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gravidez na adolescência

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GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA
INTRODUÇÃO
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a adolescência é o período que abrange dos 10 aos 19 anos, já o Estatuto da Criança e do Adolescente define entre 12 e 18 anos. É um período muito especial para a construção do indivíduo e para sua inserção social, deve ser entendido como de risco e vulnerabilidade. Nesse período ocorre o crescimento rápido e desenvolvimento da personalidade, gerando estresse, conflitos e instabilidade emocional. Geralmente é nessa fase que se inicia a vida sexual, o que gera preocupação com a gravidez e doenças sexualmente transmissíveis (SILVA e SURITA, 2012; YAZLLE et al, 2009).
A gravidez nessa fase da vida tem sido considerada como fator de risco, do ponto de vista médico, tanto para mãe quanto para o filho. É considerada como fator agravante ou desencadeador de transtornos psicológicos e sociais. 
Algumas complicações ocorrem durante a gestação de adolescentes, tais como abortamento espontâneo, restrição de crescimento intrauterino, diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, parto prematuro, sofrimento fetal intraparto e parto por cesárea. Por ocasião do parto normal, tem sido referida maior incidência de lesões vaginais e perineais. São citados, ainda, maior frequência de deiscência de suturas e dificuldade de amamentação. 
Em relação às repercussões psicológicas, tem sido relatado aumento do número de casos de depressão pós-parto. Dentre as complicações referentes ao recém-nascido, observa-se aumento na incidência de desnutrição, maus tratos e descuidos, o que pode se estender à criança com mais idade. Na infância, principalmente no primeiro ano de vida, tem sido referida maior incidência de desnutrição e acidentes domiciliares (YAZLLE et al, 2009).
Riscos e problemas 
A gestação na adolescência é considerada uma situação de risco biológico tanto para as adolescentes como para os recém-nascidos. Alguns autores observaram que características fisiológicas e psicológicas da adolescência fariam com que uma gestação nesse período se caracterizasse como uma gestação de risco. Há evidências de que gestantes adolescentes podem sofrer mais intercorrências médicas durante gravidez e mesmo após esse evento que gestantes de outras faixas etárias.
Algumas complicações como tentativas de abortamento, anemia, desnutrição, sobrepeso, hipertensão, (pré)eclampsia, desproporção céfalo-pélvica, hipertensão e depressão pós-parto estão associadas à experiência de gravidez na adolescência. Além disso, a gestação em adolescentes pode estar relacionada a comportamentos de risco como, por exemplo, a utilização de álcool e drogas ou mesmo a precária realização de acompanhamento pré-natal durante a gravidez (DIAS e TEIXEIRA, 2010).
	Por outro lado, no que tange à saúde do bebê, a gestação na adolescência encontra-se associada a situações de prematuridade, baixo peso ao nascer, morte perinatal, epilepsia, deficiência mental, transtornos do desenvolvimento, baixo quociente intelectual, cegueira, surdez, aborto natural, além de morte na infância. O bebê prematuro apresenta maiores riscos na adaptação à vida extra-uterina devido à imaturidade dos órgãos e sistemas; além de uma maior vulnerabilidade ao desenvolvimento de doenças. Os riscos da gestação na adolescência ainda estão associados à baixa adesão ao atendimento pré-natal demonstrado pelas adolescentes. Cabe ressaltar que o acompanhamento pré-natal tem efeito protetor sobre a saúde da gestante e do recém-nascido, uma vez que contribui para uma menor incidência de mortalidade materna, baixo peso ao nascer e mortalidade perinatal (DIAS e TEIXEIRA, 2010).
	A ocorrência de problemas de saúde tanto na jovem como na criança pode estar mais relacionada ao estado de pobreza do que à idade da jovem propriamente. Os autores observam que uma boa parcela da população de gestantes adolescentes encontra-se em condições sócio-econômicas precárias, o que por sua vez está associado a uma maior ausência de condições adequadas de higiene, habitação, alimentação e saúde (DIAS e TEIXEIRA, 2010).
Em termos sociais, a gravidez na adolescência pode estar associada com pobreza, evasão escolar, desemprego, ingresso precoce em um mercado de trabalho não-qualificado, separação conjugal, situações de violência e negligência, diminuição das oportunidades de mobilidade social, além de maus tratos infantis. (DIAS e TEIXEIRA, 2010).
Fatores precursores relacionados à gravidez na adolescência
	O motivo óbvio e direto da gravidez na adolescência é o fato de que os adolescentes mantêm relações sexuais sem cuidados contraceptivos. Portanto, dois comportamentos precisam existir para que ocorra a gravidez na adolescência: a atividade sexual do jovem e a falta de medidas contraceptivas adequadas (DIAS e TEIXEIRA, 2010)..
	A iniciação sexual na adolescência vem ocorrendo em idades cada vez mais precoces, e a atividade sexual regular faz parte de uma parcela significativa da população adolescente (DIAS e TEIXEIRA, 2010). 
	A causa do não uso de anticoncepcionais, portanto, não parece ser a falta de informação sobre a necessidade de se utilizar métodos contraceptivos nas relações sexuais. O que ocorre é que a informação não se traduz em comportamento efetivo. E por que isso? Um motivo é que a informação que os adolescentes possuem refere-se à necessidade de uso de contraceptivos, mas não significa que eles possuam conhecimento suficiente para implementar um comportamento contraceptivo adequado. Há estudos mostrando que os conhecimentos sobre métodos de contracepção entre adolescentes são muitas vezes insuficientes para uma efetiva implementação (DIAS e TEIXEIRA, 2010).
PRÉ-NATAL
O início precoce de pré-natal evita as complicações de uma gravidez de risco como é a das adolescentes. A hipertensão que incide mais frequentemente na gravidez, se diagnosticada cedo e a gestante for orientada, pode deixar de ser problema, pois será possível exercer algum controle sobre o ganho excessivo de peso. O mesmo se pode dizer em relação à restrição do crescimento fetal. Uma avaliação correta do estado nutricional dessas adolescentes e de sua ingestão proteico-calórica pode corrigir distorções importantes. Além disso, quanto mais cedo a anemia for detectada, mais fácil será combatê-la.
Portanto, o início precoce do pré-natal ajuda a minimizar ou até a abolir esses riscos. Normalmente o que acontece, porém, é que o acompanhamento começa em torno da vigésima semana. Considerando que a gravidez dura 40 semanas, quando a adolescente nos procura, pode ser tarde para corrigir certos distúrbios.
Por outro lado, vários estudos mostram que o estresse desempenha papel importante no aumento da pressão arterial na gravidez. Essa elevação interfere na pré-maturidade e na restrição do crescimento fetal. Sabe-se que adolescentes grávidas estão sujeitas a altos níveis de estresse e precisam de ajuda. Como o médico não consegue sozinho cercar todos os aspectos psicológicos e sociais em questão, existem equipes multidisciplinares envolvidas nesse trabalho. São psicólogas, enfermeiras, assistentes sociais, fisioterapeutas que colaboram para amenizar os riscos desse tipo de gestação.
ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL
Em geral, a dieta das adolescentes não é balanceada. Cerca de 40% delas têm uma ingestão inadequada de proteínas o que pode evoluir para a restrição do crescimento fetal, por exemplo. Por isso, durante todo o pré-natal, calcula-se o ganho ponderal não só das adolescentes, mas das mulheres adultas também e, com a ajuda de uma nutricionista, procura-se orientar os hábitos alimentares. Isso é importante porque gestante muito magra precisa ganhar peso e as mais gordinhas devem adotar uma dieta menos calórica e mais protéica para evitar complicações indesejáveis.
PREVENÇÃO
Primordial: através de fatores protetores: bom relacionamento familiar; acesso à educação.
Primária: A educação que se inicia na família deve ser prolongada na escola e nos serviços de saúde. Ouvir a família e os adolescentes. 
Secundária: Dirigidas àquelas que já têm vidasexual ativa. Deve contemplar, além da educação sexual, o acesso aos serviços médicos e aos métodos anticoncepcionais.
Terciária: As que já engravidaram devem ter garantido a assistência pré-natal, ao parto, ao puerpério, o RN em serviços especializados e a prevenção de nova gravidez.
ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA
A atuação da fisioterapia na saúde da mulher permite intervir sobre vários aspectos da função e do movimento humano, que sofrem mudanças e alterações durante as fases de vida da mulher, desde a adolescência até a fase adulta, passando inclusive sobre o período gestacional. O período gestacional gera muitas alterações no organismo materno, sendo necessária uma adaptação da mulher às novas condições físicas. O profissional fisioterapeuta que trabalhará com essa população, poderá auxiliar a adolescente grávida a entender alterações emocionais, físicas, nutricionais e as necessidades com as quais terá que lidar. Através de:
Palestras e orientações às gestantes sobre as mudanças fisiológicas, metabólicas e posturais durante o desenvolvimento gestacional, como também sobre os hábitos de vida (cuidados posturais, vestuário), atividade sexual, a importância do aleitamento materno, os cuidados com as mamas e o planejamento familiar.
Relaxamento: o fisioterapeuta tem por objetivo reduzir o ciclo vicioso de tensão-medo-dor através de movimentos (através do balanceio, na qual a gestante em pé balança o quadril para um lado e para o outro ou em círculos, realizando também a anteroversão e retroversão do quadril); posicionamentos (a grávida senta-se na posição invertida na cadeira, com as pernas separadas e apóia o tronco no encosto da cadeira; deita-se de lado com as pernas e os joelhos flexionados, com um apoio entre os joelhos ou com a perna inferior semiflexionada e a perna superior dobrada sobre o apoio); massoterapia (técnicas de deslizamentos em MMSS e MMII, além de deslizamentos superficial e profundo, rolinhos e fricção na região lombar e sacral) e respirações para que as gestantes possam enfrentar o estresse e a dor do parto.
Percepção Respiratória: a respiração utilizada no programa durante o parto é a respiração diafragmática, seguida da torácica. A respiração antes e depois da contração segue um padrão de ritmo, igual para inspiração e para expiração. Durante a contração, a parturiente realiza longas expirações.
Exercícios: Os exercícios realizados no programa são relaxantes, agradáveis e não cansativos demais, evitando-se muito esforço e movimentos bruscos, sendo realizados exercícios para membros superiores e inferiores, perineais, posturais, abdominais.

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