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10/02/2016 1 Teorias do Desenvolvimento Profa. Júnea Fontes 01/2016 Objetivos • Apresentar e discutir as principais Teorias do Desenvolvimento; • Pontuar as implicações práticas clínicas das Teorias do Desenvolvimento; • Apresentar conclusões sobre o Desenvolvimento, baseadas nas principais Teorias abordadas. Teorias do Desenvolvimento • Teoria neuromaturacional • Abordagem dos sistemas dinâmicos Profa. Júnea Fontes 01/2016 Teoria Neuromaturacional • A causa do desenvolvimento é a Maturação do SNC; • Estrutura precede a função; • Mudanças são decorrentes de uma consequência de genes herdados; • O ambiente é secundário na determinação destas mudanças; Profa. Júnea Fontes 01/2016 Castro, 2006 • Principais estudiosos : Arnold Gesell e Myrtle McGraw ; • Teoria absoluta até a década de 80. Profa. Júnea Fontes 01/2016 Teoria Neuromaturacional Maturação do SNC Mielinização do SNC Inibição dos núcleos subcorticais Maior funcionamento do córtex cerebral Profa. Júnea Fontes 01/2016 Ambiente é secundário Castro, 2006. 10/02/2016 2 Pressupostos básicos da Teoria Neuromaturacional • Movimentos reflexos para movimentos controlados ( voluntários ); • Direção céfalo-caudal ; • Proximal para distal, grosso para o fino; • Ritmo e sequência de desenvolvimento motor Profa. Júnea Fontes 01/2016 Castro (2006 ); Papalia&Olds (2000). Movimentos reflexos para movimentos voluntários Corpo sem controle Organismo passivo Reflexos Novas condutas e controle delas Controle do Corpo posição e seus segmentos Profa. Júnea Fontes 01/2016 Piaget, 1984; labs.icb.ufmg.br/pt/revista/revista2 Níveis inferiores do SNC Núcleos subcorticais do tronco encefálico SNC maduro com inibição dos centros inferiores Pressupostos básicos da Teoria Neuromaturacional • Movimentos reflexos para movimentos controlados ( voluntários ); • Direção céfalo-caudal ; • Proximal para distal, grosso para o fino; • Ritmo e sequência de desenvolvimento motor Profa. Júnea Fontes 01/2016 Castro (2006 ); Papalia&Olds (2000). Direção céfalo-caudal • Centros superiores responsáveis pela cabeça, tronco e membros superiores amadurecem primeiro que os centros responsáveis pela pelve e membros inferiores. Profa. Júnea Fontes 01/2016 Castro (2006 ); Papalia&Olds (2000). Desenvolvimento proximal-distal • Preconiza que as habilidades motoras grossas se desenvolvem antes , e são a base para o desenvolvimento das habilidades motoras finas; Profa. Júnea Fontes 01/2016 Controle de tronco Controle da cintura escapular Controle fino das mãos Castro, 2006. Pressupostos básicos da Teoria Neuromaturacional • Movimentos reflexos para movimentos controlados ( voluntários ); • Direção céfalo-caudal ; • Proximal para distal, grosso para o fino; • Ritmo e sequência de desenvolvimento motor Profa. Júnea Fontes 01/2016 Castro (2006 ); Papalia&Olds (2000). 10/02/2016 3 Ritmo e sequência de desenvolvimento motor • Cada etapa é pré- requisito para a seguinte; • Sequência cronológica dos marcos motores. Profa. Júnea Fontes 01/2016 Castro , 2006. Fonte: Tabela principais aquisições da criança, online Profa. Júnea Fontes 01/2016 Fonte: arquivo pessoal Ritmo e sequência de desenvolvimento motor • Ritmo individual na transição das habilidades motoras; • Avança, estaciona, retarda e retorna temporariamente ; • Mudanças qualitativas e quantitativas; Profa. Júnea Fontes 01/2016 Chagas, 2011. Implicação da Teoria Neuromaturacional na prática clínica • A sequência do desenvolvimento das habilidades era usada como uma prescrição para promover a independência dos pacientes; • Cada etapa tinha que ser cumprida para alcançar a independência; • Nenhuma etapa poderia ser pulada. Profa. Júnea Fontes 01/2016 Goldberg In Tecklin, 2002 . Teorias do Desenvolvimento • Teoria neuromaturacional • Abordagem dos sistemas dinâmicos Profa. Júnea Fontes 01/2016 Abordagem dos sistemas dinâmicos Desenvolvimento Ambiente Sistema músculo esquelético Sistema Cardio respiratório Maturação do SNC Profa. Júnea Fontes 01/2016 Goldberg In Tecklin, 2002 . 10/02/2016 4 Abordagem dos sistemas dinâmicos • Rejeita a teoria de organismo passivo ( teoria neuromaturacional ) – de um ser reflexo, dependente de estímulos externos para ativar o sistema motor; • Acredita no organismo ativo : ser com capacidade fundamental e primária de gerar comportamentos. Profa. Júnea Fontes 01/2016 Goldberg In Tecklin, 2002 . • As causas do desenvolvimento são múltiplas e complexas ; • Todos os sistemas submetem-se constatemente á mudanças; • A interação desses sistemas dinâmicos promove o desenvolvimento das habilidades motoras. Profa. Júnea Fontes 01/2016 Goldberg In Tecklin, 2002 . Abordagem dos sistemas dinâmicos • Interferência de forças não controladas pelo SNC; • Interações entre o organismo, a tarefa e o ambiente; • Contexto funcional X movimento “normal”; • Enfatiza características adaptativas do movimento. Profa. Júnea Fontes 01/2016 Chagas, 2011. Tarefa: a forma, o tamanho e o peso do objeto restringem e determinam o tipo de preensão Subsistemas envolvidos: estado emocional do lactente, o grau de motivação, cognitivo, postura do tronco, posição do braço pra garantir estabilidade, força muscular ambiente Lopes, 2007. Implicação da Abordagem dos Sistemas Dinâmicos na prática clínica “ (...) sequência do desenvolvimento como um guia para a compreensão do processo global pelo qual se atinge a habilidade de controlar o corpo contra a gravidade.” ( Goldberg in Tecklin 2002 , p. 32 ) Profa. Júnea Fontes 01/2016 Implicação da Abordagem dos Sistemas Dinâmicos na prática clínica • Preocupação maior com as habilidades apropriadas á idade, do que a reprodução da sequência de realizações durante a infância. (Goldberg in Tecklin 2002). • Atentar para a perda de habilidades previamente adquiridas, regressão do desenvolvimento . ( Medina, 2015). Profa. Júnea Fontes 01/2016 10/02/2016 5 Teoria Neuromaturacional Maturação do SNC Ambiente Abordagem dos sistemas dinâmicos Desenvolvimento Ambiente Sistema músculo esquelético Sistema Cardio respiratório Maturação do SNC Profa. Júnea Fontes 01/2016 Goldberg In Tecklin, 2002 . Teoria dos Sistemas Dinâmicos Individual Hereditariedade, Biologia, Natureza e Fatores Intrínsecos Ambient e Experiência, Aprendizado, Encorajamento e Fatores Extrínsecos Tarefa Fatores Físicos e Mecânicos Conclusões sobre o Desenvolvimento • Processo seqüencial, contínuo e relacionado à idade cronológica; • Processo pelo qual o ser humano adquire uma enorme quantidade de habilidades motoras, as quais progridem de movimentos simples e desorganizados para a execução de habilidades motoras altamente organizadas e complexas. Profa. Júnea Fontes 01/2016 Willrich , 2009. Conclusões sobre o Desenvolvimento • O surgimento de movimentos e seu posterior controle ocorrem em uma direçãocéfalo- caudal e próximo-distal; • Este processo não se apresenta de forma linear, incluindo períodos de equilíbrio e desequilíbrio; Profa. Júnea Fontes 01/2016 Willrich , 2009. Conclusões sobre o Desenvolvimento • Costuma cumprir uma seqüência ordenada e até previsível de acordo com a idade; • Processo que ocorre de maneira dinâmica e é suscetível a ser moldado a partir de inúmeros estímulos externos. Profa. Júnea Fontes 01/2016 Willrich , 2009. 10/02/2016 6 Conclusões sobre o Desenvolvimento • Aquisição e refinamento das diferentes habilidades são determinados pela interação: • aspectos relativos ao indivíduo (características físicas e estruturais); • Ambiente; • Tarefa. Willrich , 2009 Objetivos • Apresentar e discutir as principais Teorias do Desenvolvimento; • Pontuar as implicações práticas clínicas das Teorias do Desenvolvimento; • Apresentar conclusões sobre o Desenvolvimento, baseadas nas principais Teorias abordadas. Profa. Júnea Fontes 01/2016 Bibliografia • CASTRO, Elaine. Desenvolvimento sensório-motor e perceptivo motor de populações especiais. Aula Expositiva. Mestrado em Ciências da Motricidade. UNESP, 2006. • CHAGAS, PSC; VAZ, DV. Bases Teóricas em Reabilitação. In: Reabilitação em Paralisia Cerebral. Editores: Cury, VCR; Brandão, MB. Rio de Janeiro: Medbook, 2011. 480p. • Desenvolvimento segundo Jean Piaget. Disponível em < labs.icb.ufmg.br/pt/revista/revista2/.../cap2-3 >. Acessado em 24 nov 2015. • GOLDBERG, C; VAN, A.S. Desenvolvimento Motor Normal in TECKLIN, J.S. Fisioterapia Pediátrica. 3ed . Porto Alegre, RS. Artmed, 2002. • LOPES, V.; GIL, M. S. M.A; Desenvolvimento Motor Infantil: Concepção da Abordagem dos Sistemas Dinâmicos. in IV Congresso Brasileiro Multidisciplinar de Educação Especial. Londrina, 2007. ISBN 978-85-99643-11-2 Profa. Júnea Fontes 01/2016 Bibliografia • MEDINA , Alva MD, Caro-Kahn I; Muñoz Huerta P, Leyva Sánchez J, Moreno Calixto J, Vega Sánchez SM. Neurodesarrollo Infantil: características normales y signos de alarma em el niño menor de cinco años. Ver Peru Med Exp Salud Publica. 2015; 32(3):565-73. • PAPALIA, DIANE E.; OLDS, SALLY WENDKOS; FELDMAN, RUTH DUSKIN. Desenvolvimento humano. 8.ed. Porto Alegre, RS: Artmed, 2006. • PIAGET, J.L. A Imagem Mental da Criança. Porto Alegre: Livraria Civilização, 1984. • Willrich, A; Azevedo, C.C.; Fernandes, J.O. Desenvolvimento motor na infância: influência dos fatores de risco e programas de intervenção. Rev Neurocienc 2008: 17 (1) : 51-56. Profa. Júnea Fontes 01/2016 As referências bibliográficas estão de acordo com a norma NBR6023/2002 preconizada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
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