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AT PROJETO FRONTEIRA ORGANIZADORES: Suely de Souza Costa Ângela Panzu Manaus 2012 PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS E DE ACESSO À INFORMAÇÃO DIGITAL INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA – INPA PROJETO FRONTEIRA: ALTO RIO NEGRO SUBPROJETO: IMPLANTAÇÃO DE UM BANCO DE DADOS AMBIENTAIS E DE UMA BIBLIOTECA EM SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA, NO ALTO RIO NEGRO, AMAZONAS Suely de Souza Costa Dra. Coordenadora do Subprojeto PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS E DE ACESSO À INFORMAÇÃO DIGITAL Kelly Cristina Castro Leme Bibliotecária Karina Jussara de Moura Costa Bibliotecária Manaus 2012 Presidência da Republica Ministério Ciência Tecnologia Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia— Inpa Projeto Fronteira: Alto Rio Negro Wanderli Pedro Tadei, Dr. Coordenador Lúcia K. O. Yuyama Dra. Sub-coordenadora Suely de Souza Costa Dra. Engenharia de Produção e Coordenadora do Subprojeto “Implementação do banco de dados ambientais e de uma biblioteca em São Gabriel da Cachoeira”. Ângela Nascimento dos Santos Panzu, Especialista em Memória Social e Documento e em Documentação e Informação, Bibliotecária e Orientadora. Silene da Mota Coelho, Especialista em Informática na Educação. Ione Sena Alfaia, Especialista em Organização e Administração de Arquivos. Bolsistas Pibic / Inpa / CNPq / Fapeam: • Karina Jussara de Moura Costa Bacharel em Bibliotecomia • Kelly Cristina Castro Leme Bacharel em Bibliotecomia Bolsistas Pibic Jr.CNPq / Fapeam / Inpa: • Camila da Rocha Leão • Igor da Rocha Leão • Karina Marques do Nascimento • Samylla Lorena Davies da Silva • Wilber da Silva Cunha P957 Princípios básicos de organização de bibliotecas e de acesso à informação digital / Organizadores: Suely de Souza Costa e Ângela Panzu. --- Manaus : Editora INPA, 201 1 . ...... p. : il. color. Elaboração Projeto Fronteira; apoio FINEP-Financiadora de Estudos e Projetos. SUMÁRIO Capítulo I O que é Biblioteca Escolar?............................................................ 13 Formação e desenvolvimento de coleções................................... 15 O que é acervo?................................................................................ 16 O processamento técnico do acervo............................................. 17 Atendimento ao usuário.................................................................. 27 Promoção do livro e da leitura....................................................... 29 Referências bibliográficas................................................................ 37 Capítulo II Biblioteca Escolar do INPA........................................................... 41 Capacitação dos monitores da biblioteca escolar........................ 43 Resultados.......................................................................................... 47 Referências bibliográficas................................................................ 53 Anexos................................................................................................ 54 Capítulo III Informação digital............................................................................. 61 Ferramentas de busca....................................................................... 63 O que é uma biblioteca digital? ................................................... 65 Fontes de pesquisa digital................................................................ 69 Terminologias.................................................................................... 73 Benefícios na utilização da Biblioteca Digital ............................. 75 Estrutura de apresentação da Biblioteca Digital ......................... 77 Produtos e serviços digitais ............................................................ 81 Estratégias de busca ........................................................................ 83 Acesso à informaçãodigital da biblioteca do INPA ................... 85 Catálogo on-line .............................................................................. 87 Biblioteca Digital de Teses e Dissertações .................................. 91 Referências bibliográficas................................................................ 94 PREFÁCIO Este manual tem como objetivo apresentar alguns dos procedi- mentos realizados no dia a dia de uma biblioteca, com foco nos aspectos básicos e imprescindíveis para este ambiente. Para isso, foi desenvolvido um conteúdo atualizado e que possa ser compreendido pelo público em geral. O capítulo I apresenta os aspectos principais de organização de uma biblioteca escolar, como os serviços, o desenvolvimento de coleções, os processos técnicos e a estrutura de uma biblioteca. O capítulo II disponibiliza o projeto de capacitação de monitores da biblioteca escolar do INPA como agente de mudanças e de transforma- ção social influindo no processo de aprendizagerm: Estudo de caso. O capítulo III tem como foco a informação digital, com ênfase na Biblioteca Digital. Aborda temas como ferramentas de busca, fontes digitais de pesquisa, estratégias de busca, dentre outros. CAPÍTULO I PRINCÍPOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS 13 PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS O que é Biblioteca Escolar? A Biblioteca Escolar tem como intenção o fornecer materiais bi- bliográficos que apóiam as atividades desenvolvidas pelos professores e alunos da escola que a mantém. Assim, ela possui uma relação com a escola no processo de ensino-aprendizagem junto às classes escolares do ensino infantil, fundamental e médio e principalmente no incentivo ao hábito da leitura (SILVA e ARAÚJO, 2009). Os alunos em fase escolar precisam ser estimulados a utilizar o acervo e os serviços das bibliotecas escolares por meio da leitura, habili- dades de investigação e uso de diferentes tipos de materiais didáticos e de apoio que possam contribuir para o seu aprendizado. Por isso, as Biblio- tecas Escolares desempenham um papel importante no desenvolvimento das atividades realizadas com os alunos, a partir da interação entre os pro- fessores, bibliotecários e administradores de uma instituição educacional (CARVALHO, 2002). Para atender a demanda de seus usuários a Biblioteca escolar pre- cisa oferecer levantamentos bibliográficos, treinamentos de usuários, aces- so à base de dados, CD-ROM, Internet, empréstimos, exposições, diferen- tes tipos de atividades culturais e outros, de acordo com as características da comunidade que ela atende. A maioria das aquisições feitas nas bibliotecas é de materiais impressos, mas os usuários precisam aprender a usar as ferramentas de facilitam o uso de novas tecnologias e extrair in- formações de fontes em meio digital para que eles sejam independentes e capazes de obter conhecimento com o uso da informação obtida em dife- rentes tipos de materiais em formato impresso ou não (GARCEZ, 2007). 14 PROJETO FRONTEIRA A Federação Internacional de Associações de Bibliotecários e Ins- tituições (IFLA) e a Organização das nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), reconhecem a importância dos recursos materiais e eletrônicos para a formação e desenvolvimento de coleções dasbibliotecas escolares. O processo de desenvolver uma coleção envolve várias etapas, pois é importante possuir materiais adequados que atendam as necessidades do público que freqüentam a biblioteca, e assim transmitir as informações necessárias para a formação desse público (SILVEIRA, 2009). Facilitar o acesso às coleções e o uso dos serviços da Biblioteca Escolar aos usuários, de acordo com o manifesto IFLA/UNESCO (1999) faz parte do papel social e da missão da biblioteca como colaboradora da instituição que a mantém. A biblioteca é dividida em setores onde são realizadas diferentes atividades para oferecer serviços aos seus usuários. Esses setores são apre- sentados no quadro a seguir: Fonte: Adaptado de BARBALHO, 2008. Quadro 1. Atividades e serviços desenvolvidos em uma biblioteca. 14 15 PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS Formação e desenvolvimento de Coleções O setor responsável pela formação e desenvolvimento de coleções (FDC) da biblioteca verifica que tipo de materiais os usuários mais usam, pedem para empréstimo e os que ajudarão nos estudos das matérias ofe- recidas no programa escolar. Seleciona esses documentos e depois verifica como serão adquiridos para fazerem parte da coleção de documentos da biblioteca (CRUZ, 2004 apud VERGUEIRO, 1989). A seleção é uma atividade realizada para selecionar todos os docu- mentos que a biblioteca precisa e melhorar a sua coleção e que deve estar de acordo com as políticas de seleção, aquisição e descarte. A participação dos professores, alunos e pais por meio de sugestões (GUINCHAT,1994). Para haver um a boa seleção é importante conhecer bem o seu público, os tipos de assuntos mais procurados na biblioteca e pesquisar as publicações que poderão fazer parte do acervo e assim mantê-lo atualiza- do e com a quantidade suficiente para atender aos empréstimos. A aquisição é o procedimento que permite obter material para compor o acervo da biblioteca que foram anteriormente selecionados. A manuten- ção dos documentos que pertencem à biblioteca e que atenderá as solici- tações dos usuários e os objetivos da escola. Portanto, é importante haver métodos e organização durante esta tarefa (GUINCHAT,1994). A aquisição de acordo com Silva e Araújo (2009) pode ser reali- zada de três formas: Compra - A seção responsável pela aquisição de material biblio- gráfico é adquirido diretamente com as livrarias e/ou editoras, após a su- gestão dos professores, alunos e a do bibliotecário (a). Doação – Doação de uma coleção particular, doações espontâne- 16 PROJETO FRONTEIRA as, doações solicitadas ou o envio de obras por seus autores. Permuta - É a troca de material realizada entre as bibliotecas com a intenção contribuir para o crescimento do acervo O que é acervo? É a reunião de diferentes tipos de documentos selecionados, ad- quiridos e organizados de acordo com os seus formatos, assuntos e que formam a coleção da biblioteca para informar, educar, para recreação, etc (SILVA e ARAÚJO, 2009). O acervo é distribuído de acordo com a sua finalidade e são os seguintes: Fonte: educ.fc.ul.pt Fonte: libreria. com.br Fonte: imagens retiradas do Google Fonte: smzdesign. wordpress.com Fonte: KUHLTHAU, 2002; SIMÃO, SCHERCKER e NEVES, 1993. 16 17 PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS O Processamento técnico do acervo As etapas da organização incluem o registro: O Registro é a forma utilizada para saber a quantidade de todos os materiais do acervo e que permite o controle individual dos mesmos, ou seja, o registro do que a biblioteca possui como patrimônio documen- tal. Todos os livros e documentos recebem um número e são carimbados para comprovar que pertencem a acervo da biblioteca (SILVA e ARAÚJO, 2009). Os registros são efetuados em cadernos denominados “livros de tombo”, nos quais são inseridas informações sobre o material, conforme Quadro 3: Quadro 3. Modelo de registro no livro de tombo. Quando a biblioteca possuir vários exemplares de uma mesma obra, cada exemplar recebe um número de registro como no exemplo do quadro acima (ANTUNES, 2000). Observação: Quando a biblioteca for informatizada o registro será realizado no banco de dados utilizado por ela. O uso de carimbos em bibliotecas é comum, pois servem para 18 PROJETO FRONTEIRA identificar o material que foi registrado no livro de tombo e que fará parte do acervo da biblioteca. É carimbada a folha de rosto do livro - é a página que tem o nome do au tor, título, subtítulo (título alternativo), local da publicação, edito- ra, edição, data e outras informações sobre o livro. Nesse carimbo estão os seguintes dados: número e data de registro e dados de como foi feita a aquisição (Figura 1): Existe também outro carimbo usado para identificar que a obra pertence à biblioteca e que deve ser colocado no corte do livro e em pági- nas predeterminadas (Figura 2): É no processamento técnico que os documentos selecionados, adquiridos, registrados são tratados com técnicas utilizadas na Bibliote- conomia para classificar, indexar e catalogar todo o acervo existente na biblioteca. Neste setor são identificados, descritos, classificados e localiza na biblioteca onde serão armazenados, cada um dos documentos adqui- ridos. Mas, para isso são utilizadas normas, tabelas e códigos que seguem padrões internacionais (CRUZ, 2004, P.16). A catalogação é o serviço que faz a “descrição do documento” e cria-se um catálogo com todos os dados que facilitam a localização dos documentos existentes no acervo pelos usuários (SILVA e ARAÚJO, 2009). Figura 1. Carimbo com o nome da biblioteca e o número de registro. Figura2. Carimbo com o nome da biblioteca. 18 19 PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS A descrição de um determinado documento tem como intenção ajudar o leitor a identificar o(os) autor(es), título(s), subtítulo(s), local(is) de publicação (cidade), editoras, datas de publicação, formato, número de páginas e outras informações (CRUZ, 2004). Cada documento é catalogado com o uso de código de cataloga- ção utilizado no mundo inteiro chamado Regras de Catalogação Anglo Americanas (AACR2). É um instrumento que ajuda os bibliotecários a elaborarem as fichas catalográficas como o modelo abaixo: Os itens que compõem a ficha catalográfica de acordo com Silva e Araújo (2009) são: Número de Cutter - composto por três números que são retira- dos da Tabela de Cutter que representam o sobrenome do autor; Entrada – é usada para dar acesso ao documento e pode ser pelo autor, entidade, evento ou pelo título do documento; Corpo da ficha – nessa parte da ficha são colocados os principais dados do documento: título, autor, edição, local, editora e data de publica- ção, o número de páginas, se tem ilustrações, características físicas como o tamanho, se possui mapas, tabelas, fotos... e a série. Notas - é útil para colocar informações que podem ser impor- tantes para o entendimento do usuário como, por exemplo, o Número Internacional Normalizado para Livro (ISBN). Pista – Esse campo é importante para elaboração de catálogos quando a biblioteca não é informatizada. É na pista que as entradas secun- dárias de assuntos são numeradas, ou seja, são palavras que representam os assuntos do livro e facilitam o acesso a ele. Observação: O modelo de ficha catalográfica padrão e internacionalmente Figura 3. Modelo de ficha catalográfica. Fonte: LINDOSO, Pedro, 2010. 20 PROJETO FRONTEIRA adotado, mede 7,5 cm de altura e 12,5 cm de largura. E são ordenadas em fichários. As bibliotecas elaboram catálogos para os usuários pesquisarem o que necessitam e esses catálogos ordenam as fichas catalográficas. O ca-tálogo manual possui tipos com entradas diferentes (acessos) e o catálogo automatizado precisa apenas de um (SILVA e ARAÚJO, 2009). O catálogo manual serve para os usuários utilizarem e geralmente são encontrados três tipos que são com: nome de autor, de título e de as- sunto. Eles podem ser organizados da seguinte forma: • Em ordem Alfabética; • Com o nome do autor, título e assunto em um único catálogo, chama- do de catálogo dicionário; • Com três catálogos diferentes (de autor, título e assunto). O catálogo em fichas é o mais comum e utilizado principalmente nas bibliotecas que não são automatizadas, ou seja, que não têm computa- dores e bases de dados para fazer o processo de catalogação. A classificação é o serviço que tem como objetivo atribuir uma classe (assunto) ao livro, pois cada livro que chega a biblioteca é armazena- do no local que tenha um único assunto, e são representados por números que seguem um padrão internacional (SILVA e ARAÚJO, 2009; ANTU- NES, CAVALCANTE e ANTUNES et al., 2000). Classificação Decimal de Dewey (CDD) Um dos sistemas usados para classificar os assuntos em uma bi- blioteca é a CDD, criado em 1876, por Melvin Dewey. Ele divide o conhe- cimento humano em dez grandes classes de 0 a 9 e são subdividas em dez subclasses (SILVA e ARAÚJO, 2009). Conforme Silva e Araújo (2009) o assunto é representado e o acer- vo da biblioteca é agrupado de acordo com a ordem das classes abaixo: 000 – GENERALIDADES 100 – FILOSOFIA. PSICOLOGIA 200 – RELIGIÃO. TEOLOGIA 300 – CIÊNCIAS SOCIAIS 400 – LINGUÍSTICA E LÍNGUAS 20 21 PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS 500 – CIÊNCIAS PURAS 600 – CIÊNCIAS APLICADAS 700 – ARTE. RECREAÇÃO. ESPORTES 800 – LITERATURA 900 – HISTÓRIA. BIOGRAFIA. GEOGRAFIA As grandes classes reúnem todas as áreas do conhecimento huma- no e facilitam a classificação dos assuntos, a organização e armazenamen- to dos materiais nas estantes e a localização dos mesmos. A localização dos livros e de outros documentos nas prateleiras é feita através do número de chamada. A função deste número é ajudar no armazenamento e na localização de acordo com a ordem dos códigos usados para cada classe (assunto), número de Cutter (notação do autor) e a ordem alfabética dos títulos (SILVA e ARAÚJO, 2009). A Tabela de Cutter também chamada de “tabela de autor” é usada para dar um número ao autor. Número de chamada – É o conjunto de símbolos (letras e nú- meros) que facilitam a identificação do livro na estante da biblioteca. São colocadas etiquetas na lombada do livro com o número de classifica- ção (assunto), o de chamada que é formado pela primeira letra do nome do autor que deve ser maiúscula, do número do autor e pela letra em mi- núscula que está no início do título do livro e demais informações como: edição, exemplar, volume (SILVA e ARAÚJO, 2009). A lombada ou dorso – é a parte do livro que contém o nome do autor e do título do livro, mas também pode se colocar o nome da editora, logomarca do editor, edição, volume, letras, local e data (SILVA e ARAÚ- JO, 2009). Figura 4: Modelo de elementos do livro. Fonte: maisespanha.blogspot.com 22 PROJETO FRONTEIRA Exemplo de etiqueta: Título: O boto cor-de-rosa e o jacaré do rabo cotó Autor: Pedro Lindoso Número de chamada: 028.5 – assunto L747b – número de autor (Tabela de Cutter) Exemplar 3 – nº do exemplar (se houver mais de um título no acervo) Os números de chamada depois de colocados na lombada ou dor- so do livro também são colocados nos seguintes locais: • No carimbo de registro; • No bolso do livro; • Nas fichas do catálogo de livros, no lado esquerdo na parte superior; • Nas fichas do livro. A indexação tem como função a representação do conteúdo (tema) de um documento e ocorre com a retirada e uso de palavras que descrevem o assunto do documento (SILVA e ARAÚJO, 2009). Essas palavras seguem uma linguagem padrão, que facilita a recuperação do documento. As palavras são extraídas do título do texto, sumário, introdução, conclusão, etc. A linguagem que os usuários usam para solicitar um documento na biblioteca também ajuda o bibliotecário no momento que vai inserir na ficha catalográfica e catálogos as palavras consideradas essenciais para recuperar e facilitar o acesso a uma informação. Pois, no momento da con- Figura 5. Modelo de etiqueta para lombada do livro. 22 23 PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS sulta feita pelo usuário ao catálogo impresso ou eletrônico esse processo vai ajudá-lo a encontrar a informação desejada. Exemplos de palavras que descrevem o tema de livros: a) Literatura infanto-juvenil – Amazonas b) Romance brasileiro c) Poesia brasileira Instalações da Biblioteca O espaço físico deve ser planejado dependendo do tipo de acer- vo disponível e a intenção de como usá-lo para colocar a disposição o acervo geral (livros), a coleção de referência (enciclopédias, dicionários...) e a de periódicos (jornais, revistas). De acordo com Silva e Araújo (2009) É importante que a bibliote- ca seja instalada em local: • Acessível; • Andar térreo devido ao peso dos livros; • Silencioso; • Iluminado; • Propício para ampliações futuras; • Sem incidência direta dos raios solares no acervo documental. O ideal é que possua salas para acomodar: • Mobiliário (estantes, mesas, cadeiras e outros); • Equipamentos eletrônicos (computadores, aparelho de DVD, televi- sor, impressora, etc.) • Estudos individual e em grupo. O armazenamento é uma atividade que consiste em guardar os documentos nas melhores condições de conservação e para diferentes ti- pos de uso (GUINCHAT,1994). A forma de armazenamento deve ser escolhida de acordo com a classificação, do espaço físico, dos equipamentos disponíveis e pelas 24 PROJETO FRONTEIRA condições de conservação (GUINCHAT, 1994). Consiste em guardar os documentos de acordo com uma ordem preestabelecida, que permita recuperá-los rapidamente. Deve ser simples e rápido, localizar o material de forma única, e manter uma boa conservação. Formas de armazenamento: • Horizontal - Os materiais são colocados uns sobre os outros. Ex: ma- pas, cartazes, plantas, fotos e jornais e cd ROM, etc; • Vertical - Os materiais são colocados uns ao lado dos outros. Exem- plos de materiais: livro, caixas de arquivo e outros; • Arquivo suspenso - Os documentos possuem poucas páginas e são usados permanentemente. Ex: correspondências e recortes de perió- dicos (revistas, jornais). Os documentos devem ser colocados cima para baixo e da esquer- da para a direita seguindo o número de chamada, quando forem colocados nas prateleiras das estantes. Ao chegarem à última prateleira inferior de- vem ser colocados na estante a direita do mesmo modo (CRUZ, 2004). A freqüência no uso dos documentos influência na forma como são arma- zenados. Ela pode variar em função dos tipos, idades dos materiais e das necessidades dos usuários. Sinalização Os serviços e produtos que a biblioteca tem para oferecer são comunicados por meio da sinalização com o uso de código de cores, car- tazes, faixas, etiquetas, símbolos e outros. Ela ajuda o usuário a compre- ender as atividades desenvolvidas na biblioteca (SIMÃO, SCHERCKER e NEVES, 1993). A biblioteca para divulgar seus produtos e serviços pode contar com mural, jornal da biblioteca, folders, e outros. 24 25 PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS Exemplos de sinalização com código de cores: 000 – GENERALIDADES 100 – FILOSOFIA. PSICOLOGIA 200 – RELIGIÃO. TEOLOGIA 300 – CIÊNCIAS SOCIAIS 400 – LINGUÍSTICA E LÍNGUAS 500 – CIÊNCIAS PURAS 600 – CIÊNCIAS APLICADAS 700 – ARTE. RECREAÇÃO. ESPORTES800 – LITERATURA 900 – GEOGRAFIA. BIOGRAFIA. HISTÓRIA 26 PROJETO FRONTEIRA 26 27 PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS Atendimento ao usuário A divulgação dos materiais e serviços que a Biblioteca escolar dis- põe aos seus usuários é essencial. Porém deve possuir um quadro de recur- sos humanos treinados e motivados, e que seja formado por um número suficiente de pessoas de acordo com o Manifesto IFLA/UNESCO de 1999. É importante garantir a qualidade no atendimento, pois o uso de novas tecnologias exige capacitação para melhor orientar e oferecer novas ferramentas de busca (computadores) e acesso as informações aos seus usuários, e assim satisfazer as suas diferentes necessidades ao utilizar os serviços da biblioteca e obterem conhecimento. Existe a circulação que é o serviço onde os documentos que es- tão no acervo passam a circular, ou seja, quando o usuário chega a bi- blioteca se depara com um balcão e o atendente que pode lhe fazer um empréstimo ou devolução de um livro, por exemplo (GUINCHAT, 1994). Esse empréstimo pode ser feito no computador ou manualmen- te, e o usuário leva o livro para casa durante um período permitido para empréstimo. E, se o usuário quiser ficar mais tempo com esse livro que emprestou poderá renovar se outra pessoa não tiver feito à reserva desse livro (SILVA e ARAÚJO, 2009). Se o usuário deseja emprestar um livro que está com outra pessoa ele pode fazer a reserva, e quando o livro for devolvido ele poderá fazer o empréstimo. É importante também haver o treinamento, pois este serviço tem como objetivo ensinar a comunidade escolar a utilizar os recursos e servi- 28 PROJETO FRONTEIRA ços da biblioteca. Como encontrar um livro nas estantes, a usar um dicio- nário, etc (KUHLTHAU, 2002). É bastante comum ocorrerem visitas dos novos alunos da escola na biblioteca e serem apresentados os diferentes setores e como utilizarem o acervo e os serviços oferecidos por ela. É muito importante o treinamento dos usuários nas bibliotecas que não possuem sistemas informatizados para utilizarem o catálogo. O serviço de referência acontece no momento em que o usuário chega e faz uma pergunta ao atendente da biblioteca e a reposta possa atender a necessidade desse usuário e ele obtenha a sua informação. É a orientação que o usuário recebe para utilizar com frequência o acervo e os serviços que a biblioteca possui. (SILVA e ARAÚJO, 2009). Existe também a pesquisa e o levantamento bibliográfico que é uma das atividades mais importantes da biblioteca, pois muitos alunos pesquisam sobre temas específicos, e eles perguntam o que tem na biblio- teca sobre o assunto que estão procurando, e os atendentes ou bibliotecá- rios fazem a busca de todos os tipos de materiais que possam ter o assunto solicitado por eles (KUHLTHAU, 2002). Os serviços para atendimento são: A) Atendimento a pedidos de informação; B) Localização e oferecimento de material solicitado para consulta; C) Orientação no uso da biblioteca; D) Orientação no uso de obras de referência (dicionários, enciclopédias, anuários, bibliografias, catálogos, guias, mapas e outros); E) Orientação na consulta bibliográfica; F) Orientação na elaboração de trabalhos escolares; G) Empréstimo domiciliar e devolução manual ou automatizada de ma- terial; H) Encaminhamento de usuários a outras bibliotecas quando necessário; I) Comunicação aos usuários da existência e/ ou disponibilidade de mate- rial de seu interesse. Fonte: SIMÃO, SCHERCKER e NEVES, 1993. 28 29 PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS Promoção do livro e da leitura A promoção do livro e da leitura requer um espaço amplo com instalações adequadas e que sejam confortáveis. Com a intenção de cha- mar a atenção dos alunos do ensino infantil (pré-escola) e criar o hábito de participarem da “hora do conto”, ou da leitura na própria biblioteca com o uso de tapetes, almofadas, móveis e objetos coloridos. Portanto, criarem o hábito de usarem o espaço e os materiais da biblioteca e leitura. O incentivo para essa prática deve acontecer sempre, mas é necessário fa- zer um planejamento de diferentes as atividades e a implantação de novos projetos (KUHLTHAU, 2002; SIMÃO, SCHERCKER e NEVES, 1993). O Professor e/ou o bibliotecário devem ler o livro e demonstrar que estão interessados na leitura e têm prazer em ler livros ao fazerem comentários aos alunos e assim eles possam criar esse hábito e falem aos outros sobre esse gosto em ler histórias diferentes. E, essas atividades po- dem ser feitas dentro e fora do espaço da biblioteca (KUHLTHAU, 2002; CARVALHO, 2002; SIMÃO, SCHERCKER e NEVES, 1993). Fonte: vejaisso.com Fonte: tecnologiaeducacionalemfoco.blospot.com 30 PROJETO FRONTEIRA Algumas dessas atividades são as seguintes: • Encontro com escritores, poetas; • Exposição de lançamentos literários; • Feiras de livros; • Palestras sobre livros, literatura, escritores; • Hora do conto. A Biblioteca escolar ao promover o uso de bons livros que an- teriormente foram selecionados e atualizados; possuir um espaço físico adequado convidativo, interativo, contribuirá para a livre expressão das crianças e jovens e formará leitores críticos, participativos (CARVALHO, 2002). Ativar a Biblioteca escolar “é a preparação de um espaço que ofereça diversas atividades, e que seja agradável para quem visita e tenha como objetivo o aumento da interação do usuário com a biblioteca. No entanto, é necessário que os responsáveis pela biblioteca, professores, pais, alunos e a comunidade em geral sejam agentes participativos no planeja- mento, execução e avaliação das atividades que serão realizadas, ou seja, oferecer atendimento, promover o livro e incentivar a leitura na biblioteca escolar (SIMÃO, SCHERCKER e NEVES, 1993). As diferentes fases que contribuem para o ensino e aprendizagem no ambiente escolar e podem ser realizadas na biblioteca com base no programa para alunos de ensino fundamental segundo Kuhlthau (2002) são: Fonte: niquemelo.blogspot.com Fonte: mar-de-desabafos.blogspot.com 30 31 PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS I Fase: Iniciação dos alunos no uso da biblioteca escolar 1ª etapa: Conhecendo a biblioteca (alunos de quatro a seis anos); É realizada a escolha de livros de história para a hora do conto e leitura, poemas e músicas, mas também podem ser utilizadas as apresenta- ções de histórias em DC-ROM E DVD. Os alunos começam a compreen- der que a biblioteca é um espaço coletivo. 2ª etapa: O envolvimento dos alunos com os livros e narração de histórias (alunos de seis a sete anos). É realizada a leitura e narração de histórias, depois os professores e bibliotecários conversam com os alunos para criar uma interação entre eles e expressarem o que compreenderam da leitura. Podem utilizar livros infantis e de não ficção, a dramatização, de- senhos e recurso audiovisual. Além de proporcionar a compreensão da organização do acervo na biblioteca e dos elementos que compõe um livro. II Fase: Aprendendo a usar os materiais que a biblioteca possui 1ª etapa: Prática para habilidades de leitura (alunos de sete anos); São selecionadas histórias para leitura (histórias ativas e de hu- mor), material audiovisual, e realizadas atividades depois da história como: 32 PROJETO FRONTEIRA É importante utilizar a conversa, a dramatização e o desenho para melhor compreensão do que foi apresentado durante a história. Nesta etapa o aluno pode: • Localizar e usar as obras de referência que estão no acervo da biblio- teca (enciclopédias, dicionários) e revistas infantis; • Descobrir que a biblioteca possui outros materiais como osmapas, cd´s dvd´s e etc; • Escolher os livros que têm interesse e sejam capazes de ler e saber quais os elementos que compõe um livro (capa, orelha, lombada...). Além de informações que o livro possui: título, autor, ilustrador... 2ª etapa: desenvolvendo os interesses da leitura (alunos de oito anos); É uma etapa de transição, na qual os alunos deixam de usar mais os livros infantis e começam também a os outros tipos de materiais da biblioteca. Eles aprendem como são organizados os materiais mesmo sem conhecerem bem o sistema de classificação usado na biblioteca. Para expressar o que vêem e ouvem produzem textos e desenhos e compartilham com os colegas. E, também são incentivados a expressar suas idéias a respeito do que viram e ouviram. 3ª etapa: Preparação para uso dos materiais e recursos existentes na biblioteca de maneira independente (alunos de nove anos); Os alunos começam a encontrar e usar materiais sem precisar de ajuda. A aplicar as habilidades de comunicação ao fazerem leituras, escre- verem e falarem o que aprenderam. Eles começam a pesquisar na biblioteca e a produzir textos sobre os assuntos ensinados em sala de aula. E, criam a capacidade de avaliar e selecionar os que servem para manterem-se informados e os que são para o seu lazer. 32 33 PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS 4ª etapa: A busca de informações para trabalhos escolares (alunos de 10 anos). Os alunos começam a pesquisar e produzir textos sobre diferentes assuntos e para se divertir. Eles passam a analisar a classificação que a biblioteca utiliza como modelo de organização e recuperação de informações. Aumentam a capa- cidade de avaliar e selecionar materiais existentes na biblioteca. III Fase: Criando hábitos e formas de obter conhecimento em uma sociedade que precisa estar bem informada (5ª a 8ª séries) 1ª etapa: Uso dos recursos da biblioteca de forma independente (alunos de 11 a 12 anos); Nessa etapa os alunos estão se preparando para usar no ensino médio de forma independente e individualmente a biblioteca. Todas as atividades feitas nas fases anteriores são revisadas e aju- dam a aplicar em seus trabalhos de pesquisa e produção de textos. No final dessa etapa serão capazes de localizar, selecionar e inter- pretar os materiais que ajudarão em seus estudos e lazer. 2ª etapa: Entendendo as atividades realizadas no ambiente da bi- blioteca (alunos de 13 a 14 anos). Os alunos são informados sobre o uso de materiais de bibliotecas e outras instituições para desenvolverem as suas pesquisas. E serem infor- mados sobre a televisão como fonte de informação (jornais, programas educativos, etc). Eles são incentivados a pensar que o motivo principal de usarem a biblioteca é para pesquisar e produzirem textos que atendam as disciplinas do programa escolar. 34 PROJETO FRONTEIRA Anexo Classificação Decimal de Dewey – CDD Resumida da 22ª edição 000 Obras gerais, ciência da computação, informação 001 Conhecimento 004 Processamento eletrônico de dados. Computadores.Informática 010 Bibliografia em geral 020 Biblioteconomia e ciência da informação 030 Enciclopédias e dicionários gerais 050 Periódicos gerais 060 Organização em geral 070 Jornalismo 090 livros raros 100 Filosofia 110 Metafísica 120 Epistemologia (teoria do conhecimento) 130 Parapsicologia e ciências ocultas 150 Psicologia 160 Lógica 170 Ética 180 Filosofia antiga, medieval 190 Filosofia moderna ocidental 200 Religião 220 Bíblia 300 Ciências sociais 301 Sociologia e antropologia 310 coleções de estatísticas gerais 320 Ciência política 34 35 PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS 330 Economia 331 Trabalho. Trabalhadores 332 Finanças 336 Finanças públicas 339 Macroeconomia 340 Direito 350 Administração pública e ciência militar 360 Problemas sociais e serviços sociais 370 Educação 380 Comércio, meios de comunicação, transportes 390 Usos e costumes, etiqueta, folclore 400 Linguagem 410 Linguística 420 Língua inglesa 430 Língua alemã 440 Língua francesa 450 Língua italiana 460 Língua espanhola 469 Língua portuguesa 500 Ciência (ciências puras) 510 Matemática 520 Astronomia 530 Física 540 Química 560 Paleontologia 570 Biologia 580 Botânica 590 Zoologia 600 Tecnologia (ciências aplicadas) 610 Medicina e saúde 616 Doenças 620 Engenharia 36 PROJETO FRONTEIRA 630 Agricultura e tecnologia relacionadas 640 Economia doméstica 650 Administração e serviços auxiliares 657 Contabilidade 658 Administração 659 Publicidade e relações públicas 700 Arte, lazer, esportes 710 Urbanismo 720 Arquitetura 740 Desenho e arte decorativa 750 Pintura 760 Artes gráficas 770 Fotografia 780 Música 790 artes recreativas 800 Literatura e retórica 820 Literatura inglesa 830 Literaturas germânicas 840 Literatura francesa 850 Literatura italiana 860 Literaturas hispânicas 869 Literatura portuguesa 869.9 Literatura brasileira 900 História e geografia 910 Geografia 918.1 Geografia do Brasil 920 Biografia 981 História do Brasil FONTE: SILVA e ARAÚJO, 2009. 36 37 PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS Referências Bibliográficas Antunes, Walda de Andrade; Cavalcante, Gildete de A.; Antunes, Márcia Carneiro.2000. Curso de capacitação para dinamização e uso da bibliote- ca pública. São Paulo: Global, 237pp. Campello, Bernadete Santos et al.2002.A biblioteca escolar: temas para uma atividade pedagógica. Belo Horizonte: Autêntica, 62pp. Garcez, Eliane Fioravante. 2007. Avaliação de uso como indicador para gestão de biblioteca escolar: estudo de caso. Revista ACB: Bibliotecono- mia em Santa Catarina, Florianópolis, 12:59-73.(revista.ibict.br). Acesso em: 15.01.2010. Kuhlthau, Carol. 2002. Como usar a biblioteca na escola: um programa de atividades para o ensino fundamental. Belo Horizonte: Autêntica,303pp. Macedo, Neusa Dias de. 2005. Biblioteca escolar brasileira em debate: da memória profissional a um fórum virtual. São Paulo: SENAC: CRB- 8a.Região,446pp. MANIFESTO IFLA/UNESCO PARA BIBLIOTECA ESCOLAR. Tra- duzido por Neusa Dias de Macêdo. (www.ifla.org/VII/s11/pubs/portu- guese-brazil.pdf). Acesso em: 16.01.2010. Silva, Divina Aparecida da; Araújo, Iza Antunes. 2009.Auxiliar de biblioteca: técnicas e práticas para formação profissional. Brasília: Thesaurus,165pp. Silveira, Lúcia da; Fioravante, Rosane; Vitorino, Elizete Vieira. 2009.For- mação e desenvolvimento de coleções: proposta para biblioteca escolar de acordo com a pedagogia Waldorf. Revista ACB: Biblioteconomia em Santa Catarina, Florianópolis, 14:66-103 (revista.acbsc.org.br). Acesso em 17.01.2010. CAPÍTULO II MONITORES DA BIBLIOTECA ESCOLAR DO INPA: Estudo de Caso 41 PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS Biblioteca Escolar do INPA A Biblioteca do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, criada em julho de 1954, reúne uma das maiores bibliografias na- cionais sobre a Amazônia de grande valor científico chegando a aproxima- damente 200 mil exemplares (Silva e Harraquian, 1981). Considerando o reduzido número de bibliotecas públicas em Ma- naus, o INPA disponibiliza seu acervo a toda comunidade para consulta local e tem uma Biblioteca Escolar com obras direcionadas aos estudantes do ensino fundamental e médio. A missão do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia é ge- rar e disseminar conhecimentos e tecnologia para o desenvolvimento da Amazônia tendo em vista o bem-estar humano e os reclamos da cultu- ra. Dentro deste contexto, a Biblioteca Escolar tem um papel importante enquanto agente de mudanças e de transformação social, agregando ao projeto o compartilhamento de experiências coma capacitação de alunos bolsistas nas tarefas rotineiras da Biblioteca. Campello (2003) aponta para a capacidade da Biblioteca em in- fluenciar positivamente a educação estimulando a leitura como agente me- diador da aprendizagem. Pretendendo com esta ação proporcionar aos jovem-bolsistas a oportunidade de vivenciarem experiências, que poderão contribuir para que se tornem pessoas críticas e participativas na sociedade onde vivem. Embora muitas vezes esquecida, (Fragoso, 2002) observa o papel relevante da Biblioteca a serviço da comunidade escolar. A Biblioteca Escolar do INPA consciente do seu papel como agente de mudanças e de transformação social tenciona capacitar bolsistas 42 PROJETO FRONTEIRA PIBIC Jr. no desempenho das tarefas de primeiro contato com os usuários da Biblioteca, auxiliando-os no uso dos recursos disponíveis de acesso à informação, incentivando-os a participarem em atividades que estimulem o hábito da leitura e o conhecimento de diferentes tipos de fontes infor- macionais (livros, revistas, dicionários, entre outras), que influenciam o aprendizado nos diferentes momentos da vida, bem como, conhecer o nível de satisfação dos usuários da Biblioteca Escolar quanto aos serviços prestados no sentido de revitalizar este espaço, transformando-o em um local de incentivo à leitura e de democratização do conhecimento. De acordo com (Maciel, 2005) o acesso às informações é gerador de mudanças, “A capacidade dos indivíduos e grupos organizarem-se, vi- sando as conquistas sociais e uma (re)distribuição do poder depende em grande parte de seu grau de informação (no sentido lato) e de instrução, isto é, da distribuição do saber.” Esperava-se também ampliar a discussão sobre o valor das biblio- tecas escolares, como fontes de informação na sociedade contemporânea e mediante a prestação de serviços à comunidade. Para alcançar o objetivo proposto de conhecer o nível de satisfação dos usuários da Biblioteca Es- colar, construiu-se um instrumento de pesquisa / formulário para avalia- ção dos serviços prestados no sentido de revitalizar o espaço da Biblioteca a fim de transformar em um local de incentivo à leitura e de democratiza- ção do conhecimento. O projeto de pesquisa foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa do CEP-INPA, sob o número 209/2009, para a devida aplicação do instrumento de pesquisa / questionário (Anexo 1), visando avaliar a satisfação dos usuários em relação às demandas atendidas e não atendidas e, foi realizado mediante aplicação junto aos sujeitos da pesquisa (estudantes de ensino fundamental e médio), onde foi identificado o perfil do usuário e os possíveis entraves ao acesso do acervo disponibilizado ao público da Biblioteca Escolar. 43 PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS Capacitação dos Monitores da Biblioteca Escolar A primeira etapa do projeto voltada a capacitação dos monitores da biblioteca escolar, iniciou-se com as atividades de ambientação e capa- citação dos bolsistas nas tarefas rotineiras da biblioteca sempre supervisio- nadas pelo bibliotecário e o pessoal de apoio da Biblioteca, para promoção da troca produtiva de conhecimentos e experiências, a saber: As atividades de incentivo à leitura representam o papel educativo da Biblioteca, que conforme Fragoso (2002), complementam as informa- ções básicas dos conteúdos programáticos e oferecem seus recursos e ser- viços à comunidade escolar de modo a atender as necessidades do planeja- mento curricular. Para atender esses objetivos foram realizados exercícios para ampliação da capacidade de análise literária de autores nacionais que obedeceu a seguinte sequência didática: • Preparo do acervo: carimbos e etiquetas; localização e guarda de livros, de separatas e de periódicos nas estantes a partir do número de chamada; • Classificação das separatas com o número da Tabela de Cutter; • Atendimento aos usuários da Biblioteca Escolar. • Leitura com os alunos /bolsistas do texto selecionado auxi- liando-os na compreensão do vocabulário, contexto histórico e perfil do autor; • Os alunos /bolsistas foram estimulados a terminar a leitura sozinhos; 44 PROJETO FRONTEIRA Foram realizadas atividades de expressão escrita, por meio da re- dação espontânea, sobre o texto lido de autores nacionais, relatos de expe- riências vividas em visitas externas e questionários de avaliação do projeto respondido pelos alunos / bolsistas. Nesta etapa do projeto, não houve preocupação com a ortografia correta das palavras no intuito de não se criar bloqueios que naquele momento pudessem tolher a criatividade dos alunos. Autores e obras lidas no período: Assim como, foram, também, realizadas visitas externas ao Bos- que da Ciência, Campi I do INPA e à Sociedade Brasileira para o Pro- gresso da Ciência - SBPC na UFAM. Posteriormente, os alunos bolsistas escreveram redações sobre as visitas. A metodologia proposta na segunda etapa do projeto avaliar a sa- tisfação dos usuários da biblioteca escolar em relação às demandas atendi- das e não atendidas consistiu nas seguintes etapas: • Questões foram propostas sobre a leitura que envolviam pes- quisa, discussão em grupo e dramatização. • Aplicação de instrumento de pesquisa para avaliação das de- mandas dos usuários da Biblioteca Escolar – INPA (criado no projeto Monitores da Biblioteca Escolar); • A amostragem foi de forma aleatória junto as escolas públi- cas que visitam o instituto. Selecionou-se a Escola Municipal Aristóteles Comte Alencar, situada à Rua I -s/n no Bairro Ar- mando Mendes- Manaus, AM e 15 estudantes do ensino fun- damental do 8º ano A, para participarem da pesquisa. Sendo menores de idade, os estudantes levaram com antecedência o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido -TCLE para Lispector, Clarice. Aprendendo a viver. São Paulo : Rocco, 2005. Mello, Thiago de. Estatutos do homem. Manaus : Valer, 1998. Assis, Machado de. Um apólogo. São Paulo : DCL, Munduruku, Daniel. Coisas de índio: versão infantil. São Paulo : Callis, 2003 45 PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS Inclusão da amostra: Foram entrevistados os usuários da bibliote- ca, estudantes menores de idade, abaixo de 18 anos e que concordaram em participar da pesquisa. Exclusão da amostra: seriam excluídos de participar como sujeitos da pesquisa aqueles que os responsáveis não dessem anuência ao Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo 2 – TCLE Biblioteca Esco- lar); obterem o consentimento dos responsáveis para participarem da pesquisa, considerando-se que os menores quando visitam à bi- blioteca o fazem desacompanhados dos seus responsáveis. Dos 15 estudantes que apresentaram o TCLE devidamente assinado pelo responsável, selecionou-se aleatoriamente apenas 10 sujeitos para tomarem parte da amostra, levando em consideração a escolarida- de dos pesquisadores-bolsistas Pibic Junior. • A pesquisa foi acompanhada por participante da equipe deste pro- jeto com aplicação do instrumento de pesquisa / formulário dire- cionado aos sujeitos (usuários da biblioteca escolar): estudantes do ensino fundamental, composto de perguntas fechadas com espaço para sugestões e uma pergunta aberta; • Os dados da pesquisa avaliaram a frequência do público à Biblio- teca Escolar e o nível de satisfação em relação à prestação de ser- viços, além de identificar as ferramentas utilizadas para localizar, recuperar e consultar a informação desejada; • A avaliação por meio de tabulação foi realizada como tarefa com todos os Bolsistas Pibic Jr. para que eles pudessem considerar os dados de maneira concreta; • As análises estatísticas foram quantificadas em médias e em per- centagem, apresentadas em gráficos de colunas e barras (conforme as informações contidas nos seus livros escolares);• Apresentação dos resultados da pesquisa será por meio do rela- tório final impresso e, de forma oral, pelos bolsistas por meio de uma cartilha no formato de história em quadrinhos; 46 PROJETO FRONTEIRA Por outro lado, a avaliação do público leitor da biblioteca escolar na utilização dos recursos informacionais foi realizada por: A análise das perguntas fechadas foi disposta em percentagem e gráficos e a da pergunta aberta relacionada ao nível de satisfação do usu- ário com relação ao atendimento recebido na Biblioteca Escolar foi dis- posta em categorias por meio da análise do conteúdo (BARDIN, 1977; CHIZZOTTI, 2008). Estas categorias foram pintadas com lápis de cor colorido para cada categoria. • Capacitação dos usuários na utilização dos recursos informacionais da Biblioteca Escolar a partir do agendamento de visita orientada e de treinamento no uso das ferramentas de busca no catálogo e no sistema on-line; • Para fazer parte da pesquisa os sujeitos deram anuência por meio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE. Este termo foi elaborado junto com os bolsistas, afim de que eles pu- dessem compreender de maneira simples os processos de consen- timento para participar da pesquisa: a) os menores de idade (me- nor de 18 anos, neste caso, obtiveram a assinatura dos responsáveis permitindo ou não a participação do menor na pesquisa) e b) os maiores de idade puderam dar ou não o seu consentimento para entrar na pesquisa. • Para a coleta de dados o instrumento de pesquisa utilizado fo- ram dois questionários: o questionário 1, voltado à avaliação da visita orientada (Anexo 1) com 4 perguntas fechadas e 1 pergunta aberta, foi preenchido pelo próprio entrevistado. O questionário 2, para avaliar a frequência do público à Biblioteca Escolar e o nível de satisfação em relação à prestação de serviços e identificar as ferramentas utilizadas para localizar, recuperar e consultar a in- formação desejada, foi estruturado da seguinte forma: 9 perguntas fechadas com espaço para sugestões, e 1 pergunta aberta. O ques- tionário 2, foi preenchido pelos entrevistadores, isto é, os alunos- -bolsistas, Pibic Jr. Subdividido com questões referentes ao uso da biblioteca nas pesquisas escolares, ao tipo de material pesquisado: livro impresso versus internet e a frequência de visita à Biblioteca Escolar do INPA. 47 PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS Resultados Capacitação dos Monitores da Biblioteca Escolar do INPA O incentivo a leitura de autores nacionais e a escrita espontânea, sobre o cotidiano na Biblioteca, resultou numa melhoria da expressão oral e escrita desses jovens que pode ser verificada na tabela 1, avaliação quan- titativa elaborada para demonstrar o desempenho na expressão escrita dos bolsistas que participaram do Projeto Monitores da Biblioteca do INPA através da análise de texto das redações propostas como atividade do pro- jeto onde comparou-se o número de linhas escritas no período de outubro (2008, início do projeto) a julho (2009 final do projeto) os alunos iniciam em média com 4 linhas (outubro/2008) e no último tema sobre a questão indígena, os bolsistas alcançaram, em média 37 linhas. Embora, o maior número de linhas não signifique que o aluno seja o melhor, e sim mostra que o aluno inicia o procedimento de construção e interpretação de texto. Deste modo, observou-se que entre eles inicia-se um processo de cogni- ção da escrita, mostrando uma objetividade maior nestes últimos meses (Anexo 3). 48 PROJETO FRONTEIRA Tabela 1. Evolução do desempenho dos bolsistas PIBIC JR na expressão escrita por número de linhas das redações elaboradas segundo seus temas no período de out /2008 a agosto /2009 A capacitação de alunos-bolsistas apresentou resultados promis- sores considerando-se a boa adaptação ao ambiente e a pró atividade na execução das tarefas auxiliares da Biblioteca Escolar, embora, não tenha sido possível repassar esses conhecimentos ao público leitor pelo volume de informações, e complexidade das mesmas, está previsto para a próxima fase do projeto a educação dos usuários, visto que, já foi alcançada a capa- citação dos bolsistas como monitores da Biblioteca. A Biblioteca Escolar do INPA e o seu Público Leitor O perfil dos sujeitos envolvidos na pesquisa são estudantes do 8º ano do ensino fundamental com a média de 13 anos de idade e que gostam de pesquisar para os seus trabalhos escolares (80%); apenas (20%) dos alunos pesquisados disseram não a esta questão (Figura 1). Meses Redação /Temas Número de linhas escritas pelos bolsistas Total Média Bolsista 1 Bolsista 2 Bolsista 3 Outubro Bosque da Ciência (Visita) 3 3 5 13 4,33 Janeiro Comentários: avaliação das atividades cotidianas 3 4 4 11 3,67 Fevereiro Comentários: avaliação das atividades cotidianas 5 15 18 38 12,67 Março Estatutos do Homem: escreveram seus próprios estatutos 13 14 19 46 15,33 Junho Coisas de Índio: apresentação, perfil do autor, pesquisa na internet 37 22 12 71 23,67 Julho SBPC (Visita): relatório 21 18 19 58 19,33 Agosto Coisas de Índio: resumo dos capítulos lidos 35 36 41 112 37,33 Total 117 112 118 349 116,33 49 PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS Figura 1. Satisfação em fazer trabalhos escolares, % dos alunos da Escola Municipal Aristóteles Alencar, 2010. Figura 2. Disciplinas (%) pesquisadas pelos alunos da Escola Municipal Aristóteles Alencar, 2010. Dentre as matérias que mais solicitam pesquisas foram: história (90%), geografia (70%), ciências (60%), língua portuguesa (10%), educa- ção artística (10%) e outras matérias aparecem com 40%, dentre estas, as mais citadas foram religião (75%) e educação física (25%) conforme a Figura 2. 50 PROJETO FRONTEIRA A finalidade de visita à biblioteca é a pesquisa escolar (50%) e a leitura como passatempo (50%) conforme a Figura 3. O suporte da informação utilizado nas pesquisas evidencia o uso da internet (80%) seguida pelos livros (10%) e os dicionários (10%) de acordo com a figura 4. Figura 3. Motivo da visita (%) dos alunos da Escola Municipal Aristóteles Alencar, à Biblioteca Escolar/INPA, 2010. Figura 4. Pesquisa (%) sugere aos alunos da Escola Municipal Aristóteles Alencar, Bi- blioteca escolar /INPA, 2010. 51 PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS Os estudantes entrevistados copiam tudo o que pesquisam (40%); escrevem apenas o que entendem (20%); tiram xerox (10%); salvam em CD ou pen drive (20%); digitam (10%) (Figura 5). Informam a fonte pesquisada através da bibliografia (50%); en- quanto que (40%) às vezes e apenas (10%) disseram que não informam bibliografia em seus trabalhos escolares (Figura 6). Figura 5. Como fazem para pesquisar (%) dos alunos da Escola Municipal Aristóteles Alencar, na visita da Biblioteca escolar/INPA, 2010. Figura 6. Informação da fonte de pesquisa (%) os alunos da Escola Municipal Aristó- teles Alencar, 2010. 52 PROJETO FRONTEIRA A maioria nunca tinha vindo à Biblioteca Escolar do INPA, mas quando perguntados sobre a sua satisfação com o atendimento 90% dos entrevistados gostaram do atendimento da Biblioteca Escolar do INPA (Figura 7). Considerações finais Com aplicação do formulário a fim conhecer o nível de satisfação dos usuários, quanto aos serviços prestados pela Biblioteca Escolar do INPA, os resultados da pesquisa revelaram que o público leitor vem à bi- blioteca com a finalidade de realizar pesquisas escolares via Internet (80%) e consideram o atendimento satisfatório (90%) quanto às suas demandas atendidas e reprimidas. Com base nesses resultados, podemos inferir que falta ao público conhecimento e habilidade em lidar com as ferramentas de buscada infor- mação dos catálogos disponibilizados pela biblioteca, preferindo, assim, a internet em relação aos livros impressos do acervo. A capacitação prévia dos alunos-bolsistas como monitores da biblioteca, realizada na primeira etapa do projeto, apresentou resultados promissores considerando-se a boa adaptação ao ambiente e a pró-ativi- Figura 7. Satisfação dos alunos (%) da Escola Municipal Aristóteles Alencar com o atendimento na Biblioteca/INPA, 2010. 53 PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS dade na execução das tarefas auxiliares realizadas na Biblioteca Escolar. As atividades de expressão oral e escrita propostas para incentivar a leitura, influíram positivamente na melhoria do desempenho escolar dos bolsistas. Por outro lado, a vivência em um ambiente que proporciona o contato direto com os livros, promoveu uma maior interação com o público leitor, bem como, o sucesso na orientação do uso das ferramentas de busca da informação oferecidas pela biblioteca. No desempenho das tarefas de primeiro contato com os usuá- rios da Biblioteca Escolar auxiliando-os no uso dos recursos disponíveis de acesso à informação e a participação em atividades que estimulam o hábito da leitura e o conhecimento de diferentes tipos de fontes informa- cionais (livros, revistas, dicionários, entre outras) que influenciam o apren- dizado nos diferentes momentos da vida, assim, o Projeto Monitores da Biblioteca Escolar do INPA espera ter contribuído, inicialmente, para que se formem pessoas críticas e participativas na sociedade onde vivem. Referências Bibliográficas Bardin, Laurence. 1977. Análise do conteúdo. Lisboa: Edições 70, 225 pp. Campello, Bernadete. 2003. O movimento da competência informacional: uma perspectiva para o letramento informacional. Ciência da Informa- ção, 32:28-37 (www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100- -19652003000300004&lng=en&nrm=iso). Acesso em 12/08/09. Chizzotti, Antonio. 2008. Pesquisa qualitativa em ciências humanas e so- ciais. Petrópolis : Vozes, p. 113-133. Fragoso, G. 2002. Biblioteca na escola. Revista ACB. (http://www.acbsc. org.br/revista/ojs/viewarticle.php?id=78). Acesso em 09/07/09. Maciel, Maria Lucia. 2005. Estímulos e desestímulos à divulgação do co- nhecimento científico, p. 107-117. In: Baumgarten, M. (Org.). Conheci- mentos e redes: sociedade, política e inovação. Porto Alegre: Ed. UFRGS. Silva, Algenir Ferraz Suano da; Harraquian, M. Arlete de Jesus .1981. O INPA e o Museu Goeldi nos 30 anos de CNPq. Acta Amazonica. Suple- mento. 11:125-136. 54 PROJETO FRONTEIRA Anexo 1 – Questionário 1 - VISITA ORIENTADA – AVALIAÇÃO Sua opinião é imprescindível para a melhoria dos nossos treinamentos: A visita atendeu as suas expectativas: Totalmente Parcialmente Não atendeu 2. Quanto ao roteiro da visita você considerou: Ótimo Satisfatoriamente Ruim 3. O tempo de duração da visita foi: Adequado Muito curto Muito longo 4. A visita contribuirá para o desenvolvimento de suas pesquisas: Totalmente Parcialmente Não contribuirá 5. Comentários/sugestões _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ __________________________________________________________________ _____ Nome(opcional):____________________________________________________ Email: 55 PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS Anexo 1 – Questionário 2 - BIBLIOTECA ESCOLAR DO INPA Escola: Bairro: Nome: Idade: Escolaridade Ensino Fundamental Ensino Médio Outros Qual / Quais ?................................... Sim Ás vezes Não 1. Você gosta de fazer pesquisas para os seus trabalhos escolares? Sim Ás vezes Não 2. Quais as matérias que mais solicitam pesquisas? (escolha quantas forem necessárias) Ciências Português Matemática Inglês História Educação Artística Geografia Outras Quaal / Quais?........................................................... 3. Com que freqüência você visita à Biblioteca Escolar do INPA? Diariamente Semanalmente Quinzenalmente Mensalmente Outras Qual / Quais ? .......................................................................... 4. Qual a finalidade de sua visita à Biblioteca Escolar do INPA? lazer fazer pesquisas escolares encontrar amigos ler como passatempo Outras Qual / Quais ? .......................................................................... 5. Que tipo de material você costuma utilizar para as pesquisas? livros revistas CD's dicionários jornais enciclopédias internet outros 6. Como você costuma anotar o resultado de suas pesquisas escolares? escreve no papel sobre o que você entendeu a partir de leituras copia o material pesquisado tira xerox do material pesquisado Salva o material pesquisado em CD/ ou Pen Drive, etc. digita no computador cópia do material pesquisado Outros Qual/ Quais?.......................................... 56 PROJETO FRONTEIRA Anexo 1 – Questionário 2 - BIBLIOTECA ESCOLAR DO INPA cont. 6. Como você costuma anotar o resultado de suas pesquisas escolares? escreve no papel sobre o que você entendeu a partir de leituras copia o material pesquisado tira xerox do material pesquisado Salva o material pesquisado em CD/ ou Pen Drive, etc. digita no computador cópia do material pesquisado ( ) Outros Qual/ Quais?.......................................... 7. Como você prefere realizar suas pesquisas? Internet Livro impresso Outros Qual / Quais?.................................................. ................................................................................................................................................... .... Sim Ás vezes Não 8. Você informa na sua pesquisa as fontes bibliográficas utilizadas? Sim Ás vezes Não 9. Você sempre encontra na Biblioteca do INPA material para realizar suas pesquisas escolares ? Sim Ás vezes Não 10. Qual é o seu nível de satisfação com relação ao atendimento da Biblioteca Escolar do INPA? Sim Ás vezes Não 57 PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS Anexo 2 USUÁRIO DA BIBLIOTECA ESCOLAR TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISA DA AMAZÔNIA MONITORES DA BIBLIOTECA ESCOLAR Você está sendo convidado(a),para participar do projeto de pesquisa “MONITORES DA BIBLIO- TECA ESCOLAR”, que faz parte do PIBIC Jr. do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia - INPA. JUSTIFICATIVA, OBJETIVOS E PROCEDIMENTOS DE PESQUISA: O objetivo deste estudo é conhecer a satisfação dos usuários da Biblioteca Escolar do INPA em relação aos serviços prestados, a fim de promover melhores formas de prestar esses serviços no sentido de revitalizar seu espaço, transformando-o em um local de incentivo à leitura e de democratização do conhe- cimento. A sua participação será para responder perguntas sobre sua satisfação no atendimento da biblioteca digital especialmente no auxilio em sua pesquisa. As informações da pesquisa serão realizadas e colocadas em tabelas, figuras e os resultados apresentadosem palestras ou revistas cientificas, com o fim de repassar essas informações à administração da Biblioteca e à comunidade. Uma cópia do trabalho ficará disponível na biblioteca escolar do INPA. DESCONFORTO E POSSÍVEIS RISCOS ASSOCIADOS À PESQUISA: É garantido que não existe dano ou risco à sua pessoa pela participação no projeto. Sua participação é livre e você terá o direito e a liberdade de retirar sua autorização (consentimento) em qualquer etapa da pesquisa, independente do motivo e sem qualquer prejuízo a sua pessoa. Ressalta-se, que você terá nenhuma despesa por participar da pesquisa, mas também não poderá receber nenhuma vantagem em troca das informações dadas. BENEFÍCIOS DA PESQUISA: O benefício da pesquisa consistirá na identificação dos problemas e entraves que existem na Biblioteca Escolar. Desse modo, suas informações poderão ajudar no curto e médio prazo no sentido de aumentar a satisfação dos usuários, bem como promover a melhor forma de disponibilizar o acervo da biblioteca, mais precisamente conforme as neces- sidades de seus usuários. ESCLARECIMENTOS E DIREITOS: Sua participação é livre e não terá nenhuma despesa ou receberá algo em troca e as informações dadas serão utilizadas apenas nesta pesquisa. A vantagem de sua participação será de você estar ajudando a conhecer as necessidades e po- tencialidades da Biblioteca Escolar do INPA em sua comunidade. Mesmo após sua autorização terá o direito e a liberdade de retirar seu consentimento em qualquer fase da pesquisa, e sem qualquer prejuízo a sua pessoa. CONFIDENCIALIDADE E AVALIAÇÃO DOS REGISTROS: A pesquisa será feita de acordo com as normas e leis de proteção nacional de informações. Por isso, caso você forneça alguma infor- mação protegida pela legislação vigente, o pesquisador em hipótese alguma poderá submeter tal informação ao processo de patente. Mas, poderá divulgar essas informações em publicações técnicas e cientificas e outros meios de informação. Ademais, os dados da pesquisa serão anali- sados e os resultados serão divulgados em publicações cientificas. Fica totalmente assegurado que sua identidade será mantida em absoluto sigilo. FORMA DE ACOMPANHAMENTO: Se você quiser saber mais detalhes sobre as atividades des- te projeto. Poderá fazer contato com a Dra. Suely de Souza Costa ou com a Bibliotecária Ângela Panzu, pelo telefones 3643-3150 ou 3643-3028 ou pelo E-mail: sscosta@inpa.gov.br; panzu@ inpa.gov.br. E, caso solicite, receberá uma cópia com o numero da sua entrevista. Consentimento Pós-Informação. Eu, ______________________________________, portador da carteira de identidade n° ______________________ expedida pelo órgão _______________ , entendi o que a pesquisa vai fazer e dou meu consentimento para que o menor ________ ____________________________________________ participe da pesquisa de registro de n° ______e atesto que me foi entregue uma cópia desse documento por mim assinado. ..................................................................... Data: ............../............./.............. Assinatura do responsável ..................................................................... Pesquisador que realizou a entrevista CAPÍTULO III BIBLIOTECA DIGITAL E ACESSO À INFORMAÇÃO PROJETO FRONTEIRAS BIBLIOTECA DIGITAL E ACESSO A INFORMAÇÃO 61 PROJETO FRONTEIRAS BIBLIOTECA DIGITAL E ACESSO A INFORMAÇÃO 61 INFORMAÇÃO DIGITAL A ampliação de acesso a Internet e suportes eletrônicos ocasiona- ram não somente a facilidade de acessos a conteúdos informacionais, mas também contribuiu para o aumento da produção científica e informal. Com essa explosão informacional surgiu a necessidade das bibliotecas em gerenciar esses conteúdos de modo a reduzir o tempo de busca e permitir a obtenção de resultados satisfatórios aos seus usuários. Neste caso, cabe ressaltar que a internet em si não é uma biblio- teca digital. Como exemplo, temos a utilização das ferramentas de busca, podemos citar sites como Cadê, o Altavista, o Yahoo e o Google. Estes sites¹ permitem pesquisar sobre temas variados nos direcionando a outros sites que tratam de tal tema. Como resultado recupera-se uma enxurrada de páginas da web onde a grande maioria é totalmente inutilizável, além da procedência duvidosa dos conteúdos disponíveis. De forma irônica alguns autores da área de Ciência da Informação propõem que a Internet está para as bibliotecas assim como um merca- do de pulgas está para a Biblioteca do Congresso norte-americano. Esta proposição sugere que os padrões e critérios da informação na Internet deixam a desejar comparados aos das bibliotecas digitais. Diferente destas ferramentas de buscas a biblioteca digital esta fo- cada na completa descrição dos documentos e na melhoria dos requisitos para seu acesso e uso. Para sua existência há um trabalho dispendioso que envolve avaliação, tratamento e sistemas de automação adequados para garantir a qualidade da informação publicada. Conta ainda com a atuação ¹ sites também denominados de sitios PROJETO FRONTEIRAS BIBLIOTECA DIGITAL E ACESSO A INFORMAÇÃO 62 63 de recursos humanos especializados para cada processo necessário para a disponibilização da informação. Esta comparação não tem como objetivo invalidar ou incentivar o desuso de ferramentas de busca. É uma necessidade estimular uma re- flexão sobre a importância em conhecer as possibilidades de se obter uma fonte de qualidade, e ter conhecimento de onde encontrar as informações consistentes e seguras. PROJETO FRONTEIRAS BIBLIOTECA DIGITAL E ACESSO A INFORMAÇÃO 63 FERRAMENTAS DE BUSCA Como já citado anteriormente, é válido afirmar que muitos con- fundem as ferramentas de busca (Google, Yahoo, Altavista, entre outras) com uma autêntica biblioteca digital. Mas esta consideração é errônea, considerando as reais funcionalidades de uma biblioteca digital. As ferramentas de busca são sites que nos direcionam a outros sites que citam o assunto pesquisado. De fato são importantes quando desconhecemos o endereço de sites que contém a informação desejada, contudo é necessário estar atento aos resultados da busca e escolher um conteúdo que tenha credibilidade. Abaixo segue algumas dicas para a escolha de informações confiá- veis: → Certifique-se de que o autor esta cadastrado na Plataforma Lat- tes assim é possível saber sua titulação e suas publicações; → No caso do autor não ter currículo Lattes¹ é interessante pes- quisar sobre ele no google e google acadêmico; → Verifique se o veículo tem Qualis² (levantamento realizado pela CAPES que avalia a qualidade dos periódicos); → Selecione conteúdos que estejam disponíveis em páginas de instituições de ensino, institutos e empresas renomados e sites governa- mentais; A partir da identificação dos sites da última dica que nos depara- mos com a biblioteca digital em si, e por meio dela podemos pesquisar as- suntos específicos e encontrar sugestões de outras fontes de informações confiáveis. ¹ http://lattes.cnpq.br/ ² http://www.capes.gov.br/avaliacao/qualis PROJETO FRONTEIRAS BIBLIOTECA DIGITAL E ACESSO A INFORMAÇÃO 64 65 PROJETO FRONTEIRAS BIBLIOTECA DIGITAL E ACESSO A INFORMAÇÃO 65 O QUE É UMA BIBLIOTECA DIGITAL? HISTÓRICO A biblioteca ao longo da história da humanidade desenvolveu um papel de instituição social. Contudo, seu acesso e disponibilidade nem sempre foram irrestritos. Há 150 anos atrás o conhecimento estava limi- tado a uma classe dominante. Atualmente a modernização das bibliote- cas compete para a universalização do seu acesso e a popularidade entre aqueles que não tem o habito de utilizar seus serviços. Esta modernização surge como resposta as mudanças tecnológicas e principalmente com o avanço da Internet. As mudanças foram acontecendo gradativamente,interferindo na forma de tratar o conhecimento e tornar acessível o maior numero de in- formações possíveis. Cunha (1999) afirma que: Na década de 50 pesquisadores dos Estados Unidos da América, “As tecnologias da imprensa, máquina de escrever, telefone, telex, mimeógrafo, microfilme, cartão perfurado nas margens, computador, disco ótico e redes eletrônicas afetaram e alteraram a biblioteca ao longo do tempo. Algumas dessas tecnologias, tais como o microfilme e o disco ótico, tiveram suas primeiras aplicações testadas dentro de uma biblioteca.“ PROJETO FRONTEIRAS BIBLIOTECA DIGITAL E ACESSO A INFORMAÇÃO 66 67 por meio do projeto ARPANET ( Advanced Research Projects Agency Network), conseguiram conectar computadores de modo a permitir a troca de informações entre eles e algumas universidades (Pontes Junior, 2009). Desde os primeiros sinais de uma rede de computadores, estudio- sos observaram a necessidade em criar meios diferenciados para o geren- ciamento, organização e recuperação da informação. Dentre os estudiosos com maior evidência no meio, em 1945 des- taca-se Vannevar Bush, engenheiro que projetou uma máquina com alto potencial de armazenamento de informação, denominada Memex (figura 1). Esta máquina funcionaria como “um suplemento ampliado e detalhado de sua memória” onde o próprio utilizador poderia criar vias de informa- ção. A partir dos anos 70 da-se início ao processo rumo a bibliote- ca eletrônica. Muitas instituições passaram a utilizar computadores, estes eram usados para serviços básicos como catalogação, indexação e orga- nização do acervo. Aos poucos implementaram catálogos em linha, e de- senvolveram bancos de dados, teve início o uso contínuo de CD-ROM para recuperar referências bibliográficas e textos completos de artigos de periódicos, verbetes de enciclopédias e itens de outras fontes. Fonte: Portal da Unicamp Figura 1: Estrutura do Memex criado por Vannevar Bush PROJETO FRONTEIRAS BIBLIOTECA DIGITAL E ACESSO A INFORMAÇÃO 67 Na década de 90, a Internet teve um crescimento representativo e passou a ser mais acessível, e a recuperação da informação passou a ser realizada diante de inúmeras possibilidades. Surgiram os bancos de dados e repositórios digitais, que permitiram incorporar os conteúdos completos dos livros, artigos de periódicos, relatórios técnicos e outros materiais. A Biblioteca Digital tornou-se uma extensão da Biblioteca física, contando com os aprimoramentos que a tecnologia digital vem proporcio- nando. A grande diferença é que os acervos acessíveis não são a totalidade do acervo existente na biblioteca física. Apenas estão disponíveis os do- cumentos que possuem autorização legal para serem acessados livremen- te. Seria um crime contra os direitos autorais as bibliotecas permitirem o acesso digital a todos os documentos. Pode-se dizer que a biblioteca tem como objetivo disseminar in- formações, tais informações necessitam estar em conformidade com as demandas dos usuários, estas demandas tornam-se cada vez mais comple- xa com as inovações tecnológicas e informacionais. Assim, para exercer sua função adequadamente é necessário rever seus serviços constante- mente, adequando-os as novas necessidades. Deste modo, é importante destacar a necessidade de incentivar o uso da biblioteca durante todo o desenvolvimento educacional de um in- divíduo, visto que este tipo de tecnologia evolui rapidamente e manter-se atualizado é a melhor forma de utilizar seus serviços digitais com eficiên- cia. PROJETO FRONTEIRAS BIBLIOTECA DIGITAL E ACESSO A INFORMAÇÃO 68 69 PROJETO FRONTEIRAS BIBLIOTECA DIGITAL E ACESSO A INFORMAÇÃO 69 FONTES DE PESQUISA DIGITAL Além das bibliotecas digitais, que oferecem acesso aos documen- tos de uma instituição ou órgão específico, temos a possibilidade de con- sultar outras fontes ainda mais diversificadas como as que serão citadas a seguir. Outro fato importante é que a maioria das bibliotecas digitais disponibilizam em suas páginas links que nos direcionam a estas fontes apresentadas, o que facilita a integração dos serviços. PERIÓDICOS E REVISTAS VIRTUAIS As revistas ou periódicos podem estar na forma on-line ou em CD-ROM. Possuem seu conteúdo virtual na íntegra, assim como as bi- bliotecas virtuais. Os periódicos on-line possuem periodicidade nas suas edições, que podem ser semanais, mensais, anuais ou mesmo diárias e po- dem fazer parte de um portal de periódicos, muitas possuem o acesso gratuito, mas deve-se respeitar a autoria do material publicado. Exemplo: Revista de Direito Público http://www.direitopublico.com.br/revista_VIRTU PROJETO FRONTEIRAS BIBLIOTECA DIGITAL E ACESSO A INFORMAÇÃO 70 71 Em algumas revistas virtuais, pode ser necessário pagar uma taxa para se ter acesso ao conteúdo na integra, para isso, é necessário associar-se, pagando uma anuidade, que garante acesso a todas as publicações durante o período contemplado. Para venda de artigo publicado, o usuário tem acesso ao resumo do artigo, seus autores, mas para ter acesso ao artigo, deve comprá-lo. PORTAL DE PERIÓDICOS O Portal de periódicos é uma boa alternativa quando se pretende realizar uma pesquisa e procura uma área específica, pois ele reúne diver- sas revistas virtuais, de diversas áreas do conhecimento. Um exemplo de portal de periódico é o Portal de Periódicos da Capes, desempenha um papel muito importante no cenário nacional e segundo a página institucio- nal: “O Portal de Periódicos foi criado tendo em vista o déficit de acesso das bibliotecas brasileiras à informação científica internacional, dentro da perspectiva de que seria demasiadamente caro atualizar esse acervo com a compra de periódicos impressos para cada uma das universidades do sistema superior de ensino federal. Foi desenvolvido ainda com o objetivo de reduzir os desnivelamentos regionais no acesso a essa informação no Brasil”. O Portal da Capes pode ser acessado pelo site: http://www.capes.gov.br/ O acesso livre é a parte do portal que esta disponível a todos os usuários, e seu conteúdo pode ser acessado na íntegra pelo site: http://acessolivre.capes.gov.br/ BIBLIOTECAS VIRTUAIS TEMÁTICAS Este tipo de biblioteca oferece conteúdos específicos de uma área do conhecimento. Como modelo temos o Portal Bibliotecas virtuais temá- ticas, criado pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecno- logia (Ibict). Neste Portal estão disponíveis as áreas do conhecimento que PROJETO FRONTEIRAS BIBLIOTECA DIGITAL E ACESSO A INFORMAÇÃO 71 direcionam a biblioteca virtual temática correspondente. Exemplo: Portal Bibliotecas Virtuais Temáticas do IBICT http://prossiga. ibict.br/bibliotecas/ BASE DE DADOS As bases de dados são formadas por documentos do mesmo tipo, e podem ser bases composta apenas por teses ou livros, separatas, periódi- cos. Em alguns casos não disponibilizam o documento completo, apenas suas referência ou resumos. Este tipo de fonte pode ser consultado on line ou não e seu pro- pósito é servir de apoio para que o usuário recupere informações, tire conclusões e tome decisões. Exemplo: Base de dados referencial de artigos de periódicos em Ciência da Informação http://www.brapci.ufpr.br/ REPOSITÓRIOS DE INFORMAÇÃO Contrário às bases de dados os repositórios só podem ser consul- tado on line e em formato digital, todo conteúdo deve estar disponível em texto completo. É multidisciplinar e não só armazenam documentos, mas tem a função de preservar e disseminar as informações arquivadas. Suas principais características são: • Acesso público transparente; • Ampla tipologia de documentos; • Conteúdo heterogêneo; • Multidisciplinaridade; • Preservação Digital; • Divulgar a informação Exemplo: Repositório Digital da UFRGS http://www.lume.ufrgs.br/ PROJETO FRONTEIRAS
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