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Universidade Federal do Acre Centro de Ciências Biológicas e da Natureza Entomologia Aplicada Controle Químico de Insetos (Parte I) Prof. Adalberto Hipólito Sousa D.Sc. em Entomologia Inseticidas Controle Químico Método de controle de insetos mais utilizado Agrotóxicos, Produtos Fitossanitários, Pesticidas/Praguicidas Controle Biológico vs. Controle Químico Agente: organismo vivo Problemas Eficiência Custo Predição Impacto ambiental Agente: substância (pesticida) Problemas Impacto ambiental Saúde humana Controle Biológico Controle Químico Relevância, conceitos, parâmetros toxicológicos, formulações Classificação e principais inseticidas Tecnologia de aplicação de inseticidas Modo de ação Limitações do uso Toxicologia de Inseticidas Fornece subsídios para a tomada de decisão relativa ao controle químico Pesticida Qualquer substância ou mistura de substâncias utilizadas para prevenir, destruir, repelir ou atenuar pragas ou pestes Inseticidas – pesticidas utilizados para controlar insetos- praga Toxicologia Ciência em que se estuda os efeitos (adversos) de compostos químicos em organismos vivos Toxicologia de pesticidas – ramo da Toxicologia em que se estuda efeitos de pesticidas em pragas/pestes Conceitos em Toxicologia Toxicidade e Relação Dose- Resposta Toxicidade Refere-se a capacidade inata de um composto ser venenoso sob condições experimentais Estimada por relação dose-resposta DOSE determina o VENENO Conceitos em Toxicologia Dose Quantidade de um produto químico aplicado por área de aplicação ou peso do organismo (ex: µg/mg de peso do corpo, ou 2 g/ha) Concentração Quantidade do produto em um volume especifico ou receptor (ex: mg/ml, ou 2 mg por inseto) Tempo de exposição Período na presença do inseticida (dias, horas, etc) Determinação da Toxicidade dos Inseticidas Análises indicadas para determinar a toxicidade Probite Testes de sobrevivência ANAVA e testes de comparação de médias Indicações dos testes de toxicidade MIP e Manejo de Susceptibilidade a inseticidas Detecção de resistência Bioensaios de tolerância Dose-Resposta: Probite Conceitos toxicológicos Dose Letal DL (Ex.: DL50, DL99) Concentração Letal CL (Ex.: CL95) Tempo Letal TL (Ex.: TL50, TL95) Relação Dose-Resposta: DL e Classificação de Inseticidas DL50 DL50 Indica a toxicidade a mamíferos Advertência para quem manipula o pesticida Risco Toxicológico É o grau de perigo de envenenamento ao se usar um composto químico (ex.: pesticida) de toxicidade de um composto, mas depende dela Fatores associados Toxicidade do composto Uso do composto Risco de Inseticidas Risco de Inseticidas Percepção Pública de Risco Percepção Pública de Risco Ou seja: Os riscos de uso de pesticidas são superestimados pelo público! Por que? Incompreensão do uso e importância Publicidade provocada por acidentes e uso indevido Estudos Requeridos para Avaliação Toxicológica Investigações com animais visando extrapolação para humanos Toxicidade Estudos a curto prazo (ratos camundongos) Exposição dérmica em animais, se houver risco de exposição humana não-intencional crônica e subcrônica (1 roedor e 1 não-roedor) Estudos Mutagênese, teratogênese e carcinogênese Reprodução (e a prole) Metabolismo e excreção, efeitos neurotóxicos Resíduos Parâmetros Toxicológicos Nível de Não Efeito (NNE) (mg subs./kg peso) Ingestão Diária Aceitável (IDA) IDA = NNE/FS Fator de segurança (FS) 100 ou 1000 Limite Máximo de Resíduo (LMR) Dieta Alimentar Período de Carência (intervalo de segurança) Estabelecimento de Limite Máximo de Resíduos de Pesticidas Período de Carência e Degradação de Pesticidas Período de carência Tempo decorrido entre o último tratamento com inseticida e a colheita Se estendido, favorece a degradação do inseticida (normalmente minimiza risco) Degradação de pesticidas Inicia-se tão logo sejam sintetizados e purificados Classificação de Potencial de Periculosidade Ambiental Potencial mutagênico, teratogênico e carcinogênico Bioacumulação Persistência Transporte Toxicidade Tipos de Formulações 1. Pó seco (P) – sólido, pronto uso Material adsorvente – mineral de argila (adesão de moléculas) inseticida material inerte ( a diluição e volume do produto) Tamanho das partículas: 30 mm Princípio ativo ou ingrediente ativo (p.a. ou i.a.): 1 a 2% Tipos de Formulações 2. Grânulo (G) – sólido, pronto uso Predominam os inseticidas sistêmicos Partículas sólidas: silicato, argila, gesso, resíduos vegetais, plástico, etc Todas as particulas contém p.a.: 2,5 a 5% Tamanho: pequenos (microencapsulados) e grandes (iscas) Granulometria: 0,2 a 1,5 mm Tipos de Formulações 3. Pó Molhável (PM) – sólida, pré-mistura Imiscíveis em água (mistura heterogênea) Forma suspensão (necessita agitação) Material de argila (com i.a. adsorvido) adjuvantes (antiespumante, dispersante, estabilizantes, etc) Desgasta bicos Barata, mas em desuso Tipos de Formulações 4. Pó Solúvel (PS) – sólida, pré-mistura Ingredientes ativos sob forma sólida ou de pequenos cristais Não há necessidade de agitação constante 5. Concentrado Emulsionável (CE) – líquida, pré-mistura (i.a. solvente) (adjuvantes – agente emulsionante) Emulsificantes: atuam na consistência, durabilidade ( durabilidade) e antiespumantes estabilidade (não precisa ficar agitando) desgaste de bicos Facilidade para calcular a dosagem Cara ( Pó Molhável) Tipos de Formulações 6. Suspensão Concentrada (SC) – antigo flowable, líquida, pré-mistura Pó Molhável suspenso em água adjuvante ( a estabilidade) No armazenamento pode sedimentar e não ressuspender mais Tipos de Formulações 7. Ultra Baixo Volume (UBV) – líquida, pronto uso i.a. solvente Abaixo de 5 l/há (1 a 2 l/ha) Tipos de Formulações 8. Outras formulações Comprimido (CP) Tablete (TB) Pastilha (PA) Pasta (PT) Aerosóis Aplicação de Pós Vantagens Alta capacidade operacional Limitações Facilmente carregados pelo ar e de fácil lavagem Distribuição heterogênea Dose recomendada por peso Maior risco para o aplicador Aplicação de Grânulos Generalidades Controle da velocidade de liberação do i.a. Não devem empastar nem quebrar durante o transporte e armazenamento Vantagens Pesados, deriva “mais difícil” Ação sistêmica Ideal para pragas de solo – sugadores de seiva e brocas de raízes Maior segurança para o aplicador Usada para vários tipos de praguicidas Aplicação Via Líquida Generalidades Necessita de diluição em líquido antes da aplicação (Exceto UBV) Aplicação em forma de gotas Adesividade superior a do pó Diluente Água (principal) – baixo custo Limitações da água: tensão superficial (uso de agentestensoativos é importante) e evaporação Volume de aplicação Varia com a modalidade de aplicação (cultura, estágio de desenvolvimento, aparelho, etc) Importância do Conhecimento sobre Formulações Elaboração de Receita Agronômica Adequabilidade ao produtor Preço Disponibilidade de equipamento Transporte Armazenamento Classificações de Inseticidas Finalidade Inseticidas - insetos em geral Aficidas - afídeos Larvicidas - larvas Cupincidas - cupins Formicidas = formigas Classificações de Inseticidas Métodos de aplicação Via sólida Líquida Gasosa Translocação no Organismo Tratado Sistêmicos Translocam-se através do sistema vascular das plantas Ideal para Pragas Sugadoras de Seiva e Minadores Profundidade Translaminar Atinge o lado oposto da superfície foliar
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