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Direito Penal Unidade 1 e 2 conceitos iniciais

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Direito Penal I
Celso Leardini
celsolear@gmail.com
DIREITO PENAL: DENOMINAÇÃO, CARACTERES, CONTEÚDO. DIREITO PENAL COMUM E ESPECIAL. FONTES DO DRIEITO PENAL. PRINCÍPIOS. RELAÇÃO COM OS OUTROS RAMOS DO DIREITO
1 – Conceito de Direito Penal: 
“é o conjunto de normas jurídicas que regulam o exercício do poder punitivo do Estado, tendo o delito como pressuposto e a pena como conseqüência jurídica” (Mezger)
 
 	é o setor ou parcela do ordenamento público interno que estabelece as ações ou omissões delitivas, cominando-lhes determinadas conseqüências – penas ou medidas de segurança” ( Luiz Regis Prado)
 	é o ramo do direito que define as infrações penais, estabelecendo as penas e as medidas de segurança aplicáveis aos infratores” (Victor Eduardo Rios Gonçalves) 	
 	
	Crime Conceito
	O crime pode ter vários conceitos que se diferenciará a depender do ramo de estudo analisado, para fins de graduação vamos estudar os quatro principais conceitos de crime em matéria estritamente jurídica.
	Portanto dividiremos o crime em conceito formal, legal, material e analítico.
 	Crime Conceito Formal
	
	É o fato típico e antijurídico que esta descrito em lei, em outras palavras, é a conduta que a norma penal descreve.
 	Crime Conceito Legal
	O conceito legal de crime é aquele que vem estampado na lei. Ocorre que no Brasil há divergências quanto a existência do conceito legal de crime.
	Alguns afirmam que o conceito se encontra no art. 1° da Lei de Introdução ao Código Penal (LICP), já outros afirmam que a LICP em seu art. 1° não conceituou o crime e sim expôs as formas de penas que deverão ser aplicadas a conduta delituosa.
 	
	Crime Conceito Material
	A teoria que conceitua o crime materialmente que prevalece nos dias atuais é a do bem jurídico. Segundo esta teoria, crime é a conduta que viola o bem jurídico tutelado pela norma penal.
	O bem jurídico tutelado pela norma penal, também chamado de bem jurídico penal esta definido por Claus Roxin como aqueles bens imprescindíveis para a convivência em sociedade. Exemplos desses bens são a vida, a liberdade, a honra, o patrimônio, etc.
 	
	Crime Conceito Analítico
	
	O crime na visão analítica possui diversas definições, como o presente trabalho é voltado para concursos, traremos aqui duas correntes muito discutidas no Brasil, que é a Bipartida e a Tripartida.
 	
	Crime Conceito Analítico – Corrente Bipartida
	A corrente que traz o conceito analítico do crime como bipartido diz que o crime é fato típico e ilícito.
	Crime Conceito Analítico – Corrente Tripartida
	A corrente tripartida, conceitua crime analítico como fato típico, ilícito e culpável.
	Fato Típico, Ilicitude e Culpabilidade serão estudados brevemente.
 	2 – Direito Penal Objetivo: conjunto de normas ditadas pelo Estado, definindo crimes e contravenções, ou seja, impondo ou proibindo determinadas condutas, sob a ameaça de sanções ou medidas de segurança.
 	3 – Direito Penal Subjetivo: possibilidade que tem o Estado de criar e fazer cumprir. É a aplicação do seu jus puniendi: direito de punir.
	
4 – Denominação: 
 	Damásio E. de Jesus diz que diante do conceito desse ramo do Direito, é importante estabelecer a sua denominação, no sentido de determinar se pode ele ser entendido como Direito Penal ou Direito Criminal. Aquele é mais recente e este mais antigo. Alguns há que acham que Direito Criminal é mais compreensível, uma vez que Direito Penal dá a idéia de Pena, mas há entendimentos em sentido contrário. O certo é que a expressão Direito Penal é mais utilizada (Damásio de Jesus).
 	
 	5 – Caracteres do Direito Penal: 
 	No dizer de Damásio E. de Jesus, o Direito Penal regula as relações do indivíduo com a sociedade, por isso não pertence ao Direito Privado, mas sim ao público. 
 	Por sua vez, dizia Magalhães Noronha que o Direito Penal é: 
	a) Ciência Cultural (do “dever ser” e não do “ser”);
 	b) Ciência Normativa (estuda a norma);
	c) Ciência Valorativa (cada fato, um valor);
 	d) Ciência Finalista (protege os bens jurídicos); 
 	e) Ciência Sancionadora (define os crimes e comina as sanções). 	
 	6 – Conteúdo do Direito Penal: abarca o estudo do crime, da pena e do delinqüente, que são os seus elementos fundamentais, precedidos de uma parte introdutória, que cuida da sua aplicação no tempo e no espaço, bem como a sua exegese.
 	7 – Direito Penal Comum e Especial: o primeiro se aplica a todos os cidadãos e o segundo a uma classe de cidadãos, conforme sua particular qualidade. 
 	Ex: Direito Penal Militar, pois sua aplicação se realiza por meio da Justiça Penal Militar; Direito Eleitoral, que julga os crimes eleitorais. Poderia se falar em direito penal aéreo, trabalhista ou falimentar, mas as causas relativas são julgadas pela justiça comum.
 	8 – Fontes do Direito Penal: fonte é o lugar de onde provém a norma. As fontes podem ser materiais ou formais.
 	8.1 – Fontes Materiais: são chamadas fontes de produção. A fonte material de produção da norma é o Estado, já que compete à União legislar sobre a matéria, Direito Penal.
 	8.2 – Fontes Formais: são fontes de cognição e conhecimento. Dividem-se em fontes formais imediatas e mediatas:
 	a) Fontes formais imediatas: são as leis penais. Ex: Código Penal, Estatuto do Desarmamento, etc. Por sua vez, as fontes formais imediatas dividem-se em: normas penais incriminadoras, normas penais permissivas e normas penais complementares ou explicativas.
 	b) Fontes formais mediatas: fazem parte desse rol os costumes, os princípios gerais do direito, a doutrina e a jurisprudência.
 	9 – Principiologia: princípios são as bases em que se fundam uma norma, são os alicerces da ciência.
 	9.1 – Principio da Legalidade ou da Reserva Legal
 	9.2 – Principio da Fragmentariedade
 	9.3 – Principio da Intervenção Mínima
 	9.4 – Principio da Ofensividade
 	9.5 – Principio da Insignificância
 	9.6 – Principio da Humanidade
 	9.7 – Principio do Estado de Inocência ou Presunção de Inocência
 	9.8 – Principio da Igualdade (Isonomia) 
 	9.9 – Principio do Ne bis in idem
 	9.10 – Principio da Pessoalidade ou da Individualização da pena
 	9.11 – Principio da Proporcionalidade 	
 	
 	10 – Interpretação da Lei Penal: no conceito de Rogério Greco, interpretar é buscar o efetivo alcance da norma. É procurar descobrir aquilo que ela tem a nos dizer com a maior precisão possível.
 	10.1 – Interpretação autêntica: é a interpretação dada pelo próprio legislador no corpo da lei.
 	10.2 – Interpretação doutrinária: é aquela realizada pelos estudiosos do direito, os quais, comentando sobre a lei que se pretende interpretar, emitem suas opiniões pessoais.
 	10.3 – Interpretação judicial: é a realizada pelos aplicadores da lei na análise do caso concreto.
 	10.4 – Interpretação literal ou gramatical: é aquela em que exegeta se preocupa, simplesmente, em saber o real e efetivo significado das palavras.
 	10.5 – Interpretação teleológica: o intérprete busca alcançar a finalidade da lei, aquilo ao qual ela se destina regular
 	
 	10.6 – Interpretação extensiva: é aquela em que o intérprete necessita alargar o alcance da lei, haja vista que ela disse menos do que efetivamente pretendia. A interpretação extensiva é referida expressamente no artigo 3º do Código de Processo Penal. 
 	10.7 – Interpretação restritiva: é aquela em que o intérprete diminui, restringe o alcance da lei, uma vez que esta, à primeira vista, disse mais do que efetivamente pretendia dizer, buscando dessa forma, apreender seu verdadeiro sentido.
 	10.8 – Interpretação analógica: o legislador não pode prever todas as situações que poderiam ocorrer na vida em sociedade, e que seriam similares àquelas por ele já elencadas. Assim, o legislador se vale de uma fórmula genérica, devendo-se interpretar a lei de acordo com casos anteriores. A interpretação analógica é diferente da analogia, pois na interpretação analógica, existe norma, a qual regula o caso de modo expresso, embora genericamente. A analogia
é forma de integração, não havendo norma regulando o caso. 
 	11 – Ciências Penais: as chamadas ciências penais se diferenciam o direito penal por sua finalidade, que é o estudo causal-explicativo do crime, bem como por seu método, o positivo, de observação e experimentação. São elas:
 	11.1 – Criminologia: estuda as causas da criminalidade, abrangendo a Antropologia e a Sociologia Criminal. 
 	11.2 – Psicologia Criminal
 	11.3 – Estatística Criminal
 	11.4 – Política Criminal
 	
 	12 – Relação do Direito Penal com outros ramos do Direito
 	12.1 – Direito Constitucional
 	12.2 – Direito Administrativo
 	12.3 – Direito Processual Penal
 	12.4 – Direito Privado

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