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Aula 2 - Livros Comerciais - Escrituração

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FACULDADE PARAÍSO –FAP
CURSO – DIREITO
DISCIPLINA- Direito empresarial
PROFESSOR: PEDRO JORGE MONTEIRO BRITO
Aula: 02
TEMA :
•LIVROS COMERCIAIS -
ESCRITURAÇÃO
SUMÁRIO
1. OBRIGAÇÕES COMUNS A TODOS OS EMPRESÁRIOS
2. SISTEMAS
3. LIVROS EMPRESARIAIS
3.1 LIVROS OBRIGATÓRIOS COMUNS
3.2 LIVROS OBRIGATÓRIOS ESPECIAIS
3.3 LIVROS FACULTATIVOS
3.4 LIVROS FISCAIS
3.5 Livros do Microempresário e Empresário de Pequeno 
Porte
4. REGULARIDADE NA ESCRITURAÇÃO
5. CONSEQÜÊNCIAS DA IRREGULARIDADE
6. EXIBIÇÃO JUDICIAL E EFICÁCIA PROBATÓRIA DOS LIVROS
7. BALANÇOS ANUAIS
1. OBRIGAÇÕES COMUNS A TODOS OS 
EMPRESÁRIOS 
São as seguintes :
a) registrar-se na Junta Comercial (CC, art. 967,
c.c. art. 1.181);
b) Escriturar regularmente os livros
obrigatórios (CC, art.1.179);
c) Levantar balanço patrimonial e de resultado
econômico a cada ano (CC, art. 1.179);
d) Conservar em boa guarda toda a escrituração
e demais documentos de sua atividade,
enquanto não ocorrer a prescrição ou
decadência referente aos atos neles
consignados (CC, art. 1.194).
Importante: o empresário não é diretamente
punido pela inexistência dos livros. Mas,
caso decretada sua falência, estará
configurado o delito previsto no art. 178 da
Lei de Falências.
2. SISTEMAS
• O empresário tem a faculdade de manter
sistema contábil mecanizado ou eletrônico
(CC, arts. 1.179 e 1.180;
• A Instrução Normativa nº 67/97 (DEREI)
admite que a escrituração seja feita mediante
a utilização de um dos seguintes sistemas:
• Livros;
• Conjunto de fichas ou folhas soltas
• Conjunto de folhas contínuas ou formulários
contínuos;
• Microfichas geradas por meio de
microfilmagem de saída direta do computador
(COM);
• “Livro Digital”, cujo processamento e
armazenamento se dá exclusivamente em
meio eletrônico (IN-DNRC 102/06).
3. LIVROS EMPRESARIAIS
• Livros empresariais são aqueles cuja
escrituração é obrigatória ou facultativa ao
empresário, em virtude da legislação
comercial;
• Além dos livros empresariais, o empresário é
obrigado a escriturar outros livros por força de
legislação tributária, trabalhista e
previdenciária;
• O Brasil adotou o sistema francês, que prevê a
determinação legal de o empresário organizar sua
contabilidade mediante a utilização de livros
determinados e conforme regras fixas de
escrituração, vale dizer, a lei determina quais são os
livros que obrigatoriamente devem ser utilizados,
deixando a critério do empresário a adoção de
outros livros facultativos;
• Logo, os livros empresariais são obrigatórios ou
facultativos.
3.1 LIVROS OBRIGATÓRIOS COMUNS
• O CC, art. 1.180 determina ser obrigatório o livro
Diário. Independentemente de sua atividade ou
conformação jurídica. Somente a escrituração deste
livro é obrigatória a todos os empresários;
• É no livro Diário, encadernado com folhas
numeradas seguidamente, que serão lançados, dia a
dia, com individuação, clareza e caracterização do
documento respectivo, os atos ou operações da
atividade empresarial, que modifiquem ou que
possam modificar a situação patrimonial do
empresário (art. 1.184).
3.2 LIVROS OBRIGATÓRIOS ESPECIAIS
• A obrigatoriedade desses livros se prende às
particularidades da atividade desenvolvida
pelo empresário;
• Vários são os exemplos de livros obrigatórios
especiais. Assim, se o empresário utilizar-se de
duplicatas de venda de mercadorias, deverá
obrigatoriamente contar com o livro Registro
de Duplicatas;
• Outros exemplos:
• O livro de Entrada e Saída de Mercadorias
deve ser escriturado pelo titular que explora
Armazém-Geral (Dec. 1.102/1.903, art. 7º);
• A Lei das Sociedades por Ações (Lei 6.404/76,
art. 100, prevê uma relação de livros cuja
escrituração é obrigatória para as S/A:
a) Registro de Ações Nominativas;
b) Transferências de Ações Nominativas;
c) Registro de Partes Beneficiárias Nominativas e de
Transferência e Partes Beneficiárias Nominativas;
d) Atas de Assembléias Gerais;
e) Presença dos Acionistas;
f) Atas das Reuniões do Conselho de Administração
(se houver) e de Atas das Reuniões da Diretoria;
g) Atas e Pareceres do Conselho Fiscal.
3.3 LIVROS FACULTATIVOS
• É permitida ao empresário a criação de tantos
livros quantos se fizerem necessários ao seu
gerenciamento;
• Esses livros poderão ser submetidos à
autenticação, a critério do empresário (CC, art.
1.181, parágrafo único e Dec.-lei 486/69, art.
7º);
• Os mais usados: Caixa e o Conta Corrente.
3.4 LIVROS FISCAIS
• A legislação fiscal determina a escrituração de
outros livros, conforme a atividade econômica do
estabelecimento;
• Para esse fim, os estabelecimentos industriais, os
atacadistas, os varejistas e os que mantêm
atividade enquadrada no regime de pagamento
de imposto por estimativa deverão adotar os
seguintes livros:
a) Registro de Entradas;
b) Registro de Saídas;
c) Registro de Documentos Fiscais e Termos de
Ocorrência
d) Registro de Inventário; e
e) Registro de Apuração de ICMS.
• No caso dos estabelecimentos industriais:
a) Controle de Produção e do Estoque;
b) Apuração do IPI.
Atenção:
Referidos livros serão apresentados para
autenticação do órgão fiscal, com os termos de
abertura e encerramento preenchidos e
assinados, como condição de validade de seu
registro, comprovado pelo visto da respectiva
repartição.
3.5 LIVROS DO MICROEMPRESÁRIO E 
EMPRESÁRIO DE PEQUENO PORTE
• Esta categoria de empresários está dispensada de
escriturar os livros obrigatórios (CC, art. 970 e
1.179, § 2º), desde que não optantes pelo SIMPLES
(Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e
Contribuições das Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte – trata-se de um regime tributário
simplificado ao qual podem aderir apenas pessoas
jurídicas que pagam diversos tributos mediante um
único recolhimento mensal proporcional ao seu
faturamento);
• Os optantes pelo SIMPLES manterão a escrituração
regular de dois livros: Caixa e Registro de Inventário.
4. REGULARIDADE NA ESCRITURAÇÃO
• Um livro empresarial deve atender dois requisitos:
a) Intrínsecos: dizem respeito à técnica contábil,
definida pelo CC, art. 1.183 (a escrituração será
feita em idioma e moeda corrente nacionais e em
forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês
e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas,
borrões, rasuras, emendas ou transportes para as
margens). A correção de erros só pode ser feita por
meio de estornos.
b) Extrínsecos: o livro deverá conter termos de
abertura e de encerramento e deverá estar
autenticado pela Junta (CC, art. 1.181). São
requisitos indispensáveis.
• Importante: para fins penais (CP, art. 297, §
2º), os livros empresariais se equiparam ao
documento público. Assim, um livro
empresarial falsificado sujeitará o empresário
à pena mais grave que a reservada para o
crime de falsificação de documentos
administrativos não-contábeis, além de perder
a eficácia probatória que lhe é própria.
5. CONSEQÜÊNCIAS DA IRREGULARIDADE NA 
ESCRITURAÇÃO
Conseqüências no campo civil e penal:
a) Civil: o empresário não poderá valer-se da eficácia
probatória que o CPC concede aos livros
empresariais (art. 379); caso seja requerida a
exibição de livro obrigatório contra o empresário
e ele não o possuindo ou possuindo-o de forma
irregular, presumir-se-ão verdadeiros os fatos
relatados pelo requerente, acerca dos quais
fariam prova os livros em questão.
b) Penal: vindo a falir o empresário ou
sociedade empresária, a ausência ou
irregularidade na escrituração de livro
obrigatório constituirá crime falimentar (LF,
art. 178).
6. EXIBIÇÃO JUDICIAL E EFICÁCIA PROBATÓRIA 
DOS LIVROS
• Os livros empresariais gozam, em tese, da
proteção do princípio do sigilo (CC, art. 1.190).
Por essa razão, os livros só podem ser exibidos
em juízo em determinadas hipótesesda lei;
parcialmente ou totalmente.
• Exibição parcial: garante-se o princípio do
sigilo. Forma: extrai-se o resumo do tema que
interessa ao juízo e a restituição do livro ao
empresário é imediata;
• Exibição total: dar-se-á por determinação do
juiz ou a requerimento das partes em ações
específicas, como questões relativas a
sucessão; comunhão ou sociedade;
administração ou gestão à conta de outrem e
falência.
• Observações:
1. A exibição parcial pode ser decretada de ofício ou a
requerimento da parte em qualquer ação judicial
sempre for necessária à solução da demanda (CPC,
arts. 381 e 382 e CC, art. 1.191);
2. Somente na falência poderá o juiz determinar de
ofício a exibição total dos livros;
3. A respeito da exibição judicial, a Súmula 260 do
STF estabelece que o exame de livros comerciais,
em ação judicial, fica limitado às transações entre
os litigantes;
4. Exibido em juízo, ou tendo sido objeto de perícia
contábil, o livro terá eficácia probatória que a lei
estabelece no CPC, arts. 378 (417 , 418) novo nCPC e
379, isto é, prova contra e a favor de seu titular;
- Para a prova valer a favor, em litígio entre
empresários, os requisitos intrínsecos e extrínsecos
deverão estar presentes;
- Caso o litígio se dê contra não-empresário, o livro
não terá eficácia probatória inquestionável, em razão
do princípio constitucional da igualdade;
5. O princípio do sigilo não libera o empresário
de exibir o livro a certas autoridades (CC, art.
1.193). O CTN, art. 195, e a Lei 8.212/91, art.
33, § 1º autorizam a exibição dos livros aos
fiscais federais, estaduais e da Seguridade
Social.;
6. Em se tratando de livro obrigatório, o
empresário não poderá recusar a exibir o livro,
pois tem o dever legal de tê-lo consigo.
7. BALANÇOS ANUAIS
• A obrigação de levantar balanços anuais é
imposta a todos os empresários (CC, art.
1.179, parte final).
• São dois balanços:
• Patrimonial: demonstrando o ativo e passivo;
compreende todos os bens, créditos e
débitos;
• Resultado econômico: demonstrando a conta
dos lucros e perdas;
• O microempresário e o empresário de
pequeno porte estão dispensados;
• As Instituições Financeiras são obrigadas a
levantar balanços e outros demonstrativos
semestralmente;
• Caso seja decretada a falência do empresário
e ele não tenha escriturado e autenticado na
Junta o balanço, incorrerá em crime falimentar
(LF, art. 178);
• Por outro lado, o cumprimento dessa
obrigação traz benefícios e evita prejuízos ao
empresário. Exemplificando:
a) A ausência de seu levantamento acarreta
responsabilidade aos administradores de
S/A; estas sociedades estão sujeitas a
regime próprio sobre demonstrações
financeiras (Lei nº 6.404/76, arts. 178 a 184)
e o demonstrativo de resultados do exercício
(art. 187);
b) Legislação do IR obriga determinadas
categorias de empresários contribuintes ao
dever de elaborar balanços periódicos;
c) O acesso ao crédito bancário tem sido
condicionado à apresentação dos balanços;
d) A participação em licitações públicas (Lei nº
8.666/93, art. 31, I) depende da
apresentação de balanços.

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