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Aula 2 - Nome e Marca

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FACULDADE PARAÍSO –FAP
CURSO – DIREITO
DISCIPLINA- Direito empresarial
PROFESSOR: PEDRO JORGE MONTEIRO BRITO
Aula: 02
TEMA :Nome e Marca
Nome Empresarial
Assim como a pessoa natural tem nome um
civil, que é o sinal revelador da personalidade,
constituindo um dos fatores de individualização
da personalidade da pessoa natural, ao lado do
domicílio e do estado, o empresário e a
sociedade empresária possui um nome com o
qual se apresentam perante terceiros e se
identificam, assinando os atos relativos às
obrigações e direitos.
Nome Empresarial
Esse sinal distintivo e revelador, que serve para
identificar o sujeito de direito, o titular da
empresa, vem a ser o nome empresarial,
correspondendo ao que se conhecia como nome
comercial. Repare-se que a Constituição da
República alude a “nomes de empresas”
(CR/88, art. 5º, inc. XXIX).
Nome Empresarial
O Livro II da Parte Especial do Cód. Civil
(Direito de Empresa) contém quatro Títulos.
O Título IV trata dos Institutos
complementares, disciplinando o registro, o
nome empresarial, os prepostos e a
escrituração.
Nome Empresarial
Instrução Normativa nº 104/2007 do DNRC
Art. 1º Nome empresarial é aquele sob o qual o
empresário e a sociedade empresária exercem
suas atividades e se obrigam nos atos a elas
pertinentes.
.
Nome Empresarial
Parágrafo único do art. 1.155 do Código Civil:
Equipara-se ao nome empresarial, para os
efeitos da proteção da lei, a denominação das
sociedades simples, associações e fundações.
Nome Empresarial
Na doutrina de João Eunápio Borges:
A necessidade de individualizar a pessoa é já
vivamente sentida na vida civil, como atestam as
numerosas cautelas com que a lei rodeia e disciplina o
nome civil, na vida comercial a necessidade e a
exigência de individualizar a pessoa do comerciante,
distinguindo-a da de seus concorrentes, é ainda maior
e mais importante.[1]
[1] Curso de Direito Comercial Terrestre, p. 160
Nome Empresarial
Voto do Relator, Min. Direito, no Resp 65.002, julg.
unân:
Por outro lado, é necessário atentar para o fato de ser o
nome uma identidade da empresa, que não pode ser
desconstituído indiretamente pela afirmação de ser
inapropriável. Se o nome está com o devido registro,
neste caso, no Registro Civil das Pessoas Jurídicas,
considerando ser a autora sociedade civil, prestadora
de serviços, matéria, de resto, que não está sob o crivo
deste especial, e se está identificando a sociedade nas
suas relações com a clientela, não é possível afastá-lo.
Veja-se que a Convenção da União de Paris teve a
cautela de comandar a proteção independente de
registro, dada a natureza especial da identidade da
empresa.
Nome Empresarial
O nome empresarial serve à tutela do (a):
a) Clientela, coibindo-se a concorrência desleal, “derivada de
possíveis confusões provocadas aos consumidores em razão da
identidade ou semelhança das expressões nucleares que
compõe os nomes iguais ou semelhantes.”*
b) Crédito, tendo por finalidade “proteger a higidez do crédito
do empresário na praça na qual atua, que poderia ser
prejudicada com a publicidade de protestos e requerimentos de
falência em face de empresário com nome igual ou
semelhante.”*
Nome Empresarial
O nome empresarial possui natureza de direito da
personalidade.
A Constituição Federal assegura a proteção do nome
empresarial em seu art. 5º, XXIX. Ademais, o Código Civil de
2002, no capítulo que trata dos direitos da personalidade,
confere a todas as pessoas o direito ao nome (art. 16), e
impede o uso do nome de outrem em publicações ou
representações que o exponham ao desprezo público, mesmo
sem intenção difamatória (art. 17), bem como o uso não
autorizado de nome de outrem em propaganda comercial (art.
18). E a aplicação desses artigos do Código às pessoas
jurídicas é garantida pelo art. 52, que estende a estas a
proteção dos direitos da personalidade.”
Nome Empresarial
O nome empresarial possui natureza de direito da
personalidade:
“.... a orientação do Código Civil de 2002 é no sentido de
reconhecer no nome apenas e tão-somente um direito
personalíssimo, insuscetível de alienação, conforme dispõe o
art. 1.164”. (destaque do original)
Concurso para Advogado da União, organizado pela CESPE,
prova aplicada em 1º.02.09: “Segundo a doutrina majoritária
nacional, o direito ao nome empresarial é um direito
personalíssimo”.
Nome Empresarial
O nome é, portanto, a expressão distintiva e
reveladora da pessoa, indicadora do sujeito que
exerce a atividade empresária.
Não se confunde o nome empresarial com
marca nem com título de estabelecimento.
Nome Empresarial
O nome serve para individualizar a pessoa do empresário, o
próprio sujeito de direito. A sua proteção é obtida pelo registro
da própria sociedade ou da declaração em empresário
individual na Junta Comercial. Tanto o Código Civil (art.
1.166) quanto a Lei do Registro das Empresas (Lei nº
8.974/94, art. 33) estabelecem que a proteção ao uso exclusivo
do nome decorrem automaticamente da inscrição do
empresário individual ou dos atos constitutivos (contrato
social, estatuto) das sociedades e de suas eventuais
modificações no registro da Junta Comercial.
Nome Empresarial
Por outro lado, a marca serve para distinguir e assinalar
produtos, serviços, a certificação de especificações
técnicas ou para identificar produtos ou serviços
provindos de membros de uma mesma entidade.
O nome empresarial é protegido independentemente do
ramo de atividade econômica, porque se refere ao
empresário ou sociedade empresária como um todo, se
relacionado diretamente ao sujeito de direito, e não
propriamente à sua atividade ou objeto oferecido ao
mercado.
Nome Empresarial
A marca, a sua vez, tem a sua proteção restrita à classe dos
produtos ou serviços para a qual foi concedida (princípio da
especialidade) pelo IPI, constituindo exceção a marca de alto
renome.
Em suma, marca e nome empresarial se distinguem quanto ao:
a) objeto semântico: nome empresarial identifica o sujeito de
direito, enquanto a marca assinala produtos, serviços,
certificação de especificações técnicas e produtos ou serviços
provindos de membros de uma mesma entidade;
b) órgão de registro: Junta Comercial para o nome empresarial
e INPI para marca;
Nome Empresarial
Em suma, marca e nome empresarial se distinguem quanto ao:
c) âmbito material: o nome é protegido independentemente do
ramo da atividade econômica, pois serve à tutela do crédito,
além da proteção da clientela, ao passo que a marca sujeita-se
ao princípio da especialidade, salvo marcas de alto renome,
limitando-se a proteção à classe de produtos ou serviços em
que se acha registrada;
d) âmbito territorial:o nome tem proteção administrativa
restrito ao estado a que pertença a Junta Comercial. A marca é
protegida em todo território nacional;
Nome Empresarial
Em suma, marca e nome empresarial se distinguem
quanto ao:
e) âmbito temporal: o direito à utilização do nome
empresarial é indeterminado e perdura enquanto
subsistir o exercício da atividade para o qual foi
adotado. Já a marca possui prazo de vigência de 10
anos, embora suscetível de prorrogação por igual
período.
Nome Empresarial
Na ocorrência de conflito entre marca e nome
empresarial, por identidade ou semelhanças gráficas
ou fonéticas, entre exercentes do mesmo ramo de
atividade, de modo a causar confusão na clientela, a
jurisprudência vem decidindo pela prevalência do que
houver sido registrado anteriormente (Resp 32.263-
SP). Se a autuação se der em diferentes ramos de
atividade, o critério de solução será o da
especificidade ou especialidade, caso em que ambos
conviverão de forma harmônica. Vale então dizer que
os critérios utilizados são (Resp 658.702-RJ):
especificidade (se os ramos forem distintos afasta-sea
problemática) e anterioridade (se iguais forem os
ramos, prevalecerá quem obteve precedentemente a
proteção).
Nome Empresarial
O DNRC editou a Instrução Normativa nº 104, de 2007, que
fornece critérios para a análise da identidade ou semelhança
entre nomes empresariais, que gera a proibição do registro.
Nesse sentido, transcreve-se o disposto em seu art. 8º:
Art. 8º. Ficam estabelecidos os seguintes critérios para a
análise de identidade e semelhança dos nomes empresariais,
pelos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Registro de
Empresas Mercantis – Sinrem:
I - entre firmas, consideram-se os nomes por inteiro, havendo
identidade se homógrafos e semelhança se homófonos;
Nome Empresarial
Instrução Normativa nº 104, de 2007
Art. 8º (...)
II - entre denominações:
a) consideram-se os nomes por inteiro, quando compostos por 
expressões comuns, de fantasia, de uso generalizado ou vulgar, 
ocorrendo identidade se homógrafos e semelhança se homófonos;
b) quando contiverem expressões de fantasia incomuns, serão elas 
analisadas isoladamente, ocorrendo identidade se homógrafas e 
semelhança se homófonas.
Nome Empresarial
Instrução Normativa nº 104, de 2007
Art. 9º. Não são exclusivas, para fins de proteção, palavras
ou expressões que denotem:
a) denominações genéricas de atividades;
b) gênero, espécie, natureza, lugar ou procedência;
c) termos técnicos, científicos, literários e artísticos do
vernáculo nacional ou estrangeiro, assim como quaisquer
outros de uso comum ou vulgar;
d) nomes civis.
Parágrafo único. Não são suscetíveis de exclusividade letras
ou conjunto de letras, desde que não configurem siglas.
Nome Empresarial
Noticiário do STJ na internet – 17.09.09
O registro de termo que remete a determinada localização
geográfica como nome empresarial não garante exclusividade
de uso.
Esse foi o entendimento adotado pela Terceira Turma do
Superior Tribunal de Justiça (STJ) no julgamento de um
recurso especial do restaurante Arábia, que questionava o
nome Areibian de um concorrente. (Resp 989105, unân.)
Nome Empresarial
O título de estabelecimento – que pode conter a insígnia,
constituída de uma representação gráfica ou um desenho,
emblema ou qualquer outro sinal distintivo - apenas identifica
o local onde é exercida a atividade empresarial.
É, na verdade, o letreiro, tabuleta, cartaz utilizado para
identificar o estabelecimento.
O título não tem registro em órgão algum. A sua proteção não
é registraria. Decorre de forma indireta da própria utilização
em si e da idéia exteriorizada anteriormente, porque a Lei da
Propriedade Industrial estabelece como crime de concorrência
desleal o uso de título de estabelecimento de outrem, na
medida em que confunde e desvia a clientela (art. 195, inc.V).
Nome Empresarial
Dispõe o art. 1.164. que o nome empresarial não pode
ser objeto de alienação.
Entretanto, estabelece parágrafo único que o
adquirente de estabelecimento, por ato entre vivos,
pode, se o contrato o permitir, usar o nome do
alienante, precedido do seu próprio, com a
qualificação de sucessor.
Nome Empresarial
Segundo Sérgio Campinho,* a transferência do nome
empresarial sujeita-se às seguintes condições:
“a) cessão do estabelecimento por ato entre vivos;
b) permissão de utilização expressa no instrumento
contratual;
c) Emprego do nome do cedente, precedido do nome do
adquirente, com a qualificação de sucessor.”
Nome Empresarial
Para Modesto Carvalhosa,
“Estando o nome ligado à personalidade jurídica da
empresa, proíbe-se que seja dela destacado e alienado,
para que não venha a designar outra empresa, sob pena de
se gerar grande confusão no público em geral e naqueles
que contratam com a sociedade.
Porém, o Código Civil de 2002 prevê uma exceção na qual
não se pode dizer que haja uma transferência do nome
empresarial, mas tão-somente a cessão do direito de usá-lo
em adição ao nome do adquirente, para sua melhor
identificação. Essa exceção ocorre quando há a cessão do
estabelecimento comercial.” (Comentários ao Código Civil,
Saraiva, 2003, p. 731-732)
• Posição dos tribunais: Sobre eventual conflito entre
uma e outra, tem incidência o princípio da
especificidade;
• Fundamental, assim, a determinação dos ramos de
atividade das empresas litigantes. Se distintos, de
molde a não importar confusão, nada obsta, possam
conviver concomitantemente no universo mercantil
(RT 685/188).

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