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Artigo inclusão na escola

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Universitári@ - Revista Científica do Unisalesiano – Lins – SP, ano 3, n.6, jan./jun./2012 
 
79 
INCLUSÃO NA ESCOLA 
 
Fátima Eliana Frigatto Bozzo – elianaboz@terra.com.br 
 
 
RESUMO 
Tem-se como Inclusão construir uma sociedade capaz de promover a 
participação social dos portadores de necessidades especiais. Tal pesquisa teve 
como objetivos abordar a questão da igualdade de direitos e oportunidades 
educacionais para todos em um ambiente educacional favorável, prepararem a 
escola para poder incluir nela o aluno portador de deficiência. A metodologia usada 
foi à pesquisa bibliográfica. A pesquisa, diz que a falta de conscientização e 
discriminação da sociedade perante as pessoas portadoras de necessidades 
especiais e falta às escolas se preparar melhor para estar recebendo esse tipo de 
aluno. Pode-se concluir que os portadores de necessidades especiais ainda têm 
muitos caminhos a percorrer para serem aceitos na sociedade de uma maneira 
geral. 
 
Palavras-Chave: Educação. Inclusão. Portadores de Necessidades Especiais. 
ABSTRACT 
This paper implies the inclusion to build a society capable of support people 
with special needs to participate in social activities. This research had as an objective 
to deal witth matters about equal rights and educational opportunities for everybody 
inside a favorable educational environment, preparing the school in becoming 
capable to embrace students with deficiencies. Employed methodologies were 
bibliographical research. Being this, it establishes that society’s lack of conscience 
and discrimination in front of people with special necessities as far as schools’ 
facilities being out of condition to receive such such kind of students. It can be 
concluded that students with special necessities still have a long way in order to be 
accepted in an equality manner by society. 
 
Key words: Education. Inclusion. Special needed people. 
 
INTRODUÇÃO 
 
Conceitua-se a inclusão como o processo pelo qual a sociedade se adapta 
para poder incluir, em seus sistemas sociais gerais, pessoas com necessidades 
especiais e, simultaneamente estas se preparam para assumir seus papéis na 
sociedade. 
Os objetivos dessa pesquisa foram abordar a questão da igualdade de 
direitos e oportunidades educacionais para todos em um ambiente educacional 
 
 
 
 
 
 
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80 
favorável, prepararem a escola para poder incluir nela o aluno portador de 
necessidades especiais. A metodologia usada foi à pesquisa bibliográfica. 
É fundamental proporcionar oportunidades para todas as pessoas, inclusive 
às com necessidades especiais independentemente qual seja sua deficiência para 
que, possam ter acesso a todos os serviços, ambientes construídos adequadamente 
na busca de seus ideais e suas realizações. 
A escola, ao desenvolver a pedagogia da inclusão passa a formar os alunos 
considerados diferentes, não só de modo sistemático, mas também para a 
cidadania, tornando-as pessoas aptas para convivências com outras pessoas, sem 
que sejam excluídas. Essa tarefa estava, antes, restrita à família ou a alguma 
pessoa que, por alguma razão, assumisse esse papel, bem como as instituições 
públicas (hospitais, asilos, escolas especiais), especialmente dedicadas ao 
problema. 
Por meio dessa proposta educacional alcança-se uma sociedade com 
oportunidades para todas as pessoas, sob a inspiração de novos princípios que 
começam na escola. 
 
[...] o conceito de tolerância pode trazer a idéia de que, apesar de sua 
superioridade, o tolerante faz um favor ao tolerado. Este, por sua, vez, 
diante da tamanha bondade, mostra-se humilde e grato: Não é desta 
tolerância nem deste tolerante nem tampouco deste tolerado que falo. Falo 
da tolerância como virtude da convivência humana. Falo [...] da qualidade 
de conviver com o diferente. Com o diferente, não com o inferior. 
(CAVALCANTE, 2006, p. 13). 
 
Portanto, caberá a cada escola se preparar para incluir nela o aluno com 
necessidades especiais sem se preocupar com sua deficiência. 
Deverá ocorrer essa preparação em sala de aula, em setores operacionais da 
escola e na comunidade, promovendo os desenvolvimentos afetivos, cognitivos, 
morais, sociais e físicos dos alunos com Necessidades Educacionais Especiais. 
É necessário que seja feito adaptações no currículo, na escola ou na própria 
sociedade para que alunos que apresentem necessidades educacionais especiais 
sejam visto como uma pessoa capaz, produtiva, eficiente e com capacidade para 
aprender. 
Considerando o movimento da inclusão, a diversidade e a igualdade de 
oportunidades, é necessário que o professor tenha as oportunidades de revisão da 
sua atuação, em sala de aula e reformulação de sua opinião. 
 
 
 
 
 
 
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81 
De acordo com Sassaki (1997, p.42), “educação inclusiva é uma atitude de 
aceitação das diferenças, não uma simples colocação em sala de aula”. 
 
1 EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
 
 A sociedade atravessou diversas fases no que se refere às práticas sociais 
em toda sua cultura, e em uma construção inclusiva se é obrigada a rupturas de 
velhos paradigmas. 
 Quando se pensa em um progresso na historia da educação brasileira 
precisa-se pensar na inclusão como uma possibilidade de construção de uma escola 
melhor, de uma sala de aula que realmente mantenha professores e alunos 
motivados a se respeitar e aprender nas suas individualidades. 
 A educação para todos envolve, portanto, em uma escola e em uma sala de 
aula que seja para todos independentes de suas características próprias de 
aprendizagem e de desenvolvimento. Entende-se assim, que a escola inclusiva 
conta com a educação especial para poder receber a todos, caso contrário ela deixa 
de ser inclusiva. 
É bom ressaltar que em algumas ocasiões pessoas com necessidades 
educacionais especiais precisam de apoio físico ou médico, porém é importante que 
isto atenda as suas expectativas e lhe de maior segurança sobre sua vida. 
O ano de 1981 foi o ano Internacional das Pessoas Deficientes: começam as 
mudanças com relação ao Portador de Necessidades Especiais. 
Seguem-se algumas das possíveis adaptações conforme Sassaki (1997, p. 
126); 
 
Alunos com deficiência visual 
- Sentar-se na frente da sala; 
- Escrever na lousa em letras grandes; 
- Repetir conceitos para o estudante gravar e ouvir em casa. 
Alunos com deficiência mental 
- Contar histórias para ensinar conceitos abstratos; 
- Usar o sistema de companheirismo. 
Alunos com deficiência auditiva 
- Usar recursos visuais; 
- Professor deve falar claramente; 
- Saber usar a língua de sinais, aprender os sinais e estimular outros 
estudantes a aprendê-los também. 
 
 
 
 
 
 
 
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A construção de uma educação que seja inclusiva é possível e desejável, 
apesar de parecer relativo às mudanças no modo de pensar e agir que se fazem 
necessárias para se criar um ambiente adequado às particularidades de todos. 
A educação inclusiva parte do entendimento da diversidade e do princípio de 
igualdade, o que significa dizer que serão oferecidos diferentes recursos para 
qualquer aluno possibilitando-o de igualdade de oportunidades independente do seu 
modo de ser. 
Para Morin (2000, p.31) “O conhecimento do conhecimento, que comporta a 
integração do conhecedor em seu conhecimento, deve ser, para a educação, em 
princípio e uma necessidade permanentes”. 
A inclusão social tem como objetivo à construção de uma nova sociedade 
através de mudanças, pequena e grande, nos ambientes físicos, ou seja, espaços 
internos e externos, aparelhos,equipamentos, meios de transportes e utensílios e na 
consciência de cada pessoa, até mesmo o próprio portador de necessidades 
especiais. 
O processo de inclusão tem sido investido em cada sistema tais como: na 
educação, no lazer, no transporte, entre outros. Caso isso aconteça pode-se falar 
em educação inclusiva para todos, mas, nem todas as pessoas que apresente 
qualquer necessidade especial necessitam que a sociedade seja modificada, pois, 
algumas possuem habilidades a se integrarem nela, assim mesmo, porém outras 
não conseguem ter plena participação e igualdade da sociedade se esta não se 
tornar inclusiva. 
O primeiro documento internacional aconteceu no ano de 1994 na Espanha, 
que aborda amplamente o conceito de inclusão – Declaração de Salamanca 
(Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais). Participaram 
governos e organizações internacionais. O Brasil não compareceu. 
Na Declaração de Salamanca, foi reafirmado o compromisso para com a 
Educação para todos, visando a necessidade e urgência de providência de 
educação para crianças, jovens e adultos com Necessidades Educacionais 
Especiais. 
Segundo Sassaki (1997, p.115) a declaração de Salamanca diz que: 
 
[...] os jovens com necessidades educacionais especiais devem receber 
ajuda para fazer uma eficaz transição de escola para a vida adulta 
 
 
 
 
 
 
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produtiva. As escolas devem ajudá-los a se tornarem economicamente 
ativos e prover-lhes as habilidades necessárias no dia-a-dia, oferecendo 
treinamento em habilidades que respondam às demandas sociais e de 
comunicação e às expectativas da vida adulta. Isto requer tecnologias 
apropriadas de treinamento, incluindo experiência direta em situações de 
vida real fora da escola. Os currículos para os alunos com necessidades 
educacionais especiais em classes mais adiantadas devem incluir 
programas transacionais específicos, apoio para ingressarem no ensino 
superior sempre que possível e subsequente treinamento profissional que 
os prepare para atuarem como membros contribuintes independentes em 
suas comunidades após terminarem estudos. Estas atividades devem ser 
executadas com a participação ativa de conselheiros profissionais, 
agências de colocação, sindicatos, autoridades locais e diferentes serviços 
e entidades interessados. 
 
A educação inclusiva acolhe todas as pessoas, sem exceção. É para o 
estudante com deficiência física, para os que têm comprometimento mental, para os 
superdotados, para todas as minorias e para a criança que é discriminada por 
qualquer outro motivo. 
Para a educadora Maria Teresa Eglér Mantoan (2001, p. 24): 
 
[...] inclusão é o privilégio de conviver com as diferenças e na escola 
inclusiva professores e alunos aprendem uma lição que a vida dificilmente 
ensina: respeitar as diferenças. Esse é o primeiro passo para construir uma 
sociedade mais justa.Com seus alunos, fundou o Laboratório de Estudos e 
Pesquisas em Ensino e Diversidade. Para ela, uma sociedade justa e que 
dê oportunidades para todos, sem qualquer tipo de discriminação, começa 
na escola. 
 
O que faz uma escola ser inclusiva, em primeiro lugar é um bom projeto 
pedagógico. Diferentemente do que muitos possam pensar, inclusão é mais do que 
ter rampas e banheiros adaptados. A equipe da escola inclusiva deve discutir o 
motivo de tanta repetência e indisciplina, dos professores não darem conta muitas 
vezes de suas aulas e dos pais não participarem. 
Um bom projeto valoriza a cultura, a história e as experiências anteriores da 
turma. Atualmente, muitas escolas diversificam o programa, mas esperam que todos 
tenham os mesmos resultados. Os alunos precisam de liberdade para aprender do 
seu modo, de acordo com suas necessidades ou não. 
O Ministério Público fiscaliza, geralmente com base em denúncias, para 
garantir o cumprimento da lei. O Ministério da Educação, por meio da Secretaria de 
Educação Especial, atualmente não tem como preocupação punir, mas levar as 
escolas a entender o seu papel e a lei garantir para colocar tudo isso em prática. 
O professor não pode se recusar a lecionar para turmas inclusivas, mesmo 
 
 
 
 
 
 
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que a escola não ofereça estrutura, mas, caso isso aconteça terá que recorrer à 
ajuda que está disponível. 
O docente deve adotar em sua prática pedagógica os princípios orientadores 
da prática de ensino inclusiva para educar na diversidade (DUK, 2005, p. 23-25), 
que são: 
• Aprendizagem ativa e significativa - constituída por abordagens 
didáticas que encorajam a participação dos estudantes em atividades 
escolares cooperativas, durante as quais os estudantes se agrupam e 
resolvem tarefas ou constroem conhecimentos juntos; as aulas são 
organizadas de forma que os estudantes em grupo realizam tarefas 
diferenciadas sobre um mesmo conteúdo curricular que se complementam 
e que dão base à construção do conhecimento coletivo; 
• Negociação de objetivos – as atividades propostas em sala de aula 
consideram a motivação e o interesse de cada estudante. Para isso, o 
docente deve conhecer a cada aluno (a) individualmente (experiências, 
história de vida, habilidades, necessidades, etc.) e o plano de aula deve 
prever e incentivar a participação dos estudantes tanto nas tomadas de 
decisão acerca das atividades realizadas na classe como no 
enriquecimento e flexibilização do currículo. Por exemplo, o(a)s aluno(a)s 
pode fazer escolhas de conteúdos, estabelecer prioridade de 
aprendizagem, sugerir atividades e formas de agrupamento ou conteúdos 
para serem abordados, etc. 
• Demonstração, prática e feedback – a aula planejada pelo docente 
oferece modelos práticos aos estudantes sobre como as atividades devem 
ser realizadas ou o professor(a) demonstra sua aplicação em situações 
variadas na classe e na vida real, de forma a promover uma reflexão 
conjunta sobre as atividades e o processo de aprendizagem. ‘Ver’ na 
prática o que se espera que seja realizado pelos aluno(a)s aumenta as 
chances de participação de todos o(a)s aluno(a)s e o sucesso da 
aprendizagem de cada um. 
• Avaliação contínua - na prática de ensino inclusiva, o processo de 
avaliação é contínuo, no qual os estudantes estabelecem seus objetivos de 
aprendizagem e formas de avaliar seu progresso em termos da própria 
aprendizagem. A avaliação tem um papel fundamental na revisão continua 
da prática pedagógica e, conseqüentemente, na melhoria 
(desenvolvimento) do trabalho docente, porque oferece ao professor(a) 
dados sobre como usar as metodologias de ensino dinâmicas para abordar 
conteúdos curriculares de forma diversificada e acessível a todo(a)s os 
educando(a)s. 
• Apoio e Colaboração – esse princípio contribui para romper com as 
práticas de ensino individualizadas que não favorecem a cooperação entre 
o(a)s estudantes para atingirem resultados de aprendizagem satisfatórios 
para todo(a)s. Juntos – em equipe – os aluno(a)s se sentem fortalecidos 
para correrem riscos e tentarem caminhos alternativos (inovadores) para 
resolver problemas e para aprender. Obviamente, não se exclui nas 
atividades de sala de aula a realização de tarefas individuais, contudo, esta 
forma de trabalho não é a preponderante numa sala de aula inclusiva. 
 
 O docente deve ser um pesquisador de sua pratica pedagógica, pois acaba 
adquirindo habilidades para refletir seu trabalho mudando seu processo de 
pedagogia tradicional para uma pedagogia inclusiva, aprendendo a reconhecer o 
valor e a importância da troca de experiências com seus próprios colegas 
 
 
 
 
 
 
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contribuindode formas sistemáticas sobre novas formas de ensinar. 
Para Cavalcante (2006, p.42): “Incluir significa oferecer educação de 
qualidade para todos”. 
O número de estudantes com algum tipo de necessidade especial cresce a 
cada ano na rede regular de ensino. Esse crescimento não acontece por acaso. 
A inclusão ganhou reforços com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional de 1996, e com a Convenção de Guatemala, de 2001. Esta última proíbe 
qualquer tipo de diferenciação, exclusão ou restrição baseada na deficiência das 
pessoas. Sendo assim, mantê-las fora do ensino regular é considerado exclusão e 
crime. 
O debate constante, a divulgação de experiências bem sucedidas e a 
conscientização crescente sobre o que dizem as leis têm se refletido positivamente 
nas estatísticas educacionais. 
A escola precisa atender qualquer aluno que não se encaixa no modelo ideal, 
e a inclusão por sua vez, não atende apenas as crianças com deficiência, mas 
também as excluídas ou discriminadas. A discriminação não ocorre apenas entre os 
estudantes. Muitas vezes as avaliações servem mais para ver quem se encaixa nos 
padrões de aluno ideal do que medir o progresso de cada um, dentro de suas 
possibilidades. 
Para Morin (2000, p.36): “Para que o conhecimento seja pertinente, a 
educação deverá torná-los evidentes”. 
É necessário que a escola aprenda que o conhecimento acontece nas 
relações interpessoais, na capacidade que se tem de se respeitar a si mesmo e os 
outros e, a partir daí, criar vínculos com todos os seres e o ambiente em que se vive 
para que se estabeleça o conhecimento significativo. 
A origem do conhecer é, certamente, o desejo de estabelecer e fortalecer 
esses vínculos que contextualizam, humanizam,criam laços entre o objeto e 
o sujeito do conhecimento. Os laços afetivos fazem o conhecimento 
expandir-se, extrapolar o seu lado meramente cognitivo e penetrar em 
regiões mais fundas e significativas – as emoções, as sensações que 
surgem do aprender “com os outros de fazer a quatro mãos”. (MANTOAN, 
2001, p. 10) 
 
 Muitas pessoas ainda entendem a Educação Especial como uma modalidade 
que substitui a escolarização, voltada exclusivamente para crianças com 
necessidades especiais. Isso significa que uma criança com síndrome de Down, por 
 
 
 
 
 
 
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exemplo, passaria a infância e a adolescência em uma escola especializada, 
convivendo apenas com colegas que têm deficiência e recebendo conteúdos 
escolares adaptados e terapias. 
Hoje, a Educação Especial é entendida como a modalidade de ensino que 
tem como objetivo quebrar as barreiras que impedem a criança de exercer sua 
cidadania. O atendimento educacional é apenas um complemento da escolarização, 
e não substituto. 
Para Mantoan (2001, p.24): “Estar junto é se aglomerar com pessoas que não 
conhecemos. Inclusão é estar com, é interagir com o outro”. 
De acordo com Cláudia Werneck (1999, p. 64): o artigo 227 da Constituição 
Federal diz: 
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao 
adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à 
educação, à cultura, ao lazer e à profissionalização, à liberdade, ao 
respeito, à dignidade e a convivência familiar e comunitária, além de 
colocá-los a salvo TODA forma de negligência, discriminação, exploração, 
violência, crueldade e opressão. 
 
O país necessita de uma escola que possa refletir, criticar e pesquisar, que 
tenha coragem suficiente para criar e questionar sobre o que está escrito a respeito 
da inclusão e buscar respostas às questões educacionais especiais de forma que 
todos ganharão, tanto aluno, como pais, professores e sociedade. 
O ensino inclusivo faz sentido e é um direito. Quando os alunos são incluídos 
há igualdade e respeito. É a prática da inclusão independente de seu talento, 
deficiência, origem sócio-econômica, origem cultural em escolas e salas de aula, 
onde as necessidades dos alunos são satisfeitas. 
A Escola Inclusiva é um lugar dos quais todos fazem parte, são aceitos, onde 
os colegas os auxiliam, porém, há a necessidade de profissionais capacitados para 
essa escola e um dos pontos fundamentais para o seu funcionamento são os 
professores. 
Passa-se a exigir dos professores um conhecimento além do que já possuem, 
precisam aprender a identificar e atender as necessidades e dificuldades de 
aprendizagem de cada aluno. Um dos principais objetivos é satisfazer as 
necessidades específicas de aprendizagem, incentivar a criança a aprender e 
desenvolver seu potencial, a partir de sua realidade. 
O professor, a partir de sua nova formação deverá construir uma consciência 
 
 
 
 
 
 
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crítica sobre a realidade com que irá trabalhar. O educador, não é uma pessoa que 
transmite apenas conhecimentos, mas, é aquele que cria situações para que a 
criança possa aprender. Esse mesmo educador deverá estar ampliando sempre 
seus conhecimentos, portanto, deve-se estar preparado para qualquer situação. 
Deve-se buscar o enriquecimento de seu currículo e de sua formação profissional e 
o que é mais importante, a formação individual como ser humano, para assim poder 
conhecer, entender e colaborar no que for preciso para o desenvolvimento da 
criança. 
Sabe-se que a escola não é a única responsável pela educação da criança, 
mas uma instituição muito importante em seu desenvolvimento como cidadão. E 
para que isso aconteça, necessita-se de profissionais competentes, caso contrário 
pode-se pensar que as escolas já não estão conseguindo cumprir sua tarefa. 
Os educadores precisam adotar posturas conscientes e coerentes com seu 
papel de formadores que inclui, começando por algumas atitudes: procurar conhecer 
a legislação que garante o direito à Educação das pessoas com deficiência; exigir 
auxílio, estrutura, equipamentos, formação e informações da rede de ensino; deixar 
claro aos alunos que manifestações preconceituosas contra quem têm deficiência 
não será tolerado; não se sentir despreparado e, por isso, não rejeitar o aluno com 
deficiência; pesquisar sobre as deficiências e buscar estratégias escolares de 
sucesso; acreditar no potencial de aprendizagem do aluno e na importância da 
convivência com ele para o crescimento da comunidade escolar; organizar as aulas 
de forma que, quando necessário, seja possível dedicar um tempo específico para 
atender às necessidades específicas de quem tem deficiência; se há preconceito 
entre os pais, mostrar a eles nas reuniões o quanto a turma toda ganha com a 
presença de alguém com deficiência; apoiar os pais dos alunos com informações. 
A escola deve buscar valores vinculados com a solidariedade, a justiça e o 
respeito por si mesmo e pelo outro, com a formação de cidadãos éticos e mudar 
posturas preconceituosas, para a formação de uma educação para todos. 
A escola tem debatido muito sobre sua autonomia, na busca do real 
significado e como elas poderiam se organizar sem haver muitas implicações sobre 
suas organizações e com isso não representar a desobrigação do estado em relação 
a uma educação como direito, sem perder a sua função social e claro sem violar o 
compromisso com a legislação. 
 
 
 
 
 
 
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A Educação é entendida, basicamente como “a formação do ser humano para 
desenvolver suas potencialidades de conhecimento, de julgamento e de escolha 
para viver conscientemente em sociedade” (BENEVIDES apud AQUINO, 1998, p. 
225). 
Benevides (apud AQUINO, 1998, p. 225) afirmava que: 
 
Uma sociedade democrática não requeria apenas o governo da maioria, 
mas apossibilidade de desenvolver, em todos os seus membros, a 
capacidade de pensar, participar na elaboração e aplicação das políticas 
públicas e ainda poder julgar os resultados. 
 
A educação para a democracia exige conhecimentos básicos da vida social e 
política e uma correspondente formação ética, sendo importante discutir os valores 
democraticos, a liberdade, solidariedade ligadas a tolerancia 
A escola se torna favorável na medida em que abrem espaços para a 
cooperação, o diálogo, a solidariedade, a criatividade e o espírito crítico, pois 
segundo Mantoan (2001, p. 23): “habilidades mínimas para o exercício da verdadeira 
cidadania. Além disso, é muito importante estimular, valorizar o professor e dar a ele 
a formação continuada, uma vez que, sendo ele o responsável pelo aprendizado do 
aluno”. 
A educação inclusiva tem sido conceituada como um processo de educar 
juntos, nas classes de ensino comum, alunos ditos normais, com alunos portadores 
ou não de deficiência, mas que apresentem necessidades educacionais especiais. 
A escola, portanto, é um local em que é necessário combater o preconceito, 
pensar em conjunto com toda a equipe pedagógica para que se possa realmente ser 
uma escola inclusiva, incluir ações na proposta pedagógica e levar a todos que 
interessam como os pais, alunos e a própria sociedade. 
O professor a partir de sua nova formação deverá construir uma consciência 
crítica sobre a realidade com que irá trabalhar. Aceitar que a escola recebe crianças 
que trazem consigo experiência já marcada por tristes situações e que na maioria 
das vezes, são difíceis de modificar no que se refere às dificuldades de 
aprendizagem, as crianças portadoras de necessidades especiais e o preconceito, 
portanto, tem de estar sempre preparado para adaptar-se às novas situações que 
surgirão. 
São poucas as escolas que fazem parte do processo de inclusão. A maioria 
 
 
 
 
 
 
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delas, em vez de realizar uma educação inclusiva desenvolve uma educação 
integradora e ela só será efetiva quando a escola e a sociedade promoverem uma 
mudança, desenvolvendo a criança, deficiente ou não, o direito de estudar. 
A inclusão é vista pelos professores de uma maneira que possa perceber que 
as crianças podem aprender juntas, tendo objetivos e processos diferentes. A 
educação para todos diferentes de ser vista apenas como inserção de todos na 
escola, assume outros valores e princípios que regem a organização escolar. 
Inclusão não quer absolutamente dizer que todos são iguais. Quanto maior a 
diversidade, mais rica a capacidade de criar novas formas de ver o mundo. 
Procurar saber sobre o histórico pessoal e escolar do aluno com 
necessidades especiais, informar-se com a família e o médico sobre o estado de 
saúde, pode ser a base de conhecimento para sugerir qualquer atividade que exija 
esforço físico, ou mesmo que estimule o contato da criança com os próprios colegas, 
permitindo a troca de idéias, a expressão de emoções e o contato físico para auxiliar 
nas diversas atividades e mesmo na avaliação, valorizar a evolução do aluno, dentro 
de seus limites, e não os resultados. 
Para Werneck (1999, p.56): “Evoluir é perceber que incluir não é tratar igual, 
pois, as pessoas são diferentes! Alunos diferentes terão oportunidades diferentes, 
para que o ensino alcance os mesmos objetivos. Incluir é abandonar estereótipos”. 
A escola tem que ser o reflexo da vida do lado de fora. O grande ganho, para 
todos, é viver a experiência da diferença. A inclusão possibilita aos que são 
discriminados pela diferença, pela classe social ou pela cor que, por direito, ocupem 
o seu espaço na sociedade, não podendo ter um lugar no mundo sem considerar o 
do outro, valorizando o que é e o que pode ser. Além disso, o maior ganho para os 
educadores está em garantir a todos o direito à educação. 
Afirma Werneck (1999, p. 124): 
[...] se o professor considera que a criança com qualquer dificuldade ou 
diferença pode atrapalhar sua aula, a escola vai ter que sofrer profundas 
transformações para fazer a inclusão da forma como ela deve ser feita. 
Mas se, ao contrário, o professor percebe que esta criança diferente pode 
trazer ganhos e para o seu trabalho, possibilitando seu crescimento 
profissional, vamos fazer a inclusão já. Hoje o maior problema é o medo 
que o professor sente de ter um aluno especial na sua sala. Medo de 
chegar ao final do ano e o menino não ter dado “retorno” e ele ser cobrado 
pela escola e pela família. Criança com necessidades especiais na sala de 
aula não deve dar medo, mas se constituir num desafio humano e 
profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
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Não basta garantir um espaço na sala de aula e promover a integração com 
os colegas. É preciso ensinar e dar sentido aos conteúdos. 
O diálogo entre a família do aluno com necessidades especiais e o professor 
é fundamental para o desenvolvimento da criança, pois esse saberá como 
desenvolver atividades especificas nas suas individualidades. 
Na maioria das vezes, existe por parte de algumas famílias não aceitarem que 
seu filho (a) tenha algum tipo de problema, não tendo a devida compreensão. Muitas 
vezes são convidados a se apresentarem à escola para reuniões sobre seus filhos e 
se ausentam. É um trabalho delicado, já que se trata de pessoas com dificuldade de 
entender aquilo que lhes transmitem e que pode ser compreendido por eles de 
forma totalmente contrária. 
Exigem-se paciência, profissionalismo e amor por parte dos professores ao 
falarem da situação dos alunos aos pais. Isso quer dizer que se deve falar e explicar 
a esses pais com palavras e gestos que possam ser compreendidos. 
Os pais e profissionais devem ser pacientes, aceitando e compreendendo os 
limites e as dificuldades de cada criança que é portadora de necessidade especial. 
Os pais devem tratar como uma criança normal, e não super protegê-la, 
impedindo seu desenvolvimento e sua independência, tratando-a como se fosse 
indefesa, fraca ou “indiferente”. 
De um modo geral, os professores acreditam que a educação regular não 
está preparada para a inclusão, há necessidades de mais estudos e troca de idéias, 
pois os alunos muitas vezes necessitam de tratamento e intervenções especiais. 
Inclusão envolve acesso, permanência e sucesso na aprendizagem. Só o 
acesso não seria o suficiente. Uma política efetiva de educação inclusiva deve ser 
gradativa, contínua e planejada; na perspectiva de oferecer aos portadores de 
necessidades especiais uma educação de qualidade e conseqüente sucesso na 
aprendizagem. 
O desafio da inclusão requer modificações nos espaços físicos, barreiras 
arquitetônicas, e, no modo de pensar e agir, proporcionando um atendimento 
especial. 
Assim, precisa-se de uma nova escola, que aprenda a refletir e a pesquisar. 
Uma escola que questiona o que está estabelecido em busca de rumos inovadores 
necessários a inclusão e uma verdadeira sociedade para todos. 
 
 
 
 
 
 
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Não se trata simplesmente de transferir os alunos da escola especial para a 
escola regular, mas sim de remodelar e modificar a escola regular para que esta 
possa atender a uma mais ampla variedade de alunos. 
A busca por uma escola mais democrática, através do trabalho coletivo que 
envolve cooperação, cidadania e autonomia é o meio pelo qual a inclusão redefine 
seu papel na sociedade, passando de um desafio a uma decorrência natural da 
Educação. 
 
CONCLUSÃO 
 
 Pode-se concluir que a escola deve ser um lugar onde haja aprendizagem 
indiferente de quais tipos de alunosque ela possui, destacando-se a importância do 
professor na vivencia do aluno, pois ele precisa ter consciência de seu papel no 
processo de formação, conhecer quais as suas necessidades, tornando-os cada vez 
mais independentes e autoconfiantes. O relacionamento entre o professor e os 
alunos será mais rico e ambos aprenderão juntos. 
Numa escola inclusiva professores e alunos aprendem uma lição que a vida 
dificilmente ensina: respeitar as diferenças. E o desafio para essa escola é o de 
desenvolver uma pedagogia capaz de educar com sucesso todos os alunos, 
incluindo aqueles com deficiência, sendo assim o primeiro passo para construir uma 
sociedade mais justa. 
 Enfrentar o desafio de se ter uma educação inclusiva é condição essencial 
para atender as expectativas de toda uma sociedade que espera que isso aconteça 
já a um grande tempo, pois essa é uma tarefa difícil, e se a escola puser em pratica 
sua função social dentro da perspectiva de educação para pessoas portadoras de 
necessidades educacionais especiais e os professores cumprirem realmente seu 
papel como educador, será possível cumpri-la. 
A inclusão de alunos portadores de necessidades especiais, na rede regular, 
além de direito, é resguardado por legislações da política nacional de educação e 
deve exigir que a escola esteja preparada de forma a oferecer possibilidades de 
aprendizagem, a todos os alunos, tendo ou não deficiência, independentemente de 
gênero, etnia, idade ou classe social. 
Compreende-se a importância da educação escolar no exercício da cidadania 
que implica a efetiva participação da pessoa na vida social resguardada a sua 
 
 
 
 
 
 
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dignidade, a igualdade de direitos, a importância da solidariedade e do respeito, bem 
como a recusa categórica de quaisquer formas de discriminação. 
 A inclusão ainda não é aceita realmente nas escolas, mostram resistencia e 
embora muitas já estão aceitando a idéia e modificando os procedimentos, seus 
projetos de ação, aprimorando seu trabalho pedagogico para incluir, falta aceitar a 
ideia que em salas de aula consideradas normais haverá crianças que apresentam 
necessidades especiais, e terão que viver e conviver com discriminações até de 
alguns pais ou mesmo parte da sociedade. 
 
 
REFERENCIAS 
 
AQUINO, J. G. Diferenças e preconceitos na escola: alternativas teóricas e 
práticas. São Paulo: Summus, 1998. 
 
CAVALCANTE, M. Caminhos da inclusão. Nova Escola. São Paulo, Abril, ano XXI, 
ed. Especial, p.15, 56 e 58, out. 2006. 
 
DUK, C. (Org) Educar na diversidade: material de formação docente. Brasília: 
MEC/SEE, 2005. 
 
MANTOAN, M. T. E. Caminhos pedagógicos da inclusão. São Paulo: Memnon, 
2001; 
 
MORIN, E. Os sete saberes necessários à Educação do Futuro. São Paulo: 
Cortez, 2000. 
 
SASSAKI, R.K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: 
WVA, 1997. 
 
WERNECK, C. Sociedade Inclusiva: Quem cabe no seu TODOS? Rio de Janeiro: 
WVA, 1999.

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