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Li Engenharia Civil - Pavimentação Profº Hassan M. Barakat ________________________________________________________________________________________________ Condições Climáticas O clima é o fator que desempenha maior atividade no processo de formação dos solos. Atuando através de componentes como temperatura, precipitação, umidade relativa do ar, vento e suas variações, o clima pode agir, direta ou indiretamente, determinando o tipo de intemperização predominante. CLIMA As relações entre os tipos de fragmentação da rocha e clima, mostrou que a energia de desintegração e decomposição das rochas e minerais aumenta gradativamente das regiões frias para as quentes. A água proporciona condições para que o material possam se transformar em solo pela ação dos processos físicos e químicos do intemperismo. A umidade é um dos principais elementos do clima, sendo responsável pela evolução do perfil do solo. A temperatura é o segundo elemento mais importante do clima. A sua principal função na formação do solo é a de fornecer energia e agir como catalisador de várias reações químicas na decomposição da rocha matriz e da matéria orgânica. Li Engenharia Civil - Pavimentação Profº Hassan M. Barakat ________________________________________________________________________________________________ CARACTERÍSTICAS DO TRÁFEGO Para estimar o desempenho dos pavimentos, geralmente testes realizados em laboratório não são adequados, pois são feitos em escala reduzida, e este efeito modifica fatores que afastam o experimento das condições reais. Para possibilitar a redução do tempo necessário desenvolvimento de variações no desempenho do pavimento, pode-se testar pequenas seções com para o a aplicação de cargas definidas. Isto tem sido conseguido através dos equipamentos conhecidos como “simuladores de tráfego”. Estes equipamentos permitem a obtenção de dados mais reais sob condições controladas e em períodos de tempo reduzidos. No Brasil há dois simuladores de tráfego; um radial no IPR/DNER, e o Simulador Linear de Tráfego UFRGS/DAER-RS, em operação desde 1996. As características do tráfego afetam a qualidade dos pavimentos flexíveis. Solicitações acima das previstas em projeto podem ocasionar degradações como deformações permanentes, trincas e perda de material da superfície de rolamento. Li Engenharia Civil - Pavimentação Profº Hassan M. Barakat ________________________________________________________________________________________________ A avaliação do desempenho estrutural de pavimentos flexíveis deve considerar: – deformações plásticas ou permanentes: • Observadas nos afundamentos das trilhas de roda, ocasionados por dois tipos distintos de solicitações, a compressão e o cisalhamento; • Esforços de compressão geram a densificação dos materiais constituintes das camadas dos pavimentos; e • Esforços cisalhantes geram movimentos laterais de uma ou mais camadas. – deformações elásticas ou resilientes: • Ocasionadas pela repetição das cargas, que gera as trincas por fadiga; • Em condições normais, a camada de concreto asfáltico tende a voltar a sua posição original após o término do carregamento, recuperando parte considerável da deformação sofrida; e • Entretanto, quando ocorrem deformações cíclicas sob cargas repetidas, o concreto asfáltico sofre o fenômeno de fadiga. Cargas Rodoviárias e Tráfego Veículo padrão: – Surgiu em virtude da heterogeneidade do tráfego; – Serve de referência aos demais carregamentos; – O tráfego dos diferentes tipos de veículos pode ser expresso em termos do número equivalente de solicitações do eixo padrão; e – Eixo padrão = eixo simples com rodas duplas de 8,2 tf. Problemas para estimativa do tráfego: – falta de controle da pressão de inflação de pneus dos veículos comerciais – pressão de inflação vigente = 80 psi = 5,62 Kgf/cm2 – pressão de inflação utilizada na prática = em torno de 100 psi = 7,03 Kgf/cm2 – a consequência é a alteração da distribuição de tensão, causada pelo aumento da pressão de contato, que é admitida como igual à pressão de inflação do pneu. Classificação dos veículos: – Veículos de passeio ou veículos leves: automóveis e utilitários – Veículos comerciais: - caminhões leves: 2 eixos simples, ambos com rodas simples - caminhões médios: 2 eixos simples, rodas traseiras duplas - caminhões pesados: 2 eixos, traseiro - reboques e semirreboques: outras combinações - ônibus: equivalente a caminhões leves Li Engenharia Civil - Pavimentação Profº Hassan M. Barakat ________________________________________________________________________________________________ No entanto, é preferível que a classificação seja mais detalhada, pois podem ocorrer expressivas variações na capacidade de carga entre caminhões de uma determinada subclasse, em função do tipo de veículo. Assim, os semireboques poderiam ser classificados da seguinte maneira: 2S1; 2S2; 3S2 e 3S3. Nessa classificação, o primeiro algarismo representa o número de eixos do cavalo mecânico, e o segundo algarismo, o número de eixos do semirreboque. Li Engenharia Civil - Pavimentação Profº Hassan M. Barakat ________________________________________________________________________________________________ Além da classificação dos veículos, também é importante classificar os tipos de eixos, estabelecendo-se limites de peso para cada tipo de eixo e verificando-se a distribuição da carga por eixo, para cada caminhão. As dimensões autorizadas para veículos, com ou sem carga, são as seguintes: I - largura máxima: 2,60m; II - altura máxima: 4,40m; III - comprimento total: a) veículos não-articulados: máximo de 14,00 metros; b) veículos não-articulados de transporte coletivo urbano de passageiros que possuam 3º eixo de apoio direcional: máximo de 15 metros; c) veículos articulados de transporte coletivo de passageiros: máximo 18,60 metros; d) veículos articulados com duas unidades, do tipo caminhão-trator e semirreboque: máximo de 18,60 metros; e) veículos articulados com duas unidades do tipo caminhão ou ônibus e reboque: máximo de 19,80; f) veículos articulados com mais de duas unidades: máximo de 19,80 metros. Os limites máximos de peso bruto total e peso bruto transmitido por eixo de veículo, nas superfícies das vias públicas, são os seguintes: Peso bruto total ou peso bruto total combinado:
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