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18/11/2015 1 Profa . Stela Márcia Pereira GMV194 Conceitos de endemias e epidemias SITUAÇÃ O DE SAÚDESITUAÇÃ O DE SAÚDE QUE tipo de evento acontece? QUEM adoeceu? QUANDO este evento aconteceu? ONDE este evento aconteceu? POR QUE o evento aconteceu? (indicadores de risco) QUE tipo de evento acontece? QUEM adoeceu? QUANDO este evento aconteceu? ONDE este evento aconteceu? POR QUE o evento aconteceu? (indicadores de risco) Sistemas de Informação em Saúde Profa. Stela Márcia Pereira ÊNFASE DESTA AULAÊNFASE DESTA AULA QUANDO este evento aconteceu?QUANDO este evento aconteceu? Sistemas de Informação em Saúde Profa. Stela Márcia Pereira História da Odontologia/ Campos de atuação Profa. Stela M. Pereira OLHAR EPIDEMIOLÓGICO..... MEDICINA SOCIAL 1850- criada a London Epidemiological Society 1854- Jonh Snow – “f undador da epidemiologia” 18/11/2015 2 História Natural Profa. Stela M. Pereira • Substituição da tradição e da fé pela razão; � Teoria celular das doenças de (Virchow); � Descoberta dos microorganismos (Pasteur); � Postulados sobre as doenças causadas por germes (Koch); Essas descobertas contribuíram para uma visão mais integral do ser e das doenças, empurrando a medicina em direção a um reducionismo biológico (De Marco, 1996). PROCESSO SAÚDE-DOENÇA COMO UM FENÔMENO PREDOMINANTEMENTE BIOLÓGICO O iluminismo - Século XVIII História Natural Profa. Stela M. Pereira MULTICAUSALIDADE Década de 30 UNICAUSALIDADE X Produz informação Conhecimento da realidade da comunidade do território Orienta ações para: Abordar problemas Promover saúde EPID EMIOLOGIA SITUAÇÃ O DE SAÚDESITUAÇÃ O DE SAÚDE Análise da distribuição das doenças e de seus determinantes Análise da distribuição das doenças e de seus determinantes Sistemas de Informação em Saúde Profa. Stela Márcia Pereira Método Epidemiológico: aplicação do método científico de forma abrangente. •D istribuição dos agravos:D istribuição dos agravos:D istribuição dos agravos:D istribuição dos agravos: •Tempo • Variações irregulares – epidemias e surtos regulares - variação cíclica - variação sazonal •Lugar •Variáveis político –administrativas •Semelhanças de clima, economia, salário, oportunidades educacionais • Populacionais: •Análise da estrutura social •Investigação das vertentes sociais, econômicas e políticas 18/11/2015 3 •Variável geográfica •Fatores ambientais: •Condicionantes físicos, químicos e geológicos •Existência e dinamismo da fauna e da flora •Atuação do homem em decorrência de suas necessidades sociais e econômicas •Variação urbano-rural – •Taxa de urbanização, acesso a serviços •Variação local: •Residência •Bairro.. . Características das Pessoas acometidas •Gerais: idade, sexo •Familiares: estado civil, idade dos pais, dimensão da família, morbidade familiar,. .. •Étnicas: cultura, religião, grupo étnico, lugar de nascimento •Nivel socio-econômico: ocupação, renda, escolaridade, tipo e zona de residência.. . •Ocorrências durante a vida intrauterina e ao nascer: idade materna, características em relação ao parto •Características endógenas: constituição física, resistência individual, estado de nutrição, doenças intercorrentes.. . •Ocorrências acidentais: stress, acidentes sofridos •Hábitos e atividades: medicamento, uso e abusos de inseticida doméstico ou no trabalho, usos de drogas e/ou alcool, lazer.. . ESPAÇOESPAÇOESPAÇOESPAÇO Não é apenas o espaço geográfico, mas, sim, o local em que se dá o processo de vida na comunidade, a interação entre os atores sociais, com qualificações sociais, econômicas, políticas, epidemiológicas e históricas DISTINTAS. Não é apenas o espaço geográfico, mas, sim, o local em que se dá o processo de vida na comunidade, a interação entre os atores sociais, com qualificações sociais, econômicas, políticas, epidemiológicas e históricas DISTINTAS. Planejamento em Saúde Profa. Stela Márcia PereiraProfa. Dra. Stela M . Pereira FIG. 7. Fonte: Lopes e Ribeiro, 2006. Mapa - Focos de calor no estado de São Paulo, no ano de 2004, distribuídos nas meso-regiões administrativas estaduais. 2a Reunião de Pesquisa Científ ica em Saúde Bucal Coletiva RESULTADOS Fig 1. Mapa final contendo dados demográficos de % de chefes de família analfabetos por bairro (IPPLAP) Fig 2. Mapa final contendo dados demográficos de % de chefes de família sem renda por bairro (IPPLAP) VARIÁVEIS CONTEXTUAIS RESULTADOS Fig 3. Distribuição da cárie dentária nos bairros amostrados. Fig 4. Distribuição do Índice de Cuidados nos bairros amostrados. VARIÁVEIS DESFECHO 18/11/2015 4 DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO SERVE PARA: Compreensão Previsão Busca etiológica Prevenção de doenças Avaliação do impacto de intervenções DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO Prever ocorrência futura (Séries temporais DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO Suspeita Etiológica DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO Avaliar efetividade 18/11/2015 5 DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO Tipos principais de evolução temporal da doença DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO Tendências Histórica: Análise das mudanças na frequência de uma doença por um longo período de tempo (décadas, séculos). Duração da série histórica depende da disponibilidade de dados DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO Tendências Histórica: Deve-se considerar: Modificações nos critérios de diagnóstico Modificações na terminologia das doenças Modificações nas taxas de letalidade DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO Vacinação 18/11/2015 6 DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO Variações Sazonais: variações na incidência de uma doença que coincidem com as estações do ano. • Doenças infecciosas agudas • Dengue (verão) • Nascimentos • Acidentes de trabalho (agricultura) DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO Fatores que podem influenciar as variações sazonais: • Condições climáticas • radiação solar • temperatura • umidade • precipitação • poluentes no ar • Aglomeração de pessoas no inverno • do consumo de água no verão despejo de esgotos transmissão fecal fecal-oral DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO Variações Irregulares: alterações inesperadas na incidência de doenças. Quando o comportamento da doença não se enquadra nos padrões anteriormente descritos. • Epidemia: exemplo de variação irregular. • Endemia: presença usual de uma doença dentro dos limites esperados, em uma determinada área, por período de tempo limitado. DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO ENDEMIA – Distribuição Normal – Freqüência Média – Desvio Padrão – Incidência Normal – Limite Superior da Incidência Normal - Limite Inferior da Incidência Normal – Diagrama de Controle DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO Variações Irregulares Epidemia: Elevação brusca, temporária e acima do esperado para a incidência de uma determinada doença. Resultado do desequilíbrio entre relacionados ao agente, hospedeiro e/ou ambiente. Não depende do número de casos mais da sua extraordinariedade. 1 caso de poliomielite em áreas sem a doença Profa. Stela M. Pereira - Caso autóctone (latim autochton, -onis, do grego autókhthon, -on) 1. Que ou o que é natural do território onde vive. = ABORÍGENE.ABORÍGINE, INDÍGENA, NATIVO ≠ 2. Que pertence ao povo natural de um território. 3. Que tem origem no local onde se encontra ou onde se manifesta (ex.: espécime autóctone). ≠ ALÓCTONE (Scilar, 1996). (Priberam, 2011) 18/11/2015 7 Profa. Stela M. Pereira - Caso alóctone (alo-,+ grego khthon, -onós, terra)1. Que ou o que não é natural do território onde vive. 2. Que não tem origem no local onde se encontra ou onde se manifesta (ex.: espécime alóctone). Antônimo Geral: AUTÓCTONE (Priberam, 2011) DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO Variações Irregulares Pandemia: ampla distribuição da doença atingindo nações e continentes em decorrência de grupos altamente susceptíveis e por condições facilitadas de disseminação do agente (AIDS) Incidência de doenças • Epidemia – (epidémeion - visitar) “Elevação progressiva e crescente, inesperada dos coeficientes de incidência de uma determinada doença ultrapassando os valores do limiar endêmico”. (Rouquayrol - 2006) • Endemia – (endémion – habita o lugar) “ incidência constante de uma determinada doença, no decorrer de um longo período histórico.” ASPECTOS DIFERENCIAIS DAS EPIDEMIAS • Epidemia Explosiva • Epidemia Progressiva ou Epidemia Propagada Epidemia Lenta ASPECTOS DIFERENCIAIS DAS EPIDEMIAS DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO 18/11/2015 8 DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO ENDEMIA – Distribuição Normal Incidências mensais (10 anos anteriores não epidêmicos) DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO MÉDIA ARITMÉTICA X1 + X2 + X3 + ... Xn ΣXi X = = n n DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO ∑ ( X – MÉDIA)2DESVIO =√ N - 1 DESVIO-PADRÃO DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO DP: Intervalo de Variação de 95% = µ 1,96*DP Ls = X + 1,96.DP LIMITE SUPERIOR 18/11/2015 9 DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO DP: Intervalo de Variação de 95% = µ 1,96s Ls = X - 1,96.DP LIMITE INFERIOR DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO Diagrama de Controle • Diagrama de Controle: para detecção de epidemias Epidemia • Método gráfico para acompanhamento da evolução temporal da doença • Permite detectar alterações na distribuição habitual da doença DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO Exemplos de Diagrama de controle DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO Primeiro passo, plotar a média dos meses DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO Segundo passo, calcular os limites superiores e inferiores a partir da média e do DP. Para isso seleciono as médias e o DP em uma tabela 18/11/2015 10 DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO Calculo o limite superior Ls = X + 1,96.DP DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO Calculo o limite inferior Li = X - 1,96.DP DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO EXEMPLO DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO Resultado DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO Epidemia – Também pode ser avaliada por quartis Distribuição por Quartis Incidências mensais (10 anos anteriores não epidemicos) ordenadas de modo crescente, por mês. Identifica Identifica-se o valor mediano, o primeiro quartil e o terceiro quartil para cada mês. Plotam Plotam-se os valores. As incidências que ultrapassam o terceiro quartil são consideradas epidêmicas. 18/11/2015 11 DISTRIBUIÇÃO DAS DOENÇAS NO TEMPO Aula : Medidas de Associa ção Profa. Stela M. Pereira Prevalência: Número de casos existentes em uma população em um determinado espaço e tempo. Medidas de freqüência Aula : Medidas de Associa ção Profa. Stela M. Pereira Prevalência: Fig. 1 Composição do valor da prevalência Fonte: OPAS, 1982 In: Rouquayrol e Almeida Filho, 2003 Aula : Medidas de Associa ção Profa. Stela M. Pereira Coeficiente de Prevalência: Número de casos existentes (novos + antigos) no período(t) e área(x) Número de pessoas no período(t) e área(x) x 10n Prevalência: número de casos existentes Aula : Medidas de Associa ção Profa. Stela M. Pereira Incidência: Novos casos que ocorrem durante um período específico de tempo em uma determinada população e área. Aula : Medidas de Associa ção Profa. Stela M. Pereira Incidência: Fig. 2 Variação da incidência com a velocidade de agregação de casos novos Fonte: OPAS, 1982 In: Rouquayrol e Almeida Filho, 2003 18/11/2015 12 Medidas de freqüência • Incidência – coeficiente de incidência • Incidência cumulativa • Densidade de incidência Aula : Medidas de Associa ção Profa. Stela M. Pereira EXPOSTOS NO DENOMINADOR Número de casos novos no período Número de pessoas expostas x 10n Coeficiente de Incidência cumulativa Nº operários na indústria A - 1000 Nº operários que trabalharam o ano todo - 50 Nº operários que trabalharam 6 meses - 450 Nº operários que trabalharam 3 meses - 500 Nº de casos de intoxicação aguda no ano - 20 Coeficiente de incidência = Coeficiente de incidência = 20 1000 x 1000 = 20 casos por 1000 Calculando coeficiente de incidência Número de casos novos no período Número de pessoas x 10n Características demográficas (do lugar): 986 famílias – 2034 pessoas 1393 mulheres 1641 homens 1º semestre : notificou - 44 casos suspeitos 6 casos confirmados Coeficiente de incidência: 6 / 2034 x 1000 = 2,94/1000h CASO DE UM DESFECHO EM SAÚDE: É uma epidemia? Dimensões - Indivíduo/População - TEMPO - Local História Natural Profa. Stela M. Pereira OBRIGA DA TENHA M UM BOM DIA!!!
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