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PRÊMIO INNOVARE PROJETO JUSTIÇA E CIDADANIA

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PRÊMIO INNOVARE
Com a categoria Justiça e Cidadania, criada em 2015, o objetivo do Instituto identificar práticas que, por meio da sociedade civil organizada, contribuam com o fomento da justiça brasileira. Segundo Sergio Renault, presidente do Instituto Innovare, “ a edição de 2015 foi um sucesso devido a criação da categoria Justiça e Cidadania pois as práticas inscritas foram de grande qualidade”. A categoria recebeu 245 práticas de pessoas, empresas e organizações não ligadas ao Judiciário brasileiro.
 As novidades foram apresentadas pela diretoria do Innovare aos membros do Conselho Superior do Instituto, em uma reunião no dia 18 de fevereiro no Rio de Janeiro. Participaram do encontro os membros da diretoria do Prêmio, Sérgio Renault, Pedro Freitas, Antonio Claudio Ferreira Netto e a coordenadora Raquel Khichfy, além do presidente do Conselho Superior, o Ministro Ayres Britto, de representantes das associações parceiras, como Secretaria de Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça, AMB, Conamp, Anadep, Ajufe, Conselho Federal da OAB, ANPR, Anamatra e o presidente do Grupo Globo, Dr. Roberto Irineu Marinho.
A origem do Projeto Balcão de Justiça e Cidadania (BJC) deu-se por meio da Resolução n.º 01/2003, do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia. Este se constitui na criação e instalação de “balcões de justiça” em diversos bairros das comarcas da capital e do interior do Estado, que oferecem serviços de mediação e orientação jurídica inteiramente gratuitos à população economicamente menos favorecida e juridicamente marginalizada.
Visa-se, pois, através deste, a democratização da justiça e a descentralização das ações do Poder Judiciário. Agentes e líderes comunitários são admitidos na execução das atividades, sobretudo na divulgação do Projeto.
Ademais, a solução dos conflitos ocorre na fase pré-processual, o que atenua a multiplicação das demandas judiciais, já que filtram impasses que seriam levados ao Poder Judiciário.
A Resolução nº 5/2006 estabelece que compete aos Balcões oferecer orientação, assistência jurídica, conciliação e mediação de conflitos de interesses nas questões cíveis de menor complexidade (descritas no artigo 3º da Lei nº 9.099/95, que dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais). Excluem-se desta competência as questões de natureza fiscal, de interesse da Fazenda Pública e as relacionadas com acidentes de trabalho. Na prática, a grande maioria das mediações versa sobre questões de natureza familiar, sendo também comuns os conflitos recorrentes aos problemas entre vizinhos, composição de dívidas e questões relacionadas aos direitos do consumidor.
Visando potencializar suas ações e promover a expansão do acesso à justiça na comunidade do Baixo Sul da Bahia é que o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ/BA) e o Instituto Direito e Cidadania (IDC) firmaram, em novembro de 2010, um Convênio para instalação do projeto Balcão de Justiça e Cidadania nas unidades do IDC.
Em termos práticos, o grande impacto gerado pela assinatura desse Convênio e, consequentemente, pela instalação do projeto Balcão de Justiça e Cidadania, incidiu nas mediações familiares. A consequência direta é a possibilidade de os termos de acordo, oriundos das mediações que versam sobre conflitos familiares, serem homologados pelo Poder Judiciário, ganhando status de título judicial.
A mediação, por ser um processo voluntário e extrajudicial, não se constitui em uma via definitiva de resolução de controvérsias. Deste modo, os acordos firmados na mediação não possuem a força ou obrigatoriedade de um título judicial. A expectativa de cumprimento do que foi acordado funda-se no fato de que foram as próprias partes que resolveram adquirir aquelas responsabilidades e obrigações convencionadas, a partir de um trabalho de conscientização e educação desenvolvido ao longo do processo de mediação.
Através do projeto Balcão de Justiça e Cidadania (executado pela parceria IDC e TJ/BA) tornou-se possível, através da homologação em juízo, a transformação dos termos de acordo celebrados nas sessões de mediação familiar do IDC em títulos judiciais – ou seja, títulos definitivos e obrigatórios.
A mediação comunitária executada através do projeto Balcão de Justiça e Cidadania pelo IDC valoriza a capacidade do indivíduo em resolver seus conflitos e fortalece sua atuação participativa e inclusiva. Os efeitos gerados extrapolam a satisfação das partes e alcançam a comunidade como um todo, na medida em que se possibilita a transformação social, com a disseminação da cultura do diálogo em detrimento da cultura do litígio.
Para o IDC, particularmente, a assinatura desse Convênio representou uma grande conquista, pois simbolizou a confiabilidade depositada na prática da mediação desenvolvida pela equipe, bem como conferiu credibilidade ao serviço de mediação disponibilizado à comunidade.
Esta união fortalece ainda, e por fim, a utilização da mediação como método válido e legítimo de resolução de conflitos particulares em comunidades e, em especial, nos conflitos de família.
Mediação de Conflitos
 
Objetivos da mediação de conflitos
A mediação é um processo que, através da participação de uma pessoa neutra e imparcial (o mediador), ajuda as pessoas a dialogarem e a cooperarem para resolver um determinado problema.
 
Nesse sentido, a mediação é mais do que um método para solucionar os conflitos; também é uma forma de impedir eventuais conflitos no futuro, pois já cria um clima de cooperação entre as pessoas.
 
De modo geral, podemos dizer que a mediação de conflitos apresenta quatro principais objetivos:
◊ A SOLUÇÃO DE CONFLITOS
◊ A PREVENÇÃO DE CONFLITOS
◊ A INCLUSÃO SOCIAL
◊ A PAZ SOCIAL.

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