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CARRAPATOS Filo Artrophoda – Classe Arachnida – Ordem Acari Sub-ordem Ixodides Simetria bilateral Exoesqueleto de quitina Apêndices locomotores e alimentares aos pares Corpo dividido em cefalotórax e abdome (não é nítida) Gnatossoma desenvolvido (2 quelíceras, 1 hipostômio e 2 palpos) e Idiossoma (podossoma e opistossoma) Espiráculos respiratórios Quatro pares de pernas* Quelíceras e palpos Orgão de Haller – quimiorreceptores e termorreceptores Família Ixodidae (Carrapatos duros) Machos geralmente menores que as fêmeas Dimorfismo sexual bastante evidente (escudo) Hematófagos obrigatórios 1 – fase do ovo 2 – fase da larva (3 pares de pernas) 3 – fase da ninfa (4 pares de pernas) 4 – fase adutlta (machos e fêmeas) Ciclo evolutivo monoxênico: fêmea se alimenta no hospedeiro, acasala e após o ingurgitamento total cai ao solo, faz a ovoposição e morre, após a eclosão dos ovos as larvas ao encontrar um hospedeiro continuam se desenvolvendo. Boophilius microplus – carrapato do boi Hospedeiros: boi* e cabras Vetor de Babesia e Anaplasma marginale. Dermacentor nitens – carrapato da orelha do cavalo Hospedeiro: cavalo Todo o ciclo acontece no pavilhão auricular e conduto auditivo do hospedeiro. Importante vetor da babesiose equina. Ciclo evolutivo heteróxeno: Fases de larva e ninfa são eurixenos, e fase adulta apresenta especificidade parasitária. Larvas, ninfas e adultos de trioxenos são estágios de resistência no ambiente. Amblyomma cajennense – carrapato estrela Hospedeiros: capivara e cavalo Transmitem febre maculosa Rhipicephalus sanguineus – carrapato vermelho do cão Hospedeiros: cães* Transmite Babesia canis e Ehrlichia canis, podendo causar paralisia do carrapato. Pode também transmitir muitas infecções por protozoários, vírus e riquétsias de animais e do homem. Ixodes ricinus Ciclo evolutivo requer 3 anos. O carrapato nutre-se apenas por alguns dias ao ano, sob a forma de larva no primeiro, ninfa no segundo e adulto no terceiro. O acasalamento ocorre no hospedeiro, a fêmea é inseminada uma só vez e subsequentemente completa seu único grande repasto sanguíneo. Já os machos se nutrem de maneira intermitente e se acasalam repetidamente. Após fertilizada a fêmea alimenta-se por 14 dias e cai, deposita seus ovos e morre, as larvas que eclodem nutrem-se por 6 dias no ano seguinte e caem, sofrem a muda para ninfa, nutrem-se no próximo ano, cai e se torna adulto (alimentam-se de 26 a 28 dias, são parasitas temporários). Ficam na ponta da vegetação em busca de novos hospedeiros. PATOGENIA Hematófagos – agressão espoliativa (saliva com anticoagulantes) Dermatite local – agressão irritativa (redução da qualidade do couro e destruição do pavilhão auricular) Agressão tóxica – toxinas paralisantes TRANSMISSÃO DE DOENÇAS Protozoários - Babesia Bactérias – Anaplasma, Erlichia, Rickettsia rickettsii (febre maculosa), Borrelia burgdorferi (doença de lyme). SINAIS CLÍNICOS Tristeza bovina e Babesiose Animais apáticos e sem resposta a estímulos Anemia e febre alta Pelos arrepiados e ásperos Urina escura (presença de hemoglobina) Problemas neurológicos (andar cambaleante, falta de coordenação dos membros e quedas) Pode levar a óbito em apenas 3 dias. Doença de Lyne Animais silvestres são reservatórios Transmissão por carrapatos infectados (Ixodes pacificus e Ixodesscapularis) Seres humanos e animais domésticos são hospedeiros acidentais Eliminação trans-mamária em bovinos Sinais clínicos nas diferentes espécies. PROFILAXIA Banho de imersão com produtos antiparasitários Aplicação de produtos antiparasitários por meio de: Pour on, Spray, Aspersão, Injetáveis ou Via oral Deve-se evitar o uso em animais produtores de leite ou destinados ao abate, caso seja necessária a aplicação respeitar o período residual. Deve-se conhecer o carrapato a ser combatido, o ciclo de vida do mesmo, utilizar equipamentos corretos e de maneira correta a forma de controle adotada, conhecer o período residual do produto, relacionando-o com o ciclo de vida do parasito. Podem prejudicar: falha na aplicação, dose do produto, falta de efeito residual (de acordo com o ciclo), chuva, intervalo das aplicações (de acordo com o ciclo) e escolha incorreta do produto. Outros meios de combate: rotação de pastagens, queima de pastagens, arrasto com flanela branca, uso de predadores naturais (aves, insetos) e uso de plantas repelentes. Familia Argasidae – Carrapatos moles Não possuem escudo Capítulo não é visível As fêmeas não se distendem muito Alimentam-se com maior frequência Argas miniatus – carrapato de galinha Corpo oval (mais largo posteriormente) Tegumento pregueado Peritremas transversais em forma de meia-lua Hospedeiros: galinhas*, pombos, patos e pássaros silvestres. Vivem em buracos e frestas dos galinheiros, troncos de arvores Tem hábitos noturnos, saem para se alimentar e retornam ao esconderijo após ingurgitados Ovos: 15 a 23 dias Larva: 7 a 10 dias Ninfa Protoninfa: 7 a 8 dias Deutoninfa: 9 a 12 dias Adulto: sobrevive até 5 anos sem hematofagia O acasalamento ocorre fora do hospedeiro e a fêmea faz a postura após cada repasto sanguíneo (necessita ingerir sangue para a maturação dos ovos) A fêmea armazena espermatozoides na espermateca, não necessita de nova cópula para nova postura Ninfas e adultos se alimentam em cerca de 30 a 40 minutos Larvas fixam-se no hospedeiro de 7 a 10 dias Antes de cada muda ocorre repasto sanguíneo. IMPORTANCIA Causam irritações Perda de sangue que pode levar a morte É vetor da Borrelia anserina e Aegyptanella pullorum Podem atacar o homem, e sua picada causa intensa dor. CONTROLE Evitar manter aves em locais, sombrios, úmidos e quentes Evitar poleiros de bambu e galinheiros de ripas O combate deve ser feito no aviários, e não ave a ave Ornithodoros brasilienses – carrapato mouro Parasitam mamíferos Adultos vivem no solo, larvas e ninfas são hematófagas Ovos: 10 a 23 dias Larvas: quiescência (período de repouso) ou 7 dias Ninfas: 1 a 5 dias Adultos Otobius megnini – carrapato espinhoso da orelha Hospedeiros: ocorre principalmente na orelha de cães, mas pode infectar muitos outros, inclusive o homem. Ovos são postos em fendas nas paredes e cochos (problema para animais estabulados) Larvas e ninfas são parasitas, permanecendo no mesmo hospedeiro durante vários meses Causam grave inflamação e um exsudato ceruminoso nos canais auditivos, em infestações maciças leva a anemia e perda de higidez.
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