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Hanseníase Apresentação

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 Hanseníase
Aux/Tec.de enfermagem e acadêmico do 6° período de bacharelado enfermagem/2014
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A história da Hanseníase
Do Grego: Lepros  quer dizer nada além do que manchas na pele. 
Ao longo dos tempos, a hanseníase foi uma moléstia estigmatizante, . Na história da humanidade, poucas doenças foram cobertas por manto de ignorância tão espesso.
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Existem referências à hanseníase em livros muito antigos, escritos na Índia e na China, séculos antes de Cristo,que provavelmente foi o exército de Alexandre, o Grande, que disseminou a doença pelo continente europeu, quando regressou das campanhas da Ásia.
Na Bíblia, considerada castigo dos deuses, os doentes eram recolhidos em leprosários, onde ficavam até morrer.
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Hanseníase
Doença infecto contagiosa de notificação compusória, crônica de grande importância para a saúde pública devido à sua magnitude e seu alto poder incapacitante.
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Microrganismo envolvido
Mycobacterium leprae, também conhecido como bacilo de Hansen é um parasita intracelular obrigatório que apresenta afinidade por células cutâneas (pele) e por células dos nervos periféricos. 
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Classificação quanto a forma clínica
Hanseníase Indeterminada(HI).
Hanseníase Tuberculoide(HT).
Hanseníase Virchowiana (HV).
Hanseníase Dimorfa (HD)
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 Hanseníase Indeterminada()
 As lesões da HI surgem após um período de incubação que varia, em média, de dois a cinco anos. Caracteriza-se pelo aparecimento de manchas hipocrômicas, com alteração de sensibilidade, ou simplesmente por áreas de hipoestesia na pele .
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Hanseníase Tuberculóide (HT).
Nesta forma clínica, encontram-se lesões bem delimitadas, em número reduzido, anestésicas e de distribuição assimétrica.
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Forma Tuberculóide
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Hanseníase Virchowiana (HV).
 Trata-se de forma multibacilar, reconhecida por corresponder ao pólo de baixa resistência, dentro do espectro imunológico da doença. Portanto, manifesta-se naqueles indivíduos que apresentam imunidade celular deprimida para o Mycobacterium leprae. 
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A infiltração é difusa e mais acentuada na face e nos membros. A pele torna-se luzidia, xerótica, com aspecto apergaminhado e tonalidade semelhante ao cobre. Há rarefação dos pelos nos membros, cílios e supercílios. A queda de pelos nesse local chama-se madarose.
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Hanseníase Dimorfa (HD)
	Este grupo é caracterizado por sua instabilidade imunológica, o que faz com que haja grande variação em suas manifestações clínicas, seja na pele, nos nervos, ou no comprometimento sistêmico.
	Compreendem placas eritematosas,
manchas hipocrômicas com bordas ferruginosas.
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	Manchas eritematosas ou acastanhadas, com limite interno nítido e limites externos imprecisos, placas eritemato-ferruginosas ou violáceas, com bordas internas nítidas e limites externos difusos (lesões foveolares)
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Classificação terapeutica
A hanseníase, para fins de tratamento, pode ser classificada em: 
Paucibacilar(PB) : de 1 a 5 lesões de pele(baixa carga de bacilos) 
Multibacilar (MB): > de 5 lesões de pele (alta carga de bacilos).
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Período de incubação
Em média de 6 meses,2 ou 5 anos.
A doença pode ficar latente no corpo do ser-humano ,sem nenhuma manifestação clínica, mas ele pode ou não transmiti-la. 
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Transmissão
A transmissão se dá por meio de uma pessoa doente que apresenta a forma infectante da doença (multibacilar - MB). É estando sem tratamento, elimina o bacilo por meio das vias respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros), podendo assim infectar outras pessoas suscetíveis. 
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Curiosidade
O bacilo de Hansen tem capacidade de infectar grande número de pessoas, mas poucas pessoas adoecem, porque a maioria apresenta capacidade de defesa do organismo contra o bacilo.
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A Hanseníase não se transmite por:
Meio de copos, pratos, talheres, portanto não há necessidade de separar utensílios domésticos da pessoa com hanseniase.
Assentos, como cadeiras, bancos;
Apertos de mão, abraço, beijo e contatos rápidos em transporte coletivos ou serviços de saude;
Picada de inseto;
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Relação sexual;
Aleitamento materno;
Doação de sangue;
Herança genética ou congênita (gravidez);
OBS: Assim que a pessoa começa o tratamento(Após 48 Horas ) deixa de transmitir a doença. A pessoa com hanseníase não precisa ser afastada do trabalho, nem do convívio familiar. 
 
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Transmissibilidade
Enquanto o individuo não iniciar o tratamento.
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Sinais e sintomas
Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas ou alteração de sensibilidade;
 Área de pele seca e com falta de suor;
Área da pele com queda de pêlos, especialmente nas sobrancelhas;
(Parestesias) insensibilidade ao calor, à dor e ao tato. 
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Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas, inchaço de mãos e pés.
Diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face 
Úlceras de pernas e pés.
Nódulo (caroços) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
Febre, edemas e dor nas juntas.
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 Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz;
Ressecamento nos olhos;
 Mal estar geral, emagrecimento;
Locais com maior predisposição para o surgimento das manchas: mãos, pés, face, costas, nádegas e pernas.
OBS:Em alguns casos, a hanseníase pode ocorrer sem manchas.
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Diagnostico
O diagnóstico da hanseníase é basicamente clínico, baseado nos sinais e sintomas detectados no exame de toda a pele, olhos, palpação dos nervos, avaliação da sensibilidade superficial e da força muscular dos membros superiores e inferiores. Em raros casos será necessário solicitar exames complementares para confirmação diagnóstica. 
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Diagnostico Diferencial
Hanseníase Indeterminada
Pitiríase versicolor, pitíriase alba, vitligo, nevo acrômico, dermatite seborrêica, dermatose solar hipocromiante, pinta e manchas hipocrômicas residuais sensibilidade alterada, excepcionalmente pode ser normal na face.
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Diagnostico Diferencial da Hanseniase Tuberculoide
Reação persistente a picada de inseto, tinha do corpo, granuloma anular, sarcoidose, dermatite seborrêica, sífilis secundária ou terciária, líquen plano, alopécia areata, ,farmacodermias,etc.
sensibilidade alterada (tende a ser francamente anestésica), exceto lesões iniciais na face e espessamento de troncos nervosos.
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Diagnostico DifTerencial Da Hanseniase Virchowiana 
Sífilis secundária,farmacodermias, xantomatose, neurofibromatose, linfomas cutâneos, ictioses,alopécia areata, lupus eritematoso sistêmico, paracoccidioidomicose, doença de Jorge Lobo,leishmaniose difusa anérgica*
 sensibilidade alterada, espessamento de troncos nervosos,baciloscopia positiva
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Diagnostico Diferencial Hanseníase Dimorfa 
Urticária, linfomas, psoríase, farmacodermias, sífilis secundária ou terciária, pitiríase rósea de Gilbert,eritemas figurados e os demais diferenciais possíveis para HT e HV* 
Sensibilidade alterada, espessamento de troncos nervosos, baciloscopia positiva ou negativa.
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O tratamento é ambulatorial. Administra-se uma associação de medicamentos, a poliquimioterapia (PQT/OMS), conforme a classificação operacional, sendo:
 Paucibacilares: rifampicina, dapsona;
Multibacilares: rifampicina, dapsona e clofazimina; 
Tratamento 
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Prevenção
A hanseniase é uma doença incapacitante e apesar de não haver uma forma de prevenção especifica, existem medidas que podem evitar , tais como:
Diagnóstico precoce;
Exame, precoce, dos contatos intradomiciliares ; 
Técnicas de prevenção de incapacidades,
Uso da BCG.
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Rifampicina (RFM) 600mg dose mensal supervisionada.
Dapsona (DDS) 100mg dose diária auto-administrada.
Clofazimina (CFZ) 300mg dose mensal supervisionada + 50mg/ dia ou 100mg /dias alternados,auto-administrada.
Seguimento dos casos Comparecimento mensal para a medicação supervisionada
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Revisão dermatoneurológica
na 12ª e 24ªdoses.
Critérios para alta Alta por cura, após a 24ª dose, que pode ser feita em até 36 meses, independente do nº de faltas consecutivas
Fonte: adaptado da Portaria nº 1073/GM de 26 de setembro de 2000
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Tratamento para reações adversas
Talidomida: Eritema nodoso moderado
a grave 100 a 400mg/dia, redução Teratogênese, neuropatia periférica*
Pentoxifilina: Eritema nodoso moderado 400mg 8/8hs +prednisona Prurido, urticária, rash cutâneo, intolerância gastro a grave, alternativa para 1ºmes manter 2 a 3 meses intestinal, arritimias mulheres em idade fértil.
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Clofazimina: Eritema nodoso grave, 300mg/dia-30 dias200mgdia ,Hiperpigmentação, ictiose, diarréia
crônico,subentrante 30 dias100mg/dia-30 dias + prednisona.
Prednisona: Neurites, irite e iridociclite, 1 a 2mg/kg/dia associada Imunossupressão, diabetes, osteoporose, Cushing induzido,mão e pé reacionais, artrite ou não a outra drogas reacional, eritema nodoso ulcerado, contra-indicações para a talidomida.
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*a talidomida está proibida para uso em mulheres na idade fértil. Sua prescrição deve ser feita segundo a portaria ministerial nº 354 de 15/08/1997, publicada no DOU de 18/08/1997, seção I páginas 17844 a 178471.
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PROFILAXIA
	Pelas normas atuais do MS a prevenção consiste no diagnóstico precoce de casos e na utilização do BCG. Para tal recomenda-se o exame dermato-neurológico de todos os contatos intra-domiciliares do caso diagnosticado.Considera-se os conviventes do domicílio nos últimos cinco anos. 
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	Depois do exame clínico o contato será encaminhado para a aplicação da BCG por via intradérmica. Os contatos sem cicatrizes prévias receberão duas doses de BCG, com intervalo de seis meses entre elas. Aqueles com uma cicatriz irão receber uma dose da BCG6.
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 Atenção
	Todo contato de Hanseníase deve receber orientação de que a BCG não é uma vacina especifica para este agravo e, nesse grupo, é destinada, prioritariamente, aos contatos intradomiciliares.
Notas:     Contatos intradomiciliares de Hanseníase com menos de 1 ano de idade, já vacinados, não necessitam da aplicação de outra dose de BCG.
    
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 Contatos intradomiciliares de Hanseníase com mais de 1 ano de idade, já vacinados com a primeira dose, devem seguir as instruções descritas anteriormente.
 Na incerteza de cicatriz vacinal ao exame dos contatos intradomiciliares, recomenda-se aplicar uma dose, independentemente da idade.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Barros RPC, Oliveira MLWR. Detecção de anticorpos específicos para o antígeno glicolípide fenólico-1 do M. leprae (anti PGL-1 IGM): aplicações e limitações. Anais Brasileiros de Dermatologia 75: 745-753, 2000.
2. Foss NT. Hanseníase: aspectos clínicos, imunológicos e terapêuticos. Anais Brasileiros de Dermatolologia 74:113-119,1999
3. Hastings RC. Leprosy. Churchill Livingstone, Singapore, 1994.
4. Ministério da Saúde. Portaria Nº 354 de 15 de agosto de 1997 Publicada no D.O.U.- p.17844 - 17847 - Seção 1 de 18 de agosto, 1997.
5. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Gestão de Políticas Estratégicas. Relatório de atividades da área técnica de dermatologia sanitária ano de 1999. Brasília, 1999.
6. Ministério da Saúde. Portaria Nº 1073/GM de 26 de setembro de 2000. Publicada no D.O.U. - 188-E -pg 18 -Seção 1 - 28 de setembro, 2000.
7. Naafs B. Treatment of reactions and nerve damage. International Journal of Leprosy 64: S21-S28, 1996.
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