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Incapacidade Civil

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AULA 03 e 04
INCAPACIDADE.
Conceito: incapacidade é a falta de aptidão para praticar pessoalmente atos da vida civil. Encontra-se nessa situação a pessoa que não tenha capacidade de fato. Dessa forma, a pessoa terá sua capacidade limitada, pois poderá ter o gozo de um direito, sem ter o seu exercício por si só, por ser incapaz; logo, seu representante legal é quem exerce seus direitos em seu nome ou autorizando-o. Todas as hipóteses de incapacidade advém da lei.
OBS. Importante ressaltar que a falta de capacidade não exclui a responsabilidade patrimonial, conforme se verifica no art. 928, CC. O Estatuto da Criança e do Adolescente prevê em seu art. 116 que, havendo ato infracional praticado por menor, com reflexos patrimoniais, o juiz poderá determinar, se for o caso, que o adolescente infrator restitua a coisa, promova o ressarcimento do dano, ou por outra forma compense o prejuízo à vítima e, havendo impossibilidade, poderá substituir por outra medida.
2. Espécies.
A incapacidade comporta a seguinte divisão:
a) Incapacidade Absoluta (art. 3°, CC).
b) Incapacidade Relativa (art. 4°, CC).
A) INCACAPACIDADE ABSOLUTA
Os absolutamente incapazes não podem exercer pessoalmente, por si só, os atos da vida civil. A lei não atribui validade à manifestação de vontade do absolutamente incapaz, vez que não possui discernimento para a prática dos atos jurídicos, ou seja, consciência para distinguir o certo do errado, o lícito do ilícito,o bem do mal. Para tanto, seus representantes legais (pais, tutor, curador) praticam os atos jurídicos em seu nome, representando os absolutamente incapazes.
• Hipótese legal de incapacidade absoluta elencada no art. 3°, CC, tratando-se de norma de ordem pública, portanto, cogente, pois os atos celebrados pelos incapazes podem trazer graves prejuízos à ordem social: Menores de 16 anos: devido à idade não atingiram a maturidade e discernimento para distinguir o certo do errado, o lícito do ilícito, o que podem ou não fazer. Por terem desenvolvimento mental incompleto podem ser facilmente influenciados.
B) INCACAPACIDADE RELATIVA
Os relativamente incapazes podem exercer pessoalmente, por si só, os atos da vida civil, mas desde que autorizados por seus representantes legais.
Para tanto, seus representantes legais (pais, tutor, curador) assistem os relativamente incapazes, que poderão praticar os atos e negócios jurídicos pessoalmente. A assistência supre a incapacidade relativa e os atos e negócios jurídicos realizam-se regularmente. Por outro lado, há atos que a lei autoriza o relativamente incapaz a praticar, livremente, sem autorização de seu representante legal, tais como: alistamento eleitoral, exercício do voto, firmar contrato de trabalho quando atingir a idade de 16 anos, ser testemunha, exercer emprego público quando não se exija maioridade civil, ser empresário ou comerciante, etc.
• São hipótese legais de incapacidade relativa as elencadas no rol do art. 4°, CC, tratando-se de norma de ordem pública, portanto, cogente, pois os atos celebrados pelos incapazes podem trazer graves prejuízos à ordem social.
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I) Maiores de 16 e menores de 18 anos: possuem insuficiente desenvolvimento intelectual e pouca experiência e maturidade, por isso não estão aptos para a plena participação nos atos da vida civil.
Situam-se na zona intermediária entre o incapaz totalmente e o capaz, por não gozarem de total capacidade de discernimento e autodeterminação.
OBS. O menor entre 16 e 18 anos será responsável pelos prejuízos que causar se, dolosamente, ocultou a sua idade quando inquirido pela outra parte, ou se declarou maior no momento da obrigação (arts. 105 e 180, CC). Se não houve má-fé do menor na hora de contratar, tem-se a anulação do ato jurídico praticado por ele, de forma que aquele que contratou com incapaz não poderá reclamar o que a ele pagou (art. 181, CC), salvo se provar que reverteu em benefício dele a importância paga.
II) Ébrios habituais, viciados em tóxicos tiverem discernimento reduzido. Quando a embriaguez ou o uso de drogas ou outros entorpecentes houver evoluído para um quadro patológico, aniquilando completamente o discernimento, equiparar-se-á à doença mental, passando a figurar entre os absolutamente incapazes.
III) Pródigos: aqueles que, desordenadamente, gastam o seu patrimônio, dilapidando os seus bens, reduzindo-se à miséria por sua culpa. São privados, exclusivamente, dos atos que possam comprometer o seu patrimônio, porém, estão autorizados a praticar atos pessoais como: casamento, adoção, autorizar casamento de filhos menores, etc.
3. Suprimento da incapacidade e proteção do incapaz.
A proteção jurídica do incapaz se faz pela representação ou assistência, possibilitando o exercício de seus direitos (exercer a capacidade de fato).
São representantes legais dos incapazes: pai e mãe, tutor e curador.
* Os absolutamente incapazes tem direitos, porém, não poderão exercê-los direta e pessoalmente, devendo ser representado. A representação supre a incapacidade absoluta e os atos e negócios jurídicos realizam-se regularmente.
* Os relativamente incapazes poderão celebrar atos jurídicos pessoalmente, mas deverão ser assistidos por seus representantes legais no momento da celebração do ato.
4. Consequência jurídica ante a falta de representação e assistência do incapaz:
* na incapacidade absoluta a lei proíbe totalmente o exercício do direito pelo incapaz, acarretando, em caso de violação a esse preceito, a nulidade do ato (art. 166, I, CC), podendo ser declarado de ofício pelo juiz ou por provocação do lesado.
* na incapacidade relativa a lei permite ao incapaz o exercício do direito, por si só, desde que assistidos, acarretando, em caso de violação a esse preceito, a anulabilidade do ato (art. 171, I, CC),dependendo da iniciativa do lesado.
5. Cessação da incapacidade.
* Pela maioridade civil: a menoridade cessa aos dezoito anos completos, quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil, na forma do art. 5°, CC.
* Pela emancipação: é possível a antecipação da capacidade plena, desde que o menor tenha 16 anos completos, por meio da EMANCIPAÇÃO.
A emancipação é ato irrevogável e comporta as seguintes espécies:
a) voluntária: concedida pelos pais, ou um deles na falta do outro, mediante escritura pública, independente de autorização judicial.
b) judicial: concedida pelo juiz, ouvido o tutor (quando o menor está sob
tutela).
c) legal: determinada por lei, no CC, art. 5°, parágrafo único e Lei n. 4.375/64, que trata do alistamento no serviço militar.

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