado é majoritária, sendo eleito aquele que tem o maior número de votos.
Geralmente o Senado é uma casa revisora, mas nada impede que um projeto de lei tenha origem no Senado.
A atual carta explicita que podem ser criados territórios, mas estes não elegem Senadores. Serão representados no Congresso Nacional por apenas 4 deputados federais.
COMPETÊNCIAS DO SENADO (ART. 52 E INCISOS)
I – Aprovar alguns magistrados (ministros dos Tribunais Superiores)
II – Aprovação dos ministros do TCU
III – Aprovar governador de território
IV – Aprovar presidente e diretores do Banco Central
V – Aprovação do Procurador Geral da República
VI – Aprovação dos chefes de missão diplomática de caráter permanente.
Todos os ocupantes dos cargos acima mencionados devem ser sabatinados, seguido por votação secreta (art. 52, III, “a” a “f”).
Incumbe também ao Senado privativamente a fiscalização dos Estados-membros e dos municípios, no que se refere aos empréstimos externos que estes desejam contrair com entidades estrangeiras.
Cabe ainda ao Senado julgar o Presidente da República e o Vice nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado nos crimes de mesma natureza desde que conexos com aqueles praticados pelo Presidente (art. 52, I).
O Senado é também competente para processar e julgar os Ministros do STF, do CNJ e do Conselho Superior do MP além do Procurador Geral da República e do Advogado Geral da União (art. 52, II)
Ainda é tarefa privativa do Senado suspender a execução de lei ou artigo de lei julgado inconstitucional pelo STF (guardião da CF). Essa competência do Senado foi atribuída considerando-se que o Senado é um órgão legislativo, cabendo a ele, portanto, determinar a suspensão do cumprimento de uma lei ou artigo de lei.
Registre-se que o Senado NÃO pode apreciar o mérito da decisão do STF, cabendo-lhe apenas determinar a suspensão do cumprimento da lei, verificando apenas se os requisitos formais da decisão forem cumpridos (art. 458 CPC).
O princípio da independência e da harmonia entre os poderes (art. 2º) há de ser sempre seguido, obedecido.
CÂMARA DOS DEPUTADOS
Tem por objetivo representar a população. Composta por 513 deputados federais. A CF considera o número de habitantes para a distribuição das cadeiras entre os estados-membros e o DF. A eleição ocorre de maneira proporcional, considerando-se o número de habitantes, mas nenhum estado membro pode contar com menos de 8 e nem mais de 70 deputados (art. 45, § 1º e 2º).
O §2º estipula que, sendo criados territórios, estes elegerão 4 deputados federais.
FUNÇÕES PRIVATIVAS DA CÂMARA DOS DEPUTADOS
Autorizar, por 2/3 de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente da República nos crimes comuns e de responsabilidade, juntamente com os ministros, desde que conexos com os crimes do Presidente.
A Câmara dos Deputados também pode promover a tomada de contas do Presidente da República, desde que este não apresente no prazo de 60 dias após a abertura da sessão legislativa.
GARANTIAS DA INDEPENDÊNCIA DO LEGISLATIVO
Auto-organização da Câmara
Autogoverno
Convocação de reunião na casa, a qualquer momento, independentemente de requisição do legislativo
Proibição de dissolução
REMUNERAÇÃO DOS PARLAMENTARES (art. 49)
Cabe ao Congresso Nacional fixar a remuneração idêntica para Deputados Federais, Senadores, Presidente da República e Ministro de Estado.
IMUNIDADES
A necessidade de se assegurar ampla liberdade de ação ao parlamentar para o exercício do mandato faz com que sejam necessárias certas prerrogativas, sempre com base no interesse público.
As Imunidades (art. 53) são as seguintes:
Inviolabilidade penal (caput) – Essa imunidade significa que fica excluída a antijuridicidade de palavras, opiniões ou votos do parlamentar durante o exercício do mandato
Inviolabilidade civil – O parlamentar é inviolável em razão de opiniões, palavras ou votos proferidos durante o exercício do mandato. Certamente que, se o parlamentar provocou algum dano de natureza pessoal, responderá em juízo (caput)
FORO PRIVILEGIADO – Deputados federais e senadores tem foro privilegiado desde a expedição do diploma, o qual certifica a eleição. Vale lembrar que o STF, com relação a Deputados e Senadores, torna-se corte originária.[7: Diplomação – ato jurídico de entrega de um diploma o qual tem força jurídica para o exercício do mandato. ]
IMUNIDADE À PRISÃO – 53, §2º - De acordo com este dispositivo, o parlamentar somente pode ser preso em razão de flagrante delito em crime inafiançável. Nesse caso, a casa respectiva deverá ser comunicada no prazo de 24 horas, sendo que a casa decidirá sobre a manutenção ou liberação da prisão. Exige-se maioria absoluta dos membros
SUSTAÇÃO DE PROCESSO. Praticado um crime depois da expedição do diploma e recebida a denúncia pelo STF, o procedimento criminal poderá ser sustado (paralisado). A decisão da casa também deve ser por meio de maioria absoluta. O §5º deste artigo explicita que a sustação do procedimento suspende o prazo prescricional
 O parlamentar fica dispensado da obrigatoriedade de depor como testemunha sobre informações que obtenha quando do exercício do mandato (§ 6º)
O parlamentar fica dispensado da incorporação militar às forças armadas em tempo de guerra. Essa dispensa acompanha o parlamentar durante todo o exercício do mandato.
ESTADO DE SÍTIO OU ESTADO DE DEFESA – Durante a vigência do Estado de Sítio ou de Defesa as imunidades parlamentares não poderão ser suspensas. (§8º)
IMPEDIMENTOS (Art. 54 e incisos)
É vedado aos parlamentares exercer atividades comerciais remuneradas em qualquer tipo de empresa. Fica proibido também ao parlamentar cumular funções eletivas.
INCOMPATIBILIDADES
Além dos impedimentos supramencionados e tendo em vista o princípio da moralidade pública, o exercício do mandato eletivo é incompatível com a prática de certos atos e a ocupação de alguns cargos.
Assim, os parlamentares, depois da diplomação, não poderão ser proprietários, controladores ou acionistas de empresas contratadas pelo poder público. Se o parlamentar for advogado não poderá patrocinar causas em que entidades públicas sejam parte (54,II, “c”).
PERDA DE MANDATO (Art. 55)
De acordo com o art. 55, o parlamentar perderá o mandato se faltar mais de 1/3 das sessões ordinárias.
A falta de decoro (algumas situações encontram-se nos regimentos internos) também acarreta na perda do mandato.
A condenação criminal transitada em julgado acarreta na perda do mandato.
A perda ou suspensão dos direitos políticos também acarreta a perda do mandato.
DAS COMISSÕES (Art. 58)
As casas legislativas, com o objetivo de resolver certas situações, dividem-se em grupos, que são as comissões. 
As comissões podem ser as seguintes:
PERMANENTES – São aquelas que têm por objetivo examinar matéria submetida à casa legislativa sob um ponto de vista especializado. São aquelas que funcionam todo o ano legislativo. Exemplo: Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Comissão de Finanças, Comissão de Orçamento.[8: Comissão que verifica a Constitucionalidade de um projeto de leiSALVO CONDUTO – Documento que corporifica o Habeas Corpus]
TEMPORÁRIAS ou ESPECIAIS – São aquelas que se constituempara cumprir uma finalidade qualquer. Cumprida esta finalidade ou esgotado o prazo determinado para o seu cumprimento elas automaticamente se dissolvem
COMISSÕES PARLAMENTARES DE INQUÉRITO (CPI’s) – São aquelas que se constituem para apurar fatos determinados, geralmente criminosos. Elas também são temporárias, ou seja, apurado o fato, elas se dissolvem. 
De acordo com o §3º (art. 58), o Presidente da CPI terá poderes próprios das autoridades judiciárias (convocar pessoas para depor, promover acareações, determinar a produção de perícias, dar voz de prisão e etc.)
Conforme este dispositivo, a CPI pode ser instaurada na Câmara dos Deputados, no Senado ou no Congresso, desde que requerida por 1/3 dos parlamentares. Na medida do possível, todas as comissões devem contar com parlamentares de todos os partidos da casa.
Apurados os fatos, o relatório final será encaminhado ao órgão do Ministério Público, o qual oferecerá denúncia, desde que exista indícios de materialidade de conduta (crime).
O órgão do Ministério Público poderá também arquivar o procedimento, desde que inexistam elementos comprobatórios da atividade ilegal.
COMISSÃO INTERNA CORPORIS (Art. 58, § 2º, I) – São aquelas formadas por delegação da própria casa legislativa, com a função de deliberar sobre projeto de lei, desde que dispensada a formação do plenário.
A Constituição Federal exige que certos assuntos somente sejam apreciados pelo plenário (deliberar sobre o veto, apreciar emenda à constituição, apreciar Medida Provisória, etc.)
CONDIÇÕES DE ELEGIBILIDADE
Ser brasileiro (não há necessidade de ser brasileiro nato (a não ser para o cargo de Presidente da Câmara) devido à sua importância e possibilidade de se chegar até mesmo a ser Presidente da República).
Ser eleitor - algumas pessoas encontram-se afastadas do processo político/eleitoral (menor de 16, presos, conscritos, estrangeiros, aqueles que têm seus direitos políticos suspensos, os indígenas não aculturados[9: Conscritos – aqueles que estão no serviço militar obrigatório]
Não seja inelegível (Art. 14, §7º) – parentes consanguíneos na linha reta ou colateral em processo 
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
Idade – Art. 14, VI
Presidente da República, Vice e Senador: 35
Para governador e Vice: 30
Deputado Federal, Estadual ou Distrital; Prefeito e Juiz de paz: 21
Vereador: 18 anos
PROCESSO LEGISLATIVO – Art. 59 a 69
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
O Processo Legislativo refere-se ao rito a ser obedecido para que a lei possa ser elaborada e produzir efeitos 
As etapas do processo legislativo são as seguintes:
1 - INICIATIVA
 A iniciativa para elaborar leis pertence aos parlamentares. O executivo também pode legislar (MP’s, leis delegadas)
Trata-se do ato que desencadeia o processo legislativo. É o ato pelo qual se propõe a adoção de direito novo
Cuida-se de uma declaração de vontade que deve ser formulada por escrito, de maneira articulada (por meio de artigos)
Iniciativa popular: É aquela que pertence ao povo, desde que presentes certos requisitos, quais sejam: 
Abaixo assinado subscrito por 1% do eleitorado nacional
O percentual deve ser distribuído em pelo menos 5 estados-membros da federação
Em cada um dos 5 estados-membros devem constar assinaturas de 0,3% dos eleitores – Ex: Maria da Penha, Ficha Limpa
INICIATIVA RESERVADA – O Presidente da República tem iniciativa de leis privativa à sua competência
Podem elaborar leis: O Presidente da República, Deputados e Senadores, comissões de qualquer uma das casas do congresso,STF, Tribunais Superiores, o Procurador Geral da República e os Cidadãos[10: Quando elabora a Lei orgânica da magistratura, regimento interno][11: Elabora a LOMP – Lei orgânica do Ministério Público]
O art. 93 confere competência exclusiva ao STF para elaborar, por meio de lei complementar, o Estatuto da Magistratura.
Os TJ’s têm competência para elaborar as leis de organização judiciária (estaduais).
O art. 127, §2º explicita que compete ao Ministério Público elaborar leis que tratem da criação ou extinção de cargos, funções ou serviços auxiliares, tratando ainda de concursos públicos.
O art. 84, XXIII, combinado com o art. 165 da carta constitucional trata da competência exclusiva e vinculada ao Presidente da República para elaborar e enviar ao Congresso Nacional projeto de lei orçamentária anual.
DELIBERAÇÃO 
Trata-se de uma das fases constitutivas da lei. Por meio dela, o Legislativo estabelece regras jurídicas novas.
A deliberação apresenta estrutura de ato complexo 
INSTRUÇÃO DO PROJETO
Esta fase não se encontra prevista na ritualística constitucional brasileira, mas sim na constituição italiana (art 72), conforme ensina o professor Manoel Gonçalves Ferreira Filho.
Instruir significa trazer aos autos do procedimento legislativo cópias de lei já em vigor, sobre o mesmo assunto, artigos de jornal, pareceres, trabalhos científicos, pesquisas de opinião, etc., tudo com a finalidade de convencer os demais parlamentares.
A instrução do projeto pode ser realizada durante toda a tramitação legislativa
VOTAÇÃO
Diz respeito à manifestação concreta do projeto, por parte dos parlamentares.
Algumas votações são privadas/secretas, enquanto outras são públicas.
Alguns projetos de lei permitem apreciação do projeto por meio de procedimento abreviado. Ex: Presidente da República , quando se tratar de projeto de lei decorrente de sua iniciativa pode solicitar apreciação do projeto em regime de urgência – Art. 64, §1º
Com base no §2º do art. 64, a solicitação do projeto de lei em caráter abreviado, faz com quem a pauta do Congresso fique sobrestada – paralisada, trancada, impedindo a apreciação de todos os demais projetos em tramitação.
Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Deputados.
§ 1º O Presidente da República poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa.
§ 2º Se, no caso do § 1º, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal não se manifestarem sobre a proposição, cada qual sucessivamente, em até quarenta e cinco dias, sobrestar-se-ão todas as demais deliberações legislativas da respectiva Casa, com exceção das que tenham prazo constitucional determinado, até que se ultime a votação. [12: paralisadas]
O exame abreviado não se aplica a projetos de códigos ou leis de grande complexidade, posto que os dispositivos do projeto precisam ser adequadamente compreendidos pelos parlamentares.
SANÇÃO
Trata-se da fase que completa a constituição do processo legislativo. É a concordância, aquiescência do chefe do poder Executivo, com relação ao projeto de lei.
A sanção pode ser: 
Expressa – Quando o chefe do poder Executivo manifesta-se expressamente, ou seja, por escrito, no prazo de 15 dias, sobre o projeto (art. 66, §1º)
Tácita – Ocorre quando o chefe do executivo deixa escoar o prazo de 15 dias, mantendo-se em silêncio (art. 66, §3º)
VETO – Art. 66 – parágrafos.
§ 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto.
§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
§3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará sanção.
§ 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 76, de 2013)
§ 5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da República.
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República, nos casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.
O veto é a discordância, manifestação contrária do chefe do executivo com relação ao projeto de lei.
Vetar implica em recusar sanção.
Vetar impede a transformação do projeto em lei (art. 66, §1º)
Quanto ao alcance, o veto pode ser
Total – implica na rejeição completa do projeto
Parcial – diz respeito a rejeição de apenas uma parte do projeto
Não se permite vetar palavras isoladas do texto legal, sob pena de desconfigurá-lo. O veto deve atingir artigo, parágrafo, inciso ou alínea por inteiro.
O veto é um ato de decisão, portanto deve ser fundamentado. O veto pode ser oposto por motivo:
A – Político – O projeto de lei choca-se com os políticos governamentais;
B – Jurídico – Quando o projeto de lei é inconstitucional, ou seja, choca-se com a Constituição Federal.
O veto é ato de recurso, devendo ser fundamentado.
Os fundamentos do veto serão apreciados pela casa legislativa respectiva. A casa poderá aceitar ou recusar o veto. O veto pode ser superado pelo voto da maioria qualificada dos membros da casa .[13: Maioria Qualificada – 3/5 dos membros da casa (precisamente: 318)]
A parte do projeto de lei não vetada pode ser promulgada e publicada, passando a produzir efeito depois do decurso da vacacio legis. A parte vetada será reexaminada pelo Legislativo.
Esse tipo de procedimento apresenta vantagens e desvantagens
VANTAGENSToda e qualquer lei representa uma melhoria, devendo ser publicada e produzir efeitos dentro do menor espaço de tempo possível. Nessa situação a lei contará com 2 textos, duas publicações
FORMALIZAÇÃO DO VETO – Art. 66, §1º
§ 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto.
O veto manifestado pelo chefe do Executivo, dentro do prazo de 15 dias, sendo esse prazo total, posto que transcorrido esse prazo o silêncio do Presidente importará em sanção
§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará sanção.
O veto deve ser comunicado à casa legislativa dentro do prazo de 48 horas. Relembre-se que o veto deve ser fundamentado, explicionado os seus motivos.
APRECIAÇÃO DO VETO
§ 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 76, de 2013)
O veto deve ser fundamentado para que os seus motivos sejam apreciados pela casa legislativa respectiva. O veto provoca o reexame do projeto pela casa legislativa respectiva. Essa reapreciação deve ser efetivada por meio de sessão conjunta do Congresso Nacional (Bicameral). O voto não é mais secreto.
PROMULGAÇÃO
É uma das etapas do processo legislativo obrigatório. Trata-se de uma declaração ou ainda um atestado de validade, dizendo que todas as etapas do processo legislativo foram cumpridos.
De acordo com o jurista Pontes de Mirada, Promulgação é a “mera atestação da existência da lei e Promulgação de sua obrigatoriedade.”
De acordo com o §7º do art. 66, se o Presidente não promulgar a lei essa tarefa cabe ao Presidente do Senado, dentro de 48 horas.
Os § 1º e 5º dizem que a promulgação compete ao Presidente da República.
§ 5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da República.
PUBLICAÇÃO
Consiste em uma comunicação direcionada a todas as pessoas que devem cumprir o ato normativo. A publicação informa sobre a existência da lei sobre seu conteúdo.
A publicação representa condição de eficácia do ato normativo. Toda e qualquer publicação tem dois objetivos, quais sejam:
1 – Dar ciência da existência da lei
2 – Da publicação inicia-se o prazo de vacância, o prazo de vacatio legis. Começa a ser contado da data da publicação da lei na Imprensa Oficial.
A imprensa oficial compreende o Diário Oficial
DOU – Diário Oficial da União
DOE – Diário Oficial do Estado
DOM – Diário Oficial do Município
Inexistindo imprensa oficial municipal, a lei será publicada no Diário Oficial do Estado.
ESPÉCIES LEGISLATIVAS – Art. 59
EMENDA CONSTITUCIONAL
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emendas à Constituição;
Tratam-se da espécie de lei a alterar ou modificar alguma parte da CF. A iniciativa para elaboração da EC compente: 
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
Com relação à possibilidade de reforma, nossa Carta Magna é rígida, posto que exige um procedimento mais complexo para ser alterada.
Art. 60: § 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
Maioria qualificada dos membros de cada uma das casas do Congresso, em dois turnos. Quorum é número de parlamentares necessário para aprovar uma Emenda).[14: 3/5 dos membros da casa]
Certos assuntos da CF não podem ser alterados em hipótese alguma, ainda que cumpridas as exigências para alteração. São as chamadas CLÁUSULAS PÉTREAS.
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
Quanto à forma federativa do Estado Brasileiro, é importante ressaltar que fica proibida a secessão (Desmembramento) de uma unidade Federada.
A CF não poderá ser alterada durante Estado de Sítio, Estado de Defesa ou nos casos de Intervenção Federal.
Art. 60...
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
O texto rejeitado ou tido como prejudicado não poderá ser reapreciado na mesma sessão legislativa
Art. 60...
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
LEI COMPLEMENTAR
Art. 69. As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta.
É aquela que tem por objetivo complementar algum assunto já tratado na Carta Magna.
O quorum (quantidade de parlamentares exigido para aprovação de uma lei) necessário para aprovação da LC é a maioria absoluta (metade + 1 membro da casa).
O sistema nacional tributário encontra-se estabelecido de modo genérico na CF (art. 145 a 169).
O CTN (datado de 25/10-1966) é uma lei complementar à CF, posto que complementa/regulamenta o direito material e processual tributário.
LEI ORDINÁRIA
Trata-se da mais comum das leis. Ela pode ser Federal, Estadual ou Municipal.
O procedimento legislativo para elaboraçãoda lei ordinária é o mais simples de todos. Sua aprovação exige quorum de maioria relativa (art. 47).
As matérias que podem ser regulamentadas por meio de lei ordinária são consideras por exclusão, ou seja, se não for o caso de lei complementar será o caso de utilizar lei ordinária. 
De acordo com o jurista Michel Temer (na obra Elementos de direito Constitucional) sustenta o entendimento que inexiste hierarquia entre a lei complementar e a lei ordinária. Diz o jurista que o que se verifica são campos de atuação diferentes. A lei complementar será utilizada para tratar de matérias expressamente determinadas (os artigos 134, §1º, 131, 128,§5º e 59, parágrafo único especificam algumas matérias que devem ser reguladas por meio de lei complementar).
É importante ressaltar que a matéria reservada à lei complementar não pode ser tratada por meio de medida provisória e nem mesmo por lei delegada.
Anote-se, finalmente que não existe hierarquia entre lei complementar e lei ordinária, mas sim campos de atuação diferentes. Essas duas espécies legislativas encontram-se no mesmo patamar hierárquico.
O procedimento legislativo da lei ordinária é regular, sendo que o projeto necessita de sanção e, eventualmente, veto.
De acordo com o art. 48, encontram-se estabelecidas as matérias que devem ser veiculadas por meio de lei complementar ou de lei ordinária.
LEI DELEGADA – Art. 59, IV
Lembre-se que o poder legislativo é encarregado de legislar. Sabe-se também que os poderes exercem funções atípicas, sempre com fundamento na carta magna.
A lei delegada é uma exceção, posto que quem elabora esse tipo de lei é o Presidente da República após delegação/autorização dada pelo poder legislativo (Congresso Nacional).
A lei delegada tem por pressuposto a transferência de parte das atribuições do poder legislativo para o Presidente da República.
Trata-se de ato normativo primário. Concretamente, o poder executivo pede autorização ao poder legislativo para legislar sobre determinados assuntos.
O instrumento pelo qual ocorre a delegação é uma resolução, a qual fixará os limites a serem seguidos pela lei delegada. Esses limites referem-se à matéria e ao Tempo dentro do qual a lei deve ser elaborada. Desrespeitados esses limites, a delegação perde validade.
O §1º do art. 68 excluiu da delegação algumas matérias.
Como a lei delegada é elaborada pelo Presidente da República dispensa sanção e veto, mesmo porque ele não vai discordar do projeto por ele mesmo elaborado.
A lei delegada representa uma transferência de competência do poder legislativo para o executivo para que este possa legislar.
Relembre-se que a delegação vai se operar por meio de uma resolução, a qual especificará a matéria e o prazo dentro do qual a lei deve ser elaborada.
MEDIDA PROVISÓRIA – Art. 59, V
Esse tipo de lei representa uma exceção, uma vez que é elaborada pelo poder executivo e não pelo legislativo. A MP veio a substituir o Decreto-Lei, muito utilizado pelos governos militares.
A MP tem força de lei, sendo ato normativo primário.
O Presidente da República, diante de urgência e relevância, pode expedir medidas provisórias que possuem força de lei, pelo prazo de 60 dias.
A questão referente à urgência fica a critério do executivo, ficando a cargo de exame pelo STF da matéria, objeto da MP.
§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre o mérito das medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
O PR elabora MP de acordo com as possibilidades presentes na CF, mas esta deve ser submetida ao Congresso Nacional. para apreciação.
Os prazos da MP não correm durante o período de recesso parlamentar, mas a casa poderá ser convocada extraordinariamente, oportunidade onde o texto da MP será incluído na pauta.
Apresentado o texto de MP, este será encaminhado ao Congresso Nacional que depois o remeterá para exame por parte da comissão mista de Deputados e Senadores, para emissão de parecer (art. 62, §6º).
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
§ 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
Se a MP não for apreciada no prazo de 60 dias ela poderá ser prorrogada por igual período (mais 60 dias)
Art. 62, § 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período a vigência de medida provisória que, no prazo de sessenta dias, contado de sua publicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas do Congresso Nacional. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
 Conforme o § 6º do art. 62, se o texto da MP não for apreciado no prazo de 45 dias, a pauta do Congresso Nacional ficará trancada, o que significa que nenhum outro projeto de lei poderá ser apreciado . Certamente que a MP poderá ser rejeitada.
§ 6º Se a medida provisória não for apreciada em até quarenta e cinco dias contados de sua publicação, entrará em regime de urgência, subseqüentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demais deliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
Nos termos do § 4º do art. 62, os prazos relativos à MP serão contados dies a quo - dia do início da contagem do prazo, a partir da data da publicação do ato na imprensa oficial.
A MP não revoga a ordem jurídica anterior, mas apenas suspende a eficácia da norma modificada. Aprovada a MP ocorre revogação da legislação anterior modificada.
A relevância e urgência exigidas para a elaboração da MP devem considerar as matérias que não podem aguardar a tramitação normal por parte do legislativo.
REEDIÇÃO
A MP poderá ser rejeitada pelo Congresso Nacional. Nessa situação, a MP somente poderá ser reapreciada na próxima sessão legislativa, desde que elaborado novo texto.
Art. 62. § 10. É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
Ao longo do tempo, o campo de aplicação das MP’s foi sendo reduzido. Assim, passou a ser proibida a edição de medida provisória para introdução de planos econômicos.
As MPs, por serem medidas excepcionais, devem ser reapreciadas no prazo de 6 meses, sob pena de perderem a validade.
O imposto sobre a movimentação financeira (CPMF) foi instituído por força de MP, a qual foi reeditada várias vezes até 2007, quando foi rejeitada.
DECRETO LEGISLATIVO
Trata-se de ato privativo do Congresso Nacional.
As matérias que podem ser objeto de Decreto Legislativo encontram-se previstas no art. 49 CF.
Tendo em vista tratar-se de ato privativo do Congresso Nacional, ficam dispensadas certas etapas do procedimento legislativo – Sanção ou Veto.
Embora seja uma das espécies legislativas (art. 59, VI), o procedimento para a elaboração dessa espécie legislativa encontra-se previsto no regulamento interno do Congresso Nacional.
Essa espécie legislativa dispensa também a promulgação, mas o Presidente da República deverá retificar o decreto legislativo. Essa exigência decorre dos reflexos que o conteúdo do tratado possa vir a produzir na ordem jurídica brasileira.
Registre-se que o Pacto de São José da Costa Rica, celebrado em 1987, foi recepcionado pela carta de 1988, conforme decidido pelo STF. Esse pacto que recebeu o status de Tratado veio a impedir a prisão do depositário infiel (figura típica dos contratos civis e mercantis).
Os tratados, de maneira geral, são recepcionados pelo ordenamento jurídico brasileiro, na condição de LEI COMPLEMENTARRESOLUÇÃO (Art. 59, VII)
Trata-se de ato do Congresso Nacional ou por qualquer uma de suas casas .
Essa espécie legislativa serve para veicular matérias de competência exclusiva do Congresso Nacional ou de qualquer uma de suas casas. A resolução serve para tratar de assuntos internos, pertinentes a qualquer uma das casas que integram o Congresso Nacional.
Lembre-se que os arts. 49, 51, 52 e 62 da Carta Magna especificam quais são as matérias relativas à cada uma das casas que integram o Congresso Nacional.
O procedimento legislativo referente à resolução encontra-se previsto no Regimento Interno de cada uma das casas.
Por tratar-se de espécie legislativa exclusiva do congresso nacional e de suas casas fica dispensada a sanção e o veto presidencial.
PODER EXECUTIVO
Relembre-se que cada um dos poderes desempenha missões próprias, típicas e específicas (art. 2º CF). No entanto, os poderes exercem funções atípicas. Assim, o executivo julga quando concluí o processo licitatório ou quando demite um funcionário público concursado. O executivo legisla quando elabora Lei Delegada, MP.
O poder executivo é encarregado de gerenciar as políticas governamentais.
O poder executivo é comandado pelo Presidente da República, quase sem interrupções (de 1961 a 1963 instalou-se no Brasil o Parlamentarismo, sendo que o posto de Primeiro Ministro foi ocupado por Tancredo Neves) desde 15 de novembro de 1889.
O Brasil é um Estado Federado (forma de estado), Republicano (forma de governo) e que adota o Presidencialismo (sistema de governo).
De acordo com o art. 76 o Presidencialismo é exercido pelo Presidente da República auxiliado pelos Ministros de Estado
Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. 
O Presidente da República, juntamente com seus ministros, são solidariamente responsáveis pela condução da política governamental, sendo julgados pelo STF (competência originária), nos crimes comuns e de responsabilidade.
O presidencialismo foi introduzido em nosso país por força da constituição norte americana de 1791, tornando-se usual em todos os países da América Latina.
No parlamentarismo britânico (puro), a chefia de Estado pertence ao Monarca, enquanto a chefia de governo pertence ao Primeiro Ministro.
Existem, na atualidade, sistemas parlamentaristas híbridos (ou mistos) onde, ao lado do Primeiro Ministro, existe a figura do Presidente da República. 
REQUISITOS DO CARGO DE PRESIDENTE DA REPÚBLICA (art. 14, § 3º, “a”
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
V - a filiação partidária; Regulamento
VI - a idade mínima de:
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e Senador;
§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
O poder do Presidente da República é exercido de maneira monocrática, embora seja auxiliado pelos ministros de estado
Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado.
Atualmente, somente um país adota uma forma diretorial de comando do Estado, posto que 7 pessoas compõem um diretório governando o Estado (Suíça).
O tempo de mandato do Presidente é de 4 anos, sendo possível uma reeleição (EC 16/1997).
O Presidente é eleito de maneira direta, livre e Democrática.
No Presidencialismo, o Presidente é chefe de governo e chefe de estado. 
03/11/2015
ESFERA OU ÂMBITO ESTADUAL
O executivo estadual é exercido pelos governadores, auxiliados pelos secretários estaduais, nomeados e demitidos ad nutum livremente pelo governador. O governador pode criar quantas secretarias quiser, não há limitação.
Requisitos para ser Governador:
CF/88 – Art. 
Idade: 30
Filiado a Partido político
Alfabetizado
Em plenos direitos políticos
Não precisa ser brasileiro nato
Reputação ilibada (ficha limpa)
O domicílio eleitoral na circunscrição – Para isso tem que fazer a transferência do domicílio eleitoral, em até 6 meses antes, para disputar as eleições do estado ao qual se pretende candidatar.
O vice governador será eleito juntamente com o governador, por meio de eleições livres, diretas e democráticas, em dois turnos 
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subseqüente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de1997)
Fica dispensado o segundo turno se obtida a maioria absoluta dos votos no primeiro turno.
MANDATO
O mandato do Governador é de 4 anos, permitida uma reeleição sequencial.
SUCESSÃO DO GOVERNADOR
O governador será substituído (no caso de impedimento) e sucedido (no caso de vacância) pelo Vice Governador ou, na impossibilidade deste último assumir, o presidente da Assembleia Legislativa ou pelo presidente do Tribunal de Justiça.
PERDA DO MANDATO
Perderá o cargo o Governador que assumir outro cargo ou função na administração pública, direta ou indireta
Art. 38
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se no exercício estivesse.
JULGAMENTO
O Governador, o Vice e os secretários Estaduais são julgados pelo Superior Tribunal de Justiça nos crimes comuns e nos de responsabilidade é um Tribunal Especial, composto de cinco membros do Legislativo (eleitos pela Assembleia Legislativa) e de cinco desembargadores do Tribunal de Justiça (mediante sorteio), sob a presidência do Presidente do Tribunal de Justiça local, que terá direito de voto no caso de empate.
 
SUBSÍDIOS DO GOVERNADOR, DO VICE E DOS SECRETÁRIOS ESTADUAIS
Quem fixa os subsídios do Governador é a Assembleia Legislativa
Art. 37
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
39, §4 – 150, II
ÂMBITO DISTRITAL
O Distrito Federal recebeu do legislador ostatus de estado, sendo comandado por um Governador, assumindo o cargo por meio de eleições livres, diretas e democráticas, com mandato de 4 anos, sendo possível uma reeleição sucessiva.
Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger- se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição. 
§ 2º A eleição do Governador e do Vice-Governador, observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Governadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração.
Os subsídios do Governador e do Vice do DF são fixados pela Câmara Legislativa
ESFERA MUNICIPAL
Os municípios são chefiados pelos Prefeitos, auxiliados pelos Secretários Municipais, que são nomeados e demitidos livremente pelo Prefeito
Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:
I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País;
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de1997)
QUEM JULGA 
O prefeito, o Vice e seus secretários serão julgados pelo respectivo Tribunal de Justiça
REQUISITOS
Art. 14
§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
I - a nacionalidade brasileira;
II - o pleno exercício dos direitos políticos;
III - o alistamento eleitoral;
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; O Candidato deve transferir o seu domicílio eleitoral para o município onde vai disputar as eleições pelo menos 6 meses antes do pleito.
V - a filiação partidária; Regulamento
VI - a idade mínima de:
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
Não ter condenação transitada em julgado
O mandato do Prefeito é de quatro anos, sendo possível a reeleição sucessiva (EC 16/97) – o Prefeito assume o cargo por meio de eleições livres, diretas de democráticas, sendo eleito aquele que obtiver a maioria absoluta dos votos, quando ficará dispensado o segundo turno. Nos municípios com população inferior a 200 mil eleitores fica também dispensado o segundo turno de votação.
Art. 29
II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de1997)
A eleição para Prefeitos e Vereadores não coincide com as eleições para Presidente da República, Governadores, Senadores e Deputados Federais e Estaduais.
ÂMBITO OU ESFERA DOS TERRITÓRIOS
Inexistem territórios na ordem constitucional brasileira atual, mas há previsão para criá-los. Nesse caso, o Presidente da República deve indicar o respectivo governador, mas este somente será nomeado após aprovação pelo Senado.
Art. 33
§ 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
c) Governador de Território;
PRESIDENTE DA REPÚBLICA
CAPÍTULO II
DO PODER EXECUTIVO
Seção I
DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. 
O Presidente da República é o chefe de Estado, o chefe de governo, exercendo o poder de maneira monocrática, sendo responsável pela condução da política governamental. 
O art. 84 menciona algumas atividades a serem desempenhadas pelo Presidente da República. A relação deste artigo, de acordo com alguns juristas, notadamente, Pedro Lenza, não é exaustiva, sendo apenas exemplificativa, posto que existem outras tarefas a serem desempenhadas pelo Presidente da República. 
Existe dúvida na doutrina e na Jurisprudência acerca da possibilidade de delegação dos poderes pertinentes ao Presidente da República para outras pessoas.
É importante ressaltar que o Presidente da República desempenha atividades típicas e atípicas.
Assim, o Presidente da República pode delegar certas atribuições à outras pessoas conforme determinado no parágrafo único do art. 84. 
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
As situações são as seguintes:
O Presidente pode dispor, por meio de decreto, sobre a organização e o funcionamento da administração federal, quando não implicar em aumento da despesa e nem permitir a criação e extinção de órgãos públicos
VI – dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
O Presidente da República pode dispor, também por meio de decreto sobre a extinção de funções e cargos públicos quando vagos.
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; 
XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na forma da lei;
O art. 77 trata da eleição do Presidente da República
Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice-Presidente da República realizar-se-á, simultaneamente, no primeiro domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente.
Se o candidato obter maioria absoluta na primeira eleição fica dispensado o segundo turno.
A posse do eleito será no dia 1º de Janeiro subsequente à eleição.
Art. 82. O mandato do Presidente da República é de quatro anos e terá início em primeiro de janeiro do ano seguinte ao da sua eleição.
CASOS DE IMPEDIMENTO E VACÂNCIA
Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de impedimento, e suceder- lhe-á, no de vaga, o Vice-Presidente.
Parágrafo único. O Vice-Presidente da República, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei complementar, auxiliará o Presidente, sempre que por ele convocado para missões especiais.
De acordo com o artigo 79, o vice presidente substituirá o Presidente no caso de impedimento e suceder-lhe-á no caso de vaga.
O vice presidente vai assumir o cargo no caso de impedimento.
A vacância dá uma ideia de impossibilidade definitiva para assumir o cargo (cassação dos direitos políticos, renúncia ou morte do Presidente). Percebe-se que nas situações mencionadas o Presidente será definitivamente substituído.
Em algumas situações (férias, licença médica, viagens ao exterior), o Presidente será apenas substituído (em caráter temporário).
O Vice Presidente, além de outras atribuições previstas em lei complementar, aparece como sucessor natural do Presidente da República.
O cargo de Presidente também será declarado vago se a presidência não for assumida no prazo de 10 dias contados para assunção da posse (1º de Janeiro).
Os sucessores 
Art. 80. Em casode impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exercício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.
Vice Presidente
Presidente da Câmara
Presidente do Senado
Presidente do STF
As pessoas acima mencionadas são substitutos legais do Presidente.
ÂMBITO ESTADUAL
O Governador será substituído pelo Vice Governador, pelo Presidente da Assembleia Legislativa e pelo Presidente do Tribunal de Justiça.
ÂMBITO DO DISTRITO FEDERAL
O Governador será substituído pelo Vice Governador, pelo Presidente da Câmara Legislativa e pelo Presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal
ÂMBITO MUNICIPAL
O Prefeito será sucedido pelo Vice, e sendo o caso, o Presidente da Câmara dos Vereadores.
Na ausência de poder judiciário municipal, a lei orgânica dos municípios resolvem a questão de maneira diferenciada (no caso de São Paulo e Rio de Janeiro, o cargo de Prefeito poderá ser assumido pelo Vice Presidente da Câmara dos Vereadores)
MANDATO TAMPÃO
Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República, far-se-á eleição noventa dias depois de aberta a última vaga.
§ 1º - Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.
De acordo com este artigo, vagando os cargos de Presidente e Vice Presidente, nos dois primeiros anos, serão convocadas eleições DIRETAS no prazo de 90 dias.
Ocorrendo a vacância nos dois últimos anos do mandato, o Congresso Convocará eleições INDIRETAS no prazo de 30 dias para eleger o Novo Presidente da República.
Nestes casos de vacância de Presidente e Vice, estas eleições poderão ser realizadas em dois turnos.
O Art. 83 trata da licença do Congresso Nacional para que o Presidente e o Vice possam se ausentar do país por mais de 15 dias
MINISTROS DE ESTADO
São auxiliares do Presidente, nomeados e demitidos ad nutum a qualquer momento e de maneira imotivada. 
Os ministros auxiliarão o Presidente no que se refere à administração superior federal.
Art. 76. O Poder Executivo é exercido pelo Presidente da República, auxiliado pelos Ministros de Estado. 
Art. 84
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal;
Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos. 
Os ministérios podem ser constituídos e desconstituídos livremente pelo Presidente.
Os cargos de ministros são em COMISSÃO.
O art. 87 trata dos requisitos necessários para assunção do cargo de ministro, quais sejam
Brasileiro – só o ministro da defesa deve ser brasileiro nato.
Idade mínima de 21 anos
Estar no gozo do exercício dos direitos políticos
ATRIBUIÇÕES DOS MINISTROS – Art. 87
Art. 87. Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos. 
Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições estabelecidas nesta Constituição e na lei:
I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração federal na área de sua competência e referendar os atos e decretos assinados pelo Presidente da República;
II - expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos;
III - apresentar ao Presidente da República relatório anual de sua gestão no Ministério;
IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas pelo Presidente da República.
Art. 88. A lei disporá sobre a criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública.
Os ministros de estado, nos crimes de responsabilidade, praticados sem qualquer conexão com o Presidente e os crimes comuns serão julgados pelo STF .
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
I - processar e julgar, originariamente:
nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, os do Tribunal de Contas da União e os chefes de missão diplomática de caráter permanente
Nos crimes de responsabilidade, conexos com os do Presidente, os ministros serão processados e julgados pelo Senado
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados:
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado;
O artigo acima prevê competência Privativa da Câmara dos Deputados para autorizar, pelo voto de 2/3 de seus membros (maioria qualificada) a instauração de procedimento contra o Presidente, o Vice e os Ministros.
Essa autorização da Câmara dos Deputados representa uma condição de admissibilidade ou de procedibilidade para que o procedimento de apuração dos fatos tenha início. Esse procedimento para apuração dos fatos ocorrerá sempre com relação aos CRIMES DE RESPONSABILIDADE praticados pelo Presidente, Vice e Ministros, desde que conexos entre si.
CONSELHO DA REPÚBLICA 
Trata-se de órgão superior de consulta do Presidente da República, mas suas deliberações não são, em hipótese alguma, vinculativas, apenas servem para fornecer informações ao Presidente.
Esse conselho encontra-se previsto:
 Art. 89. O Conselho da República é órgão superior de consulta do Presidente da República, e dele participam: 
I - o Vice-Presidente da República;
II - o Presidente da Câmara dos Deputados;
III - o Presidente do Senado Federal;
IV - os líderes da maioria e da minoria na Câmara dos Deputados;
V - os líderes da maioria e da minoria no Senado Federal;
VI - o Ministro da Justiça;
VII - seis cidadãos brasileiros natos, com mais de trinta e cinco anos de idade, sendo dois nomeados pelo Presidente da República, dois eleitos pelo Senado Federal e dois eleitos pela Câmara dos Deputados, todos com mandato de três anos, vedada a recondução.
A lei nº 8041/90 regulamenta a organização e o funcionamento do conselho da República.
Em essência, as tarefas desse conselho dizem respeito à:
Art. 90. Compete ao Conselho da República pronunciar-se sobre:
I - intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio;
II - as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.
CONSELHO DE DEFESA NACIONAL
Trata-se de órgão convocado e presidido pelo Presidente para tratar de assuntos relacionados à Soberania Nacional e ao Estado Democrático de direito
Art. 84
XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional;
Seus membros são:
Art. 91. O Conselho de Defesa Nacional é órgão de consulta do Presidente da República nos assuntos relacionados com a soberania nacional e a defesa do Estado democrático, e dele participam como membros natos: 
I - o Vice-Presidente da República;
II - o Presidente da Câmara dos Deputados;
III - o Presidente do Senado Federal;
IV - o Ministro da Justiça;
V - o Ministro de Estado da Defesa; - Ocupado por um civil
VI - o Ministro das Relações Exteriores;
VII - o Ministro do Planejamento.
VIII - os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.
A lei nº 8183/91 veio a organizar o funcionamento do Conselho de Defesa, estatuindo, essencialmente, o seguinte: 
Cabe a este conselho opinar acerca da declaração de guerra, bem como na declaração de paz e, ainda, opinar sobre a decretação do estado de defesa, do estado de sítio e da intervenção federal.
Compete a esse conselho propor critérios e as condições para utilização de áreas indispensáveis para a segurança do território nacional, notadamente a faixa de fronteira existente entre Estados Soberanos.
Ainda, é tarefa deste conselho, estudar, propor e acompanhar o desenvolvimento de iniciativas necessárias para garantir a independência nacional bemcomo a defesa do Estado democrático de direito.

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