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RESUMO. IED 2 (Direito no Império Romano)

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RESUMO
Roma e Direito Romano 
Ao discorrer acerca do Direito Romano, é importante lembrar, antes de tudo, que é denominado Direito Romano, em geral, o complexo de normas jurídicas que vigorou em Roma e nas nações denominadas pelos romanos, há cerca de mais de 2000 anos. Pontualmente, examina-se as fases do Direito Romano desde o período da fundação de Roma, ocorrida no século VII a.C (antes de Cristo), até morte de Justiniano(imperador bizantino daquele tempo, de 527 à 565 d.C). Então, a partir daí, até a queda de Constantinopla, 1453, o direito recebe novas influências, passando a denominar-se “romano-helênico”, sem nunca ter deixado de exercer sua repercussão. 
Das fases e divisão do Direito Romano, começamos pelo Período Régio. Fase essa que se entende pela fundação de Roma, “essencialmente lendária”, pois dizem que seus sete reis nem parecem terem sido personagens históricos (em torno de 575 a.C). Na sociedade deste período, mais primitiva, vivia-se principalmente da cultura do solo e da criação de animais. O direito apresentava-se de uma forma rústica, dirigido a essa comunidade de horizontes restritos. O regime familiar, como em toda comunidade agrícola, era patriarcal, sob a chefia de pater famílias que, posteriormente, iria assumir o papel preponderante nas instituições. 
O pater famílias é o juiz, se não em matéria privada na qual até então não distinguiam os direitos, entre as pessoas sob a guarda, mas em matéria penal, porque podia impor penas aos seus subjulgados, até mesmo a pena de morte à mulher, aos filhos e aos escravos.
Havia uma extensão maior que a família contemporânea, unida pelos laços de sangue. Os ágnatos de uma mesma família eram aqueles que podiam provar sua descendência comum, de geração em geração. Por outro lado, os gentílicos eram tidos como da mesma família por vínculo verdadeiro ou imaginário. A Gens é um produto natural do regime patriarcal: um grupo de pessoas que acreditava descender de um ancestral comum. A formação política da época apresentava simetria com esse sistema patriarcal. O rei era o magistrado único, vitalício e irresponsável, no sentido técnico do termo. Era encarregado do culto do Estado como pater era encarregado do culto familiar, culto aos antepassados. O rei é juiz dentro da cidade, como pater familias é juiz no meio familiar, com sua jurisdição civil e penal, mas é na justiça criminal que se destaca o papel do rei, porque a jurisdição civil ainda se apresenta tosca e embrionária. O rei é assistido por um conselho de anciãos, senatores, que, primitivamente, eram os chefes de várias gens, tribos, por assim dizer.
Não obstante as dúvidas das fontes, o rei tem poder de imperium, que posteriormente, no período da República e do Império, representa o poder político supremo. 
As regras costumeiras ficavam, a cargo da família. Tendo em vista o poder do pater, pouca função judicial restava ao rei.
Em seguida, vem o Período da República, que começou lenta e paulatinamente após 510 a.C, depois de revoluções violentas que baniram os últimos reis do Período Régio, Tarquínio e Soberbo. 
Esse regime é caracterizado pela pluralidade de assembleias e magistraturas. O Senado ganha importância política, apesar de ser de nomeação dos cônsules, porque existe maior responsabilidade em sua escolha, justamente em razão da espécie de mandato dos cônsules, que passam a consultar o Senado em todas as suas decisões importantes.
No período que vai do estabelecimento da República à lei das XII Tábuas, pela primeira vez se encontra o direito escrito. A Lei das XII Tábuas é um monumento fundamental para o Direito que revela claramente uma legislação rude e bárbara, fortemente inspirada em legislações primitivas e talvez muito pouco diferente do direito vigente nos séculos anteriores. Essa lei foi considerada em vigor até a época de Justiniano. Essa lei surgiu do conflito entre a plebe e o patriciado, e dela só restam fragmentos que vieram até nós, transmitidos por jurisconsultos e literatos.
Na Lei das XII Tábuas, encontramos disposições relativas ao processo das ações civis, ao direito de família, bem como à atitude do estado com relação aos crimes que lhe interessam na punição do particular. 
A Família da lei das XII Tábuas é a tradicional família patriarcal em que reina o senhor, pater famílias, com direito de vida e morte sobre a mulher, escravos e aos filhos. O parentesco e as sucessões são regidas pela linha masculina. 
No direito obrigacional, por exemplo, pelo ato da manus iniectio podia o credor levar o devedor diante do magistrado, podendo torná-lo prisioneiro, a menos que um houvesse a intervenção de um terceiro, um fiador que pagasse a dívida. Residem aí os primórdios do processo de execução forçada que surgiria mais tarde, já não mais sobre a pessoa do devedor, e sim do patrmônio. 
Só os cidadãos romanos gozavam dos direitos do ius civile. Os estrangeiros subordinavam-se ao ius gentium, o direito comum.
Nessa época, o magistrado primeiro é o príncipe, mas não detém a mesma concentração de poderes de épocas passadas, como os reis e os primeiros cônsules.
O costume continua nesse período a ser uma fonte em pleno vigor. E é dessa época a escola clássica do Direito Romano.
No Período do Principado (ou da Monarquia Absoluta), que vai da chegada ao poder de Diocleciano em 284 d.C., até a morte de Justiniano (565 d.C.), as restrições à atuação do príncipe desaparecem definitivamente. O centro de interesses do Império desloca-se para Constantinopla. 
O imperador passa a deter todos os poderes, como uma fisionomia toda especial, tendo em vista a divisão do Império em duas partes, a do oriente e a do Ocidente, governadas por dois Augustos, tendo a seu lado como auxiliares e possíveis sucessores dois césares e um sem-números de funcionários públicos. Doravante, a autoridade militar é rigorosamente separada da autoridade civil. A legislação é, em geral, comum aos dois impérios, mas todas as fontes são pobres de criações novas. As constituições imperiais passam a ser a única fonte do Direito.
Houve dois fundamentais sistemas distintos em meio a evolução do Direito Romano, Ius Civile e Ius Gentium. A princípio, o direito não era dirigido ao indivíduo, ao cidadão, mas ao grupo, às gentes e às famílias, cuja reunião forma a cidade. O direito da cidade é o direito próprio do cidadão romano (ius civile). Fato importante de lembrar em correlação com a questão acerca destes dois sistemas é que 212 d.C., por uma necessidade social, para poder manter o império unido, Carala estende a cidadania romana a todos os homens livres do mundo romano. E em referência ao surgimento do sistema Ius Gentium, o direito das gentes pouco a pouco invade o domínio do ius civile, não só pela extensão da cidadania romana a todos os habitantes do império por Caracala, generalizando a aplicação do Direito Romano que tende a universalizar-se, como também pela divisão do Império em duas partes, com a fundação de uma segunda capital, Constantinopla, para rivalizar-se com Roma. O centro político do Império transfere-se para o Oreinte, enquanto Roma cai nas mãos dos povos bárbaros. 
Esses dois sistemas, que mais tarde viriam a dar juntos à equidade ao direito natural, desaparecendo paulatinamente a diferença entre direito civil e direito das gentes, são de grande fonte do Direito Civil contemporâneo.
Do Código 
A publicação de novas constituições tornou necessária uma segunda edição, que esteve a cargo de outra comissão, com menor número de estudiosos. Esse segundo Código foi publicado em 16-11-534, para entrar em vigor no dia 29 de dezembro do mesmo ano. Essa obra chegou até nós.
O Código redigido de acordo com o sistema das compilações anteriores é dividido em 12 livros, subdivididos em títulos. As constituições estão ordenadas em cada título por ordem cronológica, como nos códigos anteriores.
O Código começa por uma invocação a Cristo, e quem se afirma a fé de Justiniano. Os outros títulos do Livro I são consagrados às fontes do Direito, ao direito de asilo e às funções dosdiversos agentes imperiais. O Livro II trata principalmente do processo. Os livros III a VIII tratam do direito privado, o Livro IX do Direito Penal, os livros X a XII foram consagrados ao Direito Administrativo e fiscal. 
Do Digesto.
É uma compilação de fragmentos de jurisconsultos clássicos. É uma obra mais completa que o Código, e ofereceu maiores dificuldades em sua elaboração. 
O Digesto diferenciava-se do Código por não ter havido anteriormente trabalho do mesmo gênero. A massa da jurisprudência era enorme, frequentemente difícil de ser encontrada. Havia muitos autores, com pontos de vista diversos, por vezes antagônicos. A tarefa parecia “ciclópica” e era temerário juntar todo esse emaranhado de opiniões em um trabalho homogêneo. 
A elaboração de tão grande obra contou com um espírito inovador por si só. É gigantesca, sobretudo pelo fato de vastas tradições do passado com vontade inovadora. Como nas obras mais antigas, o Digesto divide-se em 50 livros, subdivididos em títulos; estes possuem fragmentos atribuídos aos juristas. Para facilitar o manuseio, os juristas medievais dividiram os fragmentos longos em parágrafos. Cada fragmento começa com o nome do jurista, da obra ou do texto em foi inspirado. 
O Direito do Digesto é um direito eminentemente clássico. Não foram eliminadas todas as contradições e, por vezes, a mesma matéria repetida. 
As Institutas. 
Se, por um lado, o Código foi a primeira tentativa de unificação legislativa e o Digesto essa obra grandiosa, as Institutas são um breve manual de estudo. Foram preparadas ao mesmo tempo, e elaboradas por três membros da comissão do Digesto, Triboniano, Doroteu e Teófilo. O cortejo de duas Institutas fornece-nos uma boa ideia da evolução dos institutos jurídicos através dos séculos que separam as duas obras.
Como uma obra de professores, destinada ao ensino, as Institutas são mais simples e mais teóricas que o Digesto. São expostas noções gerais, definições e classificações. Há controvérsias por serem um excelente campo de estudo. 
Essa compilação foi publicada em 21-11-533, um mês antes do Digesto. Foi aprovada em 22 de dezembro e entrou em vigor como manual de estudo no mesmo dia do Digesto, 30-12-533. 
Direito Romano e Direito Brasileiro
Ao longo do processo histórico que traz e molda as influências do Direito Romano no nosso ordenamento jurídico do Brasil contemporâneo, sabe-se antes de tudo, percebe-se que o Direito Romano exerceu imensa e total influência sobre os ordenamentos jurídicos dos países europeus, portanto também Portugal foi uma das grandes influenciadas desta gigantesca referência histórica do Direito (no que tange ao Cristianismo, a religião católica, também da mesma forma). 
Em Portugal, a adaptação do Direito deveu-se a seus grandes jurisconsultos, em especial à Universidade de Coimbra. Até 1722, nessa Universidade, o estudo do Direito era resumia-se ao Direito Romano, tamanha era sua autoridade.
No Brasil colonial, tinham plena vigência as leis portuguesas e, mesmo após a Independência, mantiveram-se em vigor. Uma lei de 20-10-1823 mandou observar as Ordenações Filipinas no país, bem como as leis, regimentos, alvarás, decretos e resoluções vigentes em Portugal até a data da saída de Dom João VI, em 25-4-1821. A legislação da “pátria-mãe”(Portugal) teve vigência no Brasil até a promulgação do Código Civil, em 1º-1-1917. 
IDADE MÉDIA E MODERNIDADE
Com a queda do Império Romano do Ocidente, resistiu ainda algum tempo o Império Bizantino, no Oriente (Constantinopla, Istambul), mantendo as tradições romanas, embora utilizando a língua helênica. Com o Cristianismo sendo adotado pelos romanos, paralelamente às instituições romanas, houve forte influência da Igreja nos períodos que seguiram à queda de Roma. Durante vasto período histórico que atinge o século XX, o mundo ocidental convive com um sistema jurídico dualista, laico e, ao mesmo tempo, religioso.
Aponta Walter Vieira do Nascimento(2203;135): “A Idade Média caracterizou-se por três importantes acontecimentos, estreitamente relacionados entre si: primeiro, o declínio do Império Romano; segundo, a ascenção dos invasores germânicos; terceiro, a gradativa cristianização de tais invasores, de que resultou crescente influência da Igreja. Esta, ao se afirmar como poder espiritual, também não se fez menos atuante nos demais setores da sociedade”.
Na Idade Média há um pluralismo de ordens jurídicas, confusas e, por vezes, mistas. Neste período eclode o Feudalismo por toda a Europa. E é com base neste sistema político-feudal que surgirá mais tarde os Estados Modernos
A Idade Moderna terá origem na transição do Feudalismo para o Capitalismo, no fortalecimento das monarquias absolutistas da Europa, caracterizada especialmente pelas grandes descobertas das navegações e o surgimento de uma nova classe de poder, que mais tarde, iria ser um dos principais agentes dos movimentos de Revolução contra os regimes absolutistas, a Burguesia. É um período também de grande ascenção dos estudos do Direito Romano por toda a Europa, surgindo grandes universidades que propagaram as ideias do Direito Romano, e junto novos pensadores que influenciaram mais além no Direito, tendo por base em seus estudos na época, as enciclopédias da história do Direito Romano. Neste período da história, surgem os pensadores iluministas, que foram cientistas que vieram a romper com Igreja Católica para poderem provar suas ideias nos mais diversos campos da Ciência, também fortes expoentes nas revoluções contra o sistema monárquico-absolutista, que imperou no auge desta era da humanidade.

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