Buscar

História da saude da mulher

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

SAÚDE DA MULHER
Profa. Renata Velasque
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
Evolução das Políticas de Atenção á Saúde da Mulher
No início do século XX era limitada às demandas relativas à gravidez e ao parto, numa revisão restritiva da mulher baseada na visão biológica e no papel social da mulher como mãe e doméstica.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
Evolução das Políticas de Atenção á Saúde da Mulher
Em 1984 o Ministério da Saúde elaborou o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher PAISM, onde ocorreu uma ruptura com os princípios norteadores. Pois incorporou princípios e diretrizes de descentralização, hierarquização e regionalização com integralidade e a equidade da atenção. Este programa incluía ações educativas, preventivas, de diagnóstico, tratamento e recuperação, englobando: clinica ginecológica, pré-natal, parto, puerpério, climatério, em planejamento familiar, DST, câncer de colo de útero e de mama, além de outras identificadas a partir do perfil populacional das mulheres.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
Situação sociodemográfica
	Nas últimas décadas ocorreu uma queda abrupta da Taxa de Fecundidade de 5,8 filhos por mulher em idade fértil em 1970 com um taxa de crescimento 2,3% para 1,4% com uma taxa de fecundidade de 1,6 filhos por mulher em idade fértil.
	A população alvo é de mulheres acima de 10 anos, sendo consideradas em mulheres em idade fértil de 10 aos 49 anos, representam 65% da população feminina.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
Breve Diagnóstico da Situação da Saúde da Mulher no Brasil
	Enquanto a mortalidade por violência afeta os homens em grandes proporções é a morbidade, especialmente provocada por violência doméstica e sexual.
	As principais causas de morte na população feminina são: doenças cardiovasculares (IAM e AVE); as neoplasias (Câncer de :mama, pulmão e colo de útero); doenças do aparelho respiratório (pneumonias); doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas (diabetes) e as causas externas.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
Breve Diagnóstico da Situação da Saúde da Mulher no Brasil
	
Mortalidade Materna – É um bom indicador para avaliar as condições de saúde de uma população, pode inferir sobre o desenvolvimento de uma determinada sociedade, por meio da elaboração das Razões da Mortalidade Materna.
.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
Breve Diagnóstico da Situação da Saúde da Mulher no Brasil
Aborto – a sua realização em condições de risco frequentemente é acompanhado de complicações severas, agravado pelo desconhecimento dos sinais e a demora na procura de atendimento,que também não está capacitado para este tipo de atendimento.
Gravidez na adolescência – Apesar da redução da taxa de fecundidade geral, na faixa etária entre os 15 e 19 anos ocorre o inverso, principalmente nas regiões mais pobres, áreas rurais e população com pouca escolaridade.
.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
7
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
PELVE
A parte inferior do tronco é composta pela pelve, que é constituída por um anel ósseo , que por sua vez é formado pelos ossos do quadril (ísquio, ílio e púbis), formando as paredes anterior e lateral, e pelo sacro e cóccix, os quais compõem a parede posterior (SNELL, 1999).
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
PELVE FEMININA
É mais leve, ampla e mais rasa que a masculina, tendo o seu contorno no formato redondo ou oval. O sacro e o cóccix são mais planos e menos salientes anteriormente, para não estreitar o canal do parto (canal pélvico). As paredes laterais são mais afetadas pelo desvio lateral das tuberosidades isquiáticas. (MORENO, 2004)
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
TIPOS DE PELVE
São quatro tipos diferentes, sendo classificados, de acordo com as formas de abertura superior, em: ginecóide, andróide, antropóide e platipelóide (MORENO, 2004).
 As três últimas são estatisticamente menos freqüentes que a primeira.
 A pelve ginecóide, que é o tipo mais comum, sendo verificada em 43% das mulheres brancas e negras, é considerada a ideal para partos normais, pois é mais espaçosa, tendo sua abertura superior uma forma ligeiramente oval, onde o diâmetro transverso se sobrepõe ao sagital (MORENO, 2004; SILVA e SILVA, 2003)
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
ESTABILIDADE DA PELVE
É conferida pelos ligamentos que unem as partes da pelve óssea. As paredes ósseas da pelve são unidas por ligamentos densos, que conferem estabilidade funcional suficiente para que a região suporte as constantes alterações de força, conforme mencionado acima.
Os ligamentos, de uma forma geral são divididos em 5 grupos
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
O canal pélvico é fechado por um conjunto de músculos, que criam uma rede de apoio para o conteúdo pélvico e abdominal.
 Os tecidos que se localizam entre a cavidade pélvica e a superfície do períneo constituem o verdadeiro assoalho pélvico (DOWNIE, 1983)
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
O Assoalho Pélvico é constituído por músculos, ligamentos e fáscias, tendo como função sustentar os órgãos internos, principalmente o útero, a bexiga e o reto; proporciona ação esfincteriana para a uretra, vagina e reto, além de permitir a passagem do feto, por ocasião do parto (SOUZA, 2002). 
Os MAP, ao contrário dos outros músculos estriados encontrados no corpo, ficam em estado constante de contração, permitindo um posicionamento eficiente da junção uretrovesical (RETZKY e ROGERS, 1995).
A irrigação sanguínea é realizada pelos ramos colaterais perineais da artéria pudenda interna. Os vasos pudendos passam imediatamente nas regiões inferior e medial a espinha isquiática e posterior ao ligamento sacroespinal 
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
A drenagem é feita pelas veias ilíacas internas, que drenam as veias pudendas internas, retais e ováricas superiores, sendo ainda composto por dois sistemas, um superficial (parietal) e outro profundo (visceral). 
O Plexo venoso da pelve e é rico em valvas; porém, tem seu trabalho facilitado pelas inúmeras anastomoses e pelo trabalho muscular da região durante a marcha. 
 Esse sistema segue o mesmo trajeto do sistema venoso, sendo que os vasos linfáticos atuam como tributários dos linfonodos inginais e os profundos dos linfonodos da pelve.
os nervos destinados ao períneo são os ramos dos 2°, 3° e 4° nervos sacrais . Porém, estes podem receber contribuições eventuais de S1 e /ou S5. 
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
ASSOALHO PÉLVICO
É formado principalmente pelo diafragma pélvico, que é fechado pelos músculos coccígeos e elevadores do ânus.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
Na porção anterior do músculo coccígeo encontra que é dividido em quatro partes.
 A porção que se mistura com a vagina, chamada de pubovaginal é considerada, algumas vezes, como separada do restante das partes do músculo.
 A puborretal, a pubococcígeo e a íliococcígeo são as mais conhecidas divisões desse músculo.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
ELEVADOR DO ÂNUS
É o mais importante músculo do Assoalho Pélvico, forma uma fina camada muscular que ajuda na sustentação das vísceras pélvicas e na compressão da parte inferior do reto, puxando-o para frente e auxiliando na defecação
 suas fibras são dividas em grupos com diferentes inserções: anteriores, intermediárias e posteriores.
 
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
o músculo elevador do ânus como um par, com simetria bilateral.
 A diferenciação entre os feixes (pubococcígeo, puborretal e iliococcígeo) nem sempre é evidente. 
Sua porção anterior funciona na fixação e prevenção do prolapso das vísceras pélvicas.
Ele é composto por dois tipos distintos de fibras musculares: fibras de contração lenta ou tipo I, que têm metabolismo
oxidativo aeróbico, responsáveis pela manutenção do tônus e do suporte; e fibras de contração rápida ou tipo II, de metabolismo glicolítico anaeróbio, de contração rápida, vigorosa e reflexa, que responde aos aumentos súbitos da pressão intra-abdominal.
 As fibras tipo I correspondem a 70% e as do tipo II aos 30% restantes das fibras da musculatura elevadora do ânus.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
As fibras anteriores compõem o músculo pubovaginal (esfíncter da vagina), que forma um oito ao redor da vagina e insere-se no centro tendíneo do períneo. Tem a função de contrair a vagina e estabilizar o centro tendíneo do períneo.
As fibras intermediárias compõem o músculo puborretal. Formam um oito ao redor da junção do reto com o canal anal, inserindo-se no ligamento anococcígeo
As fibras posteriores compõem o músculo iliococcígeo, que se insere no corpo anococcígeo e no cóccix
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
O períneo representa o conjunto das partes moles que fecham a pelve, suportando o peso das vísceras na posição ortostática.
É delimitado por estruturas ósteo-fibrosas, anteriormente pela sínfise púbica e ramos ísquio-pubianos, posteriormente pelo sacro, cóccix e o grande ligamento sacro-ciático
 Oferece apoio aos órgãos abdominais e pélvicos, e possuem a função de manter a continência urinária e fecal e possibilitar o coito e o parto;
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
Pode ser dividido em dois triângulos,
 O primeiro é chamado de trígono urogenital e o segundo, de trígono anal. 
Os músculos perineais estão posicionados inferiormente ao diafragma pélvico e possuem uma camada superficial, formada pelos músculos bulbocavernoso, isquicavernoso e transverso superficial do períneo.
 Uma camada profunda, composta pelo músculo transverso profundo do períneo e pelo esfíncter anal externo. 
A camada profunda, que possuiu uma fáscia, constitui o diafragma urogenital.
Os músculos dos diafragmas pélvico e urogenital são semelhantes em homens e mulheres; entretanto, os músculos perineais são bastante diferentes em cada sexo.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
O diafragma urogenital é uma segunda camada muscular externa ao diafragma pélvico, tendo a função de dar suporte à região atravessada pelos orifícios da uretra e da vagina. 
É formado pelos músculos:
1- Transverso superficial e profundo do períneo
2- Esfíncter da uretra
3- Isquiocavernoso 
4- Bulbo espinhoso
 
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
O períneo é dividido em dois triângulos
 apresenta um trígono urogenital, o qual contém os órgãos genitais externos e na mulher está anterior à linha transversa;
 o segundo é chamado de trígono anal, que contém o ânus e está posterior à referida linha.
O triângulo urogenital divide-se em dois espaços perineais o superficial e o profundo.
O profundo abriga a uretra e a parte inferior da vagina
 O superficial inclui o monte do púbis, os lábios maiores, os lábios menores, o clitóris, o bulbo vestibular, os músculos bulbocavernosos (bulboesponjosos), as glândulas de bartholin, os músculos isquiocavernosos e, por fim, os músculos transversos superficiais do períneo
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
O triângulo anal do períneo é limitado pelos ligamentos sacrotuberais, pelo glúteo máximo e pelo triângulo urogenital, contendo o ânus, o músculo esfíncter externo do ânus e as fossas isquiorretais. 
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
MUSCULOS DO ASSOALHO PÉLVICO - MAP
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
O conjunto de órgãos que tem como função principal a reprodução. Todos os órgãos apresentam uma estreita relação anatômica e fisiológica, funcionando de maneira sincronizada e harmônica. Além da reprodução, ele é responsável pela produção dos hormônios que determinam o desenvolvimento e a manutenção dos caracteres sexuais secundários femininos, assim como a atividade cíclica da função reprodutiva. Os órgãos genitais da mulher podem ser classificados em externos e internos.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS
Os órgãos genitais externos localizam-se anteriormente e logo abaixo do púbis, constituindo a parte visível do aparelho genital. O conjunto dos órgãos genitais externos também é chamado de vulva. São eles:
•Monte de Vênus;
•Grandes e pequenos lábios;
•Vestíbulo da vagina [onde se abrem o orifício da vagina e o da uretra e os canais das glândulas de Skene (periuretrais) e de Bartholin (vaginais)];
•Períneo.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
 órgãos genitais internos
 são os ovários, as tubas uterinas, o útero e a vagina, todos localizados na cavidade formada pelos ossos da pelve.
Os ovários são órgãos pareados, com duas áreas distintas: a estroma (interna) e a cortical (externa), responsável pela produção de hormônios femininos (estrógenos e progesterona), de inibina e relaxina e pelo desenvolvimento dos folículos para produção de óvulos. 
As tubas uterinas transportam o óvulo liberado de um dos ovários até a cavidade do útero. A fecundação do óvulo pelo espermatozoide normalmente ocorre em seu terço superior. 
O útero é um desenvolvimento da gestação. Divide-se em segmentos (fundo, corpo, istmo e colo). O interior do corpo do útero é chamado de cavidade uterina. O colo (cérvix), parte inferior do útero, se localiza no fundo vaginal.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
IV. A vagina é um canal muscular cilíndrico que se estende do exterior do corpo ao colo do útero. Situa-se entre a bexiga urinária e o reto. Sua função é permitir a passagem do pênis na relação sexual; do feto, durante o parto; e do fluxo menstrual. Seu revestimento é chamado de mucosa vaginal e é constituído de células com glicogênio que se desenvolvem por estímulo hormonal e produzem ácidos orgânicos (acidez vaginal), um mecanismo de proteção contra as infecções.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
 camadas do útero
Num corte longitudinal nas paredes do útero veremos camadas distintas: o
perimétrio (camada externa serosa), o endométrio (camada interna que descama periodicamente) e o miométrio ( composta por musculatura lisa).
As paredes do útero são espessas pela musculatura lisa do miométrio e se
contraem para a eliminação da menstruação e no trabalho de parto. Mensalmente, o endométrio se espessa por meio da proliferação das células e dos vasos sanguíneos, preparando-se para receber o óvulo fecundado. No entanto, não ocorrendo a fecundação, o endométrio sofre uma descamação que é eliminada na forma de hemorragia vaginal (menstruação).
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
CAMADAS DO ÚTERO
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
Os ovários
 Constituem um par de estruturas ovais formadas por tecido misto de células glandulares e reprodutivas. São órgãos fundamentais na reprodução humana pois contêm os óvulos que, quando fertilizados pelos espermatozoides, dão origem ao embrião.
No final do desenvolvimento embrionário, a mulher já possui todas as células que irão transformar-se em gametas nos seus dois ovários. Estas células - os ovócitos primários - encontram-se dentro de estruturas denominadas folículos de Graaf ou folículos ovarianos.
Cada ovário contém milhões de folículos, porém somente alguns amadurecerão durante a vida reprodutiva e liberarão o óvulo, processo chamado de ovulação.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
Tubas uterinas, ovidutos ou trompas de Falópio
 São dois ductos que unem o ovário ao útero. Seu epitélio de revestimento é formados por células ciliadas. Os batimentos dos cílios microscópicos e os movimentos peristálticos das tubas uterinas impelem o gameta feminino até o útero.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
disfunção do assoalho pélvico
 Consiste em uma ampla gama de problemas que surgem quando a musculatura do assoalho pélvico não funciona adequadamente.
Os músculos desta região
devem apoiar os vários órgãos localizados na cavidade pélvica, como bexiga, próstata, reto e órgãos reprodutivos femininos. Além disso, também estão relacionados com o funcionamento dos esfíncteres urinários e anal. Deste modo, alterações na musculatura pélvica podem resultar em disfunções urinária e intestinal.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
disfunção do assoalho pélvico
 A disfunção do assoalho pélvico tem origem em uma lesão dos nervos dos músculos da pélvis, sendo que a mesma pode ser causada por certos fatores como: obesidade, cirurgia, gestação, parto e menopausa. Alguns indivíduos aparentemente são mais propensos a desenvolver esta disfunção em decorrência de fatores hereditários ou do seu tipo de colágeno.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
Principais Disfunções do Assoalho Pélvico:
Incontinência de flatus; 
Incontinência urinária e fecal (perda involuntária de urina e fezes);
Dispareunia (dor durante a relação sexual);
Vaginismo (contração involuntária do assoalho pélvico que dificulta a penetração);
Ejaculação Precoce;
Disfunção Erétil;
Dor Pélvica Crônica (geralmente consequência de Endometriose).
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
VAGINISMO
É uma contração recorrente ou persistente quando se tenta a penetração vaginal com o pênis, dedo, tampão ou espéculo; o mesmo espasmo pode ocorrer perante a antecipação da introdução vaginal. 
A contração ocorre nos músculos perineais e elevador do ânus;
Sua intensidade pode variar de ligeira, tolerando algum tipo de penetração, a grave, impossibilitando-a;
 Pode levar a repercussões de contração dos músculos do assoalho pélvico e adutores da coxa, impedindo a relação sexual;
É um forte preditor de distresse, complicações interpessoais e problemas conjugais.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
O vaginismo pode ser classificado em primário e secundário;
 O primário é definido quando a mulher é incapaz de manter relações sexuais devido às contrações involuntárias da parede da vagina;
 o secundário ocorre quando a mulher eventualmente teve relações sexuais, porém não é mais hábil a mantê-las devido à mesma etiologia.
 É geralmente nesses casos que o vaginismo vem acompanhado de dispareunia.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
Sua etiologia não está bem esclarecida, mas uma das causas para a ocorrência do vaginismo é ansiedade fóbica das mulheres antes da penetração vaginal.
 Os fatores psicossociais estão geralmente ligados à educação sexual castradora, punitiva e/ou religiosa e a vivências sexuais traumáticas.
As causas físicas anormalidades do hímen, anormalidades congênitas, atrofia vaginal, endometriose, infecções, lesões na vagina, tumores, doenças sexualmente transmissíveis, congestão pélvica;
Os desequilíbrios hormonais, nódulos dolorosos ou infecções nos genitais. 
O uso de algumas medicações que tenham como efeito colateral a diminuição de lubrificação vaginal.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
Técnica de dessensibilização
Consiste em expor a mulher gradativamente à situação de penetração vaginal com o uso do dedo ou de cones específicos para o tratamento.
Inicia-se com a orientação de como são os órgãos genitais femininos, mostrando à mulher com um espelho sua própria anatomia. Em seguida, tenta-se introduzir um dedo na vagina. Gel lubrificante é utilizado. 
Com o desenvolvimento da técnica, a mulher vai reduzindo sua hiper-sensibilidade vaginal, permitindo a introdução de cones e após, do pênis de seu parceiro sexual
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
TRATAMENTO
 combinação de dessensibilização (in vivoou in vitro) associada ao uso de dilatadores;
 terapia sexual (individual ou de casal) que consiste de educação, tarefas domiciliares e terapia cognitiva. 
Farmacoterapia
 hipnoterapia
 injeções de toxina botulínica
fisioterapia no tratamento primário do vaginismo por meio de técnicas de terapia manual, exercícios para o assoalho pélvico, diferentes modalidades de estimulação elétrica e termoterapia, e biorretroalimentação.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
No entanto, ainda são restritos os estudos sobre terapia física como terapêutica do vaginismo
Não foram encontrados dados consistentes para confirmar a efetividade de intervenção fisioterapêutica satisfatória no vaginismo. Pode ser que a dessensibilização por dilatadores de silicone, a terapia sexual cognitiva comportamental associada à estimulação elétrica funcional.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
DISPANEURIA
É um transtorno sexual caracterizado pela sensação de dor genital durante o ato sexual. Pode ocorrer tanto em homens quanto em mulheres, mas é mais comum entre as mulheres.
 A dor geralmente é sentida durante o ato sexual, mas pode ocorrer também antes e depois do intercurso. As mulheres podem descrever a dor como uma sensação superficial, ou até mesmo profunda; e a intensidade pode variar de um leve desconforto até uma forte dor aguda. É mais freqüente do que se pensa, podendo atingir até 50% das mulheres com vida sexual ativa.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
Para que o distúrbio seja denominado dispareunia, a dor deve provocar sofrimento ou dificuldade nas relações interpessoais e não ser causada exclusivamente pela falta de lubrificação vaginal, por vaginismo (contrações involuntárias dos músculos da vagina), por condições médicas gerais ou pela ação de substâncias ou medicamentos. 
A dispareunia leva frequentemente à rejeição ao ato sexual, com consequências graves para o relacionamento atual e comprometimento dos futuros, diminuindo o desejo sexual em diversos graus.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
CAUSAS
Pode ser causada por fatores orgânicos ou psicológicos. O distúrbio se origina na interação de um conjunto de fatores e não de uma causa isolada. 
Fatores Orgânicos
• Infecções genitais, tais como candidíase (monilíase), tricomoníase, etc.
• Doenças de pele que acometem a região genital: foliculite, psoríase;
• Doenças sexualmente transmissíveis, como cancro mole, granuloma inguinal, etc;
• Infecção ou irritação do clitóris;
 Doenças que acometem o ânus;
• Irritação ou infecção urinária;
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
Fatores Psicológicos
• Dificuldade em compreender e aceitar a sexualidade de uma maneira saudável;
• Crenças morais e religiosas muito rígidas;
• Educação repressora;
• Medos e tabus irracionais quanto ao contexto sexual;
• Falta de desejo em fazer sexo com o(a) parceiro(a);
• Medo de machucar o bebê, quando durante a gestação;
• Falta de informação;
• Traumas infantis relacionados à sexualidade;
• Sentimento de culpa na vivência da sexualidade.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
TIPOS
• Primária: quando acontece desde a primeira relação ou tentativa de relação sexual;
• Secundária: as relações sexuais eram normais e, a partir de determinada época, passaram a causar desconforto/dor;
• Situacional: ocorre apenas em determinadas ocasiões ou certos parceiros;
• Generalizada: a mulher é incapaz de conseguir qualquer tipo de penetração, sem que essa se acompanhe de desconforto.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
TRATAMENTO DA DISPANEURIA
É realizado por uma equipe multidisciplinar, passando inicialmente pelo ginecologista ou urologista, para descobrir a origem do problema, e depois pelo fisioterapeuta uroginecológico.
A fisioterapia é responsável pela realização de exercícios perineais, massagens perineais e alongamentos musculares, pois auxilia a mulher na percepção do próprio corpo.
 Os exercícios não são invasivos e devem ser realizados em um lugar calmo, para que haja o relaxamento completo.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
Dor Pélvica Crônica
	É uma doença debilitante e de alta prevalência, com grande impacto na qualidade de vida e produtividade, além de custos significantes para os serviços de saúde. 
	O dilema no manejo da dor pélvica crônica é constituído por uma compreensão pobre da sua fisiopatologia.
	O tratamento é muitas vezes insatisfatório com um alívio temporário dos
sintomas. 
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
	É definida como dor pélvica não menstrual ou não cíclica, com duração de pelo menos seis meses, suficientemente intensa para interferir em atividades habituais e que necessita de tratamento clínico ou cirúrgico. 
	A etiologia não é clara e, usualmente, resulta de uma complexa interação entre os sistemas gastrintestinal, urinário, ginecológico, musculoesquelético, neurológico, psicológico e endócrino, influenciado ainda por fatores socioculturais.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
A prevalência estimada de dor pélvica crônica é de 3,8% em mulheres de 15 a 73 anos (superior à enxaqueca, asma e dor nas costas), variando de 14 a 24% em mulheres na idade reprodutiva, com impacto direto na sua vida conjugal, social e profissional. 
É um problema de saúde pública. Cerca de 60% das mulheres com a doença nunca receberam o diagnóstico específico e 20% nunca realizaram qualquer investigação para elucidar a causa da dor.
Nas UBS, 39% das mulheres queixam-se de dor pélvica.
 É responsável por 40 a 50% das laparoscopias ginecológicas;
10% das consultas ginecológicas e,
E 12% das histerectomias.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
 fatores de risco
 os resultados são conflitantes, o que é, em parte, explicado pela particularidade dos dados epidemiológicos de cada localidade;
São descritos nos estudos o abuso de drogas ou álcool, abortos, fluxo menstrual aumentado, doença inflamatória pélvica, patologia pélvica, cesáreas e co-morbidades psicológicas estão associados à doença.
 Os dados disponíveis são limitados, especialmente em países em desenvolvimento.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
 mecanismos que corroboram para a manutenção e/ou evolução da dor pélvica crônica.
 1) inflamação neurológica devido à liberação de fator de crescimento neural ; 
2) sensibilidade cruzada entre vísceras que compartilham uma mesma inervação (reflexo víscero-visceral);
 3) Reflexo víscero-muscular que pode culminar não só em repercussões disfuncionais, como dificuldade miccional ou incontinência urinária, mas também no desenvolvimento de síndrome miofascial e geração de novos pontos de dor.
 Consequentemente, há uma sobreposição de sintomas como dispareunia, dismenorréia, queixas gastrintestinais, geniturinárias e músculo-esqueléticas.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
TIPOS DE DOR
Dor de origem somática: o estímulo doloroso inicia em estruturas como pele, músculos, fáscias, ossos e articulações. É menos intensa, geralmente em pontadas, e a paciente, em geral, consegue localizar um ponto específico de dor;
 Dor de origem visceral: usualmente é mal localizada, frequentemente em cólicas, às vezes associadas a fenômenos autonômicos, como náuseas, vômitos e reações emocionais;
 Dor de origem psicológica: é menos frequente, sendo diagnóstico de exclusão. 
Portanto, podemos agrupar nas seguintes categorias:: gastrintestinais, urológicas, ginecológicas e musculoesqueléticas 
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
 origens da DPC
No Trato reprodutivo: endometriose, aderências pélvicas, congestão pélvica (varizes), dor-do-meio (ovulação); 
 Outros sistemas: Síndrome do cólon irritável, cistite recorrente e intersticial, síndrome miofascial abdominal, anemia falciforme; 
Não orgânica: evidências de transtornos psiquiátricos; 
Sem causa orgânica ou psiquiátrica: história de abuso sexual, físico ou ambos, vida sexual insatisfatória, desejo de atenção, carência afetiva.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
CORRELAÇÃO ENTRE EXAMES E CAUSAS
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS
Dor Pélvica Crônica
	O tratamento consiste de uma abordagem ampliada com ênfase na história clínica e exame físico , principalmente aos sistemas gastrintestinal, urinário, ginecológico, musculoesquelético, neurológico, psicológico e endócrino.
	No tratamento com abordagem multidisciplinar podem ter a inclusão de procedimentos cirúrgicos específicos, tais como a laparoscopia, deveriam ser indicados somente para pacientes selecionadas, após excluir principalmente síndrome do intestino irritável e dor de origem miofascial.
Fisioterapia Uroginecológica/
SUS

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais