Buscar

Como Estudar Eficientemente Guy M. Whipple

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Como Estudar Eficientemente traz regras claras e objetivas destinadas a 
todos aqueles que desejam tornar seu estudo eficaz, formar hábitos de 
trabalho mental corretos e desenvolver um método ou plano adequado 
de estudo que realmente os ajudem a assimilar os conteúdos e maximizar 
seu aprendizado.
A obra do Professor Guy M. Whipple não é um livro direcionado apenas a 
estudantes, é também orientado para professores que desejam 
desenvolver, o mais cedo possível, bons hábitos de estudo em seus 
alunos.
	
	
	
INTRODUÇÃO
	
	
Há	não	muito	 tempo	 fui	 convidado	por	um	grupo	de	estudantes	do
Ensino	 Médio	 para	 apresentar-lhes	 algumas	 sugestões	 sobre	 técnicas	 de
estudo,	 com	 a	 ideia	 de	 que	 um	melhor	 conhecimento	 dos	métodos	 pelos
quais	 o	 trabalho	 escolar	 poderia	 ser	 preparado	 pudesse	 aumentar	 a	 sua
eficiência	 como	estudantes.	Uma	pesquisa	da	 literatura	disponível	parece
justificar	 a	 conclusão	de	que,	 apesar	da	 existência	de	uma	 série	de	 livros
sobre	a	arte	do	estudo,	ainda	havia	espaço	para	outro	 tipo	de	 tratamento
que	deveria	ser	limitado	ao	estabelecimento	direto	de	uma	série	de	regras
ou	máximas,	com	comentários	explicativos	apenas	o	suficiente	para	torná-
los	inteligíveis	e	úteis	para	as	necessidades	dos	alunos	do	Ensino	Médio	ou
Superior.	Julgo	que	muitos	alunos	de	nossas	escolas	e	faculdades	não	estão
trabalhando	 nas	 melhores	 condições	 possíveis,	 e	 ficariam	 felizes	 em
aumentar	 a	 sua	 eficiência,	 se	 soubessem	 como	 fazê-lo.	 As	 regras	 que	 se
seguem	 destinam-se	 a	 ajudar	 esses	 alunos.	 A	 maioria	 das	 sugestões
também	podem	ser	proveitosamente	tidas	em	mente	pelos	professores	do
Ensino	 Fundamental,	 cuja	 atividade	 deve	 ser	 de,	 o	 mais	 cedo	 possível,
desenvolver	bons	hábitos	de	estudo	nos	seus	alunos.
Embora	 seja	 verdade	 que	 muito	 do	 que	 é	 ensinado	 na	 escola	 seja
calculado	para	apelar	diretamente	aos	interesses	inerentes	dos	estudantes,
provocar	a	sua	curiosidade,	e	desafiar	a	sua	atenção,	é	igualmente	verdade
que	a	maioria	dos	estudos	é	um	trabalho	real,	e	que	a	maioria	dos	meninos
e	meninas	têm	que	adquirir	a	arte	de	estudar,	do	mesmo	modo	que	têm	de
adquirir	muitos	outros	hábitos	e	habilidades	necessárias	para	o	sucesso	na
vida.	 Além	 disso,	 as	 condições	 que	 existem	 em	muitas	 escolas	 de	 Ensino
Fundamental	 são,	 infelizmente,	 como	 que	 para	 promover	 apenas	 o	 tipo
mais	 superficial	 de	 estudo,	 dar	 um	 prêmio	 sobre	 o	 mero	 memorizar	 de
palavras,	tolerar	uma	atenção	inconstante	e	mal	sustentada	e	evitar	o	duro
trabalho	intelectual.	Os	alunos,	tanto	do	Ensino	Médio	quanto	universitário,
têm	estudado,	é	verdade,	há	anos,	mas	muitas	vezes	não	chegam	a	estudar
de	forma	eficiente,	pois	não	formaram	hábitos	corretos	de	trabalho	mental
e,	 na	 verdade,	 nem	 sabem	 sobre	 como	desenvolver	 um	método	 ou	 plano
adequado	 para	 esse	 trabalho.	 Eles	 são	 muitas	 vezes	 incapazes	 de
reconhecer	como	tal,	os	problemas	colocados	diante	deles,	e	não	têm	ideias
claras	quanto	aos	métodos	pelos	quais	os	problemas	devem	ser	resolvidos.
Nem	 sabem	 perfeitamente	 como	 lidar	 com	 essas	 “lições”	 que	 devem	 ser
“aprendidas”	 mais	 ou	 menos	 literalmente.	 Por	 “estudar”,	 refiro-me	 à
“assimilação	 das	 aulas”,	 assim	 como	 aprender	 uma	 lista	 de	 palavras,	 sua
ortografia,	bem	como	estudar	no	sentido	de	resolver	os	problemas	e	fazer
um	exame	investigativo	e	uma	pesquisa	crítica	de	um	tema.
No	 que	 se	 segue,	 não	 proponho	 nenhum	 remédio	 universal	 para
esses	males.	As	diferenças	fundamentais	entre	crianças	obtusas	e	crianças
brilhantes	continuarão	se	elas	forem	ensinadas	a	estudar	ou	não.	Nenhum
esquema	 de	 instrução	 irá	 levar	 todos	 os	 alunos	 ao	 mesmo	 nível	 de
proficiência.	 Mas	 a	 proficiência	 de	 cada	 aluno	 pode	 ser	 aumentada
ensinando-os	a	usar	mais	habilmente	o	cérebro	que	tem.	Assim,	Breslich[1]
por	exemplo,	mostra	que	só	estudar	na	escola	é	um	ponto	 fraco,	mas	que
sob	cuidadosa	supervisão,	esses	alunos	podem	ser	levados	a	conseguir	um
desempenho	 maior	 se	 autorizados	 a	 estudar	 na	 escola	 sem	 supervisão,
além	 de	 uma	 hora	 diária	 em	 suas	 casas.	 Admitindo	 que	 esses	 resultados
sejam	 típicos,	 quanto	 tempo	 de	 estudo	 bons	 alunos	 devem	 ter
desperdiçado?
Eficiência	 é	 a	 palavra	 de	 ordem	 da	 vida	 industrial	 moderna.	 E	 em
última	 instância,	 a	 escola	 é	uma	espécie	de	 fábrica	 cerebral.	O	material	 é
encontrado	no	objeto	de	vários	estudos	e	nas	operações	mentais	dos	seus
alunos.	Estudar	é	o	método	pelo	qual	o	objeto	é	convertido	em	ideias	que
devem	 ser	 eficazes	 na	 vida	 posterior	 dos	 alunos	 e	 pelo	 qual,	 ao	 mesmo
tempo,	as	capacidades	mentais	dos	estudantes	são	exercitadas	e	treinadas.
É	seguro	dizer	que	a	falta	de	orientação	e	estudo	direto	é	o	ponto	fraco	em
toda	 a	 máquina	 educativa.	 Há	 mais	 do	 que	 uma	 analogia	 fantasiosa	 no
paralelo	 entre	 a	 gestão	 científica	 na	 indústria	 moderna	 e	 o	 controle	 da
técnica	de	estudo	na	escola	moderna.	A	eliminação	de	“resíduos	inúteis”	na
fábrica	 deve	 ser	 acompanhada	 pela	 eliminação	 de	 “resíduos	 inúteis”	 na
escola.	 A	 principal	 fonte	 destes	 resíduos	 encontra-se	 no	 processo	 de
estudo.
	
	
	
REGRAS
	
	
1.	Mantenha-se	em	boa	condição	física.
	
	
Sua	eficiência	mental	depende	da	eficiência	do	seu	sistema	nervoso
central.	Ele,	como	qualquer	outra	parte	do	seu	corpo,	sofre	com	exercícios
inadequados,	sono	insuficiente,	alimentos	mal	digeridos	ou	se	você	ficar	em
ambientes	mal	ventilados.
	
Sono:	 A	 maioria	 dos	 alunos	 dorme	 menos	 do	 que	 deveria.	 A	 partir	 das
médias	das	seis	melhores	autoridades	no	assunto,	podemos	recomendar	o
seguinte	tempo	de	sono:
	
	
IDADE
	
	
HORAS
6 12,3
7 11,5
8 11,2
9 11
10 10,5
11 10,2
12 9,8
13 9,6
14 9,25
15 9
16 8,75
17 8,5
	
Exercícios:	Lembre-se	que	os	exercícios	e	jogos,	particularmente	na	forma
de	recreação	ao	ar	livre,	são	importantes	não	apenas	para	garantir	força	e
habilidade,	mas	também	para	estimular	os	sistemas	digestivo,	circulatório
e	 excretor	 e	 para	 tornar	 mais	 ativo	 o	 fornecimento	 de	 nutrientes	 e	 a
remoção	 de	 resíduos	 inúteis.	 Além	 disso,	 o	 exercício	 realizado	 sob
circunstâncias	agradáveis	oferece	um	antídoto	útil	para	o	cansaço	mental	e
para	a	monotonia.
2.	Remova	ou	trate	as	debilidades	físicas	que,	muitas	vezes,	dificultam	a
atividade	mental,	 tais	 como:	 problemas	 de	 visão,	 audição,	 problemas
nos	dentes,	adenoides	e	respiração	nasal	obstruída.
	
	
Visão:	 Aproximadamente	 15%	 das	 crianças	 do	 Ensino	 Fundamental	 têm
problemas	 de	 visão.	 No	 Ensino	 Médio	 e	 Superior	 o	 percentual	 é	 ainda
maior.	 Consulte	 um	oftalmologista,	 se	 você	 tiver	dificuldade	 em	enxergar
claramente	os	objetos	a	certa	distância	(como	as	palavras	na	lousa),	ou	se
tiver	 dor	 ocular,	 espasmos	 ou	 inflamação	 nas	 pálpebras,	 dor	 de	 cabeça,
irritabilidade,	 dispepsia	 nervosa	 e	 sintomas	 semelhantes	 após	 ler	 algo
muito	de	perto,	mesmo	que	você	enxergue	a	página	impressa	com	bastante
clareza.
	
Dentes:	Os	problemas	nos	dentes	afetam	seriamente	o	trabalho	dos	alunos,
uma	vez	que:
	
(A)	A	mastigação	é	inadequada;
	
(B)	 As	 cavidades	negligenciadas	 criam	um	 terreno	 fértil	 para	dezenas	de
bactérias	 (incluindo	 os	 germes	 de	 doenças	 infecciosas	 graves,	 como	 a
difteria	e	a	tuberculose);
	
(C)	 O	 pus	 que	 se	 desenvolve,	 com	 frequência,	 encontra	 caminho	 para
dentro	do	canal	arterial	e	digestivo	e,	assim,	derrama	no	corpo	milhões	de
germes	 nocivos	 que	 produzem	 outras	 doenças,	 como	 catarro	 intestinal,
anemia,	 diminuição	 da	 vitalidade	 e	 outros	 distúrbios	 gerais	 que	 não
parecem	 estar	 de	 forma	 alguma	 relacionados	 com	 os	 problemas	 nos
dentes;
	
(D)	 A	 dor	 de	 dente	 age	 diretamente	 tirando	 a	 atenção	 e	 indiretamente
induzindo	a	várias	irritações	nervosas	reflexas.Quando	consideramos	que
90%	das	crianças	em	idade	escolar	têm	um	ou	mais	dentes	com	problemas,
a	total	perda	da	eficiência	no	trabalho	escolar	atribuível	a	essa	única	causa
é	verdadeiramente	alarmante.
	
Adenoides:	 As	 adenoides	 são	 aumentos	 do	 tecido	 esponjoso	 na	 parte
superior	da	garganta,	onde	esta	se	encontra	com	as	passagens	nasais.	Elas
são	 diagnosticadas	 em	 cerca	 de	 10%	 das	 crianças	 em	 idade	 escolar,
especialmente	 dos	 3	 aos	 16	 anos	 de	 idade.	 As	 adenoides	 interferem	 na
respiração,	 entopem	 a	 tuba	 auditiva	 e,	 assim,	 induzem	 à	 dificuldade	 de
audição,	respiração	bucal,	ronco,	projeção	dos	dentes,	crescimento	corporal
prejudicado	 e	 o	 desenvolvimento	 imperfeito	 dos	 ossos	 do	 nariz	 e	 da
mandíbula.	 Em	 algumas	 pessoas	 pode	 causar	 uma	 espécie	 peculiar	 de
lentidão	mental,	 ou	 intelectual,	 com	 incapacidade	de	 controlar	 e	 dirigir	 a
atenção	 por	 muito	 tempo	 a	 uma	 tarefa	 mental	 difícil.	 Elas	 podem	 ser
removidas	 por	 uma	 operação	 relativamente	 simples	 e	 com	 resultados
maravilhosamente	benéficos	para	o	corpo	e	para	a	mente.
3.	 Examine	 se	 as	 condições	 externas	 de	 trabalho	 –	 luz,	 temperatura,
umidade,	roupas,	cadeira,	mesa,	etc.	–	são	favoráveis	ao	estudo.
	
	
Um	 lugar	 tranquilo,	que	 seja	 razoavelmente	 livre	de	 interrupções	e
de	conversas	que	distraiam	é	muito	 importante.	Muitos	alunos	 fazem	seu
trabalho	de	 casa	em	condições	que	estão	 longe	das	 ideais.	O	estudo,	pelo
menos	 quando	 se	 está	 começando,	 exige	 atenção	 ativa.	 Com	 o	 intuito	 de
captar	a	atenção	sobre	o	trabalho,	ela	deve	ser	retirada	de	outros	assuntos.
Cada	 acontecimento	 no	 lugar	 em	 que	 você	 está	 estudando	 quer	 a	 sua
atenção.	 Uma	 parte	 da	 energia	 que	 você	 exerce	 no	 atendimento	 ao	 seu
trabalho	tem	de	ser	gasta	para	deixar	essas	distrações	de	lado.	Obviamente,
se	puder	 trabalhar	em	uma	sala	onde	esses	 ruídos	 sejam	reduzidos,	 você
irá	ganhar	mais	energia	para	se	dedicar	às	suas	tarefas.
Conforme	você	amadurece,	sua	capacidade	para	dirigir	todas	as	suas
energias	 sobre	 o	 seu	 trabalho	mental,	 e	 até	mesmo	 contra	 as	 distrações,
deve	 aumentar.	Um	profundo	 filósofo	no	meio	de	 suas	meditações	nunca
iria	 notar	 os	 pequenos	 barulhos	 e	 movimentos	 que,	 imediatamente,
distraem	 a	 atenção	 da	 criança	 do	 jardim	 de	 infância.	 A	 diferença	 entre	 a
criança	e	o	 filósofo	é,	em	grande	parte,	uma	questão	de	grau	–	de	quanta
pólvora,	 como	alguém	expressou,	 teria	que	 ser	explodida	 sob	 sua	cadeira
para	destruir	a	 sua	 linha	de	 raciocínio.	Acostumar-se	com	as	distrações	é
uma	coisa	boa	de	se	adquirir,	e	naturalmente	já	existe	um	grande	número
delas,	 de	 modo	 que	 você	 não	 necessita,	 deliberadamente,	 se	 colocar	 em
condições	que	aumentem	esse	número.
A	luz	nunca	deve	ser	projetada	diretamente	em	seus	olhos.	Não	fique
em	 frente	 a	 uma	 janela	 ou	 parede	 muito	 iluminada.	 Não	 deixe	 uma	 luz
artificial	 suspensa	 na	 altura	 de	 seus	 olhos,	 a	 menos	 que	 eles	 estejam
protegidos	por	uma	viseira	ou	que	haja	um	anteparo	adequado	na	lâmpada.
A	iluminação	também	não	deve	estar	orientada	de	maneira	a	ser	refletida
diretamente	do	papel	ou	dos	livros	para	os	seus	olhos.	A	direção	deve	ser
predominantemente	de	cima	para	baixo,	sobre	a	escrivaninha,	a	partir	de
um	ponto	à	frente	e	à	esquerda	de	seu	corpo,	a	fim	de	que	as	sombras	não
sejam	projetadas	sobre	o	seu	trabalho,	por	sua	cabeça	ou	por	sua	mão	(em
pessoas	destras).	Para	a	leitura,	quando	estiver	com	o	livro	em	suas	mãos,	a
luz	pode	ser	colocada	acima	e	um	pouco	atrás,	se	à	direita	ou	à	esquerda	é
indiferente.	Uma	iluminação	ideal	para	uma	escrivaninha	à	noite	pode	ser
conseguida	 por	 uma	 única	 pequena	 lâmpada	 sob	 um	 refletor	 opaco,
posicionado	de	 forma	que	cubra	a	mesa	 com	a	 luz,	mas	 seja	 invisível	 aos
olhos.	Apagar	as	luzes	do	restante	da	sala	é	relaxante	e	ajuda	a	concentrar	a
atenção	sobre	o	trabalho,	ao	diminuir	as	distrações.
Uma	temperatura	entre	18°	e	20°	C	é	tida	como	a	mais	favorável	para
a	maioria	das	pessoas.	Acima	de	21°	C,	particularmente	 sob	aquecimento
artificial,	 a	 ruborização	 da	 face,	 dores	 de	 cabeça	 e	 outros	 sinais	 de
desconforto	 tendem	a	aparecer.	Esse	desconforto	geralmente	é	mais	uma
consequência	 da	 baixa	 umidade	do	 que	da	 alta	 temperatura.	 Por	 isso,	 no
inverno,	 qualquer	 tipo	 de	 dispositivo	 que	 adicione	 umidade	 ao	 ar
(evaporação	da	água	em	panelas	 levadas	ao	fogo,	vaporizadores	elétricos,
etc.)	diminuirá	a	falta	de	umidade,	muitas	vezes	superior	ao	do	Deserto	do
Saara,	e	dará	conforto	à	pele	e	às	membranas	mucosas	do	corpo.	Estudos
experimentais	recentes	também	mostram	que	manter	o	ar	em	movimento
usando	 ventiladores	 irá	 remover	 o	 desconforto	 sentido	 em	 salas	 mal
ventiladas.
Roupas	 justas,	 particularmente	 apertadas	 na	 região	 do	 pescoço,
interferem	 diretamente	 no	 trabalho	 mental	 pelo	 seu	 desconforto	 e,
indiretamente,	 ao	 impedir	 a	 respiração	 e	 a	 circulação.	 Um	 colarinho
apertado	 impede	 o	 fluxo	 de	 sangue	 venoso	 a	 partir	 da	 cabeça	 e	 tende	 a
ruborizar	o	rosto,	aumentando	a	pressão	sanguínea	nos	olhos	e	no	cérebro.
A	mesa	 e	 a	 cadeira	 de	 estudo	devem	 ter	 uma	 altura	 que	 atenda	 às
suas	necessidades.	Uma	mesa	muito	baixa	estimula	o	encurvar	dos	ombros
para	 frente,	 um	 peito	 contraído	 e	 uma	 cabeça	 congestionada.	 Uma	mesa
muito	 alta	 é	 desconfortável	 para	 os	 braços	 e	 também	 aproxima	muito	 o
trabalho	de	seus	olhos.	Fazer	testes,	especialmente	com	a	altura	da	cadeira
em	relação	à	mesa	de	trabalho,	fará	uma	diferença	maravilhosa	no	conforto
com	que	o	estudo	pode	prosseguir.
O	 modelo	 de	 sua	 mesa	 deve	 ser	 tal	 que	 disponha	 as	 várias
“ferramentas”	de	estudo	convenientemente	diante	de	você.	Mantenha	essas
“ferramentas”	de	estudo	(lápis,	borracha,	régua,	canetas,	livros,	dicionários,
estojos,	cadernos,	blocos	de	papel	e	afins)	em	bom	estado	e	facilmente	ao
alcance	 quando	 você	 as	 quiser,	 mas	 fora	 do	 caminho,	 quando	 não	 mais
precisar.	 Os	 estudantes	 do	 Ensino	 Médio	 e	 universitário,	 que	 puderem,
devem	 comprar	 um	 computador,	 com	 uma	 mesa	 simples,	 e	 usá-lo	 o
máximo	 possível	 em	 seus	 trabalhos.	 Um	 suporte	 para	 manter	 livros
pesados	 (como	 dicionários),	 em	 um	 ângulo	 de	 leitura	 de	 45°,	 é	 outro
dispositivo	útil	para	a	mesa.
4.	Crie	o	hábito	de	estudar	em	um	lugar	determinado.
	
	
Reserve	um	lugar	especial	para	estudar,	uma	escrivaninha	particular,
uma	 cadeira	 determinada.	 Estude	 sempre	 lá,	 a	 menos	 que	 condições
especiais	garantam	que	você	possa	fazer	isso	em	outro	lugar.
Não	se	permita	fazer	qualquer	outra	coisa	neste	lugar	em	particular.
Nunca	descanse	ou	leia	romances	ou	jornais	na	cadeira	dedicada	ao	estudo.
Esse	 conselho,	 embora	 possa	 parecer,	 não	 é	 de	 maneira	 nenhuma
algo	forçado.	Uma	vez	que	se	tenha	este	lugar	de	estudo	estabelecido,	você
só	precisará	ir	até	ele	para	começar	a	estudar.
5.	Crie	um	tempo	regular	de	estudo.
	
	
Quando	o	estudo	segue	uma	programação	regular,	pode-se	descobrir
um	cronograma	natural	para	o	mesmo.	Para	a	maioria	das	pessoas	há	uma
vantagem	real	em	fazer	o	trabalho	mental	com	a	ajuda	de	um	cronograma,
reservando	determinados	períodos	de	tempo	e	seguindo-os	com	afinco.	Em
primeiro	lugar,	isso	fará	com	que	você	não	fique	atrasado	no	seu	trabalho.
E	em	segundo,	uma	nova	tendência	será	formada	em	sua	mente,	a	de	fazer
com	que	o	trabalho	mental	seja	transformado	em	hábito.
Se	esse	hábito	de	tempo	de	estudo	deve	ser	bem	específico,	ou	seja,
se	um	determinado	assunto	deve	ser	sempre	estudado	em	um	determinado
dia	e	hora	 (geometria,	diariamente	às	11	h;	português,	 segunda,	quarta	e
sexta-feira	às	20	h)	é	uma	questão	em	aberto.	Eu	não	creio	que	o	cérebro
possa	 ser	 treinado	 a	 hábitos	 de	 trabalho	 com	 assuntos	 específicos	 em
determinadas	horas.	No	entanto,	muitosalunos	estão	convencidos	de	que
tal	plano	é	importante	por	causa	das	vantagens	de	prosseguir	diariamente
com	um	trabalho	metódico,	de	traçar	um	programa	e	segui-lo.
Se,	de	fato,	as	pessoas	são	diferentes,	pela	sua	própria	natureza	farão,
de	modo	geral,	 o	 trabalho	mental	melhor	em	diferentes	partes	do	dia,	de
modo	que	A	é	um	“trabalhador	matutino”,	B	“um	trabalhador	vespertino”	e
C	“um	trabalhador	noturno”.	No	entanto,	o	hábito	parece	desempenhar	um
papel	 importante	 nesse	 ponto.	 Penso	 que	 a	 maioria	 dos	 trabalhadores
noturnos	podem	se	tornar	diurnos	se	tiverem	o	que	fazer.	Vários	dos	meus
amigos	pensam	que	fazem	um	trabalho	criativo	e	construtivo	melhor	tarde
da	noite	e	o	“lapidam”	melhor	durante	o	dia.	Por	preferência,	escreveriam
uma	redação	durante	a	noite	e	a	revisariam	pela	manhã.
6.	 Quando	 possível,	 prepare	 tarefas	 avançadas	 em	 um	 determinado
assunto	logo	após	o	mesmo	ter	sido	apresentado	a	você.
	
	
Esta	regra	é	um	caso	especial	dentro	da	Regra	5.	As	razões	para	isso
são	as	seguintes:
	
(A)	A	mente	está	“ajustada”	ou	“afinada”	para	o	assunto	em	particular;	há
uma	aptidão	especial	para	o	trabalho	em	fisiologia	ou	história	ou	qualquer
outro	assunto	e	esse	“ritmo”	deve	ser	utilizado[2].
	
(B)	A	tarefa	para	o	trabalho	a	seguir	está	fresca	na	mente.
	
(C)	O	estudo	de	um	determinado	tópico	é	separado	da	sua	respectiva	aula
por	um	intervalo	–	provavelmente	23	horas	ou	mais.
	
Como	 é	 explicado	 mais	 tarde	 (Regra	 25),	 duas	 impressões	 de	 um
dado	material	 são	mais	 eficazes	 para	 a	memória	 de	 longo	 prazo	 quando
separadas	por	um	intervalo.	Resulta	que	a	ordem	transposta	–	estudar	X,	ao
mesmo	 tempo	 em	 que	 este	 é	 apresentado,	 o	 que	 é	 algo	 preferido	 pelos
estudantes	 por	 causa	 do	 benefício	 da	 “novidade”	 –	 não	 pode	 ser
recomendado	 como	 um	 meio	 para	 se	 obter	 os	 melhores	 resultados
permanentes.
7.	Comece	a	trabalhar	imediatamente.
	
	
A	observação	de	alunos	do	Ensino	Médio	mostra	que,	mesmo	quando
sabem	 que	 há	 apenas	 um	 curto	 período	 disponível	 para	 se	 estudar	 uma
determinada	lição,	quase	todos	são	lentos	para	começar	a	estudá-la.	Alguns
deles	 levam	dez	ou	quinze	minutos	para	dar	 início	 à	 atividade.	Aqui	 está
um	lamentável	desperdício	de	tempo.	Coloque	diante	de	si	mesmo	o	ideal
de	uma	rápida	“largada”.	Reduza	o	seu	tempo	de	partida	de	minutos	para
segundos.	Um	auxílio	para	isso	é	o	seguinte:
8.	Exercite	a	atenção.
	
	
Coloque	 os	 seus	 materiais	 diante	 de	 você.	 Pegue	 a	 sua	 caneta	 ou
lápis.	Sente-se	corretamente.	Abra	o	seu	livro.	Realize	todos	os	“processos”
para	 começar	 o	 trabalho.	 Se	 fizer	 esse	 exercício	 bem,	 isso	 será	 suficiente
para	que	você	dê	início	às	atividades.	O	começo	é,	com	frequência,	o	ponto
mais	difícil,	mas	uma	vez	iniciado,	é	possível	continuar	sem	muito	esforço.
9.	Esforce-se	intensamente	enquanto	trabalha:	concentre-se.
	
	
Você	 provavelmente	 não	 se	 lembrará	 daquilo	 que	 lida	 com
indiferença.	As	impressões	vívidas	são	as	mais	duradouras.	As	ideias	fluem
mais	rapidamente	quando	você	trabalha	com	mais	empolgação.	Coloque	o
máximo	de	 “energia”	 em	seu	 trabalho	assim	como	se	 coloca	 em	um	 jogo.
Não	 fique	 disperso.	 Quando	 E.	 B.	 Andrews	 foi	 presidente	 da	 Brown
University,	ele	usava	uma	frase	em	suas	orações	na	capela	que	pode	muito
bem	 expressar	 a	 atitude	 de	 todos	 os	 bons	 alunos:	 “Ajude-nos	 a	 nos
aplicarmos	com	incessante	assiduidade”.
Note,	 também,	 que	 isso	 significa	 estar	 atento	 na	 sala	 de	 aula,	 bem
como	em	seu	trabalho	de	casa.
10.	 Mas	 não	 deixe	 que	 a	 intensa	 aplicação	 se	 torne	 em	 agitação	 ou
preocupação.
	
	
Você	 pode	 ficar	 atento,	 sem	 ficar	 ansioso;	 e	 diligente,	 sem	 ficar
agitado.	Há	uma	espécie	de	pressa	que	“derrota	a	sua	própria	 finalidade”.
Em	especial,	não	se	preocupe,	por	não	conseguir	manter	o	ritmo	do	melhor
aluno	de	sua	turma.	Nenhum	de	nós	é	igual	ao	outro.	Faça	o	seu	melhor	e
admita	 as	 suas	 limitações,	 frente	 a	 outros	 que	 aprendem	 mais	 rápido,
memorizam	mais	facilmente	e	tiram	notas	mais	altas.
11.	Faça	o	seu	trabalho	com	a	intenção	de	aprender	e	se	lembrar.
	
	
Experimentos	 de	 laboratório	 com	 memorização,	 em	 diferentes
condições,	 mostram	 muito	 claramente	 que	 uma	 das	 condições	 mais
importantes	 para	 a	 boa	 memória	 é	 ter	 uma	 atitude	 de	 “intenção	 de	 se
lembrar”	 quando	 os	 materiais	 a	 serem	 aprendidos	 são	 apresentados.
Intimamente	ligado	a	isso	está	a	atitude	da	“confiança”	em	sua	capacidade
de	 lembrar	 o	 que	 se	 está	 aprendendo.	 Uma	 ilustração	 pode	 ser	 vista	 no
seguinte	incidente.	Uma	vez,	eu	tive	a	oportunidade	de	ler	em	voz	alta	uma
lista	de	palavras	a	um	estudante,	uma	quantidade	de	vezes	suficiente	para
que	 ele	 pudesse	 repeti-las	 corretamente.	 Eu	 repeti	 o	 processo	 com	 um
segundo	e	um	terceiro	aluno.	Então	descobri,	para	minha	surpresa,	que	eu
era	incapaz	de	repetir	a	lista	de	cor.	A	explicação	para	isso	não	é	apenas	a
mais	 complacente,	 mas	 também	 a	 psicologicamente	 correta,	 é	 que	 eu
mesmo	nunca	quis	aprender	a	lista.	Eu	tinha	repetido	mecanicamente	e	não
com	uma	atitude	de	memorização.
12.	Procure	um	motivo,	ou	melhor,	vários	motivos.
	
	
Algumas	 disciplinas	 escolares	 são	 intrinsecamente	 interessantes.
Você	 prefere	 estudá-las	mais	 do	 que	 outras.	Mas	 outros	 assuntos,	 ou	 até
mesmo	assuntos	favorecidos	por	certas	condições,	não	são	intrinsecamente
interessantes.	Se	é	dado	atenção	a	eles,	é	porque	é	encontrado	um	motivo
ou	 incentivo	que	pode	ser	anexado	aos	mesmos.	Entre	os	 incentivos	mais
óbvios	estão:	o	reconhecimento	do	valor	do	assunto	para	você	no	futuro;	a
ansiedade	de	não	falhar	em	algo	que	você	empreende;	o	desejo	de	agradar
a	 seus	 pais;	 fazer	 o	 investimento	 financeiro	 em	 sua	 escolaridade	 valer	 a
pena;	 a	 ambição	 de	 vencer	 seus	 colegas;	 bater	 seu	 próprio	 recorde
anterior;	 manter	 uma	 boa	 reputação;	 a	 competição	 por	 notas,	 prêmios,
honrarias;	 senso	 de	 dever;	 desejo	 da	 aprovação	 dos	 professores,	 pais	 e
amigos;	 necessidade	 de	 se	 formar	 para	 conseguir	 um	melhor	 começo	 de
vida;	o	medo	de	diversas	punições;	etc.	Nossos	motivos	são	diversos,	alguns
são	 distantes,	 outros	 imediatos.	 Alguns	 deles	 são	 tidos	 como	 maiores	 e
mais	valiosos	do	que	outros.	O	ponto	fundamental	é	que,	para	fazer	o	seu
melhor	 trabalho,	 você	 precisa	 de	 um	 forte	 incentivo.	 Professores
habilidosos	 sabem	 como	 desenvolver	 e	 apelar	 para	muitos	motivos,	mas
você	pode	ajudar	a	si	mesmo	deliberadamente	em	busca	de	motivos	para	o
seu	 próprio	 trabalho.	 Além	 disso,	 muitas	 tarefas	 começadas	 sob	 uma
compulsão	artificial	tornam-se,	a	seu	tempo,	diretamente	atrativas.
13.	Livre-se	da	ideia	de	que	você	está	trabalhando	para	o	professor.
	
	
A	 verdadeira	 função	 do	 professor	 é	 fornecer-lhe	 os	 materiais,
orientar	 sua	 aplicação	 e	 testar	 o	 seu	 desempenho,	 não	 por	 causa	 dele
mesmo,	 mas	 por	 sua	 causa.	 Lembre-se	 que	 você	 está	 realmente
trabalhando	para	si	mesmo	quando	está	estudando.
Quem	 observa	 os	 alunos	 na	 preparação	 das	 suas	 tarefas	 deve	 ser
capaz	de	perceber	o	quanto	a	 forma	e	a	qualidade	do	trabalho	do	aluno	é
ditado	 pela	 atitude	 e	 exigências	 do	 professor	 de	 cada	 disciplina.	 A
professora	X	insiste	em	trabalhos	impecáveis	e	os	consegue.	A	professora	Y
insiste	 que	 todas	 as	 referências	 devem	 ser	 consultadas,	 e	 elas	 são.	 O
professor	Z	é	conhecido	por	ser	severo	no	conhecimento	do	idioma,	e	isso	é
visto	em	sua	classe,	embora	suas	referências	possam	não	ser	consultadas,
nem	seus	trabalhos	devolvidos	limpos.	Na	verdade,	você	dificilmente	pode
ser	 responsabilizado	 por	 fazer	 o	 seu	 trabalho,	 em	 alguma	 medida,	 por
conveniência:	o	seu	objetivo	imediato	é	conseguir	boas	notas.	O	que	peço	é
que,	além	desses	detalhes	menores,	você	veja	claramenteque,	de	um	ponto
de	vista	mais	amplo,	seu	trabalho	é	feito	principalmente	para	você	mesmo,
não	para	os	seus	professores.
14.	Não	peça	ajuda	até	que	você	realmente	precise.
	
	
Não	 desista	 do	 problema	 após	 a	 primeira	 falha	 em	 resolvê-lo,	mas
“tente	e	tente	de	novo”.	Você	aprende	pelo	seu	próprio	esforço	e	progresso
através	de	seus	fracassos.
É	responsabilidade	do	professor,	é	claro,	dar	apoio	aos	alunos,	mas	a
melhor	ajuda	para	os	estudantes	maduros	vem	através	de	sugestões,	dicas
e	perguntas:	“Onde	você	acha	que	está	o	problema?”;	“Você	 já	tentou	este
método?”;	“Você	vê	alguma	relação	entre	este	problema	e	esse?”;	“Leia	tal	e
tal	página	novamente”;	etc.
15.	Tenha	uma	noção	clara	do	objetivo.
	
	
Compreenda	por	inteiro	do	que	se	trata	a	tarefa,	não	apenas	quantos
exemplos	ou	páginas	ou	linhas	você	deve	fazer,	mas	qual	é	o	propósito	do
trabalho,	por	quais	métodos	você	deve	trabalhar,	que	aspectos	da	aula	são
proeminentes	e	essenciais,	que	coisas,	se	houver,	devem	ser	aprendidas	na
íntegra,	 o	 que	 você	 deve	 “olhar”	 para	 além	 do	 livro,	 em	 suma,	 para	 que
serve	este	 trabalho	em	específico.	Naturalmente,	é	ofício	do	professor	 ter
certeza	de	que	este	objetivo	ficou	claro	ao	se	atribuir	a	lição.	Infelizmente,
pouca	atenção	é	dada	por	muitos	professores	na	orientação	do	trabalho	do
aluno	para	as	aulas	seguintes.
16.	 Antes	 de	 iniciar	 o	 próximo	 trabalho,	 revise	 rapidamente	 a	 lição
anterior.
	
	
As	razões	para	esta	regra	são	bastante	óbvias:
	
(A)	O	assunto	é	familiar	e,	portanto,	não	é	difícil	de	entender.	Seu	trabalho
começa	com	facilidade;
	
(B)	A	revisão	é	diretamente	útil	para	aprofundar	a	apreensão	do	material
analisado.	Ela	o	ajuda	muito	a	se	lembrar	do	material	mais	tarde;
	
(C)	 A	 atividade	mental	 utilizada	 na	 revisão	 serve	 para	 “aquecer”	 os	 seus
processos	mentais	para	o	estudo	a	seguir;
	
(D)	A	matéria,	portanto,	revisada	terá	vários	pontos	de	contato,	inúmeros
“ganchos”	 em	 que	 o	 novo	 material	 pode	 ser	 fixado.	 A	 revisão	 ajuda,	 em
outras	 palavras,	 a	 “associar	 o	 novo	 com	 o	 velho”,	 que	 é	 um	 dos	 mais
importantes	fundamentos	em	toda	a	aprendizagem.
17.	 Em	seguida,	 faça	um	rápido	 levantamento	preliminar	da	próxima
lição.
	
	
Esta	regra	não	é	aplicável	a	 todos	os	assuntos,	mas	para	o	trabalho
em	 idiomas,	 história,	 geografia,	 fisiologia	 e	 similares,	 e	 até	 mesmo	 na
maioria	das	 formas	de	matemática,	olhar	o	 solo	preliminarmente	dá	uma
noção	 útil	 do	 “esboço”	 de	 toda	 a	 tarefa	 e	 frequentemente	 economiza	 o
tempo	que,	de	outra	maneira,	seria	perdido	na	primeira	parte	da	aula,	na
luta	 com	 os	 pontos	 que	 serão	 explicados	 posteriormente.	 A	 pesquisa
preliminar	também	ajuda	a	reter	o	material	em	um	todo	mais	uniforme.	Ela
nunca	deve,	é	claro,	substituir	o	estudo	cuidadoso	que	virá	a	seguir:	ela	é	só
preliminar.
18.	 Descubra,	 por	 tentativa,	 se	 você	 se	 sai	 melhor,	 começando	 pela
tarefa	mais	difícil	ou	pela	mais	fácil	quando	é	confrontado	com	várias
tarefas	de	dificuldades	diferentes.
	
	
Os	 indivíduos	diferem	neste	aspecto.	Muitos	acham	que	antecipar	a
tarefa	 mais	 desagradável,	 mais	 difícil	 torna	 mais	 rápido	 a	 resolução	 das
tarefas	mais	 fáceis.	 É	 uma	 clara	 satisfação	 dizer:	 “Pronto,	 isso	 está	 feito,
agora	 vou	 para	 algo	 mais	 fácil”.	 Outros,	 especialmente	 aqueles	 que	 se
“aquecem”	devagar	e	fazem	o	seu	melhor	trabalho	só	depois	de	terem	sido
mentalmente	 ativados	 por	 um	 determinado	 período,	 provavelmente
poderão	adiar	a	tarefa	mais	difícil	com	alguma	vantagem.	Um	longo	período
com	 porções	 de	 dificuldades	 desiguais	 pode	 ser	 feito,	 para	 “limpar”	 as
partes	mais	fáceis	primeiro	e	depois	dar	um	impulso	final	para	o	restante.
19.	 Em	 geral,	 use	 nos	 estudos	 a	 forma	 de	 atividade	 que	 será	 exigida
depois,	quando	o	material	for	utilizado.
	
	
Você	 usará	 seus	 conhecimentos	 de	 ortografia	 99	 vezes	 em	 100	 na
escrita	 de	 palavras	 em	 frases.	 De	 acordo,	 então,	 com	 essa	 regra,	 seria
melhor	aprender	a	ortografia	ao	escrever	as	palavras	do	que	aprendê-las
apenas	oralmente.	Na	verdade,	provavelmente	seria	ainda	melhor	aprendê-
las,	escrevendo-as	em	frases	reais	do	que	aprendê-las	apenas	por	escrevê-
las	em	listas	e	colunas.	Alunos	jovens	precisam	saber	as	suas	tabuadas	para
a	 utilização	 no	 trabalho	 de	 aritmética	 real:	 daí	 resulta	 que	 estas	 serão
realmente	aprendidas	apenas	quando	puderem	ser	usadas	em	problemas
reais.	Os	professores	são	muitas	vezes	surpreendidos	ao	descobrirem	que
os	alunos	que	aprenderam	a	tabuada	razoavelmente	bem,	ainda	não	podem
multiplicar	rapidamente	e	com	precisão	quando	tentam	resolver	exemplos.
Novamente,	 a	 conversação	 em	 francês	 ou	 alemão	 deve	 ser	 empregada
presumivelmente	 na	 fala:	 deixe	 que	 isso	 seja	 aprendido	 em	 voz	 alta,	 ao
invés	de	em	silêncio	 lendo	um	 livro	ou	escrevendo	dezenas	de	 sentenças
ditadas	em	francês	ou	alemão.	Da	mesma	forma,	os	alunos	que	às	vezes	se
queixam	 de	 que	 “conhecem	 a	 matéria,	 mas	 não	 conseguem	 responder
perguntas	 sobre	 ela”	 podem	 fazer	 perguntas	 a	 si	 mesmos	 e	 praticar	 as
possíveis	respostas.
20.	Dê	mais	tempo	e	atenção	para	os	pontos	fracos	de	seu	conhecimento
ou	técnica.
	
	
Esta	 regra	 parece	 quase	 óbvia	 demais	 para	 ser	 mencionada,	 no
entanto,	é	aquela	que	é	frequentemente	violada,	porque	a	natureza	humana
tem	 mais	 satisfação	 em	 fazer	 o	 que	 é	 mais	 fácil.	 Assim,	 a	 maioria	 das
crianças	que	tem	aulas	de	piano	gastam	seu	tempo	tocando	repetidas	vezes
as	 “partes”	 simples	 que	 já	 aprenderam	 –	 o	 que	 fazem	muito	 bem	 –,	mas
precisam	ser	constantemente	incentivadas	a	dedicar	tempo	para	exercitar
partes	difíceis	e	exercícios	importantes	com	escalas.	No	trabalho	escolar,	da
mesma	 forma,	 professores	 e	 livros	muitas	 vezes	 dedicam	muito	 tempo	 e
espaço	ao	que	é	fácil:	a	criança	tem	tanto	ensino	sobre	“dois	mais	dois	são
quatro”,	como	“oito	vezes	sete	são	cinquenta	e	seis”,	apesar	do	fato	de	que	a
última	 é,	 provavelmente,	 várias	 dezenas	 de	 vezes	 mais	 difícil	 de	 se
dominar.	Estudantes	maduros	são	competentes	o	suficiente	para	detectar
as	 suas	 próprias	 fraquezas	 e	 procurar	 por	 exercícios	 especiais	 para	 se
fortalecerem	nestes	pontos.	Se	a	sua	tradução	do	alemão	é	comprometida
pelos	verbos	irregulares,	gaste	uma	meia	hora	extra	por	dia,	durante	várias
semanas,	na	conjugação	desses	verbos.	Se	seus	exercícios	de	física	saírem
errado	por	causa	de	problemas	com	aritmética,	tome	o	cuidado	de	corrigir
este	defeito	por	uma	prática	especial	no	trabalho	com	os	números.
21.	 Leve	a	aprendizagem	de	 todos	 os	 itens	 importantes	para	além	do
ponto	necessário	para	a	recordação	imediata.
	
	
Uma	 aprendizagem	 adequada	 significa	 uma	 aquisição	 permanente.
Qualquer	partícula	de	informação	que	seja	necessária	para	a	sua	vida	deve
ser	 estudada	mais	 do	 que	 apenas	 para	 recuperá-la	 para	 fins	 de	 recitação
matinais	 ou	 para	 o	 exame	 do	 próximo	 mês.	 Lembre-se	 que	 todas	 as
impressões	 tendem	 a	 desaparecer	 com	 o	 tempo	 e	 que	 este
desaparecimento	deve	 ser	 impedido	pelo	estudo	excessivo.	 Se	o	processo
de	extração	de	uma	raiz	quadrada	precisa	estar	perfeitamente	pronto	para
uso	 quando	 você	 estiver	 com	 quarenta	 anos,	 ele	 deve	 ser	 treinado
duramente	 nas	 séries	 iniciais	 muito	 mais	 tempo	 do	 que	 o	 necessário
apenas	para	mantê-lo	na	mente	durante	o	trabalho	escolar	de	aritmética.	A
aprendizagem	superficial	da	ortografia	pode	ser	usada	para	responder	ao
teste	 imediato,	mas	 é	 totalmente	 inadequada,	 se	 o	 objetivo	 for	 fazer	 com
que	 o	 processo	 seja	 automático,	 e	 que	 todas	 as	 palavras	 de	 uso	 comum
possam	ser	escritas	em	qualquer	momento	da	sua	vida	corretamente	e	sem
hesitação.	Disto	se	segue:
22.	Você	deve	avaliar	diariamente	o	grau	de	importância	dos	itens	que
são	 colocadosdiante	 de	 você,	 e	 dar	 ênfase	 especial	 sobre	 a	 fixação
permanente	dos	itens	que	são	vitais	e	fundamentais.
	
	
Naturalmente,	 as	 crianças	 não	 estão	 em	 posição	 de	 tomar	 essas
decisões.	 É	 responsabilidade	 dos	 seus	 professores	 acentuar	 esses	 pontos
essenciais	e	dar	ênfase	e	repetição	a	fim	de	garantir	seu	domínio	adequado.
Mas,	muitos	do	Ensino	Médio	e	a	maioria	dos	estudantes	universitários	são
maduros	 o	 suficiente	 para	 avaliar	 os	 itens	 do	 conhecimento	 e	 selecionar,
para	um	aprendizado	cuidadoso,	aqueles	que	são	valiosos	para	eles.	Desse
modo,	 esses	 itens	 podem	 ser	 aprendidos	 definitivamente	 quando
aparecerem.
Ao	mesmo	tempo,	essa	regra	não	significa	que	os	milhares	de	 itens
menos	 fundamentais	 não	 devam	 ser	 bem	 compreendidos	 e	 dominados
atentamente	conforme	você	se	depara	com	eles.	A	perspectiva	de	que	dez
anos	após	a	graduação,	você	será	incapaz	de	recordar	a	terceira	pessoa	do
singular	 do	 subjuntivo	 de	 amo	 (verbo	 amar	 em	 latim)	 ou	 dar	 uma
declaração	clara	da	hipótese	de	Avogadro	ou	demonstrar	que	a	soma	dos
ângulos	 de	 um	 triângulo	 é	 igual	 a	 dois	 ângulos	 retos,	 não	 prova	 que	 é
melhor	você	não	gastar	 tempo	com	eles	agora.	Se	 todo	o	 tempo	e	energia
que	gastamos	estudando	os	milhares	de	fatos	que	somos	depois	incapazes
de	 recordar	 fossem	 tempo	 e	 energia	 jogados	 fora,	 a	 educação	 seria,	 na
verdade,	uma	farsa	muito	ridícula!	Na	realidade,	o	conhecimento,	uma	vez
absorvido,	mas	 por	 hora	 não	 resgatado	 não	 é	 de	 nenhuma	maneira	 sem
valor.
	
(A)	 Ele	 pode	 ter	 tido	 uma	utilidade	 imediata	 quando	 você	 o	 aprendeu,	 o
suficiente	para	justificar	a	aprendizagem	dele	para	usá-lo	por	um	tempo	e
depois	esquecê-lo.	Por	exemplo,	eu	tomo	um	quarto	de	hora	para	aprender
as	principais	ruas	do	sistema	geral	de	 transporte	em	Londres,	embora	eu
espere	estar	lá	por	apenas	uma	semana	na	minha	vida.
	
(B)	 Muito	 do	 que	 aprendemos	 tem	 valor	 principalmente	 como	 instrução
preliminar.	Ela	fornece	o	andaime	temporário	por	meio	do	qual	a	estrutura
permanente	 pode	 ser	 construída.	 Sem	 dúvida	 o	 latim,	 devidamente
ensinado,	 melhora	 a	 composição	 do	 português,	 oral	 e	 escrito.	 Aos	 trinta
anos,	você	terá	esquecido	a	sua	gramática	latina,	mas	provavelmente	falará
português	melhor	por	ter	feito	a	tradução	latina	para	a	qual	a	gramática	o
preparou.
	
(C)	 De	 modo	 semelhante,	 a	 fim	 de	 compreender	 e	 manter
permanentemente	 as	 generalizações	 maiores,	 é	 necessário	 assimilar	 um
número	considerável	das	observações	detalhadas	em	que	as	generalizações
são	construídas.	Colocadas	quantitativamente	pode-se	dizer	que	para	fazer
dez	 princípios	 deve-se,	 primeiramente,	 adquirir	 conhecimento	 de	 uma
centena	de	milhares	de	fatos	e	ilustrações	concretos.	Esses	exemplos	serão
esquecidos,	mas	eles	terão	feito	o	seu	trabalho,	garantindo	a	memorização
dos	 princípios	 por	 trás	 deles.	 As	 experiências	 particulares	 se	 combinam
para	formar	uma	aquisição	mental	valiosa.
	
(D)	 O	 conhecimento,	 uma	 vez	 aprendido	 e	 agora	 esquecido,	 pode	 ser
reaprendido	 em	 muito	 menos	 tempo	 do	 que	 a	 aprendizagem	 original.
Algumas	 partes,	 então,	 do	 trabalho	 original	 continuam	 conservadas	 no
sistema	nervoso,	apesar	da	lembrança	real	ser	impossível.
	
(E)	O	 trabalho	original	do	aprendizado	ensinou-lhe	para	onde	 ir	a	 fim	de
obter	informações	de	certos	tipos	e	por	quais	métodos	obtê-lo.
	
Não	seria,	portanto,	totalmente	ridículo	se	um	homem	bem	treinado
se	vangloriasse:	“O	que	eu	me	esqueci	é	dez	vezes	mais	do	que	tudo	o	que
você	já	soube”.
23.	 Quando	 uma	 determinada	 partícula	 de	 informação	 é	 de
importância	 claramente	 subordinada	 e	 útil	 apenas	 para	 o	momento,
você	 deve	 ter	 certeza	 de	 dar	 a	 ela	 apenas	 a	 atenção	 suficiente	 para
guardá-la	pelo	tempo	em	questão.
	
	
Ao	 contrário	 das	 noções	 de	 muitos	 professores,	 estudar
intensivamente	 ou	 confiar	 naquilo	 que	 é	 “recente”	 é,	 algumas	 vezes,
perfeitamente	legítimo.	Nenhum	advogado	tem	perpetuamente	todo	o	seu
conhecimento	 jurídico	 “na	 ponta	 da	 língua”.	 Nenhum	 clérigo	 sabe	 a
qualquer	 momento	 da	 sua	 vida	 todos	 os	 detalhes	 de	 teologia	 e	 exegese
bíblica	 das	 quais	 ele	 derrama	 tão	 fluentemente	 aos	 domingos.	 Nenhum
engenheiro	 pode	 elaborar	 uma	 nova	 ponte	 sem	 “suar”	 nas	 fases	 da
concepção	da	mesma,	concernentes	ao	seu	novo	projeto.	Na	medida,	então,
em	 que	 a	 escola	 visa	 formar	 para	 a	 vida,	 pode-se	 buscar	 corretamente
treinar	esta	habilidade	de	estudar	intensivamente.
24.	Faça	com	que	os	seus	períodos	de	estudo	tenham	duração	suficiente
para	servir-lhe	de	“aquecimento”,	mas	não	sejam	tão	longos	a	ponto	de
você	sofrer	de	cansaço	ou	fadiga.
	
	
Por	mais	bem-sucedido	que	você	possa	se	tornar	em	fazer	um	início
rápido	(Regra	7),	você	provavelmente	estará	em	um	melhor	“nível”,	depois
de	 cinco	 ou	dez	minutos	 do	 que	depois	 de	 dois	minutos.	 Seria	 insensato,
portanto,	 interromper	o	seu	trabalho	no	final	de	dez	ou	quinze	minutos	a
menos	 que	 a	 tarefa	 seja	 extremamente	 difícil,	 ou	 se	 você	 estiver
extremamente	cansado	e	tenha	chegado	a	uma	quebra	natural	no	trabalho.
Um	 trabalho	 fácil,	 especialmente	 quando	 a	 tarefa	 está	 mudando	 a	 cada
minuto,	muitas	vezes	pode	ser	continuado	com	proveito	por	duas	horas	ou
mais,	 com	 pouca	 interrupção.	 O	 trabalho	 difícil,	 com	 rápido	 início	 de
cansaço,	é	melhor	ser	interrompido	mais	vezes,	digamos	a	cada	quinze	ou
vinte	 minutos,	 por	 curtos	 intervalos,	 digamos	 de	 um	 minuto,	 feitos	 em
pontos	 que	 proporcionam	 locais	 de	 parada	 naturais.	 Caminhe	 um	 pouco.
Abra	 a	 janela.	 Faça	 um	 breve	 alongamento	 e	 relaxamento,	 mas	 não	 faça
outro	trabalho	mental.
É	 impossível,	 então,	 estabelecer	 uma	 regra	 rígida	 e	 fixa	 sobre	 o
tempo	ideal	de	estudo,	exceto	para	dizer:
	
(A)	Mais	maduro	é	o	aluno,	quanto	mais	tempo	ele	é	capaz	de	trabalhar;
	
(B)	 Quanto	 mais	 fácil	 é	 o	 assunto,	 mais	 tempo	 ele	 deve	 ser	 capaz	 de
trabalhar;
	
(C)	 Quanto	 mais	 lentamente	 o	 aluno	 se	 “aquece”,	 mais	 tempo	 ele
continuará	no	trabalho.
	
Um	caso	especial	é	indicado	na	regra	seguinte.
25.	 Quando	 um	 exercício	 ou	 repetição	 são	 necessários,	 distribua	 por
mais	de	um	período,	o	tempo	dado	para	a	aprendizagem	especificada.
	
	
Não	 é	 possível	 afirmar	 precisamente	 qual	 é	 a	 melhor	 forma	 de
distribuir	 o	 tempo	 para	 se	 dedicar	 ao	 aprendizado	 (depende	 de	 várias
condições	 de	 trabalho,	 como	 indicado	 na	 Regra	 24).	 Obviamente,	 uma
pequena	tarefa	que	pode	ser	aprendida	em	poucos	minutos,	 seria	melhor
se	 aprendida	 em	 uma	 única	 sessão.	 Obviamente,	 uma	 tarefa	 difícil,	 que
exige,	 por	 exemplo,	 quatro	 ou	 cinco	 horas	 de	 trabalho,	 seria	 melhor
aprendida	 em	 várias	 sessões.	 A	 presente	 regra	 mostra	 que,	 em	 geral,	 o
trabalho	 de	 estudar	 é	 mais	 econômico	 e	 eficiente,	 quando	 uma
determinada	 quantidade	 de	 tempo	 é	 dividida	 em	 várias	 sessões	 do	 que
quando	é	feita	de	uma	única	vez.	Experiências	mostram,	por	exemplo,	que
um	progresso	mais	 rápido	 é	 feito	 em	aprender	 a	 digitar,	 se	 os	 exercícios
forem	divididos	em	dois	períodos	de	30	minutos	cada,	 separados	por	um
dia,	do	que	se	todo	exercício	fosse	realizado	em	um	período	de	60	minutos.
Da	mesma	forma,	uma	música	tocada	no	piano	que	pode	ser	aprendida	de
cor	em	uma	única	sessão	de	120	minutos	pode	ser	aprendida	 igualmente
bem	em	menos	 de	 120	minutos,	 se	 treinada	 em	 sessões	 de	 15,	 20	 ou	 30
minutos	 cada,	 separadas	 por	 intervalos	 de	 várias	 horas	 ou	 dias.
Especialmente	 no	 caso	 dos	 trabalhos	 universitários,	 onde	 as	 condições
muitas	vezes	favorecem	o	adiar	a	aplicação	de	determinados	métodos,	até
que	uma	“prova”	obrigue	a	extensa	leitura	e	revisão,	há	uma	inegável	perda
de	 eficiência,	 porque	 a	 mesma	 quantidade	 de	 trabalhodespendido	 em
períodos	 mais	 curtos	 e	 mais	 frequentes	 de	 estudo	 asseguraria
consideravelmente	 maior	 tempo	 de	 permanência	 do	 material.	 Os
conteúdos	 distribuídos	 podem	 ser	 estudados	 com	 menos	 fadiga,	 com
menos	 agitação	 e	 preocupação.	 Além	 disso,	 é	 provável	 que,	 durante	 os
intervalos	 entre	 estes	 estudos,	 algum	 tipo	 de	 “organização”	 ou	 de
“incubação”	do	material	ocorra.	Muitas	pessoas	acham	que	é	vantajoso,	por
exemplo,	reunir	dados	para	um	artigo	ou	ensaio	vários	dias	antes	de	tentar
escrevê-lo.	Como	a	experiência	mostra,	esses	dados	“resultam”	em	melhor
forma	por	terem	“descansado”	por	um	tempo.
26.	 Quando	 você	 interromper	 o	 trabalho,	 não	 só	 pare	 em	 uma	 pausa
natural,	mas	também	deixe	uma	sugestão	para	a	sua	rápida	retomada.
	
	
Isso	 é	 particularmente	 importante	 quando	 se	 lida	 com	 um	 bloco
relativamente	 longo	 em	 algum	 trabalho	 construtivo,	 como	 escrever	 um
ensaio.	No	momento	em	que	você	parar,	tenha	em	mente,	de	maneira	muito
clara,	a	perspectiva	geral	da	sua	tarefa,	pois	o	que	você	fez	está	fresco	em
sua	memória	e	o	que	você	se	propõe	a	fazer	está	mais	ou	menos	esboçado.
Todo	mundo	 sabe	 o	 quão	 “desanimador”	 e	 até	 mesmo	 desagradável	 um
trabalho	pode	 ser	 quando	 é	 pego	depois	 de	 um	ou	dois	 dias	 dedicados	 a
outros	 assuntos.	 Para	 remediar	 esta	 situação,	 faça	memorandos	 antes	 de
deixá-lo:	 “Iniciar	 uma	 próxima	 discussão	 sobre	 isso	 e	 aquilo”.	 “Pegar	 o
ponto	 da	 página	 4	 para	 a	 continuação	 posterior”.	 “Olhe	 isso	 e	 aquilo	 na
enciclopédia”,	etc.
27.	Após	a	aplicação	intensiva,	especialmente	sobre	um	novo	material,
faça	uma	pausa	por	um	 tempo	 e	deixe	 sua	mente	descansar	antes	de
seguir	para	qualquer	outra	coisa.
	
	
As	 impressões	 feitas	 recentemente	 são	 susceptíveis	 de	 serem
obscurecidas	 ou	 “encobertas”	 por	 um	 segundo	 conjunto,	 a	 menos	 que
tenham	um	pouco	de	tempo	para	se	fixarem.	É	uma	questão	de	experiência
comum	que	os	detalhes	de	um	dia	gasto	em	passeios	em	um	ambiente	cheio
de	 novas	 impressões,	 como	 por	 exemplo	 seu	 primeiro	 dia	 em	 uma	 Feira
Mundial,	são	particularmente	difíceis	de	serem	lembrados.	Certa	vez,	pedi	a
um	 amigo	 alemão	 que	 estava	 visitando	 a	 América	 pela	 primeira	 vez	 que
conhecesse	 alguns	 colegas	 em	 minha	 casa	 à	 noite.	 Ele	 se	 recusou
educadamente	 com	o	 argumento	de	 que	 tinha	 acabado	de	passar	 um	dia
agitado	em	um	estudo	intensivo	na	George	Junior	Republic	e	que,	a	menos
que	ele	pudesse	passar	uma	noite	 tranquila	no	hotel,	ele	não	 levaria	para
casa	uma	memória	clara	da	instituição	que	ele	tinha	acabado	de	visitar.	Sua
atitude	foi	muito	correta.	Sua	noite	no	hotel	seria	suficiente	para	organizar
suas	impressões	e	para	gravá-las	de	forma	indelével	em	sua	memória	que,
do	 contrário,	 seriam	 obscurecidas	 por	 outras	 impressões	 de	 um	 tipo
diferente.	Ele	 iria	passar	o	seu	tempo,	é	claro,	a	pensar	sobre	o	que	tinha
visto	 e	 ouvido	 durante	 o	 dia.	 Isso	 traz-nos	 um	 conjunto	 particularmente
importante	de	regras.
28.	 Use	 vários	 dispositivos	 para	 obrigar-se	 a	 pensar	 sobre	 o	 seu
trabalho.
	
	
A	 função	da	recitação	é	 induzir	o	pensamento,	bem	como	“ouvir	as
lições”.	Os	exames	têm	como	uma	de	suas	funções	a	incitação	de	uma	visão
abrangente	da	área	coberta	por	eles,	através	da	revisão	feita	na	preparação
para	os	mesmos.
Alguns	 planos	 para	 induzir	 o	 pensamento	 são	 suficientemente
importantes	a	ponto	de	serem	incorporados	como	regras	específicas.
29.	 Forme	 o	 hábito	 de	 trabalhar	 com	 os	 seus	 próprios	 exemplos
concretos	em	todas	as	regras	e	princípios	gerais.
	
	
Esta	regra	se	aplica	mais	especificamente	ao	trabalho	dos	alunos	do
Ensino	Médio	e	Superior,	onde	a	matéria	de	estudo	é	mais	 sujeita	a	 lidar
com	 afirmações	 abstratas	 e	 generalizadas.	 Um	 bom	 livro	 ou	 um	 bom
professor	 não	 deixa	 de	 fornecer	 um	 ou	mais	 exemplos	 concretos	 de	 tais
princípios	 gerais,	 mas	 o	 bom	 aluno	 deve	 complementá-los	 por	 meio	 de
exemplos	 de	 sua	 autoria.	 O	 ponto	 é	 que	 a	 sua	 experiência	 pessoal	 é
diferente	da	experiência	do	autor	do	texto	ou	do	professor.	Se,	então,	você
realmente	entender	o	princípio	que	está	estudando,	é	provável	que	alguma
ilustração	ocorrerá	a	você	e	que	será	diferente	daquela	que	você	recebeu,	e
muito	 provavelmente	 melhor	 do	 que	 elas.	 Os	 professores	 que	 têm	 uma
visão	real	sempre	darão	mais	créditos	para	a	própria	tentativa	do	aluno	de
aplicar	 um	 princípio,	 mesmo	 que	 seja	 limitado,	 do	 que	 para	 a	 mera
repetição	de	papagaio	da	ilustração	feita	no	texto	ou	na	sala	de	aula.
30.	 Forme	o	hábito	 de	 revisar	mentalmente	 cada	parágrafo,	 logo	que
você	o	ler.
	
	
Um	 parágrafo	 adequadamente	 construído	 sobre	 um	 pensamento
pode	geralmente	ser	resumido	em	uma	única	oração	ou	até	mesmo	em	uma
única	frase.	Certifique-se	de	que	você	pode	“destrinchar”	esse	pensamento.
Este	 hábito	 de	 resumir	 parágrafos	 mentalmente,	 poderia	 muito	 bem	 ser
desenvolvido	pelos	professores	nas	escolas	primárias.
31.	Não	hesite	 em	marcar	 seus	próprios	 livros	para	 fazer	 com	que	as
ideias	essenciais	se	destaquem	visivelmente.
	
	
A	marcação	pode	ser	feita	através	de	sublinhados	ou	títulos	laterais
escritos	em	cada	parágrafo.	É	bom	fazer	isso	depois	de	ler	cada	parágrafo.
A	 decisão	 sobre	 o	 que	marcar	 ou	 o	 que	 escrever	 exigirá	 a	 descoberta	 da
essência	 do	 mesmo.	 O	 texto	 também	 fica	 melhor	 para	 uma	 revisão	 por
tópicos.	Naturalmente,	esse	conselho	sugere	que	cada	aluno	possua	o	maior
número	possível	de	textos	e	livros	de	referência.
32.	 Sempre	 que	 o	 seu	 desejo	 for	 dominar	 um	 material	 extenso	 e
complexo,	faça	um	esboço	do	mesmo.	Se	você	também	quiser	conservar
este	material,	guarde	o	seu	esboço	na	memória.
	
	
Muitas	 vezes	me	diverti	 ao	ver	 a	 ansiedade	 com	que	os	 estudantes
universitários	 esquadrinham	 as	 páginas	 dos	 livros	 “patenteados”	 sobre	 a
memória,	 que	 anunciam	 ensinar	 um	 segredo	 de	 “como	 dominar	 os
conteúdos	 de	 livros	 em	 uma	 única	 leitura”	 e	 como,	 infelizmente,	 eles
passam	por	cima	do	conselho:	“Leia	o	livro	com	cuidado,	faça	um	esboço	do
mesmo	 e	 memorize	 o	 esboço”.	 No	 entanto,	 este	 é	 um	 conselho
perfeitamente	 sólido,	 psicológica	 e	 pedagogicamente,	 já	 que	 “não	 há
atalhos	para	a	aprendizagem”.
Os	 esboços	 devem	 ser	 muito	 condensados,	 de	 preferência	 em
declarações	de	forma	substantivadas,	com	tópicos,	palavras	e	frases	curtas
e	 chamativas,	 em	 vez	 de	 frases	 completas.	 Uma	 atenção	 mais	 cuidadosa
deve	ser	dada	à	sua	organização	sob	os	títulos	principais,	subtítulos,	etc.	A
ideia	 é	 começar	 a	 estrutura	 de	 toda	 a	 armação	 a	 partir	 da	 leitura	 de	 um
capítulo,	 um	 ensaio	 ou	 um	 argumento,	 e	 registrar	 isso	 no	 papel	 de	 uma
forma	que	revele	a	sua	organização	em	um	piscar	de	olhos.
33.	 Em	 todo	 o	 seu	 trabalho	 aplique	 o	 seu	 conhecimento	 o	 máximo
possível	e	tão	logo	seja	possível.
	
	
Não	 existe	 praticamente	 nenhuma	 regra	mais	 fundamental	 do	 que
essa.	 Para	 ter	 certeza	 de	 se	 lembrar	 de	 uma	 coisa,	 faça	 algo	 com	 ela,
experimente-a,	 use-a,	 coloque-a	 em	 prática,	 fale	 sobre	 ela	 com	 alguém,
registre	o	que	lhe	impressionou.	Todos	os	professores	sabem	que	chegarão
à	apreciação	mais	completa	e	à	retenção	permanente	de	qualquer	assunto
quando	 eles	 tiverem	 a	 oportunidade	 de	 ensiná-lo	 aos	 outros.	 O	 alcance
surpreendente	 exposto	pelos	homens	nas	profissões	 aprendidas	 ao	 longo
dos	milhares	de	intrincados	detalhes	de	seus	ofícios	é	uma	consequência	do
uso	constante	que	eles	fazem	destes	materiais.	Mesmo	assim	uma	questão
trivial	 como	 a	 lembrança	 de	 uma	 boa	 história	 é	 melhor	 encontrada	 por
contar	 a	 história	 a	 alguém,	 logo	 que	 possível,	 após	 ouvi-la	 ou	 lê-la.	 Um
excelente	 plano	 para	 qualquer	 aluno	 queestá	 ansioso	 para	 dominar
qualquer	assunto	é	procurar	explicá-lo	para	outra	pessoa.
Neste	 contexto,	 uma	 questão	 pode	 ser	 levantada:	 “Um	 grupo	 de
estudo	 realmente	 aumenta	 a	 eficácia	 do	 trabalho	 do	 aluno?”.	 A	 resposta
deve	ser:	“Depende”.	Em	certos	experimentos	em	escolas	do	Ensino	Médio
com	 forma	de	 trabalho	 de	 grupo	 aplicada	 ao	 estudo	 da	 história,	 governo
civil	 e	 outros,	 sob	 a	 direção	 dos	 professores,	 foram	 decididamente	 bem-
sucedidos[3].	Quando	os	alunos,	fora	do	horário	escolar	e	sem	supervisão,
combinam	 a	 preparação	 de	 suas	 tarefas,	 os	 resultados	 podem	 ser	 bons,
desde	que	os	alunos	em	questão	sejam	mais	ou	menos	do	mesmo	grau	de
capacidade,	 e	desde	que	 se	esforcem	para	dividir	o	 trabalho	de	 tal	 forma
que	 cada	um	deles	 continue	 a	 participar	 dos	 vários	 aspectos	 da	 tarefa.	 A
tendência	 que	 muitas	 vezes	 se	 desenvolve	 dentro	 de	 tais	 grupos	 de
voluntários	é	o	de	alguns	dos	alunos	fazerem	o	trabalho	e	passá-lo	aos	seus
amigos	mais	 fracos	ou	dividir	 e	delegar	 as	diversas	 tarefas,	 de	modo	que
um	aluno	procura	o	vocabulário,	outro	cuida	da	gramática,	um	terceiro	faz
uma	tradução	aproximada	e	um	quarto	faz	o	acabamento	dela	para	o	grupo.
Isso	 é	 claramente	 uma	 tendência	 indesejável.	 Se	 o	 grupo	 de	 estudos	 traz
uma	 real	 e	 ativa	 discussão	 do	 material	 de	 trabalho	 com	 intercâmbio	 de
opiniões	e	de	argumentações,	o	resultado	é	altamente	benéfico	e	contribui
para	 a	 eficiência	 de	 todos	 os	 membros	 do	 grupo,	 colocando	 o	 seu
conhecimento	em	uso	como	recomendado	na	regra	dada	anteriormente.
34.	 Não	 hesite	 em	 memorizar	 materiais	 como	 definições	 de	 termos
técnicos,	fórmulas,	datas	e	esboços,	desde	que,	é	claro,	você	também	os
compreenda.
	
	
Os	 alunos	 mais	 novos	 são	 capazes	 de	 memorizar	 suas	 “lições”	 e
recitar	como	papagaios	as	palavras	exatas	dos	livros	didáticos.	Os	esforços
dos	professores	são	frequentemente	gastos,	e	muito	sabiamente,	 também,
para	 romper	 com	esse	 hábito,	 ou	pelo	menos	no	 sentido	de	 garantir	 que
esses	alunos	saibam	corretamente	o	significado	do	que	se	reproduz	desta
forma.	 Por	 outro	 lado,	 os	 alunos	 mais	 velhos	 podem	 cometer	 o	 erro	 de
evitar	 inteiramente	a	confiança	na	memorização.	Você	deve	compreender
que	 memorizar	 é	 perfeitamente	 legítimo	 quando	 o	 assunto	 tem	 poucas
pistas	 naturais	 para	 a	 recuperação	 (como	 é	 o	 caso	 de	muitas	 fórmulas	 e
datas),	 ou	quando	o	 assunto	 se	 condensa	 em	breves	orientações	 e	 certos
princípios	 fundamentalmente	 importantes	 (como	é	o	caso	de	definições	e
regras	 de	 procedimento).	 Você	 deve	 aspirar	 entender	 este	material,	 mas
também	 deve	 se	 empenhar	 para	 memorizá-lo	 pelo	 simples	 processo	 da
atenta	repetição.
35.	 Quando	 o	 material	 a	 ser	 aprendido	 de	 cor	 não	 apresenta
associações	 racionais	 óbvias,	 é	 perfeitamente	 legítimo	 que	 se	 crie
algum	esquema	artificial	para	aprendê-lo	e	recordá-lo.
	
	
Um	 esquema	 artificial	 deste	 tipo	 é	 chamado	 de	 dispositivo
mnemônico.	 Para	 dar	 um	 exemplo,	 eu	 poderia	me	 lembrar	 que	 o	 vulcão
Fujiyama,	 no	 Japão,	 tem	 12.365	 pés	 de	 altura	 e	 para	 memorizar	 isso	 eu
poderia	 relacionar	 os	 12	 meses	 com	 os	 365	 dias	 do	 ano.	 Para	 evitar
relacionar	 a	 informação	 com	 o	 vulcão	 errado	 eu	 poderia	 até	 inventar
alguma	 associação	 absurda	 entre	 Fujiyama	 e	 ano	 fugitivo.	 Ou,	 então,	 eu
poderia	 me	 lembrar	 que	 uma	 determinada	 criança	 usou	 16	 palavras,
quando	 tinha	 um	 ano	 de	 idade,	 recordando	 o	 provérbio	 “o	 discurso	 é
prata”,	 etc.,	 e	que	o	discurso	de	Bryan	 sobre	a	questão	da	prata	defendia
“16	 para	 1!”.	 Vale	 salientar	 que	 a	maioria	 dos	 livros	 sobre	memorização
erra	 ao	 estimular	 o	 uso	 de	 tais	 dispositivos	 artificiais	 quando	 uma
associação	racional,	uma	conexão	lógica,	seria	preferível.	Assim,	o	esquema
que	 eles	 recomendam	 para	 a	 aprendizagem	 de	 vocabulários	 através	 da
inserção	 de	 elos	 artificiais	 tem	 pouco	 a	 recomendá-lo.	 Você	 pode,	 com
certeza,	aprender	que	árvore	é	a	tradução	do	caramanchão	latino,	dizendo
para	si	mesmo:	“árvore	sugere	mastro,	mastro	sugere	navio,	navio	sugere
porto	 e	 porto	 sugere	 caramanchão”.	 Mas	 seria	 muito	 mais	 sensato	 você
insistir	no	fato	de	que	o	“Dia	da	Árvore”	é	um	dia	dedicado	à	plantação	de
árvores	 e	 que	 os	 nossos	 “ancestrais	 arborícolas”	 eram	 os	 primatas	 que
viviam	 em	 árvores.	 Em	 qualquer	 caso,	 se	 você	 deve	 usar	 um	 dispositivo
mnemônico,	invente	o	seu	próprio,	em	vez	de	adotar	um	de	segunda	mão:
você	o	esquecerá	com	menos	probabilidade	por	causa	do	esforço	que	fará
para	elaborá-lo.
36.	 Ao	 se	 comprometer	 em	 memorizar	 um	 poema	 não	 o	 divida	 em
partes,	mas	aprenda-o	como	um	todo.
	
	
Em	 outras	 palavras,	 leia-o	 diretamente	 do	 começo	 ao	 fim,	 em
seguida,	 repita	 até	que	possa	dizê-lo	 todo,	 sem	erros.	As	vantagens	deste
método	são	várias:
	
(A)	 As	 conexões	 mentais	 formadas	 entre	 as	 palavras	 são	 distribuídas
uniformemente	 sobre	 todo	 o	 material,	 ao	 passo	 que,	 quando	 a
aprendizagem	é	“por	partes”,	certas	porções,	digamos	a	primeira	linha,	são
repetidas	muito	mais	 vezes	do	que	o	necessário,	 enquanto	outras	partes,
que	 fazem	a	 conexão	entre	as	 linhas	oitava	e	nona,	por	exemplo,	não	 são
gravadas,	 de	 modo	 que	 o	 esquecimento	 aparece	 nesses	 elos	 fracos	 da
cadeia	de	associações;
	
(B)	É	mais	fácil	manter	a	atenção	sobre	o	material	quando	ele	é	lido	como
um	 todo	 do	 que	 quando	 uma	 pequena	 parte	 é	 repetida	monotonamente
várias	vezes;
	
(C)	As	impressões	feitas	em	qualquer	seção	seguem	umas	às	outras	depois
de	 um	 intervalo	 mais	 longo	 quando	 a	 aprendizagem	 é	 pela	 totalidade	 e,
portanto,	 há	 um	 ganho	 em	 eficiência,	 em	 conformidade	 com	 o	 princípio
estabelecido	na	Regra	25;
	
(D)	O	significado	do	material	é	melhor	guardado	quando	é	aprendido	como
um	todo,	e	isso	ajuda	na	sua	retenção.
	
No	 caso	 de	 haver	 na	 seleção,	 uma	 parte,	 que	 oferece	 especial
dificuldade	 de	 aprendizagem,	 a	 regra	 deve	 ser	 modificada	 ao	 ponto	 de
dedicar	 algumas	 repetições	 extras	 e	 curtas	 para	 esta	 seção	mais	 difícil,	 a
fim	de	levá-la	ao	mesmo	nível	do	restante.
Você	 pode	 se	 sentir	 desencorajado	 quando	 usa	 o	 método	 de
memorização	 “do	 todo”,	 porque,	 depois	 de	 ter	 gasto	 algum	 tempo	 no
trabalho,	encontra-se	incapaz	de	repetir	qualquer	parte	considerável	dele,
mas	 é	 preciso	 lembrar-se	 de	 que	 toda	 a	 seleção	 já	 está	 parcialmente
gravada	e	que,	quando	for	realmente	lembrada,	ela	trará	todo	o	conjunto.	O
ganho	pelo	método	do	“todo”	é	maior	quando	a	seleção	é	longa,	mesmo	que
demore	mais	do	que	uma	única	sessão	de	uma	única	leitura.
37.	Ao	comprometer-se	a	memorizar,	é	melhor	 ler	em	voz	alta	do	que
em	silêncio,	é	melhor	ler	rapidamente	do	que	devagar.
	
	
A	atenção	é	provavelmente	mais	bem	sustentada	quando	a	leitura	é
em	 voz	 alta,	 pois	 um	 apelo	 é	 então	 feito	 diretamente	 aos	 ouvidos,	 bem
como	 aos	 olhos,	 e	 algum	 tipo	 de	 assistência	 é	 dada	 pela	 “sensação”	 das
palavras	na	garganta	e	na	boca.
Há	 um	 ganho	 pela	 repetição	 rápida	 no	 sentido	 de	 que,	 dado	 um
tempo	determinado	para	a	aprendizagem,	um	ritmo	rápido	será	vantajoso,
permitindo	que	você	repita	o	material	mais	vezes.	Assim,	se	você	pode	ler
um	 poema	 lentamente	 em	 cinco	 minutos,	 mais	 aprendizagem	 resultará
dobrando	a	taxa	ao	lê-lo	do	princípio	ao	fim	duas	vezes	em	cinco	minutos.
38.	 Se	 o	 seu	 trabalho	 inclui	 a	 participação	 em	 palestras,	 faça	 uma
quantidade	 moderada	 de	 anotações	 durante	 as	 mesmas,	 use	 um
sistema	 de	 abreviaturas,	 e	 reescreva	 estas	 notas	 diariamente,
amplificando-as	em	um	esboço	 razoavelmente	 resumido	e	organizado
como	sugerido	na	Regra	32.
	
	
Os	 estudantes	 universitários	 são	 vistos	 errando	 emambos	 os
sentidos	 ao	 tomar	 notas.	 Aqueles	 que	 rabiscam	 diligentemente	 o	 tempo
todo,	sem	dúvida,	perdem	algo	da	apresentação	do	palestrante.	Por	outro
lado,	 os	 poucos	 alunos	 que	 não	 tomam	 notas,	 porque	 acham	 que	 fazem
melhor	em	dar	atenção	à	apresentação	do	conferencista,	estão	igualmente
enganados,	 pois	 nenhuma	 pessoa	 pode	 capturar	 e	 manter
permanentemente	as	características	essenciais	de	uma	palestra	típica,	sem
os	 memorandos	 dos	 quais	 ele	 poderá	 se	 apoiar	 posteriormente	 para	 o
estudo	e	revisão.
Uma	vez	que,	a	tomada	de	notas	e	memorandos	de	leitura	em	livros
de	referência,	discussões	em	classe,	etc.	é	uma	atividade	que	será	destaque
no	trabalho	diário	da	maioria	dos	estudantes	do	Ensino	Médio	e	Superior,
algum	 sistema	 simples	 para	 a	 gravação	 das	 palavras	 mais	 comuns	 e
abreviações	sistematizadas,	poderia	ser	proveitosamente	ensinado	a	todos
os	alunos	do	Ensino	Médio.	Um	único	símbolo	deve	ser	usado	para	todas	as
partículas	 comuns,	 como:	 em,	 no,	 de,	 com,	 para,	 ção,	 ndo,	 que,	 qual,	 etc.
Certifique-se	de	ter	um	sistema	próprio.
Você	 realmente	 ganhará	 tempo,	 a	 longo	 prazo,	 se	 se	 empenhar
diariamente	e	revisar	as	notas	registradas	em	sala	de	aula,	mesmo	que	não
as	 reescreva	completamente.	Este	 trabalho	permite	a	você	examinar	 seus
memorandos	enquanto	ainda	estão	 “frescos”,	 e	 fazer	 alterações	 e	 adições
que	 irão	 aumentar	 a	 sua	 manutenção	 no	 futuro	 e,	 o	 que	 é	 igualmente
importante,	 servirão	 como	 uma	 valiosa	 segunda	 aprendizagem,	 separada
da	 primeira	 impressão	 por	 um	 intervalo	 adequado	 (Regra	 25)	 e,
consequentemente,	 particularmente	 valiosa	 em	 assegurar	 a	 retenção
permanente.
	
	
RESUMO	DAS	REGRAS
	
	
1.	Mantenha-se	em	boa	condição	física.
	
2.	 Remova	 ou	 trate	 as	 debilidades	 físicas	 que	 muitas	 vezes	 dificultam	 a
atividade	mental,	 tais	 como	 problemas	 de	 visão,	 audição,	 problemas	 nos
dentes,	adenoides	e	respiração	nasal	obstruída.
	
3.	 Examine	 se	 as	 condições	 externas	 de	 trabalho	 –	 luz,	 temperatura,
umidade,	roupas,	cadeira,	mesa,	etc.	–	são	favoráveis	ao	estudo.
	
4.	Crie	o	hábito	de	estudar	em	um	lugar	determinado.
	
5.	Crie	um	tempo	regular	de	estudo.
	
6.	Quando	possível,	prepare	tarefas	avançadas	em	um	determinado	assunto
logo	após	o	mesmo	ter	sido	apresentado	a	você.
	
7.	Comece	a	trabalhar	imediatamente.
	
8.	Exercite	a	atenção.
	
9.	Esforce-se	intensamente	enquanto	trabalha:	concentre-se.
	
10.	 Mas	 não	 deixe	 que	 a	 intensa	 aplicação	 se	 torne	 em	 agitação	 ou
preocupação.
	
11.	Faça	o	seu	trabalho	com	a	intenção	de	aprender	e	se	lembrar.
	
12.	Procure	um	motivo,	ou	melhor,	vários	motivos.
	
13.	Livre-se	da	ideia	de	que	você	está	trabalhando	para	o	professor.
	
14.	Não	peça	ajuda	até	que	você	realmente	precise.
	
15.	Tenha	uma	noção	clara	do	objetivo.
	
16.	 Antes	 de	 iniciar	 o	 próximo	 trabalho,	 revise	 rapidamente	 a	 lição
anterior.
	
17.	Em	seguida,	faça	um	rápido	levantamento	preliminar	da	próxima	lição.
	
18.	Descubra,	por	 tentativa,	 se	você	se	sai	melhor,	 começando	pela	 tarefa
mais	difícil	ou	pela	mais	fácil	quando	é	confrontado	com	várias	tarefas	de
dificuldades	diferentes.
	
19.	Em	geral,	use	nos	estudos	a	forma	de	atividade	que	será	exigida	depois,
quando	o	material	for	utilizado.
	
20.	Dê	mais	tempo	e	atenção	para	os	pontos	fracos	de	seu	conhecimento	ou
técnica.
	
21.	Leve	a	aprendizagem	de	todos	os	itens	importantes	para	além	do	ponto
necessário	para	a	recordação	imediata.
	
22.	Você	deve	avaliar	diariamente	o	grau	de	importância	dos	itens	que	são
colocados	diante	de	você,	e	dar	ênfase	especial	sobre	a	fixação	permanente
dos	itens	que	são	vitais	e	fundamentais.
	
23.	 Quando	 uma	 determinada	 partícula	 de	 informação	 é	 de	 importância
claramente	 subordinada	 e	 útil	 apenas	 para	 o	 momento,	 você	 deve	 ter
certeza	de	dar	a	ela	apenas	a	atenção	suficiente	para	guardá-la	pelo	tempo
em	questão.
	
24.	 Faça	 com	 que	 os	 seus	 períodos	 de	 estudo	 tenham	duração	 suficiente
para	 servir-lhe	 de	 “aquecimento”,	 mas	 não	 sejam	 tão	 longos	 a	 ponto	 de
você	sofrer	de	cansaço	ou	fadiga.
	
25.	Quando	um	exercício	ou	repetição	são	necessários,	distribua	por	mais
de	um	período,	o	tempo	dado	para	a	aprendizagem	especificada.
	
26.	 Quando	 você	 interromper	 o	 trabalho,	 não	 só	 pare	 em	 uma	 pausa
natural,	mas	também	deixe	uma	sugestão	para	a	sua	rápida	retomada.
	
27.	Após	a	aplicação	intensiva,	especialmente	sobre	um	novo	material,	faça
uma	pausa	por	um	tempo	e	deixe	sua	mente	descansar	antes	de	seguir	para
qualquer	outra	coisa.
	
28.	Use	vários	dispositivos	para	obrigar-se	a	pensar	sobre	o	seu	trabalho.
	
29.	Forme	o	hábito	de	trabalhar	com	os	seus	próprios	exemplos	concretos
em	todas	as	regras	e	princípios	gerais.
	
30.	Forme	o	hábito	de	revisar	mentalmente	cada	parágrafo,	logo	que	você	o
ler.
	
31.	Não	hesite	em	marcar	seus	próprios	livros	para	fazer	com	que	as	ideias
essenciais	se	destaquem	visivelmente.
	
32.	Sempre	que	o	seu	desejo	for	dominar	um	material	extenso	e	complexo,
faça	um	esboço	do	mesmo.	Se	você	também	quiser	conservar	este	material,
guarde	o	seu	esboço	na	memória.
	
33.	Em	todo	o	seu	trabalho	aplique	o	seu	conhecimento	o	máximo	possível
e	tão	logo	seja	possível.
	
34.	 Não	 hesite	 em	 memorizar	 materiais	 como	 definições	 de	 termos
técnicos,	 fórmulas,	 datas	 e	 esboços,	 desde	 que,	 é	 claro,	 você	 também	 os
compreenda.
	
35.	Quando	 o	material	 a	 ser	 aprendido	de	 cor	 não	 apresenta	 associações
racionais	 óbvias,	 é	 perfeitamente	 legítimo	 que	 se	 crie	 algum	 esquema
artificial	para	aprendê-lo	e	recordá-lo.
	
36.	Ao	se	comprometer	em	memorizar	um	poema	não	o	divida	em	partes,
mas	aprenda-o	como	um	todo.
	
37.	Ao	comprometer-se	a	memorizar,	é	melhor	ler	em	voz	alta	do	que	em
silêncio,	é	melhor	ler	rapidamente	do	que	devagar.
	
38.	 Se	 o	 seu	 trabalho	 inclui	 a	 participação	 em	 palestras,	 faça	 uma
quantidade	moderada	de	anotações	durante	as	mesmas,	use	um	sistema	de
abreviaturas,	e	reescreva	estas	notas	diariamente,	amplificando-as	em	um
esboço	razoavelmente	resumido	e	organizado	como	sugerido	na	Regra	32.
	
	
[1]	Breslich,	E.	R.	Supervised	study	as	a	means	of	providing	supplementary	individual	instruction.
Thirteenth	Yearbook,	Part	I,	National	Society	for	the	Study	of	Education,	1914,	pp.	32-72.
[2]	Há	pouco	risco	desse	“ritmo”	se	tornar	enfadonho,	pois	o	material	de	estudo	atual	será	diferente
daquele	visto	nas	aulas.
[3]	Veja,	por	exemplo,	LOTTA	A.	Clark.	Group	work	in	the	high	school.	Em:	Elem.	School	Teacher,	7:
1907,	355-444.	Também	C.	B.	Shaw.	Some	experiments	in	group	work.	Ibid.,	329-334.
	REGRAS
	1. Mantenha-se em boa condição física.
	2. Remova ou trate as debilidades físicas que, muitas vezes, dificultam a atividade mental, tais como: problemas de visão, audição, problemas nos dentes, adenoides e respiração nasal obstruída.
	3. Examine se as condições externas de trabalho – luz, temperatura, umidade, roupas, cadeira, mesa, etc. – são favoráveis ao estudo.
	4. Crie o hábito de estudar em um lugar determinado.
	5. Crie um tempo regular de estudo.
	6. Quando possível, prepare tarefas avançadas em um determinado assunto logo após o mesmo ter sido apresentado a você.
	7. Comece a trabalhar imediatamente.
	8. Exercite a atenção.
	9. Esforce-se intensamente enquanto trabalha: concentre-se.
	10. Mas não deixe que a intensa aplicação se torne em agitação ou preocupação.
	11. Faça o seu trabalho com a intenção de aprender e se lembrar.
	12. Procure um motivo, ou melhor, vários motivos.
	13. Livre-se da ideia de que você está trabalhando para o professor.
	14. Não peça ajuda até que você realmente precise.
	15. Tenha uma noção clara do objetivo.
	16. Antes de iniciar o próximo trabalho, revise rapidamente a lição anterior.
	17. Em seguida, faça um rápido levantamento preliminarda próxima lição.
	18. Descubra, por tentativa, se você se sai melhor, começando pela tarefa mais difícil ou pela mais fácil quando é confrontado com várias tarefas de dificuldades diferentes.
	19. Em geral, use nos estudos a forma de atividade que será exigida depois, quando o material for utilizado.
	20. Dê mais tempo e atenção para os pontos fracos de seu conhecimento ou técnica.
	21. Leve a aprendizagem de todos os itens importantes para além do ponto necessário para a recordação imediata.
	22. Você deve avaliar diariamente o grau de importância dos itens que são colocados diante de você, e dar ênfase especial sobre a fixação permanente dos itens que são vitais e fundamentais.
	23. Quando uma determinada partícula de informação é de importância claramente subordinada e útil apenas para o momento, você deve ter certeza de dar a ela apenas a atenção suficiente para guardá-la pelo tempo em questão.
	24. Faça com que os seus períodos de estudo tenham duração suficiente para servir-lhe de “aquecimento”, mas não sejam tão longos a ponto de você sofrer de cansaço ou fadiga.
	25. Quando um exercício ou repetição são necessários, distribua por mais de um período, o tempo dado para a aprendizagem especificada.
	26. Quando você interromper o trabalho, não só pare em uma pausa natural, mas também deixe uma sugestão para a sua rápida retomada.
	27. Após a aplicação intensiva, especialmente sobre um novo material, faça uma pausa por um tempo e deixe sua mente descansar antes de seguir para qualquer outra coisa.
	28. Use vários dispositivos para obrigar-se a pensar sobre o seu trabalho.
	29. Forme o hábito de trabalhar com os seus próprios exemplos concretos em todas as regras e princípios gerais.
	30. Forme o hábito de revisar mentalmente cada parágrafo, logo que você o ler.
	31. Não hesite em marcar seus próprios livros para fazer com que as ideias essenciais se destaquem visivelmente.
	32. Sempre que o seu desejo for dominar um material extenso e complexo, faça um esboço do mesmo. Se você também quiser conservar este material, guarde o seu esboço na memória.
	33. Em todo o seu trabalho aplique o seu conhecimento o máximo possível e tão logo seja possível.
	34. Não hesite em memorizar materiais como definições de termos técnicos, fórmulas, datas e esboços, desde que, é claro, você também os compreenda.
	35. Quando o material a ser aprendido de cor não apresenta associações racionais óbvias, é perfeitamente legítimo que se crie algum esquema artificial para aprendê-lo e recordá-lo.
	36. Ao se comprometer em memorizar um poema não o divida em partes, mas aprenda-o como um todo.
	37. Ao comprometer-se a memorizar, é melhor ler em voz alta do que em silêncio, é melhor ler rapidamente do que devagar.
	38. Se o seu trabalho inclui a participação em palestras, faça uma quantidade moderada de anotações durante as mesmas, use um sistema de abreviaturas, e reescreva estas notas diariamente, amplificando-as em um esboço razoavelmente resumido e organizado como sugerido na Regra 32.
	RESUMO DAS REGRAS

Outros materiais