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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA NATUREZA LABORATÓRIO DE ENTOMOLOGIA PROF. ADALBERTO HIPÓLITO DE SOUSA ________________________________________________________________________________________________ Métodos Mecânicos de Controle de Pragas São medidas específicas para determinadas pragas e resultam na ação direta sobre a destruição dos insetos via ação mecânica. Estas medidas são mais empregadas em pequenos cultivos. Exemplos: Esmagamento (esmagamento de ovos e catação das larvas d curuquerê-da-couve), corte das lagartas com tesouras (em fumo e mandioca), catação manual (bichos-cestos em cafezal) Métodos Culturais de Controle de Pragas São medidas de controle realizadas conjuntamente com as praticas culturais realizadas pelo agricultor. Tais medidas são bem sucedidas conhecendo-se a biologia das pragas e os fatores ecológicos do ambiente. Rotação de cultura: plantio alternado de culturas que não sejam hospedeiras da mesma praga Aração do solo: destruição de pragas que apresentam pelo menos um estágio de desenvolvimento no solo. O objetivo é desse processo é expor os insetos aos raios solares (ação física) ou aos implementos agrícolas (ação mecânica). Exemplos: tem mostrado eficiência pragas como lagarta-da- espiga-do-milho, mosca-das-frutas, etc. Época de plantio e colheita: consiste na antecipação ou atraso do plantio ou da colheita visando a redução do ataque. Exemplos: antecipação do plantio de algodão para o controle da lagarta-rosada. Destruição dos restos de cultura: visa destruir o substrato que pode atuar como hospedeiro intermediário das pragas. Cultura no limpo: visa evitar que o mato próximo à cultura agrave a infestação das pragas, uma vez que podem servir de abrigo e substrato alimentar para as fases infestantes. Exemplo hipotético: Distância do mato (m) % de infestação de uma praga 10 67 20 58 50 39 100 15 Observação: a infestação de algumas pragas, como o pulgão, pode ser menor nas proximidades do mato, pois esta fornece abrigo e favorece a sobrevivência de inimigos naturais. Poda: visa principalmente expor as pragas aos raios solares. É bastante utilizado na fruticultura para o controle de diversas pragas (brocas, cochonilhas, etc). Adubação e irrigação: parte-se dos conhecimentos da teoria da trofobiose, onde uma planta equilibrada nutricionalmente apresenta maior resistência ao ataque de pragas. No caso da irrigação por aspersão pode contribuir para a redução da população de pequenos insetos por meio da lavagem dos mesmos, como tripes e pulgões. Plantio direto: é uma prática conservacionista do solo, que exerce maior influencia sobre os insetos que vivem no solo, ou que, pelo menos têm nesse local uma das fases de desenvolvimento. Vem sendo adotado em alguns cultivos e eliminando os métodos convencionais de preparo do solo. Nesse sistema de plantio, a palha e os demais restos vegetais de outras culturas são mantidos na superfície do solo, garantindo cobertura e proteção do mesmo contra processos danosos, tais como a erosão. O solo só é manipulado no momento do plantio, quando é aberto um sulco onde são depositadas sementes e fertilizantes. Não existe, além do supracitado, nenhum método de preparo do solo. Também é muito importante para o sucesso do sistema que seja utilizado a rotação de culturas. A semeadeira é diferenciada do sistema convencional, contendo discos para cortar a palhada que recobre o solo, também existindo um disco que irá auxiliar o depósito de adubo e sementes no sulco do plantio. Já a colhedeira possui um picador de palhada, que irá auxiliar o direcionamento do fluxo de palha. Esse picador é diferenciado, pois através de um conjunto especializado de facas de aço UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA NATUREZA LABORATÓRIO DE ENTOMOLOGIA PROF. ADALBERTO HIPÓLITO DE SOUSA ________________________________________________________________________________________________ que giram em alta velocidade, pica a palhada de tal sorte que irá produzir uma camada morta própria para o plantio direto. Altera o habitat das comunidades que vivem no ambiente “criado” pelo sistema convencional de plantio. Essa alteração deverá advir das modificações que o plantio direto acarretará no regime de água no solo, na estrutura e temperatura do solo, na disponibilidade de nutrientes, etc. Como consequência, haverá também alteração na entomofalna prejudicial ou benéfica nesse novo ambiente. Vale lembrar que a não movimentação do solo pode favorecer o desenvolvimento de patógenos para os insetos, como fungos e vírus. Observação: o plantio direto pode favorece o desenvolvimento de algumas pragas exigentes em água e baixa radiação solar.
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