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Constituições Brasileiras

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Faculdade Cathedral
As constituições brasileiras
Barra do Garças, 2016
Faculdade Cathedral
As constituições brasileiras
Mariana Mello Mantovani Vieira
 Samara Acácia Gonçalves Nery
Barra do Garças, 2016
Introdução 
A Constituição é elaborada pelo poder constituinte originário ou primário que é considerado soberano e ilimitado e, nos países democráticos é exercido por uma Assembleia Constituinte. O Brasil já teve sete Constituições. A primeira data de mil oitocentos e vinte e quatro, no brasil império, a segunda é de mil oitocentos e noventa e um, a terceira de mil novecentos e trinta e quatro, a quarta de mil novecentos e trinta e sete, a quinta constituição é de mil novecentos e quarenta e seis, a sexta de mil novecentos e sessenta e sete no período militar e por último, a sétima constituição, de mil novecentos e oitenta e oito que se encontra em vigor até o momento atual. Ao estudá-las podemos perceber a economia do país, a sociedade e a política de um determinado período em que cada uma delas estava em vigor. Desse modo ao analisarmos as constituições desde a independência até os dias de hoje podemos perceber todo o processo de evolução que o Brasil passou. 
Constituição de 1824
Passou a vigorar dois anos após a Independência do Brasil, outorgada em 24 de março de 1924. Tinha como modelo as monarquias liberais europeias, em particular a França da Restauração de Benjamin Constan. O que mais se destaca nela é o estabelecimento de um quarto poder, o moderador, acima do Executivo, Legislativo e Judiciário. Atribuía ao Imperador o posto de “chefe supremo do Estado brasileiro”. Apresentando assim um desequilíbrio entre os poderes constituintes, sendo que o Poder Moderador do Imperador estava acima dos outros três poderes (legislativo, executivo e judiciário). Outro ponto interessante é que o catolicismo era apresentado como religião oficial do país, mas previu liberdade de "culto doméstico" para todas as crenças. Possuía 179 artigos elaborados pelos gabinete de Dom Pedro I, sendo a constituição que mais tempo permaneceu em vigor, 65 anos. 
Constituição de 1891
Essa Constituição foi decretada e promulgada pelo Congresso Constituinte após o fim da Monarquia. Ela institui o Estado republicano e era influenciada pelo positivismo. Aboliu a pena de morte, estabeleceu o federalismo, ampliou o direito a voto, no entanto, o direito de ser votado continuou reservado à elite agrária. Previa em seu texto o mandato de quatro anos para presidente da República. E foi a primeira Carta do país a apresentar a ideia de que todos são iguais perante a lei. Inspirou-se principalmente na Constituição americana. Possuía 91 artigos permanentes e mais 8 que eram transitórios e esteve em vigor por 39 anos.
Constituição de 1934
Após o golpe de 1930 o país era governado por decreto, então em julho de 1932, São Paulo se insurgiu contra o governo provisório de Getúlio Vargas, exigindo o retorno da ordem constitucional. Getúlio Vargas, pressionado convoca no ano seguinte uma nova Assembleia Constituinte que redigiu a Constituição da República Nova. Ela possuía 187 artigos definitivos e 26 transitórios. O texto foi influenciado pela Constituição alemã da República de Weimar. Estabeleceu o voto universal e secreto, o salário mínimo e a jornada de oito horas e, pela primeira vez, assegurou às mulheres o direito a participar das eleições. Foi a Constituição que menos tempo durou, apenas três anos. Em 1937, Vargas suspendeu os efeitos da Constituição para substituí-la por uma carta autoritária, dando início ao Estado Novo.
Constituição de 1937
Foi outorgada em 10 de novembro de 1937 instituindo o Estado Novo. Foi escrita sob influência do fascismo e apelidada de 'polaca', pelas semelhanças com a Constituição autoritária da Polônia, de 1935. Centralizou poderes, estendeu o mandato presidencial para seis anos, reintroduziu a pena de morte e eliminou o direito de greve. Por meio dela, Vargas passou a indicar os governadores e acumulou poderes para interferir no Judiciário. Durou 9 anos e possuía 187 artigos, sendo destituída no pós guerra juntamente com o Estado Novo. 
Constituição de 1946
A Constituição de 1946 foi promulgada em 18 de setembro de 1946. A mesa da Assembleia Constituinte promulgou Constituição da República Federativa do Brasil e o Ato das Disposições Constitucionais Transitórias no dia 18 de setembro de 1946, consagrando as liberdades expressas na Constituição de 1934, que haviam sido retiradas em 1937. A vitória dos aliados na II Guerra Mundial expôs a contradição do Estado Novo: na Europa, a ditadura de Getúlio Vargas havia engrossado a frente contra o fascismo; no Brasil, apoiava-se em uma Carta inspirada naquele regime. Encurralado, Getúlio entregou o cargo em 1945. No ano seguinte, o país ganhava uma nova Constituição, que proporcionaria um respiro democrático de 18 anos. O novo marco legal, promulgado sob a presidência de Eurico Gaspar Dutra (que havia sido ministro da Guerra de Getúlio), retomou diversos pontos da Carta de 1934, reassegurando a livre expressão e os direitos individuais.
Constituição de 1967
Três anos após o golpe de 1964, os militares patrocinaram uma nova Constituição, enterrando as previsões democráticas da Carta de 1946. O texto restringia a organização partidária, concentrava poderes no Executivo, impunha eleições indiretas para presidente e restabelecia a pena de morte. O arcabouço legal da ditadura militar seria remendado nos anos seguintes por sucessivos decretos: mais 13 atos institucionais, 67 complementares e 27 emendas. O mais notório, o AI-5, decretado em 1968, suspendeu as mais básicas garantias, como o direito ao habeas corpus. Semioutorgada, foi elaborada pelo Congresso Nacional, a que o Ato Institucional número 4 atribuiu função de poder constituinte originário ("inicial, ilimitado, incondicionado e soberano"). O Congresso Nacional, transformado em Assembleia Nacional Constituinte e já com os membros da oposição afastados, elaborou sob pressão dos militares uma Carta Constitucional que legalizasse os governos militares. Possuía 189 artigos e ficou em vigor por 21 anos.
Constituição de 1988
Com o fim da ditadura militar faltava o marco legal que livrasse o país do seu passado autoritário. Em 1º de fevereiro de 1987, criou-se a Assembleia Constituinte, presidida por Ulysses Guimarães. Em 5 de outubro de 1988, foi promulgada a nova Carta. Essa nova constituição era uma resposta aos anos de militarismo por isso estabeleceu ampla liberdade política e de imprensa, restabeleceu o equilíbrio entre os poderes e fixou direitos individuais.  Manteve o governo presidencial, garantindo que fossem eleitos pelo povo, por voto direto e secreto, o Presidente da República, os Governadores dos Estados, os Prefeitos Municipais e os representantes do poder legislativo. Ampliou os direitos sociais e as atribuições do poder público, alterou a divisão administrativa do país que passou a ter 26 estados federados e um distrito federal. Instituiu uma ordem econômica tendo por base a função social da propriedade e a liberdade de iniciativa, limitada pelo intervencionismo estatal.
Conclusão 
Desde sempre a sociedade organiza-se conforme os acontecimentos históricos. Cada mudança, para que haja força legal, necessita ser positivada. Nem sempre essas normas positivadas são democráticas, há de se querer positivar, em alguns momentos, condutas que não são aceitas de forma pacífica pela sociedade, porém, assim devem ser para que possam ser exercidas de forma legal. Neste contexto, é importante ressaltar que de acordo com o momento histórico vivido, as Constituições do Brasil ora foram outorgadas, ou seja, imposta pelo Governo, como as Constituições de 1824 e 1937, ora foram promulgadas, ou seja, aquela que se forma a partir da vontade das partes, como as Constituiçõesde 1891, 1934, 1946 e 1988. Nota-se ainda que a Constituição de 1967 é considerada semioutorgada. 
Com todas as mudanças dessas várias Constituições, podemos perceber a evolução ocorrida desde a época imperial até os dias atuais em relação aos direitos e garantias constitucionais. Deve-se enfatizar que os sonhos, a esperança e que a luta para conquistar melhor condição socioeconômica contribuíram para o caminho do Estado democrático de Direito conquistado pela Constituição de 1988.
Podemos concluir então, que para melhor ou pior, a sociedade muda. E sempre que houver grandes mudanças, teoricamente, teremos novas constituições que serão adaptadas a esta nova sociedade.
 
Bibliografia 
SILVA, José Afonso da. Curso de Direito Constitucional Positivo. 25 ed. São Paulo: Malheiros editores, 2005.
<http://veja.abril.com.br/multimidia/infograficos/as-sete-constituicoes-da-historia-do-brasil > Pesquisado em 25/03/2016 às 19hrs.
<http://www.mundovestibular.com.br/articles/2771/1/CONSTITUICOES-BRASILEIRAS-DE-1824-A-1988/Paacutegina1.html> Pesquisado em 25/03/2016 às 19:30hrs.
<http://www4.planalto.gov.br/legislacao/legislacao-historica/constituicoes-anteriores-1> Pesquisado em 26/03/2016 às 18hrs.
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_Constitui%C3%A7%C3%A3o_do_Brasil> Pesquisado em 26/03/2016 às 19hrs.
<http://www.infoescola.com/direito/constituicoes-brasileiras/> Pesquisado em 27/03/2016 às 13hrs. 
<http://www.ambitojuridico.com.br/site/index.php/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=15477&revista_caderno=9> Pesquisado em 27/03/2016 às 14hrs.

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