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RELATÓRIO FÍSICO-QUÍMICA EXPERIMENTAL TRABALHO PRÁTICO Nº 3 Determinação da massa molecular de um líquido TURMA: EQM5-M1 DOCENTE: Kátia Gabriel DATA: 29 DE ABRIL DE 2015 ELEMENTOS DO GRUPO Aníbal Canzenze- 20130647 Marlene Manuel- 20130540 Miguel António-20130644 I – INTRODUÇÃO TEÓRICA Massa é uma medida de quantidade de matéria em uma amostra, independente da sua identidade química. Em química, onde centralizamos nosso interesse no comportamento dos átomos, é normalmente mais útil conhecer o número de cada tipo específico de átomo, molécula ou ião em uma amostra, no lugar da qunatidade de matéria (a massa).[2] Um conceito muito importante é o da massa molar, M, a massa por mol de substância, isto é, a massa de uma amostra da substância dividida pela quantidade química de átomos, moléculas ou fórmulas unitárias que contem.[1] De maneira geral, a determinação da massa molecular de uma substância tem por objectivo estabelecer sua fórmula molecular se conhecemos a composição centesimal de uma substância e dadas as massas atómicas dos elementos constituintes, obtem-se apenas a fórmula empírica.[1] O método para a determinação da massa molar de líquidos puros, os quais podem ser completamente evaporados sem decomposição é baseado na teoria dos gases ideais. A equação de estado para os gases ideais é dada por: ou (1) Com: (2) Substituindo a equação (2) na (1) teremos: Essa equação só é válida quando o vapor comporta-se como um gás ideal que é o caso de estar à temperatura de mais de 20 K, acima do ponto de ebulição. Para calcular o comportamento real do vapor, a equação de Van der Waals deve ser utilizada. (3) A multiplicação e simplificação da equação (3) leva a: Onde: a e b são constantes de Van der Waals. Com e , a equação seguinte pode será: O que tem em conta o comportamento do vapor na determinação das massas molares. II - OBJECTIVOS: A prática referida, teve como objectivo: Determinar a massa molar de dietil éter, metanol e acetona através da equação de estado dos gases ideais e a equação de Van der Waals. III- PARTE EXPERIMENTAL III.1 – MATERIAIS E REAGENTES Materiais Reagentes Haste de suporte, aço inoxidável, l= 250 mm Metanol Braçadeira Dietil éter Braçadeira universal Acetona Revestimento de vidro Seringa de gás (100 ml) Termómetro de laboratório (-10... +150ºC) Tampa de borracha Balança analítica Tubos de borracha, d=6 mm Bécker de vidro, 250 mL Aparelho de aquecimento Regulador de energia Toalhas de papel Seringa de injecção, 1 ml III.2 – ESQUEMA DE APARELHAGEM Figura 1. Aparelhagem utilizada: Seringa de gás (100 ml) com revestimento de vidro; Termómetro; Termómetro; Placa de aquecimento; Suporte com hastes e braçadeiras. IV- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Para o experimento da determinação da massa molecular dos líquidos: metanol, dietil éter e acetona, seguiram-se os seguintes procedimentos: Empurrou-se o êmbolo da seringa de vidro seco e limpo para a graduação 5 mL, isto foi feito para fazer a injecção do líquido mais facilmente. Fechou-se a extremidade do tubo capilar de vidro com a tampa de borracha de modo que a seringa não liberte o gás . Ligou-se o aparelho de aquecimento e ajustou-se o regulador de potência, de modo que a água fosse levada a ebulição suave. Após a água ter atingido uma temperatura constante, começou-se as medições. Extraiu-se uma pequena quantidade dos líquidos a serem investigados para a seringa de injecção (0,12 ml de metanol, 0,3 ml de éter dietílico e 0,11 ml de acetona) sem bolhas. Limpou-se a seringa externamente e pesou-se a seringa com a substância, na balança com uma precisão de 1 mg. Injectou-se rapidamente a substância na seringa de gás, através da tampa de borracha assegurarando que toda a substância de teste foi injectada para dentro do cilindro da seringa de gás. Deixou-se a seringa presa na tampa de borracha até se observar as mudanças no volume de vapor mais longos. Assegurou-se que o equilíbrio de pressão entre a seringa e a atmosfera foi atingido rodando o cilindro da seringa de vidro ligeiramente. Em seguida, após de ter o líquido vaporizado, pesou-se novamente a seringa vazia e calculou-se a massa da substância. Fez-se três medições para cada um dos líquidos. Depois de cada medição, retirou-se a tampa de borracha da seringa gás e retirou-se o vapor da seringa com ar empurrando o êmbolo para trás e para a frente para cada experiência. V – RESULTADOS E DISCUSSÕES Tabela 1 - Determinação da massa molar obtida com a equação de estado do gás ideal. Componentes Exp. V (ml) m (g) Tª(K) M (g/mol) ɛ(%) Acetona 1 48 0.082 370.15 52.57 0.96 9.3 58.64 2 30 0.053 367.65 54.00 3 43 0.097 369.90 69.37 Metanol 1 92 0.109 370.65 36.51 9.42 1.3 35.06 2 88 0.098 367.15 33.99 3 90.5 0.103 366.65 34.69 Dietil-éter 1 77 0.188 369.15 74.93 6.27 3.5 78.77 2 75 0.200 368.15 81.62 3 89 0.231 369.65 79.76 Tabela 2 - Determinação da massa molar obtida com a equação de Van der Waals. Componentes Exp. V (ml) m (g) T (K) M (g/mol) ɛ(%) Acetona 1 48 0.082 370.15 51.59 0.37 9.6 57.86 2 30 0.053 367.65 53.09 3 43 0.097 369.90 68.90 Metanol 1 92 0.109 370.65 36.22 8.55 1.3 34.78 2 88 0.098 367.15 33.72 3 90.5 0.103 366.65 34.41 Dietil-éter 1 77 0.188 369.15 74.67 5.99 3.6 78.56 2 75 0.200 368.15 81.66 3 89 0.231 369.65 79.37 Com os resultados obtidos verifica-se uma aproximação razoável àqueles que eram os valores teóricos. Comparando-se os valores das massas molares calculados com a equação de Van der Waals e com a equação dos gases ideais, pode-se dizer que, houve uma maior aproximação nos valores de massa molar obtidos com a equação de Van der Waals, e tais resultados são observados pois a equação de Van Der Waals descreve melhor o comportamento do gás real. Também notou-se que a massa molar variou de acordo a seguinte ordem álcool < cetona < éter. Com base nas observações dos erros verifica-se que, com o valor da massa molar calculado com a equação de Van der Waals obteve-se um valor de erro menor em relação ao valor obtido com a equação de gases ideais. Os valores dos erros encontrados podem ser justificados por vários factores como: A falta de precisão na hora de retirar os líquidos para a seringa de injecção (pode ter sido tirado ligeiramente a mais ou a menos), a força e/ou rapidez na hora da injeção do líquido para a seringa de gás (o líquido não foi sempre posto da mesma maneira, e nem pelo mesmo operador), o tempo para a pesagem do vapor que por sua vez era bastante volátil. Um baixo desvio padrão indica que os dados tendem a estar próximos da média; um desvio padrão alto indica que os dados estão espalhados por uma gama de valores. Quanto aos valores do desvio padrão pode-se dizer que, para o dietil éter não se verificou muita precisão entre as medidas e que também houve pouca exatidão entre as mesmas; para o metanol já se observa uma maior precisão entre as medidas; para a acetona não se verificou grande precisão ou exactidão das medidas. V - CONCLUSÕES Apesar de alguns erros e contratempos foi possível realizar a experiência econcluí-la com êxito. Os valores de massa não foram exatamente iguais aos tabelados, mas obteve-se valores aproximados. Foi possível observar que, entre as equações utilizadas, a de Van der Waals foi a que obteve menor erro relativo em relação ao valor verdadeiro. Dessa forma, essa é a equação que melhor representa o comportamento do vapor. É recomendável proceder de forma mais criteriosa ao escolher a seringa a ser trabalhada, pois este é o passo fundamental que determinará o sucesso ou fracasso do experimento. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ATKINS, Peter. DE PAULA, Julio. Físico-Química. 7. Ed. Rio de Janeiro: Editora LTC, p.4. 2003. WEDLER, Gerd – Manual de química física. 4ª edição. Av. Burna/Lisboa: Editora Fundação Calouste Gulbenkian, 2001. http://quimicasemsegredos.com/Propriedades-Coligativas.php (visitado aos 06.05.2015) INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE TECNOLOGIAS E CIÊNCIAS AV. Luanda Sul, Rua Lateral Via S10, Talatona – Município do Belas – Luanda/Angola Telefones: +244226430334/44226430330 – Email: geral@isptec.co.ao
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