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AULA - Lesões Fundamentais e Hepatites Virais Agudas

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LESÕES HISTOPATOLÓGICAS FUNDAMENTAIS HEPÁTICAS
Profa. Samia Demachki
Anatomia Patológica
Universidade Federal do Pará
Unidades funcionais hepáticas
HISTOLOGIA FUNCIONAL DA MICROCIRCULAÇÃO
FÍGADO
Anne Erickson, Science & Medicine, 2002
FÍGADO
Anne Erickson, Science & Medicine, 2002
PROCESSOS DEGENERATIVOS
PROCESSOS DEGENERATIVOS DO HEPATÓCITO
1- Tumefação turva ou Degeneração Hidrópica ou (Balonização)
Resulta de alterações funcionais na bomba de sódio
Expressão máxima nas hepatites virais agudas
Perda de afinidade tintorial devido alterações na conformação das proteínas que compõem as citoqueratinas
PROCESSOS DEGENERATIVOS DO HEPATÓCITO
2- Indução citoplasmática
Alteração adaptativa caracterizada por proliferação do REL
Pode ser induzida por :
produção do AgHBs
sobrecarga metabólica devido administração prolongada de certos medicamentos (clorpromazina, fenobarbital), intoxicação pela cianamida e álcool. 
Característicamente, envolve a zona 3
PROCESSOS DEGENERATIVOS DO HEPATÓCITO
3- Hialino de Mallory
Resulta de alterações na organização dos filamentos intermediários que compõem o citoesqueleto do hepatócito
Expressa CK8 e 18, mas pode ainda expressar CK7 e 19 à IH, talvez representando uma modulação fenotípica do hepatócitometaplasia ductular
Doenças: esteato-hepatites por álcool e drogas, colestases crônicas, doença de Wilson, CHC, intoxicação por medicamentos
MORTE CELULAR
MORTE HEPATOCELULAR
Apoptose
-Processo “fisiológico”, altamente regulado, envolvendo expressão de programa genético específico
-Clivagem de proteínas envolvendo ativação de caspases
-Fragmentação do DNA celular por aumento de endonucleases, seguida de reconhecimento fagocítico
MORTE HEPATOCELULAR
Necrose
-Processo passivo, resultando de lesão química ou física direta na membrana plasmática
-Afeta grupos celulares, levando a alteração na arquitetura tecidual
Tipos de necrose hepatocelular
Padrões de necrose
 Necrose Focal
Tipos de necrose hepatocelular
Necrose confluente
Tipos de necrose hepatocelular
Necrose confluente
Tipos de necrose hepatocelular
Necrose confluente
Tipos de necrose hepatocelular
Necrose pan-acinar/multi-acinar
Tipos de necrose hepatocelular
Necrose em sacabocado clássica
Tipos de necrose hepatocelular
spillover
Tipos de necrose hepatocelular
Necrose em sacabocado biliar
REGENERAÇÃO
REGENERAÇÃO HEPÁTICA
Proliferação de células epiteliais remanescentes numa tentativa de restabelecer a integridade estrutural do órgão
Literatura utiliza o TERMO “Hiperplasia” “compensatória”: hiperplasia reflete o caráter proliferativo e compensatório para designar a perda prévia de tecido.
Regeneração Hepatocelular
Caracteriza-se por 3 padrões histológicos : A) Multinucleação
Transformação gigantocelular- reação de padrão não específico do tecido hepático freqüentemente encontrado nos primeiros 3 meses de vida.
 Parece correlacionar-se com colestase
Rara no adulto: 0,1- 0.5% casos (H. céls gigantes pós-neonatal) 
Associação com diferentes agentes etiológicos:
 Exposição a drogas (methotrexate, clometacina,6-mercaptopurina)
 Doenças auto-imunes
 Infecção viral (HIV, paramixovírus)
Regeneração Hepatocelular
B) Duplas placas
C) Transformação pseudoacinar
Neoformação conjuntiva e sua topografia
Fibrose portal – Hepatites crônicas
Fibrose portal-padrão biliar (CEH)
Fibrose portal-padrão biliar (Fibrose Hepática Congênita)
Fibrose lobular – Calazar
Fibrose em zona 3 – Esteato hepatites
Fibrose em zona 3 – Bloqueio do efluxo venoso
Proliferação ductular
Resposta freqüente e inespecífica do tecido hepático às mais variadas formas de agressão 
Proliferação ductular
Nas doenças biliares
Proliferação ductular
Metaplasia ductular
PATOLOGIA DAS
 HEPATITES VIRAIS AGUDAS
Hepatite viral é uma Doença necroinflamatória cujo alvo principal é o hepatócito
Hepatite Aguda
Hepatite aguda com necrose multifocal
Hepatite aguda com necrose em ponte
Hepatite aguda com necrose maciça (Hepatite fulminante)
Hepatite A
Prevalência de Anti-HAV
Alta
Intermediária
Baixa
Muito baixa
Distribuição geográfica da infecção pelo HAV
Epidemiologia da Hepatite A
Disseminação do HAV no ambiente 
Precariedade sanitária;
infecção assintomática em crianças;
grande número de partículas virais eliminadas nas fezes; 
estabilidade da partícula viral;
 No Brasil, a hepatite A representa mais de 60 % dos casos das hepatites virais agudas
Transmissão do vírus da hepatite A 
Contato pessoal
contato domiciliar, contato íntimo e em escolas e creches 
Água ou alimento contaminado 
 manipuladores de alimentos, água ou alimentos contaminados 
Exposição à sangue (rara)
usuários de drogas injetáveis e transfusão de sangue 
Fezes
 Soro
Saliva
Urina
100
102
104
106
108
1010
Concentração do HAV nos fluidos corporais
Dose infecciosa /ml
Características Clinicas da Hepatite A
Período de incubação em média de 30 dias 		
Período prodrômico: náuseas, febre, vomito, 				 dor abdominal e cansaço
Fase ictérica: colúria e acolia fecal
Formas da doença: hepatite branda 
 hepatite arrastada
 hepatite fulminante 
Evolução Clínica da hepatite A
 
Infecção inaparente < 6 anos 10%
 6 a 14 anos , 40%-50%
 > 14 anos , 70 a 80 %
 
 10 a 15 % dos casos evoluem para uma forma arrastada da doença ~ 6 meses, mas não apresentam nenhuma sequela 
MECANISMO DE LESÃO
IFN I
Aumenta a expressão das moléculas MHC classe I
Aumenta a atividade citotóxica de NK
LESÃO DE HEPATÓCITOS 	
TRADUZ
 DISFUNÇÃO HEPATOCELULAR
Síndrome clínico que se caracteriza por:
Fraqueza
Náuseas
Vômitos
Desconforto no quadrante superior direito do abdome
Hepatite E
Vírus da Hepatite E - HEV
Partículas de 27-32 nm
Simetria icosaédrica
Não envelopado
Hepatitis E-like viruses 
Características históricas do HEV 
O HEV foi descrito como causa de doença hepática em 1983 por Balayan e cols e identificado por Bradley em 1987
Em 1990 Reyes e cols. , clonaram uma parte do genoma do HEV, fato importante para o desenvolvimento de testes de diagnóstico.
Novas cepas de HEV tem sido descritas nos EUA, Tailândia , Grécia, Austria, México e Argentina. O HEV pode ser mais disseminadodo que inicialmente se pensava 
A análise filogenética da região não estrutural HEV não sustentou a classificação na família Caliciviridae 
 
Distribuição Geográfica
Impacto da Hepatite E no Brasil
 Publicações Brasileiras
Referências
anti-HEV (%)
População
Estado
Pang. e col., 1995
MT
Área de mineração
6.2
Focaccia e col.,1995
SP
Área Urbana
4.9
Parana e col. 1997,
BA
Doadores de sangue,
Hemodializados,
Pacientes NANBNC
2.0
0.0
29.4
MT
Hepatite aguda
4.9
Souto e col., 1997
Nenhum surto de hepatite E foi descrito nos EUA, Europa , Brasil etc. 
Rara incidência de casos esporádicos, em geral relacionados com viagens para áreas endêmicas.
A prevalência de anti-HEV de 0 a 4% em vários grupos como hemodializados, IVDUs, doadores etc. 
Provavelmente o HEV circula em animais nativos domésticos e silvestres de paises desenvolvidos e em desenvolvimento.
HEV em areas não endêmicas 
A infecção pelo HEV é assintomática em mais de 50% dos casos e não evolui para cronicidade. 
Os sinais e sintomas clínicos não são especificos 
A maior incidência é em adolescentes e adultos jovens .
Tem uma letalidade de 1 a 3 % nos adultos e em cerca de 20% em mulheres grávidas , resultando em uma quadro de encefalopatia , insuficiência renal ou síndrome hemorrágica 
Características clínicas da hepatite E
 Acometimento global de todo parênquima hepático
 Alteração dos hepatócitos com extensão variável
 De acordo com
a gravidade e a fase evolutiva da doença:
	Degeneração 
	Necrose
	Regeneração
 Infiltrado inflamatório portal e lobular
Histopatologia das Hepatites agudas
Degeneração
	Hidrópica e Acidofílica
Regeneração
	Multinucleação, Dupla placa, 	Transformação pseudoacinar e 	Regeneração nodular
Necrose
 Em lise, em ponte e maciça
Apoptose
Histopatologia das Hepatites agudas
Hepatite aguda - balonização
Hepatite aguda - Apoptose
Hepatite aguda - Apoptose
 Necrose Focal
 Necrose Confluente
Outras alterações histológicas nas hepatites agudas
 Hiperplasia e hipertrofia das células de Kupffer
 Colestase
Hepatite aguda - colestase
Hepatite aguda - Inflamação portal
Hepatite aguda - Inflamação portal

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