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PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS E DE ACESSO À INFORMAÇÃO DIGITAL

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AT
PROJETO FRONTEIRA
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORGANIZADORES: Suely de Souza Costa
 Ângela Panzu
Manaus 2012
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE 
ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS E DE 
ACESSO À INFORMAÇÃO DIGITAL
INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÔNIA – INPA
PROJETO FRONTEIRA: ALTO RIO NEGRO
SUBPROJETO:
IMPLANTAÇÃO DE UM BANCO DE DADOS AMBIENTAIS E 
DE UMA BIBLIOTECA EM SÃO GABRIEL DA CACHOEIRA, NO 
ALTO RIO NEGRO, AMAZONAS
 Suely de Souza Costa Dra.
Coordenadora do Subprojeto
 
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS
E DE ACESSO À INFORMAÇÃO DIGITAL
Kelly Cristina Castro Leme
Bibliotecária
Karina Jussara de Moura Costa
Bibliotecária
Manaus 2012
Presidência da Republica
Ministério Ciência Tecnologia
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia— Inpa
 
Projeto Fronteira: Alto Rio Negro
 
Wanderli Pedro Tadei, Dr.
Coordenador
 
Lúcia K. O. Yuyama Dra.
Sub-coordenadora
 
Suely de Souza Costa Dra. Engenharia de Produção e Coordenadora do Subprojeto “Implementação do 
banco de dados ambientais e de uma biblioteca em São Gabriel da Cachoeira”.
 
Ângela Nascimento dos Santos Panzu, Especialista em Memória Social e Documento e em 
Documentação e Informação, Bibliotecária e Orientadora. 
 
Silene da Mota Coelho, Especialista em Informática na Educação.
 
Ione Sena Alfaia, Especialista em Organização e Administração de Arquivos.
 
Bolsistas Pibic / Inpa / CNPq / Fapeam: 
• Karina Jussara de Moura Costa
Bacharel em Bibliotecomia 
• Kelly Cristina Castro Leme
Bacharel em Bibliotecomia
 
Bolsistas Pibic Jr.CNPq / Fapeam / Inpa:
• Camila da Rocha Leão
• Igor da Rocha Leão
• Karina Marques do Nascimento
• Samylla Lorena Davies da Silva
• Wilber da Silva Cunha
 
 
 
P957 Princípios básicos de organização de bibliotecas e de acesso à informação digital / 
 Organizadores: Suely de Souza Costa e Ângela Panzu. --- Manaus : Editora 
 INPA, 201 1 . 
 ...... p. : il. color. 
 
 
 Elaboração Projeto Fronteira; apoio FINEP-Financiadora de Estudos e 
 Projetos. 
SUMÁRIO
 
Capítulo I
O que é Biblioteca Escolar?............................................................ 13
Formação e desenvolvimento de coleções................................... 15
O que é acervo?................................................................................ 16
O processamento técnico do acervo............................................. 17
Atendimento ao usuário.................................................................. 27
Promoção do livro e da leitura....................................................... 29
Referências bibliográficas................................................................ 37
Capítulo II
Biblioteca Escolar do INPA........................................................... 41
Capacitação dos monitores da biblioteca escolar........................ 43
Resultados.......................................................................................... 47
Referências bibliográficas................................................................ 53
Anexos................................................................................................ 54
Capítulo III
Informação digital............................................................................. 61
Ferramentas de busca....................................................................... 63
O que é uma biblioteca digital? ................................................... 65
Fontes de pesquisa digital................................................................ 69
Terminologias.................................................................................... 73
Benefícios na utilização da Biblioteca Digital ............................. 75
Estrutura de apresentação da Biblioteca Digital ......................... 77
Produtos e serviços digitais ............................................................ 81
Estratégias de busca ........................................................................ 83
Acesso à informaçãodigital da biblioteca do INPA ................... 85
Catálogo on-line .............................................................................. 87
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações .................................. 91
Referências bibliográficas................................................................ 94
PREFÁCIO
 Este manual tem como objetivo apresentar alguns dos procedi-
mentos realizados no dia a dia de uma biblioteca, com foco nos aspectos 
básicos e imprescindíveis para este ambiente. Para isso, foi desenvolvido 
um conteúdo atualizado e que possa ser compreendido pelo público em 
geral.
 O capítulo I apresenta os aspectos principais de organização de 
uma biblioteca escolar, como os serviços, o desenvolvimento de coleções, 
os processos técnicos e a estrutura de uma biblioteca.
 O capítulo II disponibiliza o projeto de capacitação de monitores 
da biblioteca escolar do INPA como agente de mudanças e de transforma-
ção social influindo no processo de aprendizagerm: Estudo de caso.
 O capítulo III tem como foco a informação digital, com ênfase 
na Biblioteca Digital. Aborda temas como ferramentas de busca, fontes 
digitais de pesquisa, estratégias de busca, dentre outros. 
CAPÍTULO I
PRINCÍPOS BÁSICOS
DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS
13
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS
O que é Biblioteca Escolar?
 A Biblioteca Escolar tem como intenção o fornecer materiais bi-
bliográficos que apóiam as atividades desenvolvidas pelos professores e 
alunos da escola que a mantém. Assim, ela possui uma relação com a 
escola no processo de ensino-aprendizagem junto às classes escolares do 
ensino infantil, fundamental e médio e principalmente no incentivo ao 
hábito da leitura (SILVA e ARAÚJO, 2009). 
 Os alunos em fase escolar precisam ser estimulados a utilizar o 
acervo e os serviços das bibliotecas escolares por meio da leitura, habili-
dades de investigação e uso de diferentes tipos de materiais didáticos e de 
apoio que possam contribuir para o seu aprendizado. Por isso, as Biblio-
tecas Escolares desempenham um papel importante no desenvolvimento 
das atividades realizadas com os alunos, a partir da interação entre os pro-
fessores, bibliotecários e administradores de uma instituição educacional 
(CARVALHO, 2002).
 Para atender a demanda de seus usuários a Biblioteca escolar pre-
cisa oferecer levantamentos bibliográficos, treinamentos de usuários, aces-
so à base de dados, CD-ROM, Internet, empréstimos, exposições, diferen-
tes tipos de atividades culturais e outros, de acordo com as características 
da comunidade que ela atende. A maioria das aquisições feitas nas 
bibliotecas é de materiais impressos, mas os usuários precisam aprender 
a usar as ferramentas de facilitam o uso de novas tecnologias e extrair in-
formações de fontes em meio digital para que eles sejam independentes e 
capazes de obter conhecimento com o uso da informação obtida em dife-
rentes tipos de materiais em formato impresso ou não (GARCEZ, 2007).
14
PROJETO FRONTEIRA
 A Federação Internacional de Associações de Bibliotecários e Ins-
tituições (IFLA) e a Organização das nações Unidas para a Educação, a 
Ciência e a Cultura (UNESCO), reconhecem a importância dos recursos 
materiais e eletrônicos para a formação e desenvolvimento de coleções 
dasbibliotecas escolares. O processo de desenvolver uma coleção envolve 
várias etapas, pois é importante possuir materiais adequados que atendam 
as necessidades do público que freqüentam a biblioteca, e assim transmitir 
as informações necessárias para a formação desse público (SILVEIRA, 
2009). 
 Facilitar o acesso às coleções e o uso dos serviços da Biblioteca 
Escolar aos usuários, de acordo com o manifesto IFLA/UNESCO (1999) 
faz parte do papel social e da missão da biblioteca como colaboradora da 
instituição que a mantém. 
 A biblioteca é dividida em setores onde são realizadas diferentes 
atividades para oferecer serviços aos seus usuários. Esses setores são apre-
sentados no quadro a seguir:
Fonte: Adaptado de BARBALHO, 2008.
Quadro 1. Atividades e serviços desenvolvidos em uma biblioteca.
14 15
PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS
Formação e desenvolvimento de Coleções
 
 O setor responsável pela formação e desenvolvimento de coleções 
(FDC) da biblioteca verifica que tipo de materiais os usuários mais usam, 
pedem para empréstimo e os que ajudarão nos estudos das matérias ofe-
recidas no programa escolar. Seleciona esses documentos e depois verifica 
como serão adquiridos para fazerem parte da coleção de documentos da 
biblioteca (CRUZ, 2004 apud VERGUEIRO, 1989).
 A seleção é uma atividade realizada para selecionar todos os docu-
mentos que a biblioteca precisa e melhorar a sua coleção e que deve estar 
de acordo com as políticas de seleção, aquisição e descarte. A participação 
dos professores, alunos e pais por meio de sugestões (GUINCHAT,1994).
 Para haver um a boa seleção é importante conhecer bem o seu 
público, os tipos de assuntos mais procurados na biblioteca e pesquisar as 
publicações que poderão fazer parte do acervo e assim mantê-lo atualiza-
do e com a quantidade suficiente para atender aos empréstimos. 
A aquisição é o procedimento que permite obter material para compor o 
acervo da biblioteca que foram anteriormente selecionados. A manuten-
ção dos documentos que pertencem à biblioteca e que atenderá as solici-
tações dos usuários e os objetivos da escola. Portanto, é importante haver 
métodos e organização durante esta tarefa (GUINCHAT,1994).
 A aquisição de acordo com Silva e Araújo (2009) pode ser reali-
zada de três formas:
 Compra - A seção responsável pela aquisição de material biblio-
gráfico é adquirido diretamente com as livrarias e/ou editoras, após a su-
gestão dos professores, alunos e a do bibliotecário (a).
 Doação – Doação de uma coleção particular, doações espontâne-
16
PROJETO FRONTEIRA
as, doações solicitadas ou o envio de obras por seus autores.
 Permuta - É a troca de material realizada entre as bibliotecas com 
a intenção contribuir para o crescimento do acervo
O que é acervo?
 É a reunião de diferentes tipos de documentos selecionados, ad-
quiridos e organizados de acordo com os seus formatos, assuntos e que 
formam a coleção da biblioteca para informar, educar, para recreação, etc 
(SILVA e ARAÚJO, 2009).
 O acervo é distribuído de acordo com a sua finalidade e são os 
seguintes:
Fonte: educ.fc.ul.pt Fonte: libreria.
com.br
 Fonte: imagens 
retiradas do Google
 Fonte: smzdesign.
wordpress.com 
Fonte: KUHLTHAU, 2002; SIMÃO, SCHERCKER e NEVES, 1993.
16 17
PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS
O Processamento técnico do acervo
 As etapas da organização incluem o registro:
 O Registro é a forma utilizada para saber a quantidade de todos 
os materiais do acervo e que permite o controle individual dos mesmos, 
ou seja, o registro do que a biblioteca possui como patrimônio documen-
tal. Todos os livros e documentos recebem um número e são carimbados 
para comprovar que pertencem a acervo da biblioteca (SILVA e ARAÚJO, 
2009).
 Os registros são efetuados em cadernos denominados “livros de 
tombo”, nos quais são inseridas informações sobre o material, conforme 
Quadro 3:
Quadro 3. Modelo de registro no livro de tombo.
 Quando a biblioteca possuir vários exemplares de uma mesma 
obra, cada exemplar recebe um número de registro como no exemplo do 
quadro acima (ANTUNES, 2000).
 Observação: Quando a biblioteca for informatizada o registro será realizado 
no banco de dados utilizado por ela.
 O uso de carimbos em bibliotecas é comum, pois servem para 
18
PROJETO FRONTEIRA
identificar o material que foi registrado no livro de tombo e que fará parte 
do acervo da biblioteca. 
 É carimbada a folha de rosto do livro - é a página que tem o nome 
do au tor, título, subtítulo (título alternativo), local da publicação, edito-
ra, edição, data e outras informações sobre o livro. 
 Nesse carimbo estão os seguintes dados: número e data de registro 
e dados de como foi feita a aquisição (Figura 1):
 Existe também outro carimbo usado para identificar que a obra 
pertence à biblioteca e que deve ser colocado no corte do livro e em pági-
nas predeterminadas (Figura 2): 
 É no processamento técnico que os documentos selecionados, 
adquiridos, registrados são tratados com técnicas utilizadas na Bibliote-
conomia para classificar, indexar e catalogar todo o acervo existente na 
biblioteca. Neste setor são identificados, descritos, classificados e localiza 
na biblioteca onde serão armazenados, cada um dos documentos adqui-
ridos. Mas, para isso são utilizadas normas, tabelas e códigos que seguem 
padrões internacionais (CRUZ, 2004, P.16).
 A catalogação é o serviço que faz a “descrição do documento” 
e cria-se um catálogo com todos os dados que facilitam a localização dos 
documentos existentes no acervo pelos usuários (SILVA e ARAÚJO, 
2009). 
Figura 1. Carimbo com o nome da biblioteca e o número de registro.
Figura2. Carimbo com o nome da biblioteca.
18 19
PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS
 A descrição de um determinado documento tem como intenção 
ajudar o leitor a identificar o(os) autor(es), título(s), subtítulo(s), local(is) 
de publicação (cidade), editoras, datas de publicação, formato, número de 
páginas e outras informações (CRUZ, 2004).
 Cada documento é catalogado com o uso de código de cataloga-
ção utilizado no mundo inteiro chamado Regras de Catalogação Anglo 
Americanas (AACR2). É um instrumento que ajuda os bibliotecários a 
elaborarem as fichas catalográficas como o modelo abaixo: 
 Os itens que compõem a ficha catalográfica de acordo com Silva e 
Araújo (2009) são:
 Número de Cutter - composto por três números que são retira-
dos da Tabela de Cutter que representam o sobrenome do autor;
 Entrada – é usada para dar acesso ao documento e pode ser pelo 
autor, entidade, evento ou pelo título do documento;
 Corpo da ficha – nessa parte da ficha são colocados os principais 
dados do documento: título, autor, edição, local, editora e data de publica-
ção, o número de páginas, se tem ilustrações, características físicas como o 
tamanho, se possui mapas, tabelas, fotos... e a série.
 Notas - é útil para colocar informações que podem ser impor-
tantes para o entendimento do usuário como, por exemplo, o Número 
Internacional Normalizado para Livro (ISBN).
 Pista – Esse campo é importante para elaboração de catálogos 
quando a biblioteca não é informatizada. É na pista que as entradas secun-
dárias de assuntos são numeradas, ou seja, são palavras que representam 
os assuntos do livro e facilitam o acesso a ele. 
 Observação: O modelo de ficha catalográfica padrão e internacionalmente 
Figura 3. Modelo de ficha catalográfica.
Fonte: LINDOSO, Pedro, 2010.
20
PROJETO FRONTEIRA
adotado, mede 7,5 cm de altura e 12,5 cm de largura. E são ordenadas em fichários. 
 As bibliotecas elaboram catálogos para os usuários pesquisarem o 
que necessitam e esses catálogos ordenam as fichas catalográficas. O ca-tálogo manual possui tipos com entradas diferentes (acessos) e o catálogo 
automatizado precisa apenas de um (SILVA e ARAÚJO, 2009).
 O catálogo manual serve para os usuários utilizarem e geralmente 
são encontrados três tipos que são com: nome de autor, de título e de as-
sunto. Eles podem ser organizados da seguinte forma:
• Em ordem Alfabética;
• Com o nome do autor, título e assunto em um único catálogo, chama-
do de catálogo dicionário; 
• Com três catálogos diferentes (de autor, título e assunto). 
 O catálogo em fichas é o mais comum e utilizado principalmente 
nas bibliotecas que não são automatizadas, ou seja, que não têm computa-
dores e bases de dados para fazer o processo de catalogação. 
 A classificação é o serviço que tem como objetivo atribuir uma 
classe (assunto) ao livro, pois cada livro que chega a biblioteca é armazena-
do no local que tenha um único assunto, e são representados por números 
que seguem um padrão internacional (SILVA e ARAÚJO, 2009; ANTU-
NES, CAVALCANTE e ANTUNES et al., 2000).
Classificação Decimal de Dewey (CDD)
 Um dos sistemas usados para classificar os assuntos em uma bi-
blioteca é a CDD, criado em 1876, por Melvin Dewey. Ele divide o conhe-
cimento humano em dez grandes classes de 0 a 9 e são subdividas em dez 
subclasses (SILVA e ARAÚJO, 2009). 
 Conforme Silva e Araújo (2009) o assunto é representado e o acer-
vo da biblioteca é agrupado de acordo com a ordem das classes abaixo: 
000 – GENERALIDADES
100 – FILOSOFIA. PSICOLOGIA
200 – RELIGIÃO. TEOLOGIA
300 – CIÊNCIAS SOCIAIS
400 – LINGUÍSTICA E LÍNGUAS
20 21
PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS
500 – CIÊNCIAS PURAS
600 – CIÊNCIAS APLICADAS
700 – ARTE. RECREAÇÃO. ESPORTES
800 – LITERATURA
900 – HISTÓRIA. BIOGRAFIA. GEOGRAFIA
 As grandes classes reúnem todas as áreas do conhecimento huma-
no e facilitam a classificação dos assuntos, a organização e armazenamen-
to dos materiais nas estantes e a localização dos mesmos.
 A localização dos livros e de outros documentos nas prateleiras 
é feita através do número de chamada. A função deste número é ajudar 
no armazenamento e na localização de acordo com a ordem dos códigos 
usados para cada classe (assunto), número de Cutter (notação do autor) e 
a ordem alfabética dos títulos (SILVA e ARAÚJO, 2009). 
 A Tabela de Cutter também chamada de “tabela de autor” é usada 
para dar um número ao autor. 
 Número de chamada – É o conjunto de símbolos (letras e nú-
meros) que facilitam a identificação do livro na estante da biblioteca.
São colocadas etiquetas na lombada do livro com o número de classifica-
ção (assunto), o de chamada que é formado pela primeira letra do nome 
do autor que deve ser maiúscula, do número do autor e pela letra em mi-
núscula que está no início do título do livro e demais informações como: 
edição, exemplar, volume (SILVA e ARAÚJO, 2009). 
 A lombada ou dorso – é a parte do livro que contém o nome do 
autor e do título do livro, mas também pode se colocar o nome da editora, 
logomarca do editor, edição, volume, letras, local e data (SILVA e ARAÚ-
JO, 2009). 
 
 
 
 
Figura 4: Modelo de elementos do livro.
Fonte: maisespanha.blogspot.com
22
PROJETO FRONTEIRA
Exemplo de etiqueta: 
Título: O boto cor-de-rosa e o jacaré do rabo cotó 
Autor: Pedro Lindoso
Número de chamada:
028.5 – assunto 
L747b – número de autor (Tabela de Cutter)
Exemplar 3 – nº do exemplar (se houver mais de um título no acervo)
 Os números de chamada depois de colocados na lombada ou dor-
so do livro também são colocados nos seguintes locais:
• No carimbo de registro;
• No bolso do livro;
• Nas fichas do catálogo de livros, no lado esquerdo na parte superior;
• Nas fichas do livro.
 A indexação tem como função a representação do conteúdo 
(tema) de um documento e ocorre com a retirada e uso de palavras que 
descrevem o assunto do documento (SILVA e ARAÚJO, 2009). 
Essas palavras seguem uma linguagem padrão, que facilita a recuperação 
do documento.
 As palavras são extraídas do título do texto, sumário, introdução, 
conclusão, etc.
 A linguagem que os usuários usam para solicitar um documento 
na biblioteca também ajuda o bibliotecário no momento que vai inserir 
na ficha catalográfica e catálogos as palavras consideradas essenciais para 
recuperar e facilitar o acesso a uma informação. Pois, no momento da con-
Figura 5. Modelo de etiqueta para lombada do livro.
22 23
PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS
sulta feita pelo usuário ao catálogo impresso ou eletrônico esse processo 
vai ajudá-lo a encontrar a informação desejada.
 Exemplos de palavras que descrevem o tema de livros: 
 a) Literatura infanto-juvenil – Amazonas
 b) Romance brasileiro
 c) Poesia brasileira
Instalações da Biblioteca 
 O espaço físico deve ser planejado dependendo do tipo de acer-
vo disponível e a intenção de como usá-lo para colocar a disposição o 
acervo geral (livros), a coleção de referência (enciclopédias, dicionários...) 
e a de periódicos (jornais, revistas).
 De acordo com Silva e Araújo (2009) É importante que a bibliote-
ca seja instalada em local:
• Acessível;
• Andar térreo devido ao peso dos livros;
• Silencioso;
• Iluminado;
• Propício para ampliações futuras;
• Sem incidência direta dos raios solares no acervo documental.
 O ideal é que possua salas para acomodar:
• Mobiliário (estantes, mesas, cadeiras e outros); 
• Equipamentos eletrônicos (computadores, aparelho de DVD, televi-
sor, impressora, etc.) 
• Estudos individual e em grupo.
 O armazenamento é uma atividade que consiste em guardar os 
documentos nas melhores condições de conservação e para diferentes ti-
pos de uso (GUINCHAT,1994).
 A forma de armazenamento deve ser escolhida de acordo com 
a classificação, do espaço físico, dos equipamentos disponíveis e pelas 
24
PROJETO FRONTEIRA
condições de conservação (GUINCHAT, 1994). 
 Consiste em guardar os documentos de acordo com uma ordem 
preestabelecida, que permita recuperá-los rapidamente.
 Deve ser simples e rápido, localizar o material de forma única, e 
manter uma boa conservação.
 Formas de armazenamento:
• Horizontal - Os materiais são colocados uns sobre os outros. Ex: ma-
pas, cartazes, plantas, fotos e jornais e cd ROM, etc;
• Vertical - Os materiais são colocados uns ao lado dos outros. Exem-
plos de materiais: livro, caixas de arquivo e outros;
• Arquivo suspenso - Os documentos possuem poucas páginas e são 
usados permanentemente. Ex: correspondências e recortes de perió-
dicos (revistas, jornais).
 
 Os documentos devem ser colocados cima para baixo e da esquer-
da para a direita seguindo o número de chamada, quando forem colocados 
nas prateleiras das estantes. Ao chegarem à última prateleira inferior de-
vem ser colocados na estante a direita do mesmo modo (CRUZ, 2004). 
A freqüência no uso dos documentos influência na forma como são arma-
zenados. Ela pode variar em função dos tipos, idades dos materiais e das 
necessidades dos usuários. 
Sinalização 
 
 Os serviços e produtos que a biblioteca tem para oferecer são 
comunicados por meio da sinalização com o uso de código de cores, car-
tazes, faixas, etiquetas, símbolos e outros. Ela ajuda o usuário a compre-
ender as atividades desenvolvidas na biblioteca (SIMÃO, SCHERCKER e 
NEVES, 1993). 
 A biblioteca para divulgar seus produtos e serviços pode contar 
com mural, jornal da biblioteca, folders, e outros. 
24 25
PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS
Exemplos de sinalização com código de cores:
000 – GENERALIDADES 
100 – FILOSOFIA. PSICOLOGIA
200 – RELIGIÃO. TEOLOGIA
300 – CIÊNCIAS SOCIAIS 
400 – LINGUÍSTICA E LÍNGUAS
500 – CIÊNCIAS PURAS
600 – CIÊNCIAS APLICADAS
700 – ARTE. RECREAÇÃO. ESPORTES800 – LITERATURA
900 – GEOGRAFIA. BIOGRAFIA. HISTÓRIA
 
 
 
 
26
PROJETO FRONTEIRA
26 27
PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS
Atendimento ao usuário
 A divulgação dos materiais e serviços que a Biblioteca escolar dis-
põe aos seus usuários é essencial. Porém deve possuir um quadro de recur-
sos humanos treinados e motivados, e que seja formado por um número 
suficiente de pessoas de acordo com o Manifesto IFLA/UNESCO de 
1999.
 É importante garantir a qualidade no atendimento, pois o uso de 
novas tecnologias exige capacitação para melhor orientar e oferecer novas 
ferramentas de busca (computadores) e acesso as informações aos seus 
usuários, e assim satisfazer as suas diferentes necessidades ao utilizar os 
serviços da biblioteca e obterem conhecimento. 
 Existe a circulação que é o serviço onde os documentos que es-
tão no acervo passam a circular, ou seja, quando o usuário chega a bi-
blioteca se depara com um balcão e o atendente que pode lhe fazer um 
empréstimo ou devolução de um livro, por exemplo (GUINCHAT, 1994).
 Esse empréstimo pode ser feito no computador ou manualmen-
te, e o usuário leva o livro para casa durante um período permitido para 
empréstimo. E, se o usuário quiser ficar mais tempo com esse livro que 
emprestou poderá renovar se outra pessoa não tiver feito à reserva desse 
livro (SILVA e ARAÚJO, 2009). 
 Se o usuário deseja emprestar um livro que está com outra pessoa 
ele pode fazer a reserva, e quando o livro for devolvido ele poderá fazer o 
empréstimo. 
 É importante também haver o treinamento, pois este serviço tem 
como objetivo ensinar a comunidade escolar a utilizar os recursos e servi-
28
PROJETO FRONTEIRA
ços da biblioteca. Como encontrar um livro nas estantes, a usar um dicio-
nário, etc (KUHLTHAU, 2002). 
 É bastante comum ocorrerem visitas dos novos alunos da escola 
na biblioteca e serem apresentados os diferentes setores e como utilizarem 
o acervo e os serviços oferecidos por ela.
É muito importante o treinamento dos usuários nas bibliotecas que não 
possuem sistemas informatizados para utilizarem o catálogo. 
 O serviço de referência acontece no momento em que o usuário 
chega e faz uma pergunta ao atendente da biblioteca e a reposta possa 
atender a necessidade desse usuário e ele obtenha a sua informação. É a 
orientação que o usuário recebe para utilizar com frequência o acervo e os 
serviços que a biblioteca possui. (SILVA e ARAÚJO, 2009). 
 Existe também a pesquisa e o levantamento bibliográfico que 
é uma das atividades mais importantes da biblioteca, pois muitos alunos 
pesquisam sobre temas específicos, e eles perguntam o que tem na biblio-
teca sobre o assunto que estão procurando, e os atendentes ou bibliotecá-
rios fazem a busca de todos os tipos de materiais que possam ter o assunto 
solicitado por eles (KUHLTHAU, 2002).
Os serviços para atendimento são:
A) Atendimento a pedidos de informação;
B) Localização e oferecimento de material solicitado para consulta;
C) Orientação no uso da biblioteca;
D) Orientação no uso de obras de referência (dicionários, enciclopédias, 
anuários, bibliografias, catálogos, guias, mapas e outros);
E) Orientação na consulta bibliográfica;
F) Orientação na elaboração de trabalhos escolares;
G) Empréstimo domiciliar e devolução manual ou automatizada de ma-
terial; 
H) Encaminhamento de usuários a outras bibliotecas quando necessário;
I) Comunicação aos usuários da existência e/ ou disponibilidade de mate-
rial de seu interesse.
Fonte: SIMÃO, SCHERCKER e NEVES, 1993.
28 29
PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS
Promoção do livro e da leitura
 A promoção do livro e da leitura requer um espaço amplo com 
instalações adequadas e que sejam confortáveis. Com a intenção de cha-
mar a atenção dos alunos do ensino infantil (pré-escola) e criar o hábito 
de participarem da “hora do conto”, ou da leitura na própria biblioteca 
com o uso de tapetes, almofadas, móveis e objetos coloridos. Portanto, 
criarem o hábito de usarem o espaço e os materiais da biblioteca e leitura. 
O incentivo para essa prática deve acontecer sempre, mas é necessário fa-
zer um planejamento de diferentes as atividades e a implantação de novos 
projetos (KUHLTHAU, 2002; SIMÃO, SCHERCKER e NEVES, 1993). 
 O Professor e/ou o bibliotecário devem ler o livro e demonstrar 
que estão interessados na leitura e têm prazer em ler livros ao fazerem 
comentários aos alunos e assim eles possam criar esse hábito e falem aos 
outros sobre esse gosto em ler histórias diferentes. E, essas atividades po-
dem ser feitas dentro e fora do espaço da biblioteca (KUHLTHAU, 2002; 
CARVALHO, 2002; SIMÃO, SCHERCKER e NEVES, 1993). 
Fonte: vejaisso.com Fonte: tecnologiaeducacionalemfoco.blospot.com
30
PROJETO FRONTEIRA
 Algumas dessas atividades são as seguintes:
• Encontro com escritores, poetas;
• Exposição de lançamentos literários;
• Feiras de livros;
• Palestras sobre livros, literatura, escritores;
• Hora do conto.
 A Biblioteca escolar ao promover o uso de bons livros que an-
teriormente foram selecionados e atualizados; possuir um espaço físico 
adequado convidativo, interativo, contribuirá para a livre expressão das 
crianças e jovens e formará leitores críticos, participativos (CARVALHO, 
2002).
 
 Ativar a Biblioteca escolar “é a preparação de um espaço que 
ofereça diversas atividades, e que seja agradável para quem visita e tenha 
como objetivo o aumento da interação do usuário com a biblioteca. No 
entanto, é necessário que os responsáveis pela biblioteca, professores, pais, 
alunos e a comunidade em geral sejam agentes participativos no planeja-
mento, execução e avaliação das atividades que serão realizadas, ou seja, 
oferecer atendimento, promover o livro e incentivar a leitura na biblioteca 
escolar (SIMÃO, SCHERCKER e NEVES, 1993). 
 As diferentes fases que contribuem para o ensino e aprendizagem 
no ambiente escolar e podem ser realizadas na biblioteca com base no 
programa para alunos de ensino fundamental segundo Kuhlthau (2002) 
são: 
Fonte: niquemelo.blogspot.com Fonte: mar-de-desabafos.blogspot.com 
30 31
PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS
I Fase: Iniciação dos alunos no uso da biblioteca escolar
1ª etapa: Conhecendo a biblioteca (alunos de quatro a seis anos);
 
 É realizada a escolha de livros de história para a hora do conto e 
leitura, poemas e músicas, mas também podem ser utilizadas as apresenta-
ções de histórias em DC-ROM E DVD. Os alunos começam a compreen-
der que a biblioteca é um espaço coletivo.
2ª etapa: O envolvimento dos alunos com os livros e narração de 
histórias (alunos de seis a sete anos).
 
 É realizada a leitura e narração de histórias, depois os professores 
e bibliotecários conversam com os alunos para criar uma interação entre 
eles e expressarem o que compreenderam da leitura. 
 Podem utilizar livros infantis e de não ficção, a dramatização, de-
senhos e recurso audiovisual. 
 Além de proporcionar a compreensão da organização do acervo 
na biblioteca e dos elementos que compõe um livro. 
II Fase: Aprendendo a usar os materiais que a biblioteca possui
1ª etapa: Prática para habilidades de leitura (alunos de sete anos);
 São selecionadas histórias para leitura (histórias ativas e de hu-
mor), material audiovisual, e realizadas atividades depois da história como: 
32
PROJETO FRONTEIRA
 É importante utilizar a conversa, a dramatização e o desenho para 
melhor compreensão do que foi apresentado durante a história. 
 Nesta etapa o aluno pode:
• Localizar e usar as obras de referência que estão no acervo da biblio-
teca (enciclopédias, dicionários) e revistas infantis;
• Descobrir que a biblioteca possui outros materiais como osmapas, 
cd´s dvd´s e etc;
• Escolher os livros que têm interesse e sejam capazes de ler e saber 
quais os elementos que compõe um livro (capa, orelha, lombada...). 
Além de informações que o livro possui: título, autor, ilustrador... 
2ª etapa: desenvolvendo os interesses da leitura (alunos de oito 
anos);
 É uma etapa de transição, na qual os alunos deixam de usar mais 
os livros infantis e começam também a os outros tipos de materiais da 
biblioteca. 
 Eles aprendem como são organizados os materiais mesmo sem 
conhecerem bem o sistema de classificação usado na biblioteca.
 Para expressar o que vêem e ouvem produzem textos e desenhos 
e compartilham com os colegas. E, também são incentivados a expressar 
suas idéias a respeito do que viram e ouviram.
3ª etapa: Preparação para uso dos materiais e recursos existentes na 
biblioteca de maneira independente (alunos de nove anos);
 Os alunos começam a encontrar e usar materiais sem precisar de 
ajuda. A aplicar as habilidades de comunicação ao fazerem leituras, escre-
verem e falarem o que aprenderam.
 Eles começam a pesquisar na biblioteca e a produzir textos sobre 
os assuntos ensinados em sala de aula. E, criam a capacidade de avaliar e 
selecionar os que servem para manterem-se informados e os que são para 
o seu lazer.
32 33
PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS
4ª etapa: A busca de informações para trabalhos escolares (alunos 
de 10 anos).
 Os alunos começam a pesquisar e produzir textos sobre diferentes 
assuntos e para se divertir. 
 Eles passam a analisar a classificação que a biblioteca utiliza como 
modelo de organização e recuperação de informações. Aumentam a capa-
cidade de avaliar e selecionar materiais existentes na biblioteca. 
III Fase: Criando hábitos e formas de obter conhecimento em 
uma sociedade que precisa estar bem informada (5ª a 8ª séries)
1ª etapa: Uso dos recursos da biblioteca de forma independente 
(alunos de 11 a 12 anos);
 Nessa etapa os alunos estão se preparando para usar no ensino 
médio de forma independente e individualmente a biblioteca.
 Todas as atividades feitas nas fases anteriores são revisadas e aju-
dam a aplicar em seus trabalhos de pesquisa e produção de textos.
 No final dessa etapa serão capazes de localizar, selecionar e inter-
pretar os materiais que ajudarão em seus estudos e lazer.
2ª etapa: Entendendo as atividades realizadas no ambiente da bi-
blioteca (alunos de 13 a 14 anos).
 Os alunos são informados sobre o uso de materiais de bibliotecas 
e outras instituições para desenvolverem as suas pesquisas. E serem infor-
mados sobre a televisão como fonte de informação (jornais, programas 
educativos, etc).
 Eles são incentivados a pensar que o motivo principal de usarem a 
biblioteca é para pesquisar e produzirem textos que atendam as disciplinas 
do programa escolar.
34
PROJETO FRONTEIRA
Anexo
 
Classificação Decimal de Dewey – CDD
Resumida da 22ª edição 
000 Obras gerais, ciência da computação, informação
001 Conhecimento
004 Processamento eletrônico de dados. Computadores.Informática
010 Bibliografia em geral
020 Biblioteconomia e ciência da informação
030 Enciclopédias e dicionários gerais
050 Periódicos gerais
060 Organização em geral
070 Jornalismo
090 livros raros
100 Filosofia
110 Metafísica
120 Epistemologia (teoria do conhecimento)
130 Parapsicologia e ciências ocultas
150 Psicologia
160 Lógica
170 Ética
180 Filosofia antiga, medieval
190 Filosofia moderna ocidental
200 Religião 
220 Bíblia
300 Ciências sociais
301 Sociologia e antropologia
310 coleções de estatísticas gerais
320 Ciência política
34 35
PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS
330 Economia
331 Trabalho. Trabalhadores
332 Finanças
336 Finanças públicas
339 Macroeconomia
340 Direito
350 Administração pública e ciência militar
360 Problemas sociais e serviços sociais
370 Educação
380 Comércio, meios de comunicação, transportes
390 Usos e costumes, etiqueta, folclore
400 Linguagem
410 Linguística
420 Língua inglesa
430 Língua alemã
440 Língua francesa
450 Língua italiana
460 Língua espanhola
469 Língua portuguesa
500 Ciência (ciências puras)
510 Matemática
520 Astronomia
530 Física
540 Química
560 Paleontologia
570 Biologia
580 Botânica
590 Zoologia
600 Tecnologia (ciências aplicadas)
610 Medicina e saúde
616 Doenças
620 Engenharia 
36
PROJETO FRONTEIRA
630 Agricultura e tecnologia relacionadas
640 Economia doméstica
650 Administração e serviços auxiliares
657 Contabilidade
658 Administração
659 Publicidade e relações públicas
700 Arte, lazer, esportes
710 Urbanismo
720 Arquitetura
740 Desenho e arte decorativa 
750 Pintura
760 Artes gráficas
770 Fotografia
780 Música
790 artes recreativas
800 Literatura e retórica
820 Literatura inglesa
830 Literaturas germânicas
840 Literatura francesa
850 Literatura italiana
860 Literaturas hispânicas
869 Literatura portuguesa
869.9 Literatura brasileira
900 História e geografia
910 Geografia
918.1 Geografia do Brasil
920 Biografia
981 História do Brasil 
 
FONTE: SILVA e ARAÚJO, 2009.
36 37
PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS
Referências Bibliográficas
Antunes, Walda de Andrade; Cavalcante, Gildete de A.; Antunes, Márcia 
Carneiro.2000. Curso de capacitação para dinamização e uso da bibliote-
ca pública. São Paulo: Global, 237pp.
Campello, Bernadete Santos et al.2002.A biblioteca escolar: temas para 
uma atividade pedagógica. Belo Horizonte: Autêntica, 62pp. 
Garcez, Eliane Fioravante. 2007. Avaliação de uso como indicador para 
gestão de biblioteca escolar: estudo de caso. Revista ACB: Bibliotecono-
mia em Santa Catarina, Florianópolis, 12:59-73.(revista.ibict.br). Acesso 
em: 15.01.2010.
Kuhlthau, Carol. 2002. Como usar a biblioteca na escola: um programa de 
atividades para o ensino fundamental. Belo Horizonte: Autêntica,303pp. 
Macedo, Neusa Dias de. 2005. Biblioteca escolar brasileira em debate: 
da memória profissional a um fórum virtual. São Paulo: SENAC: CRB- 
8a.Região,446pp.
MANIFESTO IFLA/UNESCO PARA BIBLIOTECA ESCOLAR. Tra-
duzido por Neusa Dias de Macêdo. (www.ifla.org/VII/s11/pubs/portu-
guese-brazil.pdf). Acesso em: 16.01.2010.
Silva, Divina Aparecida da; Araújo, Iza Antunes. 2009.Auxiliar de biblioteca: 
técnicas e práticas para formação profissional. Brasília: Thesaurus,165pp.
Silveira, Lúcia da; Fioravante, Rosane; Vitorino, Elizete Vieira. 2009.For-
mação e desenvolvimento de coleções: proposta para biblioteca escolar 
de acordo com a pedagogia Waldorf. Revista ACB: Biblioteconomia em 
Santa Catarina, Florianópolis, 14:66-103 (revista.acbsc.org.br). Acesso em 
17.01.2010.
CAPÍTULO II
MONITORES DA BIBLIOTECA
ESCOLAR DO INPA: Estudo de Caso
41
PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS
Biblioteca Escolar do INPA
 A Biblioteca do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - 
INPA, criada em julho de 1954, reúne uma das maiores bibliografias na-
cionais sobre a Amazônia de grande valor científico chegando a aproxima-
damente 200 mil exemplares (Silva e Harraquian, 1981).
 Considerando o reduzido número de bibliotecas públicas em Ma-
naus, o INPA disponibiliza seu acervo a toda comunidade para consulta 
local e tem uma Biblioteca Escolar com obras direcionadas aos estudantes 
do ensino fundamental e médio.
 A missão do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia é ge-
rar e disseminar conhecimentos e tecnologia para o desenvolvimento da 
Amazônia tendo em vista o bem-estar humano e os reclamos da cultu-
ra. Dentro deste contexto, a Biblioteca Escolar tem um papel importante 
enquanto agente de mudanças e de transformação social, agregando ao 
projeto o compartilhamento de experiências coma capacitação de alunos 
bolsistas nas tarefas rotineiras da Biblioteca.
 Campello (2003) aponta para a capacidade da Biblioteca em in-
fluenciar positivamente a educação estimulando a leitura como agente me-
diador da aprendizagem. Pretendendo com esta ação proporcionar aos 
jovem-bolsistas a oportunidade de vivenciarem experiências, que poderão 
contribuir para que se tornem pessoas críticas e participativas na sociedade 
onde vivem. Embora muitas vezes esquecida, (Fragoso, 2002) observa o 
papel relevante da Biblioteca a serviço da comunidade escolar.
 A Biblioteca Escolar do INPA consciente do seu papel como 
agente de mudanças e de transformação social tenciona capacitar bolsistas 
42
PROJETO FRONTEIRA
PIBIC Jr. no desempenho das tarefas de primeiro contato com os usuários 
da Biblioteca, auxiliando-os no uso dos recursos disponíveis de acesso à 
informação, incentivando-os a participarem em atividades que estimulem 
o hábito da leitura e o conhecimento de diferentes tipos de fontes infor-
macionais (livros, revistas, dicionários, entre outras), que influenciam o 
aprendizado nos diferentes momentos da vida, bem como, conhecer o 
nível de satisfação dos usuários da Biblioteca Escolar quanto aos serviços 
prestados no sentido de revitalizar este espaço, transformando-o em um 
local de incentivo à leitura e de democratização do conhecimento.
 De acordo com (Maciel, 2005) o acesso às informações é gerador 
de mudanças, “A capacidade dos indivíduos e grupos organizarem-se, vi-
sando as conquistas sociais e uma (re)distribuição do poder depende em 
grande parte de seu grau de informação (no sentido lato) e de instrução, 
isto é, da distribuição do saber.”
 Esperava-se também ampliar a discussão sobre o valor das biblio-
tecas escolares, como fontes de informação na sociedade contemporânea 
e mediante a prestação de serviços à comunidade. Para alcançar o objetivo 
proposto de conhecer o nível de satisfação dos usuários da Biblioteca Es-
colar, construiu-se um instrumento de pesquisa / formulário para avalia-
ção dos serviços prestados no sentido de revitalizar o espaço da Biblioteca 
a fim de transformar em um local de incentivo à leitura e de democratiza-
ção do conhecimento. O projeto de pesquisa foi submetido ao Comitê de 
Ética em Pesquisa do CEP-INPA, sob o número 209/2009, para a devida 
aplicação do instrumento de pesquisa / questionário (Anexo 1), visando 
avaliar a satisfação dos usuários em relação às demandas atendidas e não 
atendidas e, foi realizado mediante aplicação junto aos sujeitos da pesquisa 
(estudantes de ensino fundamental e médio), onde foi identificado o perfil 
do usuário e os possíveis entraves ao acesso do acervo disponibilizado ao 
público da Biblioteca Escolar. 
43
PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS
Capacitação dos Monitores da Biblioteca 
Escolar
 A primeira etapa do projeto voltada a capacitação dos monitores 
da biblioteca escolar, iniciou-se com as atividades de ambientação e capa-
citação dos bolsistas nas tarefas rotineiras da biblioteca sempre supervisio-
nadas pelo bibliotecário e o pessoal de apoio da Biblioteca, para promoção 
da troca produtiva de conhecimentos e experiências, a saber:
 As atividades de incentivo à leitura representam o papel educativo 
da Biblioteca, que conforme Fragoso (2002), complementam as informa-
ções básicas dos conteúdos programáticos e oferecem seus recursos e ser-
viços à comunidade escolar de modo a atender as necessidades do planeja-
mento curricular. Para atender esses objetivos foram realizados exercícios 
para ampliação da capacidade de análise literária de autores nacionais que 
obedeceu a seguinte sequência didática:
• Preparo do acervo: carimbos e etiquetas; localização e 
guarda de livros, de separatas e de periódicos nas estantes a 
partir do número de chamada;
• Classificação das separatas com o número da Tabela de 
Cutter;
• Atendimento aos usuários da Biblioteca Escolar.
• Leitura com os alunos /bolsistas do texto selecionado auxi-
liando-os na compreensão do vocabulário, contexto histórico 
e perfil do autor;
• Os alunos /bolsistas foram estimulados a terminar a leitura 
sozinhos;
44
PROJETO FRONTEIRA
 Foram realizadas atividades de expressão escrita, por meio da re-
dação espontânea, sobre o texto lido de autores nacionais, relatos de expe-
riências vividas em visitas externas e questionários de avaliação do projeto 
respondido pelos alunos / bolsistas. Nesta etapa do projeto, não houve 
preocupação com a ortografia correta das palavras no intuito de não se 
criar bloqueios que naquele momento pudessem tolher a criatividade dos 
alunos.
 Autores e obras lidas no período:
 
 Assim como, foram, também, realizadas visitas externas ao Bos-
que da Ciência, Campi I do INPA e à Sociedade Brasileira para o Pro-
gresso da Ciência - SBPC na UFAM. Posteriormente, os alunos bolsistas 
escreveram redações sobre as visitas.
 A metodologia proposta na segunda etapa do projeto avaliar a sa-
tisfação dos usuários da biblioteca escolar em relação às demandas atendi-
das e não atendidas consistiu nas seguintes etapas:
 
• Questões foram propostas sobre a leitura que envolviam pes-
quisa, discussão em grupo e dramatização.
• Aplicação de instrumento de pesquisa para avaliação das de-
mandas dos usuários da Biblioteca Escolar – INPA (criado no 
projeto Monitores da Biblioteca Escolar);
• A amostragem foi de forma aleatória junto as escolas públi-
cas que visitam o instituto. Selecionou-se a Escola Municipal 
Aristóteles Comte Alencar, situada à Rua I -s/n no Bairro Ar-
mando Mendes- Manaus, AM e 15 estudantes do ensino fun-
damental do 8º ano A, para participarem da pesquisa. Sendo 
menores de idade, os estudantes levaram com antecedência 
o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido -TCLE para 
Lispector, Clarice. Aprendendo a viver. São Paulo : Rocco, 2005.
 Mello, Thiago de. Estatutos do homem. Manaus : Valer, 
1998.
 Assis, Machado de. Um apólogo. São Paulo : DCL,
 Munduruku, Daniel. Coisas de índio: versão infantil. São 
Paulo : Callis, 2003
45
PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS
 Inclusão da amostra: Foram entrevistados os usuários da bibliote-
ca, estudantes menores de idade, abaixo de 18 anos e que concordaram em 
participar da pesquisa. 
 Exclusão da amostra: seriam excluídos de participar como sujeitos 
da pesquisa aqueles que os responsáveis não dessem anuência ao Termo 
de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo 2 – TCLE Biblioteca Esco-
lar);
 
obterem o consentimento dos responsáveis para participarem da 
pesquisa, considerando-se que os menores quando visitam à bi-
blioteca o fazem desacompanhados dos seus responsáveis. Dos 15 
estudantes que apresentaram o TCLE devidamente assinado pelo 
responsável, selecionou-se aleatoriamente apenas 10 sujeitos para 
tomarem parte da amostra, levando em consideração a escolarida-
de dos pesquisadores-bolsistas Pibic Junior. 
• A pesquisa foi acompanhada por participante da equipe deste pro-
jeto com aplicação do instrumento de pesquisa / formulário dire-
cionado aos sujeitos (usuários da biblioteca escolar): estudantes do 
ensino fundamental, composto de perguntas fechadas com espaço 
para sugestões e uma pergunta aberta;
• Os dados da pesquisa avaliaram a frequência do público à Biblio-
teca Escolar e o nível de satisfação em relação à prestação de ser-
viços, além de identificar as ferramentas utilizadas para localizar, 
recuperar e consultar a informação desejada;
• A avaliação por meio de tabulação foi realizada como tarefa com 
todos os Bolsistas Pibic Jr. para que eles pudessem considerar os 
dados de maneira concreta;
• As análises estatísticas foram quantificadas em médias e em per-
centagem, apresentadas em gráficos de colunas e barras (conforme 
as informações contidas nos seus livros escolares);• Apresentação dos resultados da pesquisa será por meio do rela-
tório final impresso e, de forma oral, pelos bolsistas por meio de 
uma cartilha no formato de história em quadrinhos; 
46
PROJETO FRONTEIRA
 Por outro lado, a avaliação do público leitor da biblioteca escolar 
na utilização dos recursos informacionais foi realizada por:
 
 A análise das perguntas fechadas foi disposta em percentagem e 
gráficos e a da pergunta aberta relacionada ao nível de satisfação do usu-
ário com relação ao atendimento recebido na Biblioteca Escolar foi dis-
posta em categorias por meio da análise do conteúdo (BARDIN, 1977; 
CHIZZOTTI, 2008). Estas categorias foram pintadas com lápis de cor 
colorido para cada categoria.
• Capacitação dos usuários na utilização dos recursos informacionais 
da Biblioteca Escolar a partir do agendamento de visita orientada 
e de treinamento no uso das ferramentas de busca no catálogo e 
no sistema on-line; 
• Para fazer parte da pesquisa os sujeitos deram anuência por meio 
do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE. Este 
termo foi elaborado junto com os bolsistas, afim de que eles pu-
dessem compreender de maneira simples os processos de consen-
timento para participar da pesquisa: a) os menores de idade (me-
nor de 18 anos, neste caso, obtiveram a assinatura dos responsáveis 
permitindo ou não a participação do menor na pesquisa) e b) os 
maiores de idade puderam dar ou não o seu consentimento para 
entrar na pesquisa. 
• Para a coleta de dados o instrumento de pesquisa utilizado fo-
ram dois questionários: o questionário 1, voltado à avaliação da 
visita orientada (Anexo 1) com 4 perguntas fechadas e 1 pergunta 
aberta, foi preenchido pelo próprio entrevistado. O questionário 
2, para avaliar a frequência do público à Biblioteca Escolar e o 
nível de satisfação em relação à prestação de serviços e identificar 
as ferramentas utilizadas para localizar, recuperar e consultar a in-
formação desejada, foi estruturado da seguinte forma: 9 perguntas 
fechadas com espaço para sugestões, e 1 pergunta aberta. O ques-
tionário 2, foi preenchido pelos entrevistadores, isto é, os alunos-
-bolsistas, Pibic Jr. Subdividido com questões referentes ao uso da 
biblioteca nas pesquisas escolares, ao tipo de material pesquisado: 
livro impresso versus internet e a frequência de visita à Biblioteca 
Escolar do INPA.
47
PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS
Resultados 
Capacitação dos Monitores da Biblioteca Escolar do INPA
 O incentivo a leitura de autores nacionais e a escrita espontânea, 
sobre o cotidiano na Biblioteca, resultou numa melhoria da expressão oral 
e escrita desses jovens que pode ser verificada na tabela 1, avaliação quan-
titativa elaborada para demonstrar o desempenho na expressão escrita dos 
bolsistas que participaram do Projeto Monitores da Biblioteca do INPA 
através da análise de texto das redações propostas como atividade do pro-
jeto onde comparou-se o número de linhas escritas no período de outubro 
(2008, início do projeto) a julho (2009 final do projeto) os alunos iniciam 
em média com 4 linhas (outubro/2008) e no último tema sobre a questão 
indígena, os bolsistas alcançaram, em média 37 linhas. Embora, o maior 
número de linhas não signifique que o aluno seja o melhor, e sim mostra 
que o aluno inicia o procedimento de construção e interpretação de texto. 
Deste modo, observou-se que entre eles inicia-se um processo de cogni-
ção da escrita, mostrando uma objetividade maior nestes últimos meses 
(Anexo 3).
48
PROJETO FRONTEIRA
Tabela 1. Evolução do desempenho dos bolsistas PIBIC JR na expressão 
escrita por número de linhas das redações elaboradas segundo seus temas 
no período de out /2008 a agosto /2009
 A capacitação de alunos-bolsistas apresentou resultados promis-
sores considerando-se a boa adaptação ao ambiente e a pró atividade na 
execução das tarefas auxiliares da Biblioteca Escolar, embora, não tenha 
sido possível repassar esses conhecimentos ao público leitor pelo volume 
de informações, e complexidade das mesmas, está previsto para a próxima 
fase do projeto a educação dos usuários, visto que, já foi alcançada a capa-
citação dos bolsistas como monitores da Biblioteca.
A Biblioteca Escolar do INPA e o seu Público Leitor
 O perfil dos sujeitos envolvidos na pesquisa são estudantes do 8º 
ano do ensino fundamental com a média de 13 anos de idade e que gostam 
de pesquisar para os seus trabalhos escolares (80%); apenas (20%) dos 
alunos pesquisados disseram não a esta questão (Figura 1). 
Meses Redação /Temas 
Número de linhas escritas pelos 
bolsistas Total Média Bolsista 1 Bolsista 2 Bolsista 3 
Outubro Bosque da Ciência (Visita) 3 3 5 13 4,33 
Janeiro Comentários: avaliação das atividades cotidianas 3 4 4 11 3,67 
Fevereiro Comentários: avaliação das atividades cotidianas 5 15 18 38 12,67 
Março Estatutos do Homem: escreveram seus próprios estatutos 13 14 19 46 15,33 
Junho 
Coisas de Índio: apresentação, 
perfil do autor, pesquisa na 
internet 
37 22 12 71 23,67 
Julho SBPC (Visita): relatório 21 18 19 58 19,33 
Agosto Coisas de Índio: resumo dos capítulos lidos 35 36 41 112 37,33 
Total 117 112 118 349 116,33 
 
 
 
49
PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS
Figura 1. Satisfação em fazer trabalhos escolares, % dos alunos da Escola Municipal 
Aristóteles Alencar, 2010.
Figura 2. Disciplinas (%) pesquisadas pelos alunos da Escola Municipal Aristóteles 
Alencar, 2010. 
 Dentre as matérias que mais solicitam pesquisas foram: história 
(90%), geografia (70%), ciências (60%), língua portuguesa (10%), educa-
ção artística (10%) e outras matérias aparecem com 40%, dentre estas, 
as mais citadas foram religião (75%) e educação física (25%) conforme a 
Figura 2.
50
PROJETO FRONTEIRA
 A finalidade de visita à biblioteca é a pesquisa escolar (50%) e a 
leitura como passatempo (50%) conforme a Figura 3.
 O suporte da informação utilizado nas pesquisas evidencia o uso 
da internet (80%) seguida pelos livros (10%) e os dicionários (10%) de 
acordo com a figura 4. 
Figura 3. Motivo da visita (%) dos alunos da Escola Municipal Aristóteles Alencar, à 
Biblioteca Escolar/INPA, 2010. 
Figura 4. Pesquisa (%) sugere aos alunos da Escola Municipal Aristóteles Alencar, Bi-
blioteca escolar /INPA, 2010.
51
PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS
 Os estudantes entrevistados copiam tudo o que pesquisam (40%); 
escrevem apenas o que entendem (20%); tiram xerox (10%); salvam em 
CD ou pen drive (20%); digitam (10%) (Figura 5). 
 Informam a fonte pesquisada através da bibliografia (50%); en-
quanto que (40%) às vezes e apenas (10%) disseram que não informam 
bibliografia em seus trabalhos escolares (Figura 6). 
Figura 5. Como fazem para pesquisar (%) dos alunos da Escola Municipal Aristóteles 
Alencar, na visita da Biblioteca escolar/INPA, 2010. 
Figura 6. Informação da fonte de pesquisa (%) os alunos da Escola Municipal Aristó-
teles Alencar, 2010. 
52
PROJETO FRONTEIRA
 A maioria nunca tinha vindo à Biblioteca Escolar do INPA, mas 
quando perguntados sobre a sua satisfação com o atendimento 90% dos 
entrevistados gostaram do atendimento da Biblioteca Escolar do INPA 
(Figura 7).
Considerações finais
 Com aplicação do formulário a fim conhecer o nível de satisfação 
dos usuários, quanto aos serviços prestados pela Biblioteca Escolar do 
INPA, os resultados da pesquisa revelaram que o público leitor vem à bi-
blioteca com a finalidade de realizar pesquisas escolares via Internet (80%) 
e consideram o atendimento satisfatório (90%) quanto às suas demandas 
atendidas e reprimidas. 
 Com base nesses resultados, podemos inferir que falta ao público 
conhecimento e habilidade em lidar com as ferramentas de buscada infor-
mação dos catálogos disponibilizados pela biblioteca, preferindo, assim, a 
internet em relação aos livros impressos do acervo.
 A capacitação prévia dos alunos-bolsistas como monitores da 
biblioteca, realizada na primeira etapa do projeto, apresentou resultados 
promissores considerando-se a boa adaptação ao ambiente e a pró-ativi-
Figura 7. Satisfação dos alunos (%) da Escola Municipal Aristóteles Alencar com o 
atendimento na Biblioteca/INPA, 2010. 
53
PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS
dade na execução das tarefas auxiliares realizadas na Biblioteca Escolar. As 
atividades de expressão oral e escrita propostas para incentivar a leitura, 
influíram positivamente na melhoria do desempenho escolar dos bolsistas. 
Por outro lado, a vivência em um ambiente que proporciona o contato 
direto com os livros, promoveu uma maior interação com o público leitor, 
bem como, o sucesso na orientação do uso das ferramentas de busca da 
informação oferecidas pela biblioteca.
 No desempenho das tarefas de primeiro contato com os usuá-
rios da Biblioteca Escolar auxiliando-os no uso dos recursos disponíveis 
de acesso à informação e a participação em atividades que estimulam o 
hábito da leitura e o conhecimento de diferentes tipos de fontes informa-
cionais (livros, revistas, dicionários, entre outras) que influenciam o apren-
dizado nos diferentes momentos da vida, assim, o Projeto Monitores da 
Biblioteca Escolar do INPA espera ter contribuído, inicialmente, para que 
se formem pessoas críticas e participativas na sociedade onde vivem.
Referências Bibliográficas
Bardin, Laurence. 1977. Análise do conteúdo. Lisboa: Edições 70, 225 pp.
Campello, Bernadete. 2003. O movimento da competência informacional: 
uma perspectiva para o letramento informacional. Ciência da Informa-
ção, 32:28-37 (www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
-19652003000300004&lng=en&nrm=iso). Acesso em 12/08/09.
Chizzotti, Antonio. 2008. Pesquisa qualitativa em ciências humanas e so-
ciais. Petrópolis : Vozes, p. 113-133.
Fragoso, G. 2002. Biblioteca na escola. Revista ACB. (http://www.acbsc.
org.br/revista/ojs/viewarticle.php?id=78). Acesso em 09/07/09. 
Maciel, Maria Lucia. 2005. Estímulos e desestímulos à divulgação do co-
nhecimento científico, p. 107-117. In: Baumgarten, M. (Org.). Conheci-
mentos e redes: sociedade, política e inovação. Porto Alegre: Ed. UFRGS. 
Silva, Algenir Ferraz Suano da; Harraquian, M. Arlete de Jesus .1981. O 
INPA e o Museu Goeldi nos 30 anos de CNPq. Acta Amazonica. Suple-
mento. 11:125-136.
54
PROJETO FRONTEIRA
Anexo 1 – Questionário 1 - VISITA ORIENTADA – AVALIAÇÃO 
Sua opinião é imprescindível para a melhoria dos nossos treinamentos: 
 A visita atendeu as suas expectativas: 
 Totalmente  Parcialmente  Não atendeu 
 
 
2. Quanto ao roteiro da visita você considerou: 
 Ótimo  Satisfatoriamente  Ruim 
 
 
3. O tempo de duração da visita foi: 
 Adequado  Muito curto  Muito longo 
 
 
4. A visita contribuirá para o desenvolvimento de suas pesquisas: 
 Totalmente  Parcialmente  Não contribuirá 
 
 
 
5. Comentários/sugestões 
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
__________________________________________________________________
_____ 
Nome(opcional):____________________________________________________ 
Email: 
 
55
PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS
Anexo 1 – Questionário 2 - BIBLIOTECA ESCOLAR DO INPA
Escola: 
Bairro: 
 
 
Nome: 
Idade: 
Escolaridade Ensino Fundamental Ensino Médio 
 Outros Qual / Quais ?................................... 
 
 Sim  Ás vezes  Não 
1. Você gosta de fazer pesquisas para os seus trabalhos escolares? 
 Sim  Ás vezes  Não 
 
 
2. Quais as matérias que mais solicitam pesquisas? 
(escolha quantas forem necessárias) 
 Ciências 
 Português 
 Matemática 
 Inglês 
 História 
 Educação Artística 
 Geografia 
 Outras Quaal / 
Quais?........................................................... 
 
3. Com que freqüência você visita à Biblioteca Escolar do INPA? 
 Diariamente Semanalmente Quinzenalmente Mensalmente 
 Outras Qual / Quais ? .......................................................................... 
4. Qual a finalidade de sua visita à Biblioteca Escolar do INPA? 
 lazer fazer pesquisas escolares encontrar amigos ler como passatempo 
 Outras Qual / Quais ? .......................................................................... 
5. Que tipo de material você costuma utilizar para as pesquisas? 
 livros 
 revistas 
 CD's 
 dicionários 
 jornais 
 enciclopédias 
 internet 
 outros 
6. Como você costuma anotar o resultado de suas pesquisas escolares? 
 escreve no papel sobre o que 
você entendeu a partir de 
leituras 
 copia o material pesquisado 
 tira xerox do material 
pesquisado 
 Salva o material pesquisado em CD/ ou Pen 
Drive, etc. 
 digita no computador cópia do material 
pesquisado 
Outros Qual/ 
Quais?.......................................... 
 
 
 
 
 
56
PROJETO FRONTEIRA
Anexo 1 – Questionário 2 - BIBLIOTECA ESCOLAR DO INPA
cont.
 
 
 
 
 
 
6. Como você costuma anotar o resultado de suas pesquisas escolares? 
 escreve no papel sobre o que 
você entendeu a partir de 
leituras 
 copia o material pesquisado 
 tira xerox do material 
pesquisado 
 Salva o material pesquisado em CD/ ou Pen Drive, etc.
 digita no computador cópia do material pesquisado 
( ) Outros Qual/ Quais?..........................................
 
 
 
 
 
7. Como você prefere realizar suas pesquisas? 
 
 
 Internet Livro impresso Outros Qual / Quais?.................................................. 
 
...................................................................................................................................................
.... 
 
 Sim  Ás vezes  Não 
8. Você informa na sua pesquisa as fontes bibliográficas utilizadas? 
 Sim  Ás vezes  Não 
 
 
 
9. Você sempre encontra na Biblioteca do INPA material para realizar suas pesquisas escolares ? 
 Sim  Ás vezes  Não 
 
 
 
 
10. Qual é o seu nível de satisfação com relação ao atendimento da Biblioteca Escolar do INPA? 
 Sim  Ás vezes  Não 
 
 
 
57
PROJETO FRONTEIRA PRINCÍPIOS BÁSICOS DE ORGANIZAÇÃO DE BIBLIOTECAS
Anexo 2
USUÁRIO DA BIBLIOTECA ESCOLAR
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA
INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISA DA AMAZÔNIA
MONITORES DA BIBLIOTECA ESCOLAR
Você está sendo convidado(a),para participar do projeto de pesquisa “MONITORES DA BIBLIO-
TECA ESCOLAR”, que faz parte do PIBIC Jr. do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia 
- INPA.
JUSTIFICATIVA, OBJETIVOS E PROCEDIMENTOS DE PESQUISA: O objetivo deste estudo 
é conhecer a satisfação dos usuários da Biblioteca Escolar do INPA em relação aos serviços 
prestados, a fim de promover melhores formas de prestar esses serviços no sentido de revitalizar 
seu espaço, transformando-o em um local de incentivo à leitura e de democratização do conhe-
cimento. A sua participação será para responder perguntas sobre sua satisfação no atendimento 
da biblioteca digital especialmente no auxilio em sua pesquisa. As informações da pesquisa 
serão realizadas e colocadas em tabelas, figuras e os resultados apresentadosem palestras ou 
revistas cientificas, com o fim de repassar essas informações à administração da Biblioteca e à 
comunidade. Uma cópia do trabalho ficará disponível na biblioteca escolar do INPA.
DESCONFORTO E POSSÍVEIS RISCOS ASSOCIADOS À PESQUISA: É garantido que não 
existe dano ou risco à sua pessoa pela participação no projeto. Sua participação é livre e você 
terá o direito e a liberdade de retirar sua autorização (consentimento) em qualquer etapa da 
pesquisa, independente do motivo e sem qualquer prejuízo a sua pessoa. Ressalta-se, que você 
terá nenhuma despesa por participar da pesquisa, mas também não poderá receber nenhuma 
vantagem em troca das informações dadas.
BENEFÍCIOS DA PESQUISA: O benefício da pesquisa consistirá na identificação dos problemas 
e entraves que existem na Biblioteca Escolar. Desse modo, suas informações poderão ajudar 
no curto e médio prazo no sentido de aumentar a satisfação dos usuários, bem como promover 
a melhor forma de disponibilizar o acervo da biblioteca, mais precisamente conforme as neces-
sidades de seus usuários. 
ESCLARECIMENTOS E DIREITOS: Sua participação é livre e não terá nenhuma despesa ou 
receberá algo em troca e as informações dadas serão utilizadas apenas nesta pesquisa. A 
vantagem de sua participação será de você estar ajudando a conhecer as necessidades e po-
tencialidades da Biblioteca Escolar do INPA em sua comunidade. Mesmo após sua autorização 
terá o direito e a liberdade de retirar seu consentimento em qualquer fase da pesquisa, e sem 
qualquer prejuízo a sua pessoa. 
CONFIDENCIALIDADE E AVALIAÇÃO DOS REGISTROS: A pesquisa será feita de acordo com 
as normas e leis de proteção nacional de informações. Por isso, caso você forneça alguma infor-
mação protegida pela legislação vigente, o pesquisador em hipótese alguma poderá submeter 
tal informação ao processo de patente. Mas, poderá divulgar essas informações em publicações 
técnicas e cientificas e outros meios de informação. Ademais, os dados da pesquisa serão anali-
sados e os resultados serão divulgados em publicações cientificas. Fica totalmente assegurado 
que sua identidade será mantida em absoluto sigilo.
FORMA DE ACOMPANHAMENTO: Se você quiser saber mais detalhes sobre as atividades des-
te projeto. Poderá fazer contato com a Dra. Suely de Souza Costa ou com a Bibliotecária Ângela 
Panzu, pelo telefones 3643-3150 ou 3643-3028 ou pelo E-mail: sscosta@inpa.gov.br; panzu@
inpa.gov.br.
E, caso solicite, receberá uma cópia com o numero da sua entrevista.
Consentimento Pós-Informação. Eu, ______________________________________, portador 
da carteira de identidade n° ______________________ expedida pelo órgão _______________ 
, entendi o que a pesquisa vai fazer e dou meu consentimento para que o menor ________
____________________________________________ participe da pesquisa de registro de n° 
______e atesto que me foi entregue uma cópia desse documento por mim assinado.
..................................................................... Data: ............../............./.............. 
 Assinatura do responsável 
.....................................................................
Pesquisador que realizou a entrevista
CAPÍTULO III
BIBLIOTECA DIGITAL
E ACESSO À INFORMAÇÃO
PROJETO FRONTEIRAS BIBLIOTECA DIGITAL E ACESSO A INFORMAÇÃO
61
PROJETO FRONTEIRAS BIBLIOTECA DIGITAL E ACESSO A INFORMAÇÃO
61
INFORMAÇÃO DIGITAL
 A ampliação de acesso a Internet e suportes eletrônicos ocasiona-
ram não somente a facilidade de acessos a conteúdos informacionais, mas 
também contribuiu para o aumento da produção científica e informal. 
Com essa explosão informacional surgiu a necessidade das bibliotecas em 
gerenciar esses conteúdos de modo a reduzir o tempo de busca e permitir 
a obtenção de resultados satisfatórios aos seus usuários. 
 Neste caso, cabe ressaltar que a internet em si não é uma biblio-
teca digital. Como exemplo, temos a utilização das ferramentas de busca, 
podemos citar sites como Cadê, o Altavista, o Yahoo e o Google. Estes 
sites¹ permitem pesquisar sobre temas variados nos direcionando a outros 
sites que tratam de tal tema. Como resultado recupera-se uma enxurrada 
de páginas da web onde a grande maioria é totalmente inutilizável, além da 
procedência duvidosa dos conteúdos disponíveis.
 De forma irônica alguns autores da área de Ciência da Informação 
propõem que a Internet está para as bibliotecas assim como um merca-
do de pulgas está para a Biblioteca do Congresso norte-americano. Esta 
proposição sugere que os padrões e critérios da informação na Internet 
deixam a desejar comparados aos das bibliotecas digitais.
 Diferente destas ferramentas de buscas a biblioteca digital esta fo-
cada na completa descrição dos documentos e na melhoria dos requisitos 
para seu acesso e uso. Para sua existência há um trabalho dispendioso que 
envolve avaliação, tratamento e sistemas de automação adequados para 
garantir a qualidade da informação publicada. Conta ainda com a atuação 
¹ sites também denominados de sitios
PROJETO FRONTEIRAS BIBLIOTECA DIGITAL E ACESSO A INFORMAÇÃO
62 63
de recursos humanos especializados para cada processo necessário para a 
disponibilização da informação. 
 Esta comparação não tem como objetivo invalidar ou incentivar 
o desuso de ferramentas de busca. É uma necessidade estimular uma re-
flexão sobre a importância em conhecer as possibilidades de se obter uma 
fonte de qualidade, e ter conhecimento de onde encontrar as informações 
consistentes e seguras.
PROJETO FRONTEIRAS BIBLIOTECA DIGITAL E ACESSO A INFORMAÇÃO
63
FERRAMENTAS DE BUSCA
 Como já citado anteriormente, é válido afirmar que muitos con-
fundem as ferramentas de busca (Google, Yahoo, Altavista, entre outras) 
com uma autêntica biblioteca digital. Mas esta consideração é errônea, 
considerando as reais funcionalidades de uma biblioteca digital.
 As ferramentas de busca são sites que nos direcionam a outros 
sites que citam o assunto pesquisado. De fato são importantes quando 
desconhecemos o endereço de sites que contém a informação desejada, 
contudo é necessário estar atento aos resultados da busca e escolher um 
conteúdo que tenha credibilidade. 
 Abaixo segue algumas dicas para a escolha de informações confiá-
veis:
 → Certifique-se de que o autor esta cadastrado na Plataforma Lat-
tes assim é possível saber sua titulação e suas publicações;
 → No caso do autor não ter currículo Lattes¹ é interessante pes-
quisar sobre ele no google e google acadêmico;
 → Verifique se o veículo tem Qualis² (levantamento realizado pela 
CAPES que avalia a qualidade dos periódicos);
 → Selecione conteúdos que estejam disponíveis em páginas de 
instituições de ensino, institutos e empresas renomados e sites governa-
mentais;
 A partir da identificação dos sites da última dica que nos depara-
mos com a biblioteca digital em si, e por meio dela podemos pesquisar as-
suntos específicos e encontrar sugestões de outras fontes de informações 
confiáveis.
¹ http://lattes.cnpq.br/ 
² http://www.capes.gov.br/avaliacao/qualis 
PROJETO FRONTEIRAS BIBLIOTECA DIGITAL E ACESSO A INFORMAÇÃO
64 65
PROJETO FRONTEIRAS BIBLIOTECA DIGITAL E ACESSO A INFORMAÇÃO
65
O QUE É UMA BIBLIOTECA DIGITAL?
HISTÓRICO
 A biblioteca ao longo da história da humanidade desenvolveu um 
papel de instituição social. Contudo, seu acesso e disponibilidade nem 
sempre foram irrestritos. Há 150 anos atrás o conhecimento estava limi-
tado a uma classe dominante. Atualmente a modernização das bibliote-
cas compete para a universalização do seu acesso e a popularidade entre 
aqueles que não tem o habito de utilizar seus serviços. Esta modernização 
surge como resposta as mudanças tecnológicas e principalmente com o 
avanço da Internet. 
 As mudanças foram acontecendo gradativamente,interferindo na 
forma de tratar o conhecimento e tornar acessível o maior numero de in-
formações possíveis. Cunha (1999) afirma que:
 Na década de 50 pesquisadores dos Estados Unidos da América, 
“As tecnologias da imprensa, máquina de escrever, 
telefone, telex, mimeógrafo, microfilme, cartão 
perfurado nas margens, computador, disco ótico e 
redes eletrônicas afetaram e alteraram a biblioteca 
ao longo do tempo. Algumas dessas tecnologias, 
tais como o microfilme e o disco ótico, tiveram 
suas primeiras aplicações testadas dentro de uma 
biblioteca.“
PROJETO FRONTEIRAS BIBLIOTECA DIGITAL E ACESSO A INFORMAÇÃO
66 67
por meio do projeto ARPANET ( Advanced Research Projects Agency 
Network), conseguiram conectar computadores de modo a permitir a 
troca de informações entre eles e algumas universidades (Pontes Junior, 
2009). Desde os primeiros sinais de uma rede de computadores, estudio-
sos observaram a necessidade em criar meios diferenciados para o geren-
ciamento, organização e recuperação da informação.
 Dentre os estudiosos com maior evidência no meio, em 1945 des-
taca-se Vannevar Bush, engenheiro que projetou uma máquina com alto 
potencial de armazenamento de informação, denominada Memex (figura 
1). Esta máquina funcionaria como “um suplemento ampliado e detalhado 
de sua memória” onde o próprio utilizador poderia criar vias de informa-
ção. 
 A partir dos anos 70 da-se início ao processo rumo a bibliote-
ca eletrônica. Muitas instituições passaram a utilizar computadores, estes 
eram usados para serviços básicos como catalogação, indexação e orga-
nização do acervo. Aos poucos implementaram catálogos em linha, e de-
senvolveram bancos de dados, teve início o uso contínuo de CD-ROM 
para recuperar referências bibliográficas e textos completos de artigos de 
periódicos, verbetes de enciclopédias e itens de outras fontes.
 
Fonte: Portal da Unicamp
Figura 1: Estrutura do Memex criado por Vannevar Bush
PROJETO FRONTEIRAS BIBLIOTECA DIGITAL E ACESSO A INFORMAÇÃO
67
 Na década de 90, a Internet teve um crescimento representativo 
e passou a ser mais acessível, e a recuperação da informação passou a ser 
realizada diante de inúmeras possibilidades. Surgiram os bancos de dados 
e repositórios digitais, que permitiram incorporar os conteúdos completos 
dos livros, artigos de periódicos, relatórios técnicos e outros materiais.
 A Biblioteca Digital tornou-se uma extensão da Biblioteca física, 
contando com os aprimoramentos que a tecnologia digital vem proporcio-
nando. A grande diferença é que os acervos acessíveis não são a totalidade 
do acervo existente na biblioteca física. Apenas estão disponíveis os do-
cumentos que possuem autorização legal para serem acessados livremen-
te. Seria um crime contra os direitos autorais as bibliotecas permitirem o 
acesso digital a todos os documentos. 
 Pode-se dizer que a biblioteca tem como objetivo disseminar in-
formações, tais informações necessitam estar em conformidade com as 
demandas dos usuários, estas demandas tornam-se cada vez mais comple-
xa com as inovações tecnológicas e informacionais. Assim, para exercer 
sua função adequadamente é necessário rever seus serviços constante-
mente, adequando-os as novas necessidades.
 Deste modo, é importante destacar a necessidade de incentivar o 
uso da biblioteca durante todo o desenvolvimento educacional de um in-
divíduo, visto que este tipo de tecnologia evolui rapidamente e manter-se 
atualizado é a melhor forma de utilizar seus serviços digitais com eficiên-
cia.
PROJETO FRONTEIRAS BIBLIOTECA DIGITAL E ACESSO A INFORMAÇÃO
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PROJETO FRONTEIRAS BIBLIOTECA DIGITAL E ACESSO A INFORMAÇÃO
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FONTES DE PESQUISA DIGITAL
 Além das bibliotecas digitais, que oferecem acesso aos documen-
tos de uma instituição ou órgão específico, temos a possibilidade de con-
sultar outras fontes ainda mais diversificadas como as que serão citadas 
a seguir. Outro fato importante é que a maioria das bibliotecas digitais 
disponibilizam em suas páginas links que nos direcionam a estas fontes 
apresentadas, o que facilita a integração dos serviços.
PERIÓDICOS E REVISTAS VIRTUAIS
 As revistas ou periódicos podem estar na forma on-line ou em 
CD-ROM. Possuem seu conteúdo virtual na íntegra, assim como as bi-
bliotecas virtuais. Os periódicos on-line possuem periodicidade nas suas 
edições, que podem ser semanais, mensais, anuais ou mesmo diárias e po-
dem fazer parte de um portal de periódicos, muitas possuem o acesso 
gratuito, mas deve-se respeitar a autoria do material publicado.
 
 Exemplo:
 Revista de Direito Público
 http://www.direitopublico.com.br/revista_VIRTU
 
PROJETO FRONTEIRAS BIBLIOTECA DIGITAL E ACESSO A INFORMAÇÃO
70 71
 Em algumas revistas virtuais, pode ser necessário pagar uma taxa 
para se ter acesso ao conteúdo na integra, para isso, é necessário associar-se, 
pagando uma anuidade, que garante acesso a todas as publicações durante 
o período contemplado. Para venda de artigo publicado, o usuário tem 
acesso ao resumo do artigo, seus autores, mas para ter acesso ao artigo, 
deve comprá-lo. 
PORTAL DE PERIÓDICOS
 O Portal de periódicos é uma boa alternativa quando se pretende 
realizar uma pesquisa e procura uma área específica, pois ele reúne diver-
sas revistas virtuais, de diversas áreas do conhecimento. Um exemplo de 
portal de periódico é o Portal de Periódicos da Capes, desempenha um 
papel muito importante no cenário nacional e segundo a página institucio-
nal: “O Portal de Periódicos foi criado tendo em vista o déficit de acesso 
das bibliotecas brasileiras à informação científica internacional, dentro da 
perspectiva de que seria demasiadamente caro atualizar esse acervo com 
a compra de periódicos impressos para cada uma das universidades do 
sistema superior de ensino federal. Foi desenvolvido ainda com o objetivo 
de reduzir os desnivelamentos regionais no acesso a essa informação no 
Brasil”. O Portal da Capes pode ser acessado pelo site:
http://www.capes.gov.br/
 O acesso livre é a parte do portal que esta disponível a todos os 
usuários, e seu conteúdo pode ser acessado na íntegra pelo site:
http://acessolivre.capes.gov.br/
BIBLIOTECAS
VIRTUAIS TEMÁTICAS
 Este tipo de biblioteca oferece conteúdos específicos de uma área 
do conhecimento. Como modelo temos o Portal Bibliotecas virtuais temá-
ticas, criado pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecno-
logia (Ibict). Neste Portal estão disponíveis as áreas do conhecimento que 
PROJETO FRONTEIRAS BIBLIOTECA DIGITAL E ACESSO A INFORMAÇÃO
71
direcionam a biblioteca virtual temática correspondente. 
 Exemplo: 
 Portal Bibliotecas Virtuais Temáticas do IBICT http://prossiga.
ibict.br/bibliotecas/
BASE DE DADOS
 As bases de dados são formadas por documentos do mesmo tipo, 
e podem ser bases composta apenas por teses ou livros, separatas, periódi-
cos. Em alguns casos não disponibilizam o documento completo, apenas 
suas referência ou resumos. 
 Este tipo de fonte pode ser consultado on line ou não e seu pro-
pósito é servir de apoio para que o usuário recupere informações, tire 
conclusões e tome decisões.
 Exemplo: 
 Base de dados referencial de artigos de periódicos em Ciência da 
Informação http://www.brapci.ufpr.br/
REPOSITÓRIOS DE INFORMAÇÃO
 Contrário às bases de dados os repositórios só podem ser consul-
tado on line e em formato digital, todo conteúdo deve estar disponível em 
texto completo. É multidisciplinar e não só armazenam documentos, mas 
tem a função de preservar e disseminar as informações arquivadas. Suas 
principais características são:
• Acesso público transparente;
• Ampla tipologia de documentos;
• Conteúdo heterogêneo;
• Multidisciplinaridade;
• Preservação Digital;
• Divulgar a informação 
Exemplo: 
Repositório Digital da UFRGS http://www.lume.ufrgs.br/ 
PROJETO FRONTEIRAS

Outros materiais