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UNIRIO - Administração Pública - 2016.1 Disciplina: Teoria do Estado Moderno Discente: Natália Moraes Pinto Coêlho Neto Resenha do capítulo 4 do livro “Comportamiento político y electoral” de Eva Anduiza e Agustí Bosch No capítulo 4, os autores preocuparam-se em tratar de explicar as causas dos votos dos cidadãos do ponto de vista da teoria sociológica (tentar entender o voto das pessoas a partir das características socioeconômicas das mesmas). A causa central tratada foi como a posição social do indivíduo condiciona seu voto. Para isso, foi utilizado o conceito de clivagem, que é uma divisão/fissura internas da sociedade em razão da sua estrutura social. Nos países ocidentais, as clivagens existentes são: a classe social, a denominação religiosa e a origem. Clivagem de classe social, nascida do conflito burguesia x trabalhadores na Revolução Industrial, diz respeito à posição que a pessoa ocupa na estrutura econômica da sociedade; Clivagem de denominação religiosa, nascida do conflito católicos x protestantes na Reforma Protestante, diz respeito à denominação religiosa. Observa-se aqui uma regularidade: as denominações religiosas majoritárias num determinado pais tende a alinhar-se aos partidos tradicionais/ conservadores. Enquanto as denominações minoritárias tendem a alinhar-se com partidos transformadores/ progressistas. Clivagem de origem nascida de conflitos mais culturais, étnicas e regionais (como urbano x rural) na Formação do Estado-Nação, diz respeito à cultura. A existência de um partido ou de outros num país é fruto da historia dos conflitos daquele país, das contradições entre os diferentes grupos dessa sociedade, da estrutura social já estabelecida, portanto, a consequência lógica é que os indivíduos que pertencem aquele grupo desenvolvam alinhamentos com seus partidos; O voto passa a ser uma questão de identidade, não de eleição. Portando, o voto é automático. Os operários votam no partido trabalhista, os católicos votam no partido católico, por exemplo. Os embasamentos destas influências se pautam em três motivos: a posição social é um indicador dos estímulos que recebe o individuo; a posição social é um indicador dos valores que os indivíduos adotam e em cada posição social existem objetivos diferentes e específicos. Em resumo: Quando num país existem várias clivagens que se sobrepõem, o efeito sobre o sistema de partidos é similar ao que se produz quando há somente uma clivagem. Entretanto, quando num país existem várias clivagens que se justapõem, o efeito sobre o sistema de partidos é de uma grande fragmentação. Uma das principais críticas à teoria das clivagens é que explica o suficiente a permanência do mesmo comportamento eleitoral, mas não é capaz de explicar as mudanças eleitorais a curto prazo. Se votamos no partido que determina nossa posição social, como podem haver mudanças de voto nesse sistema de partidos? É o que se chama desalinhamento: uma erosão geral de todos os laços entre os grupos sociais e partidos, que rompe a tradicional estabilidade nos resultados eleitorais.
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