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Métodos de estudo em biologia celular Profa.: Ana Beatriz Graça Duarte 1 2 Introdução • Seres vivos células Unidades limitadas por membranas Solução aquosa concentrada de compostos orgânicos 3 Seres vivos Seres vivos mais simples unicelulares pluricelulares Oriundos de 1 célula pluricelulares Vasta colônia de células individuais especializadas 4 • As células variam em sua forma e função e são muito diversas nas suas necessidades bioquímicas e atividades • Modificações especializam as células e algumas até perdem capacidade de se dividir 5 • Não são vistas a olho nu • Século XVII • Invenção do microscópio • Utilização da luz visível para iluminar espécimes • Essenciais para laboratório biologia celular • Microscopia ótica • Robert Hook, 1665 • Observou cortiça no microscópio • Definiu “célula” • 1930 • Microscopia eletrônica • Uso de feixes de elétrons como fonte iluminação • Aumento da capacidade de ver detalhes • 1988 – 1990 • Microscopia confocal a laser Tamanho das células o microscópio usado pra observar cortiça Robert Hook 6 • Século XVII • Invenção do microscópio • Zacharias Jansen, 1595 • 1683 • Descobertas significativas • Alemão Leeuwenhoek - Magnificação entre 50 a 200x • Século XVIII • Melhorias nas lentes • Estabilidade • Precisão de foco • Facilidades de uso • 1742 – projeção de imagens • Século XIX • Modelos compostos de várias lentes 1º microscópio, 1600 Histórico 7 Microscópio de Robert Hook - 1665 8 Microscópio - 1760 Microscópio - 1700 9 • Século XIX • Técnicas para fabricação de lentes • Uso de espelhos curvos e melhoria da capacidade de foco • 1840 • Fabricação de microscópios nos EUA • 1880 • Resolução de 0,2um (limites até hj) Histórico Microscópio com espelhos e conjunto de acessórios. Modelo construído pelo italiano Giovan Battista em 1813 10 O microscópio na atualidade • Técnicas de observação avançadas • Modelos confocais • Precisão de foco e capacidade de ampliação • Microscopia eletrônica • Nível atômico • Aumento de centenas de milhares de vezes • Século XX • Física, engenharia, medicina, química 11 O microscópio confocal de fluorescência por varredura laser 12 Areia – microscopia confocal 4x 13 Cabeça de formiga – microscopia confocal aumento 20x 14 HeLa Cells – microscopia confocal 15 Microscópio eletrônico 16 As observações ao microscópio levaram a compreensão de que todas as células vivas eram formadas pela divisão de células existentes (teoria celular). Em 1880 Edward Strasburger desenhou uma célula vegetal viva (a) a qual ele observou por 2,5 hs. observe em (b) a mesma célula fotografada recentemente por um microscópio ótico 17 O surgimento da biologia celular foi marcado por estudos sistemáticos de tecidos vegetais e animais com microscópio óptico, mostrando que as células eram os blocos universais de construção de todos os seres vivos 18 19 microscopia • Visualização ao microscópio • Cada célula 5 a 20 m de diâmetro • Condições adequadas para observação • Cortes de tecidos animais e vegetais podem ser observados • Milhares de células • Matriz extracelular • Fibras de proteínas e polissacarídeos • Visualização de Estruturas internas • Pequenas partes incolores • Corantes específicos para componentes celulares 20 Sistema de lentes combinadas para ampliar a imagem do objeto Microscopia ótica - princípios Interação da luz com o espécime Absorção ou refração da luz Cria contrastes entre o objeto e o meio que o envolve 21 • 2 sistemas de lentes convergentes (composto) • Objetiva • Possui determinada distancia focal • Fornece imagem real e aumentada do objeto observado • Ocular • lentes convergentes, funciona como uma lupa • Imagem virutal aumentada da imagem que se formou na objetiva • Dispostas na extremidade de um cilindro oco (coluna) • Coluna • se afasta ou aproxima da amostra e focaliza • Cremalheira • Sistema associado a uma roda dentada que aproxima ou afasta a amostra para focar o objeto Microscopia ótica - princípios 22 23 • Formação da imagem Microscopia ótica - princípios Fonte de luz → Lente condensadora → Lente objetiva → Lente Ocular O posicionamento estratégio das lentes proporcionam formação da imagem invertida 24 Partes ópticas Condensador e Diafragma Condensador - Conjunto de duas ou mais lentes convergentes que orientam e espalham regularmente a luz emitida pela fonte luminosa Diafragma - É constituído por palhetas que podem ser aproximadas ou afastadas do centro permitindo regular a intensidade da luz. Lentes Objetivas Ampliam a imagem do objeto 10x, 20x, 40x ou 100x. • As objetivas de 10x, 20x e 40x são secas pois entre a preparação e a objetiva existe somente ar. • As objetivas de imersão (100x) é necessário colocar uma gota de óleo de imersão entre elas e a preparação evita o desvio do feixe luminoso para fora da objetiva. Lentes Oculares permitem ampliar a imagem real fornecida pela objetiva, formando uma imagem virtual que se situa a aproximadamente 25 cm dos olhos do observador. As oculares mais utilizadas são as de ampliação 10x, mas nos microscópios binoculares também existem oculares de 12,5, 8x e 6x. 25 As objetivas corrigem aberrações e podem ser de vários tipos: acromáticas, apocromáticas, semi-apocromáticas, planapocromaticas Fabricante apocromática aumento Abertura numérica Código de cor Distancia de trabalho ou distancia focal Extensão do tubo Código de cores Vermelha – 4x Amarela – 10x Azul claro – 40x Azul escuro – 60x Preta ou branca – 100x (imersão) Espessura da lâmina Lentes protegidas 26 Tipos de objetivas • Acromáticas • são a mais simples sem nenhuma sofisticação, que os microscópios comuns possuem. • Semi-apocromática • são também chamadas de fluorita, porque este material entra na sua constituição, dando alguma correção para as aberrações. • Apocromáticas • possuem correção ampla. Abrangem todo o espectro. • Planapocromática • possui imersão, com aumento de 63 X e abertura numérica de 1,4.Com ela se consegue o máximo de resolução de um microscópio óptico 27 • A abertura numérica (AN) é calculada multiplicando o índice de refração da substância interposta entre o objeto e a lente objetiva (n) pelo seno do semiângulo do cone de luz captado pela objetiva (u), ou seja: • NA = n senθ • Nas objetivas de 5 a 40x, o ar é esta substância, e o seu índice de refração é igual a 1 • Na objetiva de 100x, o óleo de imersão tem índice de refração de 1,515, o que aumenta a abertura numérica e a qualidade da imagem Abertura numérica 28 • NA = n senθ • Objetivas 5 a 40x - índice de refração do ar (n) = 1 • objetiva de 100x, índice de refração do óleo de imersão (n)= 1,515 Abertura numérica 29 Lentes objetivas 30 • Abertura numérica • Depende do índice de refração do meio • Ângulo de abertura do cone de luz • Distância de Foco • distância do objeto até a lente Lentes objetivas 31 Poder de resolução e limite de resolução • Poder de resolução: • Capacidade de uma lente ou do microscópio em formar imagens com detalhes mínimos • Limite de resolução: • Menor distância entre 2 pontos distintos do objeto que poderão ser individualizados na imagem final • Quanto maior o poder de resolução, menor o limite de resolução ! 32 33 Microscopia ótica • O aumento total é obtido multiplicando o aumento da objetiva pelo da ocular • Revolver: • Porta objetivas • Sistema com várias lentes objetivas e aumentos diferentes• Oculares • Monocular ou binoculares • Ajustes interpupilares para cada indivíduo 50 a 80 mm • Sistema trinocular • Adaptação para câmeras fotográficas ou de vídeo • Amostras ficam sobre o charriot na platina • Movimentada pelo sistema de cremalheiras • Parafusos Micrométrico e macrométrico 34 • Aumento • Produto do aumento da ocular e da objetiva Microscopia ótica 35 Lupa Estereoscópica • Tipo de microscópio usado para amostras com grandes relevos, como grãos, partículas, • 2 sistemas óticos independentes • 2 tubos, objetivas e oculares • Imagens tridimensionais com relevo • Luz transmitida ou refletida • Conservam os relevos da amostra • Permite dissecção de tecidos 36 37 • A limitação fundamental de todos os microscópios é determinado pelo comprimento de onda de luz visível que varia entre 0,4um (violeta) para o,7 um (vermelho) • Bactérias e mitocôndrias com cerca de 0,5um de tamanho são os menores objetos claramente discernidos ao microscópio ótico • Quando as ondas de luz viajam em um sistema óptico passam por trajetórias diferentes interferindo umas nas outras causando efeitos de difração óptica Microscopia ótica 38 39 Microscopia ótica 40 • A interação da luz com o objeto muda a relação de fase das ondas de luz que produz complexos efeitos de interferência • Efeitos de borda • Efeitos de interferência observados em alta magnificação quando a luz passa pelas bordas de um objeto sólido • Conjunto de linhas paralelas ou anéis concêntricos • Limites impostos pela natureza de onda da luz Microscopia ótica 41 Microscopia óptica ou de luz variações: Contraste de fase Campo escuro Invertido Polarização Fluorescência 42 Microscopia óptica – contraste de fase • Contraste de fase • Observação de células vivas sem coloração • Princípio • Estruturas celulares com diferentes índices de refração dão origem a diferenças de fase entre as ondas luminosas emergentes • Dispositivos no condensador e objetivas transformam essas diferenças • Resultam na variação na intensidade luminosa (claro e escuro) • Transformação das variações mínimas de fasemudanças de amplitude • Visualização contraste de imagem 43 Microscopia óptica – contraste de fase • Contraste de fase • Dispositivos no condensador e objetivas transformam essas diferenças 44 Contraste de fase 45 Contraste de fase 46 Contraste de fase 47 • Vantagens • Visualização de células vivas em estado natural • Células em cultivo in vitro • observação crescimento, características morfológicas • Avaliação viabilidade e condições de cultivo in vitro • Visualização de processos em andamento sem necessidade de fixar e corar • Desvantagem • halos em torno das áreas de elevado deslocamento de fase. Contraste de fase 48 49 50 Microscopia de campo escuro • apresentam um condensador especial • Inclinação da luz de tal modo que ela não atravessa o objeto • Dispersão da luz • Feixes desviados percorrem os sistemas • Objetivas e oculares 51 52 53 54 55 Microscópio invertido • Estrutura invertida • Luz acima da platina • Principio é o mesmo do microscópio óptico comum • Permite observação de material espesso • Células dentro de tubos e garrafas de cultivo in vitro • Útil para acompanhamento do crescimento de culturas celulares 56 57 58 59 60 61Nasce no Ceará um clone transgênico de caprino.mp4 Microscopia de polarização • Observação de materiais birrefringentes • estruturas anisotrópicas índices diferentes de refração • músculo, ossos, celulose, fibras, cabelos, cristais, etc. • Possui dois prismas: • Polarizador • Analisador • A luz se desdobra em duas • O prisma deixa passar uma das vibrações luminosas mas não a outra • estruturas isotrópicas serão canceladas e no seu lugar ficará escuro. • As estruturas birrefringentes ou anisotrópicas produzem brilho • Somente estruturas birrefringentes aparecerão brilhantes, ficando o restante do material escuro 62 Microscopia de polarização • Estruturas anisotrópicas ou birrefringentes • estruturas cristalinas ou constituídas por moléculas alongadas e paralelas, que dividem o feixe de luz em dois • Um feixe é absorvido pelo analisador, mas o outro, perpendicular ao polarizador, atravessa o analisador e formará a imagem • apresentam dois índices de refração diferentes (brilho) • Estruturas isotrópicas • não desviam o plano de polarização da luz, e o feixe que passa pelo polarizador chega inalterado ao analisador, onde é retido (escuras) 63 Microscopia de polarização A luz não polarizada penetra no polarizador e é polarizada. Quando penetra em um cristal anisotrópico é dividido em 2 componentes em eixo perpendicular. As ondas de luz polarizada viajam pelo analisador que passam apenas os componentes das ondas de luz paralelas. 64 65 66 Cristais de vitamina B6 microscopia de polarização Esmalte e dentina por microscopia de polarização67 Microscopia de polarização • Alto grau de sensibilidade • Estudos quantitativos e qualitativos • Estudos de características birrefringentes de estruturas sub-celulares permitiram maior uso na biologia • Aplicações: • Análise de macromoléculas com graus ordenados de agregação: • DNA • Colágeno • Celulose • Tubulina • Análise de tecidos biológicos com arranjos moleculares • Osso, cartilagem, dentina • Componentes cristalinos de minerais • Paredes celulares, amido 68 Microscopia de fluorescência • Apresenta sistema diferente de iluminação e jogos de filtros • Filtra a luz antes de alcançar o material • Filtros de luz emitidas pelo material • A luz UV é usada como radiação excitadora • Menor comprimento de onda • Maior poder de resolução • Localização de constituintes celulares fluorescentes • Corantes (substâncias químicas) e anticorpos que marcam moléculas 69 70 Microscopia de fluorescência 71 • Função básica • Irradiar o espécime com bandas especificas de comprimento de onda e separar • Apenas a luz emitida pelo espécim deve alcançar o olho do analisador • Estruturas fluorescentes em contraste com fundo escuro • Os limites de detecção são controlados pelo escurecimento da amostra 72 Microscopia de fluorescência 73 74 75 76 Marcação de mitocôndrias - mitotracker 77 78
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