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CURSO DE TEC EM TRANS IMOBILIÁRIAS PARTE 1

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 TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
1.6 ECONOMIA E ESTRUTURA DE MERCADO 182
 
 
 
 
 
 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
16.0 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO I 
Parte 2 
 
 
 
 
 Operações Imobiliárias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
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Índice 
 
Título Página 
Operações Imobiliárias 
 01 – O exercício da Profissão 09 
 02 – Avaliação do Imóvel 17 
 03 – Registro de Imóveis 21 
 04 – Capacidade para comprar e vender 23 
 05 – Procuração ou Mandato 27 
 06 – Aquisição de Imóveis 31 
 07 – A Propriedade: Direitos Reais de Gozo ou Fruição 33 
 08 – A Propriedade: Direito Reais de Garantia 37 
 09 – A Propriedade: Direito Real de Aquisição 40 
 10 – A Posse 41 
 11 – Impostos, Taxas e Certidões 42 
 12 – Loteamentos Rurais e Urbanos / Parcelamento do Solo 45 
 13 – Contratos 61 
 14 – Termos Técnicos da Legislação Imobiliária / Glossário e Expressões Jurídicas 65 
 15 – Condomínios em Edificações 89 
 16 – Incorporações Imobiliárias 94 
 17 – Financiamento para compra de um imóvel 118 
 18 – Minutas 121 
 18.1 – Contrato de intermediação imobiliária para fins de locação (17) 121 
 18.2 – Contrato de intermediação imobiliária para fins de compra (14) 122 
 18.3 – Contrato de intermediação imobiliária para fins de venda (19) 123 
 18.4 – Contrato de intermediação imobiliária para fins de administração (12) 125 
 18.5 – Contrato de locação para fins comerciais (22) 126 
 18.6 – Contrato de locação para fins residenciais (26) 128 
 18.7 – Contrato de sublocação de imóvel residencial (42) 131 
 18.8 – Distrato-rescisão contratual consensual (44) 132 
 18.9 – Recibo de sinal em venda de imóvel a prazo (46) 132 
 18.10 – Recibo de sinal em venda de imóvel à vista (48) 133 
 18.11 – Contrato de permuta de imóveis (36) 135 
 18.12 – Contrato de permuta de terreno por área construída (38) 136 
 18.13 – Contrato de permuta de área por participação em loteamento (33) 138 
 18.14 – Contrato de compra e venda a prazo (03) 140 
 18.15 – Contrato de compra e venda à vista (06) 142 
 18.16 – Contrato de comodato (01) 143 
 18.17 – Contrato de locação para fins de temporada (31) 144 
 18.18 – Contrato de constituição de empresa imobiliária (09) 145 
 Marginália – COAF – Resolução N.º 14, de 23 de outubro de 2006 147 
 Marginália – IE N.º 5ª - 06/06/1973 150 
 Marginália – LEI DO INQUILINATO 8.245/91 152 
 Marginália – LEI DO INQUILINATO 12.112/09 173 
 Marginália – LEI DO INQUILINATO 12.122/10 177 
 Marginália – RESOLUÇÃO COFECI Nº 1.127/2009 178 
 
 
 
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Operações Imobiliárias 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
16.0 8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
16.0 9 
 
OBJETIVO GERAL: Proporcionar ao aluno a conscientização de que o Corretor de 
Imóveis é um profissional responsável por sua própria atividade e, portanto, um 
profissional liberal, autônomo, capaz de controlar o seu tempo e dedicação ao trabalho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FINALIDADE: Desenvolver a capacidade do aluno de identificar as atribuições e competências de um 
Corretor de Imóveis. 
 
OBJETIVOS: Identificar e empregar de forma consciente as atribuições e competências do Corretor de 
Imóveis; 
 Promover a utilização dos mecanismos de divulgação de tabelas de comissões e de 
prestação de serviços; 
 Desenvolver no futuro Corretor o hábito da consulta e do reconhecimento das leis que 
regem a profissão. 
 
1 - O EXERCÍCIO DA PROFISSÃO 
 
Atribuições do Corretor de Imóveis 
De acordo com o Decreto n.º 81.871, de 29/06/78, Art. 2º, “compete ao Corretor de Imóveis exercer a 
intermediação na compra, venda, permuta
e locação de imóveis e opinar quanto à comercialização 
imobiliária.” 
O Corretor de Imóveis, no exercício de suas funções, presta assessoramento às partes interessadas de 
forma que a transação seja livre e desembaraçada de ônus, encargos, litígios e impostos ou taxa 
atrasados. 
Além de intervir nos contratos de compra e venda de imóveis, permutas, promessas de venda, cessões 
de direitos, quando se trata de administração de imóveis, seus serviços se estendem a incorporações, 
hipotecas e financiamentos, loteamentos, locações e administração de bens. 
Compete ao Corretor 
 proceder a avaliação do imóvel a ser vendido; 
 combinar o preço e as condições de venda; 
 firmar contrato relativo à sua prestação de serviço; 
 examinar toda a documentação do imóvel, bem como apresentá-la aos possíveis adquirentes; 
encaminhar ao vendedor as propostas oferecidas pelos candidatos à compra; emitir recibo de 
sinal ou de princípio de pagamento; fornecer toda a documentação do imóvel ao adquirente para 
que este a examine antes de ser lavrada a escritura. 
O Corretor de Imóveis está habilitado também para exercer funções como gestão empresarial de 
imobiliárias e incorporadoras, controle e recebimento de aluguéis e condomínios, avaliação 
mercadológica de imóveis, despachante documental, planejamento de empreendimentos, consultor de 
financiamentos, gestor de consórcio imobiliário, marketing imobiliário, estatística do mercado imobiliário, 
assessor técnico para implantação e gestão de plantas genéricas de valores e assessor imobiliário para 
órgãos públicos. 
 
Aula 01 – O Exercício da Profissão 
SUMÁRIO 
 Atribuições e Competências do Corretor de Imóveis 
 Mediação e Prestação de Serviços 
 Tabela de Comissões e Serviços 
 Decreto nº 81.871 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
16.0 10 
A Mediação 
Para vender um imóvel, o proprietário pode adotar diversos meios, como por exemplo: anunciar o que 
quer vender e esperar que o interessado o procure; encarregar um intermediário, corretor ou empresa 
imobiliária de fazer essa venda. 
A intervenção de um Corretor de Imóveis apresenta inúmeras vantagens. Ele sabe quais são os 
melhores dias para anunciar um imóvel em determinado bairro, em qual jornal e em que página e 
coluna deve sair o anúncio; tem experiência para fazer a redação com economia e dizendo tudo o que é 
preciso dizer de modo a atrair a atenção dos possíveis compradores. 
 
Prestação de Serviços 
Contrato de Mediação 
É o documento em que o dono do imóvel autoriza o corretor a promover a venda. Este documento deve 
ser feito em duas vias e assinado por ambos, com todos os campos preenchidos. Ao assinar, o 
vendedor deve ser alertado, de maneira muito especial, quanto ao valor e condições da venda, além da 
percentagem ajustada ao estabelecimento do prazo para que o corretor complete a mediação. 
Publicidade 
Os corretores sindicalizados têm direito a um preço especial na colocação de anúncios de publicidade 
de imóveis e para negócios de seus serviços, devendo constar, nesses anúncios, o nome por extenso 
do corretor e seu endereço, além do número do CRECI. 
Honorários: Dizemos que a corretagem é devida quando da conclusão da intermediação. Essa 
retribuição é devida ao Corretor de Imóveis com percentual ajustado com o proprietário sobre o preço 
da transação. 
 
Tabela de Comissões e Serviços 
O corretor deve contratar, previamente, por escrito e com exclusividade, a prestação de seus serviços 
profissionais conforme Lei n.º 6.530/78 e resolução Cofeci 458/95. 
A presente tabela deve ser observada nos contratos celebrados, especialmente quanto aos limites 
mínimos nela estabelecidos, sendo vedado ao corretor contratar e trabalhar com índice abaixo dos aqui 
estabelecidos. 
Venda 
1- Imóveis urbanos................................................................................06 a 08% 
2- Imóveis rurais....................................................................................06 a 10% 
3- Imóveis industriais............................................................................06 a 08% 
4- Venda Judicial................................................................................. 05% 
 
Notas: 
1- A mesma comissão será devida quando a proposta e a contraproposta forem de igual valor e 
devidamente assinadas ou se as partes realizarem a transação sem a presença do corretor, tendo feito 
a aproximação útil das partes. 
2- Nos casos de vendas com transferência de financiamento a comissão será devida sobre o total da 
transação realizada. 
 
Compra 
 Autorização expressa da procura de imóveis......................................................06% 
 
Permuta e dação em pagamentos 
Nas permutas e ou dações em pagamento, a Comissão será devida pelos respectivos proprietários, 
sobre o valor de cada propriedade envolvida na transação, observando-se a mesma porcentagem da 
venda, seja total ou parcial. 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
16.0 11 
Hipotecas 
Sobre o valor do empréstimo................................................................................. 05% 
 Incorporação de área edificada (Horizontal ou Vertical) 
 Vendas de empreendimentos imobiliários, incluindo-se Organização e Planejamento de 
Vendas.........................................................................................................06 a 08% 
 Vendas de imóveis com financiamento –SHF- carteira hipotecária e outras, incluindo-se 
Organização e Planejamento de Vendas e acompanhamento dos processos dos mutuários finais, até à 
escritura................................................07 a 09% 
 
Nota: Não estão incluídas nestas taxas as despesas de promoção e publicidade geral. 
Loteamentos 
Estudo, organização de vendas de áreas loteadas (urbanas), já aprovadas e 
registradas:.................................................................................................. 10 a 12% 
Idem, rural ou fora da sede..........................................................................15 a 20% 
Administração, controle e recebimento de prestações.............................05 a 10% 
 
Nota: As despesas de promoção e outros atos de administração não estão incluídas na Tabela acima. 
Fundos Imobiliários 
Intermediação de coisas, sobre o valor da transação.......................................10% 
Locação 
De qualquer espécie e sempre equivalente ao valor do 1º aluguel. 
 
Nota: As despesas com reconhecimento de firmas e com registro do contrato não 
estão inclusas na comissão pela locação. 
 
Administração de condomínios 
Sobre o arrecadamento pelo condomínio mensalmente............................05 a 10%. 
 
Pareceres 
Parecer por escrito quanto à comercialização de imóvel. Sobre o valor apresentado, até:................ 01%. 
Parecer verbal quanto a operações imobiliárias - por hora técnica, a partir de 10% do valor da anuidade 
vigente do CRECI - 2ª região. 
 
Divisão de Comissão entre Corretores e Participantes da Central de Operações Imobiliárias – COI 
Corretor e ou empresa imobiliária do vendedor.............................................50% 
Corretor e ou empresa imobiliária do comprador...........................................50% 
Corretor em regime de co-participação com Empresa Imobiliária na Venda de Imóveis de terceiros, 
somadas as comissões de captação e venda.................................................30% 
Corretores de plantão de incorporação mínimo.............................................25% 
Corretagem de participação entre imobiliárias ...............................................50%
Esta tabela foi aprovada na 27ª Reunião da Diretoria do SCIESP em 16/10/1996 e homologada pelo 
CRECI 2ª Região na 354ª Reunião Plenária de 17/10/1996. 
 
DECRETO N.º 81.871 DE 29 DE JUNHO DE 1978 
A LEI E SUA REGULAMENTAÇÃO 
 
Regulamenta a Lei 6.530 de 12 de maio de 1978, 
Tendo em vista o artigo da lei 6.530 
 
 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
16.0 12 
DECRETA: 
Art. 1º - O exercício da profissão de Corretor de Imóveis, em todo o território nacional, somente 
será permitido: 
I - ao possuidor do título de Técnico em Transações Imobiliárias, inscrito no Conselho Regional de 
Corretores de Imóveis da jurisdição, ou 
II - ao Corretor de Imóveis inscrito nos termos da Lei 4.116 de 27 de agosto de 1962, desde que 
requeira a revalidação de sua inscrição. 
Art. 2º - Compete ao Corretor de Imóveis exercer a intermediação na compra, venda, permuta e 
locação de imóveis e opinar quanto à comercialização imobiliária. 
Art. 3º - As atribuições constantes do artigo anterior poderão também ser exercidas por pessoas 
jurídicas, devidamente inscritas no Conselho Regional de Corretores de Imóveis da jurisdição. 
Parágrafo único - O atendimento ao público interessado na compra, venda, permuta ou locação de 
imóvel, cuja transação esteja sendo patrocinada por pessoa jurídica, somente poderá ser feito por 
Corretor de Imóveis inscrito no Conselho Regional da jurisdição. 
Art. 4º - O número da inscrição do Corretor de Imóveis ou da pessoa jurídica constará obrigatoriamente 
de toda propaganda, bem como de qualquer impresso relativo à atividade profissional. 
Art. 5º - Somente poderá anunciar publicamente a Corretor de Imóveis pessoa física ou jurídica, que 
tiver contrato escrito de mediação ou autorização escrita para alienação do imóvel anunciado. 
Art. 6º - O Conselho Federal e os Conselhos Regionais são órgãos de disciplina e fiscalização do 
exercício da profissão de Corretor de Imóveis, constituídos em autarquias, dotada de personalidade 
jurídica de direito público, vinculado ao Ministério do Trabalho, com autonomia administrativa, 
operacional e financeira. 
Art. 7º - O Conselho Federal de Corretores de Imóveis tem por finalidade orientar, supervisionar e 
disciplinar o exercício da profissão de Corretor de Imóveis, em todo o território nacional. 
Art. 8º - O Conselho Federal terá sede e foro na capital da República e jurisdição em todo território 
nacional. 
Art. 9º - O Conselho Federal será composto de 2 (dois) representantes efetivos e suplentes, de cada 
Conselho Regional, eleitos dentre os seus membros. 
Parágrafo Único - O mandato dos membros a que se refere este artigo será de 3(três) anos. 
Art. 10 - Compete ao Conselho Federal: 
I - eleger sua diretoria; 
II - elaborar e alterar seu regimento; 
III - exercer função normativa, baixar resoluções e adotar providências à realização dos objetivos 
institucionais; 
IV - instituir o modelo das Carteiras de Identidade Profissional e dos certificados de inscrição; 
V - autorizar a sua diretoria a adquirir e onerar bens imóveis; 
VI - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas de sua diretoria, bem como a previsão orçamentária 
para o exercício seguinte; 
VII - criar e extinguir Conselhos Regionais e Sub-Regiões, fixando-lhes sede e jurisdição. 
VIII - baixar normas de ética profissional; 
IX - elaborar contrato padrão para os serviços de corretagem de imóveis, de observância obrigatória 
pelos inscritos; 
X - fixar multas, anuidades e emolumentos devidos aos Conselhos Regionais; 
XI - decidir as dúvidas suscitadas pelos Conselhos Regionais; 
XII - julgar os recursos das decisões dos Conselhos Regionais; 
XIII - elaborar o Regimento padrão dos Conselhos Regionais; 
XIV - homologar o Regimento dos Conselhos Regionais; 
XV - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas dos Conselhos Regionais; 
XVI - credenciar representantes junto aos Conselhos Regionais, para verificação de irregularidade e 
pendências acaso existentes; 
XVII - intervir, temporariamente nos Conselhos Regionais, nomeando Diretoria provisória, até que seja 
regularizada a situação ou, se isso não ocorrer, até o término do mandato: 
se comprovada irregularidade na administração; 
se tiver havido atraso injustificado no recolhimento das contribuições. 
XVIII - destituir Diretor do Conselho Regional, por ato de improbidade no exercício de suas funções; 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
16.0 13 
XIX - promover diligências, inquéritos ou verificações sobre o funcionamento dos Conselhos Regionais 
e adotar medidas para sua eficiência e regularidade; 
XX - deliberar sobre casos omissos; 
XXI - representar em juízo ou fora dele, em todo território nacional, os legítimos interessados da 
categoria profissional. 
Art. 11 - O Conselho Federal se reunirá com a presença mínima de metade mais um de seus membros. 
Art.12 - Constituem receitas do Conselho Federal 
I - a porcentagem de 20% (vinte por cento) sobre anuidades e emolumentos pelos Conselhos 
Regionais; 
II - a renda patrimonial; 
III - as contribuições voluntárias; 
IV - as subvenções e dotações orçamentárias. 
Art. 13 - Os Conselhos Regionais de Corretores de Imóveis têm por finalidade fiscalizar o exercício 
profissional na área de sua jurisdição, sob supervisão do Conselho Federal. 
Art. 14 - Os Conselhos Regionais terão sede e foro na Capital ou de um dos Estados a critério do 
Conselho Federal. 
Art. 15 - Os Conselhos Regionais serão compostos por 27(vinte e sete) membros, efetivos e suplentes, 
eleitos 2/3 (dois terços) por votação secreta em Assembleia Geral, especialmente convocada para esse 
fim, e 1/3 (um terço) integrado por representantes dos Sindicatos dos Corretores de Imóveis, que 
funcionarem regularmente junto ao Conselho Regional. 
Parágrafo único - O mandato dos membros a que se refere este artigo será de 3 (três) anos. 
Art. 16 - Compete ao Conselho Regional: 
I - eleger sua Diretoria; 
II - aprovar seu Regimento, de acordo com o Regimento padrão elaborado pelo Conselho Federal; 
III - fiscalizar o exercício profissional na área de sua jurisdição; 
IV - cumprir e fazer cumprir as resoluções do Conselho Federal; 
V - arrecadar anuidades, multas, e emolumentos e adotar as medidas destinadas à efetivação da sua 
receita e a do Conselho Federal; 
VI - aprovar o relatório anual, o balanço e as contas de sua Diretoria, bem como a previsão 
orçamentária para o exercício seguinte, submetendo essa matéria à consideração do Conselho Federal; 
VII - propor a criação de sub-regiões, em divisões territoriais que tenham um número mínimo de 
Corretores de Imóveis fixado pelo Conselho Federal; 
VIII - homologar, obedecidas as peculiaridades locais, tabelas de preços de serviços de corretagem 
para uso dos inscritos, elaboradas e aprovadas pelos sindicatos respectivos; 
IX - decidir sobre os pedidos de inscrição de Corretores de Imóveis e de pessoas Jurídicas; 
X - organizar e manter o registro profissional das pessoas físicas e jurídicas inscritas; 
XI - expedir carteiras de Identidade Profissional e Certificado de Inscrição; 
XII - impor as sanções previstas pelo regulamento; 
XIII - baixar resoluções, no âmbito de sua competência; 
XIV - representar em juízo ou fora dele, na área de sua jurisdição, os legítimos interesses da categoria 
profissional; 
XV - eleger, dentre seus membros, representantes, efetivos e suplentes, que comporão o Conselho 
Federal; 
XVI - promover, perante juízo competente, cobrança das importâncias correspondentes a anuidades, 
multas e emolumentos, esgotados os meios de cobrança amigável. 
Art. 17 - O Conselho Regional se reunirá com a presença mínima
de metade mais um de seus 
membros. 
Art. 18 - Constituem receitas de cada Conselho Regional: 
I - 80% (oitenta por cento) das anuidades e emolumentos; 
II - as multas; 
III - a renda patrimonial; 
IV - as contribuições voluntárias; 
V - as subvenções e dotações orçamentárias. 
 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
16.0 14 
Art. 19 - 2/3 (dois terços) dos membros dos Conselhos Regionais, efetivos e respectivos suplentes, 
serão eleitos pelo sistema de voto pessoal, secreto e obrigatório dos profissionais inscritos, nos termos 
em que dispuser o Regimento dos Conselhos Regionais, considerando-se eleitos efetivos os 18 
(dezoito) mais votados e suplentes os seguintes. 
Parágrafo único - Aplicar-se ao profissional inscrito que deixar de votar sem causa justificada, multa em 
importância correspondente ao valor da anuidade. 
Art. 20 - 1/3 (um terço) dos membros dos Conselhos Regionais efetivos e respectivos suplentes serão 
indicados pelos Sindicatos de Corretores de Imóveis, dentre seus associados diretores ou não. 
§1º - Caso haja mais de um Sindicato com base territorial na jurisdição de cada Conselho Regional, o 
número de representantes de cada Sindicato será fixado pelo Conselho Federal. 
§2º - Caso não haja Sindicato com base territorial na jurisdição do Conselho Regional, 1/3(um terço) 
dos membros que seria destinado à indicação pelo Sindicato, será eleito na forma do artigo anterior. 
§3º - Caso o Sindicato ou os Sindicatos da Categoria com base territorial da jurisdição de cada 
Conselho Regional, não indiquem seus representantes, no prazo estabelecido em Resolução do 
Conselho Federal, o terço destinado à indicação pelo Sindicato será eleito na forma do artigo anterior. 
Art. 21 - O exercício do mandato de membro do Conselho Federal e Conselhos Regionais de 
Corretores de Imóveis, assim como a respectiva eleição, mesmo na condição de suplente, ficarão 
subordinados ao preenchimento dos seguintes requisitos mínimos: 
I - inscrição na jurisdição do Conselho Regional respectivo há mais de 2 (dois) anos: 
II - pleno gozo dos direitos profissionais, civis e políticos; 
III - inexistência de condenação à pena superior de 2 (dois) anos, em virtude de sentença transitada e 
julgada. 
Art. 22 - A extinção ou perda do mandato de membro do Conselho Regional ocorrerá: 
I - por renúncia; 
II - por superveniência de causa de que resulte o cancelamento da inscrição; 
III - por condenação à pena superior a 2 (dois) anos, em virtude de sentença transitada e julgada; 
IV - por destituição de cargo, função ou emprego, relacionada à prática de ato de improbidade na 
administração pública ou privada, em virtude de sentença transitada em julgado; 
V - por ausência, sem motivo justificado, a 3 (três) sessões consecutivas ou 6 (seis) intercaladas em 
cada ano. 
Art. 23 - Os membros dos Conselhos Federal e Regionais poderão ser licenciados, por deliberação do 
plenário. 
Parágrafo único - Concedida a licença de que trata este artigo caberá ao Presidente do Conselho 
convocar o respectivo suplente. 
Art. 24 - Os Conselhos Federal e Regionais terão cada um, como órgão deliberativo o Plenário 
constituído pelos seus membros, e como órgão administrativo a Diretoria e os que forem criados para a 
execução dos serviços técnicos ou especializados, indispensáveis ao cumprimento de suas obrigações . 
Art. 25 - As Diretorias dos Conselhos Federal e Regionais serão compostas de um Presidente, dois 
vice-presidentes, dois secretários e dois tesoureiros, eleitos pelo plenário, dentre os seus membros, na 
primeira reunião ordinária. 
Art. 26 - A estrutura dos Conselhos Federal e Regionais e atribuições da Diretoria e dos demais órgãos, 
serão fixados no Regimento de cada Conselho. 
Art. 27 - Junto aos Conselhos Federal e Regionais funcionará um Conselho Fiscal composto de três 
membros, efetivos e suplentes eleitos dentre os seus membros. 
Art. 28 - A inscrição do Corretor de Imóveis e da pessoa jurídica será efetuada no Conselho Regional 
da jurisdição, de acordo com Resolução do Conselho Federal de Corretores de Imóveis. 
Art. 29 - As pessoas jurídicas inscritas no Conselho Regional de Corretores de Imóveis sujeitam-se aos 
mesmos deveres e têm os mesmos direitos das pessoas físicas nele inscritas. 
Parágrafo único - As pessoas jurídicas a que se refere este artigo deverão ter como sócio-gerente ou 
diretor, um Corretor de Imóveis individualmente escrito. 
Art. 30 - O exercício simultâneo, temporário ou definitivo de profissão em área de jurisdição diversa do 
Conselho Regional onde foi efetuada a inscrição originária do Corretor de Imóveis ou da pessoa 
jurídica, fica condicionada à inscrição e averbação profissional nos Conselhos Regionais que 
jurisdicionarem as áreas em que exercem as atividades. 
Art. 31 - Ao Corretor de Imóveis inscrito será fornecido a Carteira de Identidade Profissional, numerada 
em cada Conselho Regional, contendo, no mínimo, os seguintes elementos: 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
16.0 15 
I - nome por extenso do profissional; 
II - filiação; 
III - nacionalidade e naturalidade; 
IV - data de nascimento; 
V - número e data de inscrição; 
VI - natureza da habilitação; 
VII - natureza da inscrição; 
VIII - denominação do Conselho Regional que efetuou a inscrição; 
IX - fotografia e impressão datiloscópica; 
X - assinatura do profissional inscrito, do Presidente e do Secretário do Conselho Regional. 
Art. 32 - À pessoa jurídica inscrita será fornecido Certificado de Inscrição, numerado em cada Conselho 
Regional, contendo, no mínimo, os seguintes elementos: 
I - denominação da pessoa jurídica; 
II - número e data de inscrição; 
III - natureza da inscrição; 
IV - nome do sócio-gerente ou diretor, inscrito no Conselho Regional; 
V - número e data da inscrição do sócio-gerente ou diretor no Conselho Regional; 
VI - denominação do Conselho Regional que efetuou a inscrição; 
VII - assinatura do sócio - gerente ou diretor, do Presidente e do Secretário do Conselho Regional. 
Art. 33 - As inscrições do Corretor de Imóveis e da pessoa jurídica, o fornecimento da Carteira de 
Identidade Profissional e do Certificado de Inscrição e certidões, bem como o recebimento de petições, 
estão sujeitos ao pagamento da anuidade e emolumentos fixados pelo Conselho Federal. 
Art. 34 - O pagamento da anuidade ao Conselho Regional constitui condição para o exercício da 
profissão de Corretor de Imóveis e da pessoa jurídica. 
Art. 35 - A anuidade será paga até o último dia útil do primeiro trimestre de cada ano, salvo a primeira, 
que será devida no ato da inscrição do Corretor de Imóveis, ou da pessoa jurídica. 
Art. 36 - O pagamento da anuidade fora do prazo sujeitará o devedor à multa fixada pelo Conselho 
Federal. 
Art. 37 - A multa aplicada ao Corretor de Imóveis ou pessoa jurídica, como sanção disciplinar, será 
igualmente fixada pelo Conselho Federal. 
Art. 38 - Constitui infração disciplinar da parte do Corretor de Imóveis; 
I - transgredir normas de ética profissional; 
II - prejudicar, por dolo ou culpa, os interesses que lhe forem confiados; 
III - exercer a profissão quando impedido de fazê-lo ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos 
não inscritos ou impedidos; 
IV - anunciar publicamente proposta de transação a que não esteja autorizado através de documento 
escrito; 
V - fazer anúncio ou impresso relativo à atividade profissional sem mencionar o número de inscrição; 
VI - anunciar imóvel loteado ou em condomínio sem mencionar o número do registro do loteamento ou 
da incorporação no Registro de Imóveis; 
VII - violar o sigilo profissional; 
VIII - negar
aos interessados, prestação de contas ou recibo de quantia ou documento que lhe tenham 
sido entregues a qualquer título; 
IX - violar obrigação legal concernente ao exercício da profissão;// 
X - praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a lei defina como crime de contravenção; 
XI - deixar de pagar contribuição ao Conselho Regional; 
XII - recusar ou facilitar a terceiros, transações ilícitas ou que por qualquer forma prejudiquem 
interesses de terceiros; 
XIII - recusar a apresentação da Carteira de Identidade Profissional, quando couber. 
Art. 39 - As sanções disciplinares consistem em: 
I - advertência verbal; 
II - censura; 
III - multa; 
IV - suspensão da inscrição até 90 (noventa) dias; 
V - cancelamento da inscrição, com apreensão da carteira profissional. 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
16.0 16 
§1º - Na determinação da sanção aplicável, orientar-se-á o Conselho pelas circunstâncias de cada 
caso, de modo a considerar leve ou grave a falta. 
§2º - a reincidência na mesma falta determinará a agravação da penalidade. 
§3º - A multa poderá ser acumulada com outra penalidade, e na hipótese de reincidência, aplicar-se-á 
em dobro. 
§4º - A pena de suspensão será anotada na Carteira Profissional do Corretor de Imóveis ou responsável 
pela pessoa jurídica e se este não a apresentar para que seja consignada a penalidade, o Conselho 
Regional poderá convertê-la em cancelamento de registro. 
§5º - As penas de advertência, censura e multa serão comunicadas pelo Conselho Regional em ofício 
reservado, não se fazendo constar dos assentamentos do profissional punido, senão em caso de 
reincidência. 
Art. 40 - Da imposição de qualquer penalidade caberá recurso, com efeito 
suspensivo, ao Conselho Federal: 
I - voluntário, no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência da decisão; 
II -ex-oficio, nas hipóteses dos itens IV e V do artigo anterior. 
Art. 41 - As denúncias somente serão recebidas quando assinadas, declinada a qualificação do 
denunciante e acompanhada da indicação dos elementos comprobatórios do alegado. 
Art. 42 - A suspensão, por falta de pagamento de anuidades, emolumentos ou multas só cessará com a 
satisfação da dívida, podendo ser cancelada a inscrição, de acordo com critérios a serem fixados pelo 
Conselho Federal. 
Art. 43 - As instâncias recorridas poderão reconsiderar suas próprias decisões. 
Art. 44 - O Conselho Federal será a última e definitiva instância nos assuntos relacionados com a 
profissão e seu exercício. 
Art. 45 - Aos servidores do Conselho Federal e Regionais de Corretores de Imóveis aplica-se o regime 
jurídico da Consolidação das Leis do Trabalho. 
Art. 46 - Em caso de intervenção em Conselho Regional, cabe ao Conselho baixar instruções sobre 
cessação da intervenção ou realização de eleições, na hipótese de término de mandato. 
Art. 47 - O disposto no artigo 15 somente será observado nas eleições para constituição dos Conselhos 
Regionais, após o término dos mandatos vigentes em 15 de maio de 1978. 
Art. 48 - Este Decreto entrará em vigor na data da sua publicação, revogadas as disposições em 
contrário. 
Brasília, DF, em 29 de junho de 1978; 157º da Independência e 90º da República. 
 
ERNESTO GEISEL 
Arnaldo Prieto 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
16.0 17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FINALIDADE: Desenvolver a habilidade do aluno de reconhecer os fatores que, de fato, devem ser 
observados para a avaliação de um imóvel. 
 
OBJETIVOS: Identificar e empregar de forma consciente as atribuições e competências do Corretor de 
Imóveis; 
 Promover a utilização dos mecanismos de divulgação de tabelas de comissões e de 
prestação de serviços. 
 Desenvolver no futuro Corretor o hábito da consulta e do reconhecimento das leis que 
regem a profissão. 
 
2 - AVALIAÇÃO DO IMÓVEL 
 
A lei da Oferta e da Procura influencia, em especial, o valor de um 
imóvel. 
Deve se preponderar a comparação de valores de imóveis do 
mesmo local, verificando entre outros fatores: 
suas proporções: a largura ou a frente do terreno em relação à 
sua extensão ou fundos; 
seu aproveitamento: o número de metros quadrados de 
construção que as leis vigentes permitem no terreno em apreço; 
sua localização: a posição do terreno no logradouro, lado da 
sombra ou do sol, frente sul e norte, distância das ruas ou 
logradouros que limitam a quadra, meio comum de condução ou aproximação destes, vizinhança como 
fatores de valorização ou desvalorização, largura e pavimentação do logradouro, serviços urbanos 
como luz, água, gás, esgoto, telefones, etc.. 
Finalidade da Avaliação de um Imóvel 
A avaliação tem como finalidade precípua a determinação do valor de um bem ou de um direito sobre o 
mesmo, vindo daí a necessidade de se definir um valor. A ideia de valor está intimamente ligada à de 
utilidade. A utilidade é a capacidade que possuem certos entes para satisfazer uma necessidade e 
para que uma coisa seja considerada útil, faz-se necessária a ocorrência de 03 (três) condições: 
 existência de relação entre as qualidades dessa coisa e a necessidade ou desejos; 
 conhecimento da relação; 
 possibilidade de ser utilizada. 
 
Destacamos, em seguida, alguns sentidos mais utilizados em avaliação: 
VALOR: é a expressão de uma necessidade, de um desejo ou de um capricho de possuir um bem. 
VALOR DE MERCADO: é o preço pelo qual um vendedor propenso venderia e um comprador propenso 
compraria um bem ou coisa, nenhum deles estando sob pressão anormal. 
Aula 02 – Avaliação do Imóvel 
SUMÁRIO 
 
 Fatores de Avaliação 
 Finalidade da Avaliação de um Imóvel 
 Tipos de valor 
 Resumo 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
16.0 18 
VALOR DE REPOSIÇÃO: refere-se àquele valor de propriedade determinado na base, que custaria 
para ser substituído por outro igualmente satisfatório. 
VALOR ECONÔMICO: é o valor que o bem ou coisa tem em função de sua capacidade geradora de 
rendimento. 
VALOR RENTÁVEL: é aquele que se obtém de uma propriedade, em função das suas receitas líquidas 
presentes e futuras, segundo prognóstico feito com base nas receitas de despesas recentes e na 
tendência dos negócios. No caso de imóvel, quanto ele produziu e quanto poderá produzir, por 
exemplo, em um regime de locação. 
VALOR VENAL: é o valor fixado pelas autoridades ou agentes para fins de exação (aplicável na 
determinação dos impostos a serem pagos) e não serve de base para o estabelecimento do valor de 
mercado. 
VALOR CONTÁBIL: é o valor constante dos livros contábeis da empresa, atualizado com aplicação das 
deduções para depreciação e acréscimos permitidos pela Lei para a reavaliação consequente da 
influência inflacionária. 
VALOR DE TROCA: é o valor atribuível ao bem ou coisa quando é dado em pagamento parcial ou total 
por ocasião de troca por outro bem ou coisa. 
VALOR DEPRECIADO: é o valor do bem ou coisa após a dedução de todas as parcelas atribuíveis à 
depreciação física, de uso e de obsolescência. 
VALOR À VISTA: é o preço efetivamente pago em moeda corrente por um item específico de 
propriedade e é aplicável em avaliações somente em casos específicos. 
VALOR DO INVESTIMENTO: é o valor atribuído ao bem ou coisa quando oferecido para integralizar um 
investimento. 
VALOR DE LOCAÇÃO: é o valor atribuído ao bem ou coisa
para fins de estabelecimento da instituição 
devido a título de taxa de locação ou utilização (aluguel). 
VALOR EFETIVO ou SENTIMENTAL: é o valor ligado à propriedade na posse das famílias antigas os 
quais, em razão de laços pessoais, não desejam partilhar sua posse. Não serve de base para a 
determinação de valor de mercado. 
VALOR DE MERCADO: é o valor de um imóvel em função de inúmeros fatores, como: 
 suas proporções; 
 seu aproveitamento; 
 sua localização. 
 
O valor do imóvel costuma ser estabelecido de acordo com 03 (três) critérios básicos: 
 custo; 
 mercado; 
 rentabilidade. 
 
Valor do Imóvel conforme o custo: é o critério que considera o custo do terreno e da construção à 
época de sua realização ou quanto custaria no momento. 
Valor do imóvel conforme o mercado: é o critério que engloba todos os fatores que, direta ou 
indiretamente, interferem na valorização do imóvel. Tratando-se de concorrência pública, verifica-se a 
oscilação que sofre o preço do imóvel. 
Valor do imóvel conforme a rentabilidade: é o critério que considera a renda que o imóvel poderia 
proporcionar ao seu proprietário. É feito à base da Matemática Financeira e leva em conta o fato de que 
se considera o aluguel de um imóvel como renda perpétua. 
 
RESUMO 
Quanto à AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS (levantamento sistemático do imóvel pela análise de mercado), o 
Corretor deverá observar os seguintes itens: 
1 – obter autorização ou contrato de prestação de serviços para avaliação de imóvel; 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
16.0 19 
2 – analisar a situação legal do imóvel: 
 se a documentação do imóvel está em ordem; 
 se não consta nenhum tipo de ônus sobre o imóvel (certidão do cartório de registro de imóveis) 
ou sobre os proprietários; 
 solicitar uma Certidão junto à Prefeitura para verificar se não existem débitos de IPTU e outras 
taxas municipais. Em caso de edifícios, solicitar a declaração de débitos condominiais, que 
deverá ser assinada pelo síndico. 
 Realizar a supervisão jurídica completa na compra do imóvel: 
 - exame técnico do Título de Propriedade do Vendedor antes do pagamento do Sinal; 
- obtenção de certidão atualizada do Imóvel junto ao Registro de Imóveis; 
- Exame Técnico da situação legal do Imóvel antes do pagamento do Sinal; 
- Elaboração do Recibo de Sinal e Princípio de Pagamento por advogado especializado com a 
estipulação de todas as obrigações do Vendedor e garantindo todos os direitos do Comprador; 
- acompanhamento pessoal de Advogado junto ao Comprador no ato do pagamento do Sinal; 
- obtenção junto aos Cartórios Municipais, Estaduais e Federais das Certidões Negativas do Vendedor; 
- Exame Técnico de toda a Documentação Pessoal e das Certidões Negativas do Vendedor; 
- obtenção junto aos Cartórios e Repartições Públicas de toda a Documentação do Imóvel; 
- Exame Técnico de toda a Documentação do Imóvel a ser adquirido; 
- levantamento da situação física do Imóvel junto ao Departamento de Projetos da Prefeitura Municipal; 
- processamento do Imposto de Transmissão para assinatura da Escritura Pública; 
- levantamento da situação fiscal do Imóvel quanto ao pagamento das despesas de Condomínio, do 
Imposto Predial ou Territorial e da Taxa de Incêndio, em nível extrajudicial e judicial; 
- pagamento do Imposto de Transmissão junto à Prefeitura Municipal; 
- acompanhamento pessoal de advogado junto ao Comprador na assinatura da Escritura Pública; 
- assinatura da Escritura Pública na presença de Escrevente Juramentado do Cartório de Notas; 
- processamento do registro da Escritura Pública no Registro de Imóveis; 
- entrega ao Comprador da Escritura Pública de compra do Imóvel totalmente legalizada; 
- alteração para o nome do Comprador no carnê do IPTU. 
 
3 – conferir plantas e áreas do imóvel; 
 
4 – analisar localização e posição do imóvel: 
A localização é o fator mais importante em termos de avaliação do imóvel. É por meio da localização 
que se classifica um terreno em urbano ou rural, assim como outras características que venham 
valorizar ou desvalorizar o imóvel. 
Se o terreno for urbano: verificar o zoneamento de uso do solo a que pertence e o que se pode 
construir nele. A extensão da área urbana é fornecida pela Prefeitura Municipal. A área urbana poderá 
englobar não só a sede da municipalidade, mas também distritos. 
Se o terreno for rural: verificar se está localizado em região metropolitana e, em caso afirmativo, a 
subdivisão mínima do terreno é de 02 Hectares. Fora da região metropolitana a subdivisão do terreno é 
de 03 Hectares. 
Garantias de um Negócio 
Como garantia de um negócio seguro e perfeito, deve-se exigir que o vendedor apresente os seguintes 
documentos: 
1. Título de propriedade devidamente registrado e regularizado; 
2. Certidão de filiação de domínio pelo prazo de 20 (vinte) anos; 
3. Certidão negativa de ônus pelo prazo de 20 (vinte) anos, repetindo os nomes dos proprietários, da 
mesma forma que na certidão de filiação de domínio; 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
16.0 20 
4. Certidão negativa de ações reais e pessoais reipersecutórias pelo prazo de 10 (dez) anos, em nome 
do proprietário atual e de seus antecessores compreendidos neste período; 
5. Certidão negativa de protestos de títulos pelo prazo de 5 (cinco) anos, em nome do atual proprietário 
ou de seus antecessores dentro deste período; 
6. Certidão negativa de ações fiscais pelo prazo de 5 (cinco) anos em nome do atual proprietário ou de 
seus antecessores dentro deste período; 
7. Certidão negativa de registro de títulos e documentos pelo prazo de 10 (dez) anos, sob a 
responsabilidade do atual proprietário e/ou dos antecessores neste mesmo período; 
8. Certidões negativas de impostos e taxas expedidas pelas repartições Federal, Estadual e Municipal, 
em nome do atual proprietário; 
9. Certidão negativa expedida pela Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, atestando se o 
imóvel está ou não sujeito à área de recuo ou investidura ou se está sujeito à zona de influência do 
metrô; 
10. Certidão de ações penais referentes ao crime contra o Patrimônio e contra a Administração Pública, 
pelo prazo de 10 (dez) anos; 
11. Certidão de quitação expedida pela repartição previdenciária, para os casos a que se obrigam as 
pessoas físicas e jurídicas; 
12. Certidão comprovando que a associação ou sociedade civil se acha formalizada diante do Cartório 
de Registro Civil das pessoas Jurídicas; 
13. Certidão comprovando e regularizando a firma comercial ou sociedade anônima perante o Registro 
do Comércio; 
14. Documento legal se o imóvel estiver alugado, provando a desistência do inquilino quanto à 
preferência de aquisição; 
15. Antes de se lavrar o instrumento, quem o fizer deve verificar da necessidade ou não, de algumas 
providências, tais como: 
 averbação da construção 
 averbação da demolição; 
 averbação da alteração do nome de rua, do número e demolição 
do imóvel; 
 averbação da reconstrução; 
 averbação de desmembramento; 
 averbação de alteração do nome do vendedor e ou de seu cônjuge; 
 averbação do estado civil do vendedor e/ou de seu cônjuge; 
 reconhecer as firmas dos vendedores e testemunha em títulos de 
instrumento particular. 
 
Transcrição 
Estão sujeitos à transcrição, no respectivo Registro, os títulos translativos da propriedade imóvel, por 
ato entre vivos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
16.0
21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FINALIDADE: Proporcionar ao futuro corretor a conscientização de que é por intermédio do 
conhecimento registral que será verificada a legitimidade das partes interessadas em negócios 
imobiliários. 
 
OBJETIVOS: Identificar a importância do registro de imóveis e os princípios básicos que o envolvem; 
 Promover a familiarização do corretor aos livros utilizados para o registro de imóveis; 
 Esclarecer que a inobservância aos princípios fundamentais do Registro Imobiliário pode 
dar origem à nulidade de sua instrumentalização. 
 
3 - REGISTRO DE IMÓVEIS 
 
Os direitos reais sobre imóveis, constituídos ou transmitidos por ato entre vivos só são 
adquiridos depois da transcrição ou da inscrição dos respectivos títulos no Registro de Imóveis. Além 
disso a legislação determina que se averbem à margem das respectivas transcrições as modificações 
que possam, de qualquer modo, repercutir em estabilidade. 
O Registro de Imóveis constitui repositório de informações e centro para onde converge todos os 
elementos referentes à propriedade imobiliária. 
O Código Civil determina que sejam registrados, não só os títulos em que diretamente se 
processa a transmissão “inter vivos” ou transmissão de direitos reais sobre imóveis: no mesmo Registro 
deverão ser transcritos os papéis constitutivos de ônus reais sobre coisas alheias e inscritas as 
hipotecas. Portanto, todas as alterações no regime imobiliário devem constar do Registro de Imóveis. 
No regime anterior à nova lei de registros públicos, praticavam-se nos Cartórios três espécies de atos: 
 a transcrição; 
 a inscrição; 
 a averbação. 
 
A transcrição: envolvia a trasladação, palavra por palavra, do documento para o livro do oficial público. 
A inscrição: implicava a trasladação apenas do extrato, isto é, de um resumo do negócio jurídico. 
Na prática começou-se a proceder à transcrição também por extrato e, desta maneira, transcrição e 
inscrição passaram a significar a mesma coisa, sendo um procedimento utilizado indiscriminadamente. 
A averbação: é, teoricamente, um ato decorrente de sentença judicial, por meio do qual se adita, a uma 
transcrição, notícia de uma circunstância posterior, em relação ao imóvel. 
 
Principais atos sujeitos a registro 
O Artigo 167 da Lei de Registros Públicos enumera 34 espécies de atos sujeitos a registro. Além 
dos casos de registro de título de aquisição de propriedade imóvel, de títulos constitutivos de outros 
direitos reais ou de sentenças que reconhecem o usucapião, a lei consigna a necessidade de se 
transcreverem os títulos declaratórios e não atributivos do domínio ou atos em que a aquisição se faz, 
não por negócio jurídico, mas por meio autônomo, como na hipótese de sucessão “causa mortis”. 
Aula 03 – Registro de Imóveis 
SUMÁRIO 
 
 Introdução 
 Atos sujeitos a registro 
 Casos de averbação 
 Livros do Registro de Imóveis 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
16.0 22 
A aquisição da propriedade pelo direito hereditário é meio autônomo de aquisição de domínio, 
e, mesmo neste caso, a lei preconiza que se transcrevam os atos de entrega de legado de imóveis, os 
formais de partilha, como também ordena que se transcrevam as sentenças que, nos inventários e 
partilhas, adjudiquem bens de raiz em pagamento das dívidas de herança. Tal procedimento tem por 
objetivo estabelecer a continuidade do registro. 
A lei dos Registros Públicos determina que se procederá ao registro, além dos já apontados e de outros 
que parecem de menor relevo, dos seguintes atos: 
 de instituição de bem de família; 
 das hipotecas legais, judiciais e convencionais; 
 do penhor de máquinas e aparelhos usados na indústria em funcionamento, com ou sem seus 
respectivos pertences; 
 dos empréstimos por obrigações ao portador ou debêntures, inclusive as conversíveis em ações; 
 das penhoras, arrestos e sequestros de imóveis; 
 das citações de ações reais ou pessoais reipersecutórias, relativas a imóveis; 
 do contrato de locação de prédio no qual tenham sido consignadas cláusulas de vigência, no caso 
de alienação de coisa locada; 
 dos loteamentos urbanos e rurais; 
 das servidões em geral; 
 do usufruto e de uso sobre imóveis e da habitação quando não resultarem do direito de família; 
 dos contratos de penhor rural; 
 das rendas constituídas ou vinculadas a imóveis por disposição de última vontade; 
 da promessa de compra e venda de imóvel não loteado cujo preço deva se pagar a prazo, em uma 
ou mais prestações, bem como das escrituras de promessa de venda de imóveis em geral; 
 das incorporações, instituições e convenções de condomínio. 
 
Principais casos de averbação 
A relação dos casos de averbação é encontrada no Artigo 167 da Lei de Registros Públicos. 
A averbação que é feita na ficha ou folha de matrícula constitui um aditivo no intuito de advertir terceiros 
de determinada circunstância que afeta o registro. Por exemplo: 
a alteração de nome por casamento ou separação judicial; 
pactos antenupciais quando convencionarem regime de bens diversos do legal; 
restabelecimento da sociedade conjugal; 
cláusulas de inalienabilidade, impenhorabilidade, incomunicabilidade imposta a imóveis, bem como da 
constituição de fideicomisso. 
 
Livros do Registro de Imóveis 
São 05 (cinco) os livros de registro: 
Livro nº. 1 – Protocolo 
Livro nº. 2 – Registro Geral 
Livro nº. 3 – Registro Auxiliar 
Livro nº. 4 – Indicador Real 
Livro nº. 5 – Indicador Pessoal 
 
Livro nº. 1 – Protocolo: serve para apontamento de todos os títulos apresentados diariamente. 
Livro nº. 2 – Registro Geral: é destinado à matrícula e ao registro ou averbação dos atos relacionados 
no Art. 167 e não atribuídos ao Livro nº. 3. 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
16.0 23 
Livro nº. 3 – Registro Auxiliar: é destinado ao registro dos atos que, sendo atribuídos ao Registro de 
Imóveis por disposição legal, não digam respeito diretamente a imóvel matriculado. 
Livro nº. 4 – Indicador Real: é o repositório de todos os imóveis que figurarem nos demais livros e 
anotações necessárias. 
Livro nº. 5 – Indicador Pessoal: é dividido alfabeticamente e é o repositório dos nomes de todas as 
pessoas que, individual ou coletivamente, ativa ou passivamente, direta ou indiretamente, figurarem nos 
demais livros, fazendo-se referência aos respectivos números de ordem. 
 
Cancelamento de Matrícula 
A matrícula será cancelada: 
1 – por decisão judicial; 
2 – quando o imóvel for inteiramente transferido para outro proprietário; 
3 - pela fusão, quando dois ou mais imóveis contínuos pertencerem ao mesmo proprietário; 
 
Cancelamento de Averbação 
O cancelamento da averbação poderá ser total ou parcial e será feito pelo oficial qualificado. O motivo 
que originar o cancelamento deverá ser declarado, bem como o título em virtude do qual foi realizado. 
O cancelamento da averbação será feito: 
1 – em virtude de decisão judicial transitada em julgado; 
2 – em atenção ao requerimento unânime das partes que participarem do ato registrado, com firmas 
reconhecidas; 
3 – atendendo ao requerimento do interessado, instruído com documento hábil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FINALIDADE: Apresentar as possíveis proibições de venda e a real necessidade de observá-las para a 
realização de um negócio seguro e confiável. 
 
OBJETIVOS: Identificar a importância da observação da legalidade e capacidade de venda por parte 
do vendedor; 
 Identificar as diversas formas de aquisição de bens imóveis. 
 
4 - CAPACIDADE PARA
COMPRAR E VENDER 
 
O Código Civil, a partir do Art. 481 até o Art. 532, preconiza sobre a compra e suas 
modalidades, inclusive em hasta pública. Verificamos que o Art. 497 dispõe sobre o que não pode ser 
comprado, sob pena de nulidade, ainda que em hasta pública: 
“ I - pelos tutores, curadores, testamenteiros e administradores, os bens confiados à sua guarda ou 
administração; 
II - pelos servidores públicos, em geral, os bens ou direitos da pessoa jurídica a que servirem, ou que 
estejam sob sua administração direta ou indireta; 
SUMÁRIO 
 
 Introdução 
 Proibições de venda 
 Formas de aquisição de imóveis 
 Tipos de acessão 
Aula 04 – Capacidade para Comprar e Vender 
 
_____________________________________________________________________________________ 
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
16.0 24 
III - pelos juízes, secretários de tribunais, arbitradores, peritos e outros serventuários ou auxiliares da 
justiça, os bens ou direitos sobre que se litigar em Tribunal, juízo ou conselho, no lugar onde servirem, 
ou a que se estender a sua autoridade; 
IV - pelos leiloeiros e seus prepostos, os bens de cuja venda estejam encarregados.” 
 
A capacidade do vendedor deve ser objeto de análise, além de provar a posse do imóvel, isto é, 
se realmente está apto para vender e, para isso, citamos algumas exigências: 
se o vendedor tiver idade superior a 16 anos e inferior a 18 deverá: 
- apresentar documento de emancipação por escritura pública averbada, ou 
- comprovação do exercício de função pública, ou 
- certidão de casamento; ou 
- diploma de curso superior ( 3º grau) , se tiver 16 anos; 
- se tiver menos de 18 anos e não estiver incluído nos exemplos acima, apresentará alvará judicial 
expedido pelo juiz competente. 
- se o vendedor for casado em regime de comunhão, deverá apresentar autorização do cônjuge: 
- Certidão de óbito do cônjuge, se o vendedor for viúvo; 
- Certidão de desquite ou de anulação do casamento, se for desquitado; 
- Certidão de divórcio, se for divorciado; 
- Certidão por instrumento público com as formalidades legais de tradução, se for casado no exterior; 
- Título de naturalização, se for naturalizado; 
- Alvará judicial comprovador, se o cônjuge estiver ausente em lugar incerto e não sabido; 
- Procuração com poderes legais, se o cônjuge estiver ausente temporariamente; 
- Procuração por instrumento público, submetido ao consulado do país de outorga, se for residente no 
exterior; 
- Impressão digital, por defeito físico que o impossibilite de assinar, ou analfabeto; 
- Alvará expedido pelo juízo do inventário ou da falência, se o imóvel for um bem de espólio ou de 
massa falida. 
 
Notas 
1) Código Civil, Artigo 1.647 – Nenhum dos cônjuges pode, sem autorização do outro, exceto no regime 
de separação absoluta: 
I – alienar ou gravar de ônus real os bens imóveis. 
2) Código Civil, Artigo 1.687 – Estipulado o regime de separação de bens, estes permanecerão sob a 
administração exclusiva de cada um dos cônjuges, que os poderá livremente alienar ou gravar de ônus 
real. 
Proibições de Venda 
Existem ainda outras proibições de venda, como as abaixo citadas: 
 os pais não poderão hipotecar, alienar ou gravar de ônus os imóveis dos filhos que estejam 
sobre seu pátrio poder, a não ser no caso em que demonstre a necessidade ou conveniência e, 
dessa forma, só com autorização judicial; 
 também não poderão vender, os menores de 18 anos, os que, por enfermidade ou deficiência 
mental, não tiverem o necessário discernimento para a prática desses atos, e os que, mesmo 
por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade; 
 os declarados com relativa incapacidade, ou seja os maiores de 16 anos e menores de 18 anos, 
os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, e os que, por deficiência mental, tenham o 
discernimento reduzido, os excepcionais, sem desenvolvimento completo, os pródigos; sendo 
que a capacidade dos índios será regulada por legislação especial; 
 os ascendentes não podem vender aos descendentes, sem que haja o consentimento dos 
outros descendentes; 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
16.0 25 
 o falido disporá de seus bens, a partir do “ momento da abertura “, da falência, ou ainda, da 
decretação do sequestro; 
 o condomínio não poderá vender a sua parte em coisa individual a terceiros ou a estranhos, a 
menos que atenda a preceitos legais do Código Civil, art. 504. 
 
 Não podem ser alienados os bens inalienáveis, a menos que tenham autorização judicial em 
atenção em casos como: 
 
- falta de recursos para a subsistência da família, ou seja, extrema necessidade; 
- pagamento de dívida; 
- necessidade de reparos indispensáveis em outro imóvel dotal; 
- os imóveis adquiridos pelo Sistema Financeiro da Habitação 
sem o assentimento da entidade financiadora. 
 
Cumpre ainda ressaltar que alguns bens estão excluídos da 
comunhão, ou seja: 
- os bens de herança, os bens legados ou bens doados que 
tenham cláusula de incomunicabilidade; 
- os bens que estejam gravados de fideicomisso, ou seja, com 
disposição testamentária impondo obrigação a um dos 
herdeiros de, por sua morte, transmitir a outro a herança e o direito do herdeiro, antes da realização da 
condição suspensiva; 
- os bens reservados; 
- as dívidas anteriores ao casamento, executando-se as contraídas com os preparativos deste ato ou 
em benefício comum; 
-se um dos cônjuges fizer doação antenupcial que tenha cláusula de incomunicabilidade; 
- os frutos civis do trabalho em comum dos cônjuges ou de cada um; 
- a fiança que for prestada pelo marido sem o consentimento expresso de sua mulher; 
- o dote que tenha sido prometido ou expressamente constituído isoladamente por um dos cônjuges a 
um filho comum ou a um filho de outro leito; 
 - as obrigações advindas de práticas ilícitas. 
 
Aquisição de Imóveis – Arts. 1.238 a 1.259 
O Código Civil Brasileiro, distingue em seus Artigos 1.238 a 1.259 os modos de aquisição dos bens 
imóveis, respectivamente: 
1 - pela usucapião ( do Art. 1.238 até o Art. 1.244 ) 
2 - pelo registro do título ( do Art. 1.245 até Art. 1.247 ) 
3 - por acessão ( do Art. 1.248 até Art. 1.259 ) 
 
1 - Pelo Usucapião 
Usucapião é o modo de adquirir propriedade móvel ou imóvel pela posse pacífica e ininterrupta da coisa 
durante certo tempo. 
A usucapião é comumente invocada como modo de adquirir o domínio, ou seja, é a posse prolongada 
da coisa sem qualquer oposição ou interrupção, por um período mínimo previsto em lei. 
O usucapião possui fases: aquisitiva e executiva. A primeira é o modo de adquirir a propriedade pela 
posse prolongada e a segunda, o meio pelo qual alguém se libera de uma obrigação pelo decurso de 
tempo. 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
16.0 26 
Não são suscetíveis de usucapião os bens de qualquer natureza, patrimoniais ou dominais, bem como 
os terrenos da Marinha e terras devolutas. Salvo a hipótese de usucapião ‘’pro-labore’’, só podem ser 
usucapiados, os bens de domínio particular. 
 
A nossa legislação reconhece as seguintes formas de usucapião: 
Usucapião após 15 ( quinze ) anos. (Art. 1.238 – CC) 
Usucapião após 05 ( cinco ) anos – área rural até 50 ( cinquenta ) hectares. 
Usucapião após 05 ( cinco ) anos – área urbana até 250 ( duzentos e cinquenta ) metros quadrado. 
Usucapião após 10 ( dez ) anos ( Parágrafo único do Art. 1.238 - CC) 
 
2 – Pelo Registro do Título 
Não basta um simples acordo de vontades entre o transmitente e o comprador, para a aquisição de
propriedade imóvel. Da mesma forma, para transferir o domínio, não basta por si só, o contrato de 
compra e venda. Assim sendo, somente se opera essa transferência com a transcrição do título no 
registro imobiliário. A transcrição no nosso direito é uma tradição solene que gera o direito real para o 
comprador, transferindo-lhe, então, o domínio. 
 
Os dois requisitos para aquisição de um imóvel são: 
- acordo de vontades entre o transmitente e o adquirente, o qual deve constar obrigatoriamente de 
escritura pública. 
- registro do título translativo na circunscrição competente. 
 
3- Por Acessão 
Aquisição por acessão é o modo originário de adquirir uma propriedade, em virtude do qual ao 
proprietário fica pertencendo tudo quanto se une ao seu bem. Os casos previstos no Art. 1.248 do 
Código Civil dependem do concurso de dois pontos importantes: 
- a conjunção entre duas coisas que até então estavam separadas; 
- caráter o acessório de uma dessas coisas, confrontando com a outra. 
O Código Civil explica a acessão de cinco formas em relação à propriedade imóvel, em seu Art. 1.248: 
I - por formação de ilhas. 
II - por aluvião. 
III - por avulsão. 
IV - por abandono de álveo. 
V - por plantações ou construções. 
 
Acessão por Formação de Ilhas. 
Uma ilha pode surgir no mar, num rio navegável ou público e no curso de rio não navegável e particular. 
O surgimento da ilha pode ser determinado por diversas formas, como: acumulação de areia, cascalho, 
fragmentos de terra e outros materiais, movimentos sísmicos, rebaixamento permanente do nível da 
água, deixando em seco uma parte funda do seu leito e avulsão numa das propriedades marginais 
(vide, também como ampliação de conhecimentos, o Código das águas.) 
Acessão pela Aluvião 
A acessão pela aluvião é o acréscimo insensável que o rio mui vagarosamente às margens, que a um 
dado momento, é impossível apreciar a quantidade acrescida. Esse acréscimo marginal produzido pela 
natureza pertence aos donos dos terrenos marginais, como preceitua o art. 1.250 do Código Civil. 
 
 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
16.0 27 
Acessão pela Avulsão 
É a desagregação repentina de um trecho de terra por força natural violenta. A avulsão ocorre quando 
uma porção considerável e reconhecível de determinada propriedade imóvel se desprende e é 
transportada pela correnteza para outra propriedade. O art. 1.251 do Código Civil combinado com o 
Art. 19 a 22 do Código das Águas (Dec. 24.643/1.934), dispõe que o proprietário do fundo contemplado 
com a porção acrescida é quem tem direito de concordar com a remoção ou de pagar o respectivo valor 
ao proprietário reclamante e sem direito a outras indenizações. O proprietário que sofrer avulsão deve 
reclamar no prazo de um ano, caso contrário, perderá o direito de reivindicar e o direito de indenização. 
 
Acessão por Abandono de Álveo 
Álveo é a superfície que as águas cobrem sem transbordar para o solo natural e ordinariamente enxuto 
(Art. 9, 10, 26 e 27 do Código de Águas), ou ainda: a depressão de terreno que servia anteriormente de 
leito de um rio. O Álveo será considerado público e de uso comum, conforme a propriedade das águas, 
e será particular quando das águas comuns ou das águas particulares. 
O Álveo definitivamente abandonado, quer o rio seja público, quer seja particular, pertencerá aos 
proprietários ribeirinhos das duas margens Art. 1.252 do Código Civil. 
Acessão por Construção e Plantações 
Nem todas as obras efetuadas em uma coisa entram na classe das benfeitorias, não se enquadram 
entre as benfeitorias propriamente ditas, como, por exemplo, as construções e as plantações. O Art. 
1.253 do Código Civil diz que o princípio geral é de que toda construção ou plantação existente em um 
terreno, até prova em contrário, se presume feita pelo proprietário e à sua custa. Assim, sendo, o 
proprietário de um determinado imóvel adquire pela acessão, as coisas móveis que a esse se 
incorporem. O solo, caracterizado como principal pertencente a certa pessoa, por presunção legal; a 
esta pertencerão as plantações e construções por acaso existentes bem como seus acessórios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FINALIDADE: Apresentar as possíveis proibições de venda e a real necessidade de observá-las para a 
realização de um negócio seguro e confiável. 
 
OBJETIVOS: Identificar a importância da observação da legalidade e capacidade de venda por parte 
do vendedor; 
 Identificar as diversas formas de aquisição de bens imóveis. 
 
5 – PROCURAÇÃO OU MANDATO 
 
O mandato é o contrato estabelecido ou firmado entre o mandante (que 
confere poderes) e o mandatário (que recebe os poderes para praticar atos em 
nome daquele) - Art. 653 ao Código Civil. 
A procuração é o instrumento do mandato. Pode ser: 
a) por instrumento particular quando feita ou escrita pelo próprio mandante com 
o reconhecimento de firma, se ad negotia; 
SUMÁRIO 
 
 Conceitos 
 Elementos; obrigações e formas de extinção 
 Modelos de Procuração 
Aula 05 – Procuração ou Mandato 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
16.0 28 
b) por instrumento público quando lavrada em cartório, recebendo-se o traslado, havendo necessidades 
de outras cópias, o cartório fornecerá certidão; 
c) extra judicial (ad negotia): quando confere um deles para um mandatário praticar negócios comuns, 
de cunho civil ou comercial, fora dos tribunais; 
d) judicial (ad juditia): quando confere poderes ao bacharel em Direito, devidamente habilitado para 
representar, nos tribunais, o mandante na qualidade de autor ou réu. 
Obs.1: a palavra Procuração deve vir no centro da folha; 
Obs.2: a partitura silábica deve ser gramatical; 
Obs.3: não se separam os números dos documentos pessoais; 
Obs.4: verbos “residir” e “domiciliar” exigem regência com preposição "em". 
- verbos com valor de movimento usam-se preposição "a". Ex.: cheguei à casa; domiciliado na rua..., 
etc. 
Obs.5: a expressão "bastante" significa suficiente (para o que basta). O procurador não pode ir além, 
nem ficar aquém dos poderes a ele conferidos. 
Obs.6: os poderes especiais são estipulados de acordo com a natureza do negócio e a extensão dos 
poderes. 
Obs.7: é obrigatória a presença do verbo nomear (indicar) e constituir (tornar o indicado procurador). 
Obs.8: o mandante pode ser pessoa física (natural) ou jurídica. 
Obs.9: os maiores e emancipados no gozo de sua capacidade civil assinam o documento sem 
restrições. 
Obs.10: os relativamente incapazes são assistidos, assinam juntos com os seus representantes legais. 
Obs.11: os absolutamente incapazes são representados, não assinam. 
Obs.12: no mundo negocial admite-se um mandatário menor, entre 16 e 18 anos (extra judicial). 
Obs.13: na procuração ad judicia somente bacharel em direito devidamente escrito na OAB pode ser 
procurador. 
Elementos da Procuração 
a) Partes 
nº 1 - mandante, outorgante, constituinte; 
nº 2 - mandatário, outorgado, constituído, procurador (qualificar, ex.: RG, CPF, endereço, estado civil ...) 
b) Objetivo 
a finalidade da procuração 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
16.0 29 
c) Poderes conferidos 
a forma como deve ser desempenhado o mandato 
d) Local, data e assinatura ao final 
Obrigações do Mandatário 
 a) Aplicar toda a sua diligência na execução do mandato (Art. 667 CC). 
b) Pagar juros (Art. 670 CC). 
c) Prestar contas (Art.
668 CC). 
d) Apresentar o instrumento do mandato. 
e) Concluir um negócio já começado (Art. 674 CC). 
Obrigações do Mandante 
a)Satisfazer todas as obrigações contraídas pelo mandatário (Art. 675 do CC) 
b)Adiantar a importância das despesas necessárias à execução do mandato (art. 675 do CC) 
c)Pagar ao mandatário a remuneração ajustada e as despesas de execução do mandato (Art. 676 do 
CC ) 
d)Ressarcir ao mandatário as perdas que sofrer com a execução do mandato sempre que não resultam 
de culpa sua ou excesso de poderes (Art. 678 do CC) 
e)Obrigação para com aqueles com quem o procurador contratou (Art. 679 do CC) 
Extinção do Mandato (Art. 682 do C.C.) 
I – pela revogação ou pela renúncia; 
II - pela morte ou interdição de uma das partes; 
III – pela mudança de estado que inabilite o mandante a conferir os poderes, ou o mandatário para os 
exercer; 
IV – pelo término do prazo ou pela conclusão do negócio. 
 
 Substabelecer - é o ato pelo qual o mandatário transfere a terceiros os poderes recebidos em uma 
determinada procuração. Poderá ser parcial ou total, isto é, com ou sem reserva de poderes. 
Tratando-se de mandato judicial, substabelecido e substabelecente poderão funcionar simultaneamente 
no mesmo processo. 
O substabelecimento deve ser feito com a anuência do mandante. 
Na procuração “ADJUDITIA” não precisa reconhecer firma. 
 
 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
16.0 30 
Modelos de Procuração 
PROCURAÇÃO (Modelo 1) 
Pelo presente instrumento particular de Procuração, João da Silva, brasileiro casado, comerciário, RG 
n.º x, CPF n.º x, residente e domiciliado nesta cidade, na rua Afonso Pena, n.º 30, São Paulo, constitui e 
nomeia seu bastante procurador Manuel Souza, brasileiro, solteiro, advogado, OAB n.º xxxxx, residente 
e domiciliado nesta cidade, conferindo-lhe os poderes da cláusula "AD JUDICIA" e para substabelecer. 
São Paulo, 31 de Agosto de 2004. 
_________________________ 
 
João da Silva 
PROCURAÇÃO (Modelo 2) 
Pelo presente instrumento particular de procuração, Manoel Souza, brasileiro, casado, motorista, RG nº 
x, CPF nº x, residente e domiciliado nesta cidade, na rua Afonso Pena, nº 30, São Paulo, nomeia e 
constitui seus bastantes procuradores José Carlos Lima, brasileiro, casado, advogado, OAB nº xxxxx, 
residente e domiciliado nesta cidade e José Silva, brasileiro, solteiro, advogado, OAB nº xxxxx, 
residente e domiciliado nesta cidade, conferindo-lhes os poderes da cláusula "ad judicia" e especiais 
para acordar, discordar, transigir, desistir, dar e receber quitação e substabelecer com ou sem reserva 
de poderes, podendo agir conjunta ou separadamente independentemente da ordem de nomeação. 
São Paulo, 31 de agosto de 2004. 
Manoel Santos 
PROCURAÇÃO (Modelo 3) 
Pelo presente instrumento particular de procuração, Marieta do Rosário Silva, brasileira, casada, 
professora, RG nº x, CPF nº x, residente e domiciliada nesta cidade, na rua Afonso Pena, nº 30, São 
Paulo, na qualidade de representante legal da sua filha menor impúbere, Paula Rosário Silva, nomeia e 
constitui sua bastante procuradora Marcela Souza, brasileira, solteira, advogada, OAB nº xxxxxx, 
residente e domiciliada nesta cidade, conferindo-lhe poderes da cláusula "ad judicia", para 
especificamente propor ação de alimentos contra José Silva, podendo a citada procuradora praticar 
todos os atos necessários para o fiel desempenho do presente mandato, inclusive acordar, discordar, 
transigir, desistir, dar e receber quitação e substabelecer com ou sem reserva de poderes. 
São Paulo, 31 de agosto de 2004. 
_________________________________ 
Maria do Rosário Silva 
 
 
Observação: 
Ad. Judicia – Para fins judiciais 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
16.0 31 
 
 
 
 
 
 
 
FINALIDADE: Proporcionar ao futuro corretor o conhecimento básico necessário para a aquisição de 
imóveis, bem como a documentação e as precauções a serem tomadas. 
 
OBJETIVOS: Reconhecer e identificar a documentação, os órgãos competentes e os cuidados básicos 
necessários para a aquisição de um imóvel; 
 Identificar as diferentes formas e cuidados necessários quando o imóvel ainda está em 
construção. 
 
6 – AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS 
 
Cuidados Básicos na Aquisição de Imóveis 
Na aquisição de um imóvel deve-se tomar alguns cuidados, como por exemplo: 
- providenciar e verificar a Certidão Negativa de Ônus do imóvel; 
- providenciar e verificar a Certidão Negativa de Ônus dos proprietários; 
- verificar a situação do imóvel no que tange a impostos: Certidão Negativa de Débitos, Baixa da 
Construção e Habite-se, emitidas pela Prefeitura Municipal; 
- sendo apartamento, lojas ou salas, deve-se verificar junto ao condomínio se a situação está regular, 
sendo recomendável até mesmo uma conversa com o síndico; 
- verificar a convenção de condomínios, que deve estar registrada em Cartório; 
- certificar-se sobre vagas na garagem (se a informação sobre as vagas e sua quantidade constam na 
escritura); 
- sendo compra através de financiamento, total ou parcial, deve-se recorrer ao agente financeiro para 
confirmar a renda exigida, valor das prestações, etc. 
 
Na dúvida, o recomendável é recorrer aos órgãos competentes: Cartórios, Prefeituras, Agentes 
Financeiros, etc. 
Quem paga as despesas 
Não havendo acordo expresso em contrário, as despesas correrão por conta do comprador, conforme 
determina o artigo 490 do Código Civil Brasileiro. 
É oportuno lembrar que existem despesas com escritura e registro. No mínimo, a previsão de gastos é 
estimada em 3%. Para se ter uma ideia, somente com ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens 
Imóveis) a taxa é de 2 e ½ sobre o valor do imóvel adquirido. 
Aquisição de imóveis na planta 
Cuidados complementares 
- Deve-se conferir a idoneidade e a pontualidade do Construtor-Incorporador no cumprimento de suas 
obrigações em geral. Uma consulta junto ao CREA (licença da obra e do projeto aprovado) e mesmo 
uma pesquisa a outros empreendimentos já concluídos são de substancial importância. 
 
SUMÁRIO 
 
 Cuidados básicos na aquisição de imóvel 
 Aquisição de imóveis na planta ou em construção 
 Documentos necessários para a realização do negócio 
Aula 06 – Aquisição de Imóveis 
 
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TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS 
16.0 32 
- Verificar se a incorporadora registrou o Memorial de Incorporação. Obter informações sobre o 
responsável pela execução da obra (ART); 
- Solicitar Cópia da certidão de registro da Incorporação no Cartório de Registro de Imóveis e da 
Convenção de Condomínio; 
- Verificar o projeto arquitetônico da edificação devidamente aprovado pela Prefeitura e a licença 
(alvará) da construção; 
- Verificar a qualidade do material e mão-de-obra que foram ou serão utilizados, o padrão de 
acabamento, o regime de construção adotado e o prazo previsto de construção; 
- Verificar se consta o direito à vaga de garagem do edifício, qual a quantidade de veículos prevista, 
forma de utilização dessas vagas e suas localizações; 
- Sendo construção em regime de condomínio, recomenda-se a contratação de um profissional da área 
para fazer vistorias, verificando material empregado, normas técnicas e até mesmo as planilhas de 
custos; 
- Além de habite-se, pode-se exigir o "aceite" da obra de todas as concessionárias (água, esgoto, 
energia e corpo de bombeiros); 
- Verificar

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