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Império Bizantino

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Aspectos do Governo Justiniano:
O auge do império foi atingido durante o reinado do imperador Justiniano, que visava reconquistar o poder que o Império Romano havia perdido no ocidente. Com este objetivo, ele buscou uma relação pacífica com os persas, retomou o norte da África, a Itália e a Espanha. Durante seu governo, Justiniano recuperou grande parte daquele que foi o Império Romano do Ocidente. 
Foi um importante Imperador Bizantino. Governou de 527 d.C. a 565 d.C., ano de sua morte, como sucessor de seu tio, Justino I. 
Recebeu títulos como: “O último dos grandes imperadores de Roma” e “O imperador que nunca dorme”.
A grande questão são os feitos durante o reinado de Justiniano, um deles foi a “Revolta de Nika”, em 532 d.C., que foi provocada por motivos de ordem dinástica (inconformidade de Anastácio por conta do trono), política e religiosa. Essa resultou num terrível caos, foram queimados prédios e monumentos, proclamaram imperador um sobrinho de Anastácio. Posteriormente, o General Belisário conteve a rebelião, com quarenta mil rebeldes mortos, incluindo os parentes de Anastácio.
Justiniano também desenvolveu notável atividade visando consolidar a autoridade imperial e reprimir abusos. Procurou simplificar a organização administrativa, reduzindo o número de províncias e funcionários. Investiu na fiscalização, exigindo obediência. Fez também uma campanha contra a aristocracia proprietária de terras, que administrava seus grandes domínios desprezando o poder central. Procurou destruir a mentalidade feudal, cada vez mais forte nas províncias.
Os Judeus da Palestina sofreram perseguição, destruindo sinagogas e ocorrendo a proibição da leitura do AT em hebraico. Investiu contra o paganismo, mandou fechar a Escola Filosófica de Atenas e, em seguida, ordenou a conversão em massa dos pagãos. Já em 527 e 528, tomou rígidas medidas contra os monofisitas, porém, por influência de Teodora, sua esposa, tentou reconciliar-se com os mesmos através da ortodoxia, fracassando. 
Principalmente, investiu na fortificação de: defesa, motivada pelos persas, a Leste, Eslavos e Hunos ao Norte; e ataque, com o objetivo de proteger as fronteiras estabelecidas na Ásia e na península balcânica, e reconquistar territórios perdidos na África, Espanha e Itália. Com exceção de Gália, que permaneceu fora da ação das armas bizantinas. 
Encontravam-se em vantagem por conta da decadência em que se estavam os reinos bárbaros, da discórdia reinante entre os mesmos, e da oposição religiosa entre os dominadores adeptos do arianismo e as populações católicas. Também construiu estradas, pontes, edifícios públicos e templos. 
 
A maior e mais duradoura obra de Justiniano encontra-se no campo jurídico, pois contava com o ideal de atualizar a ciência da mesma ligando-a ao plano de restauração do antigo Império Romano.
Iconoclastia:
No século VIII, ocorreu, no Império Bizantino, a Iconoclastia. Foi um movimento político-religioso que rejeitava a veneração de imagens religiosas, considerando a prática como idolatria. 
Em 730, após o édito publicado por Leão III, que proibia a veneração de ícones e ordenava a destruição de imagens, os membros da iconoclastia destruíram milhares de ícones religiosos. Tais destruições cessaram em meados do século IX.
Contudo, o Iconoclasmo foi oficialmente reconhecido pelo Concílio de Hieria posteriormente, em 754, apoiado pelo imperador Constantino V. A Igreja Ocidental não participou de tal, sendo desaprovado pelos papas e provocando um novo cisma. Em 787, a imperatriz Irene convocou o Segundo Concílio de Niceia, que aprovou a veneração dos ícones e recuperou a união com o a Igreja do Ocidente. Contudo, quando Miguel I foi derrotado na guerra contra os búlgaros, em 813, levando ao trono Leão V, foi renovada a Iconoclastia.
Na regência da imperatriz Teodora, Iconoclasta, João VII foi deposto. Em seu lugar, Metódio I, defensor da veneração, foi erguido. Sob sua presidência, em 843, ocorreu outro concílio, que aprovou todas as definições do Segundo Concílio de Niceia e novamente condenou os Iconoclastas, que foram excomungados. Também foi definido, na mesma data do concílio, a proclamação da memória eterna da ortodoxia e um ato de reprovação contra os hereges. 
Grande Cisma do Oriente:
 A Cisma do Oriente foi a que separou definitivamente a Igreja Católica Apostólica em Igreja Católica Romana e Igreja Ortodoxa. Ocorreu no século XI, em 1054, na cidade de Constantinopla.
Quando Miguel Cerulário se tornou patriarca de Constantinopla, no ano de 1043, deu início a uma campanha contra as Igrejas latinas na mesma, ordenando o fechamento de todas em 1053, envolvendo-se na discussão teológica da natureza do Espírito Santo. 
Em 1054, o legado papal viajou a Constantinopla a fim de abdicar a Cerulário o título de "Patriarca Ecumênico" e insistir que ele reconhecesse a alegação de Roma de ser a mãe das igrejas. O principal propósito do legado papal foi procurar ajuda do Império Bizantino, em vista da conquista normanda do sul da Itália, e lidar com recentes ataques por Leão de Ácrida,  que tinham apoio de Cerulário. Em face de sua refusa em aceitar as demandas, o líder do legado, Cardial Humberto, excomungou-o, e Cerulário, por sua vez, excomungou Humberto e os outros legados. 
O Massacre dos Latinos, em 1182, a retaliação do Ocidente com o Saque de Tessalônica, em 1185, o cerco e saque de Constantinopla, em 1204, na Quarta Cruzada, e a imposição dos patriarcas latinos pelo Império Latino que durou 55 anos, tornou a reconciliação mais difícil, e dificultou ainda mais a confiança e o reestabelecimento da união. 
Houve várias tentativas de reunificação, principalmente nos Concílios Ecumênicos de Lyon, em 1274, e Florença, em 1439, mas as reuniões mostraram-se ineficazes. Estas tentativas acabaram efetivamente com a queda de Constantinopla em mãos dos otomanos, em 1453, que ocuparam quase todo o antigo Império Bizantino por muitos séculos. 
 
Economia:
A economia do Império Bizantino foi ao longo de vários séculos uma das mais fortes economias da região do Mediterrâneo. A capital Constantinopla foi um dos principais centros de comércio ao longo de todo o primeiro milénio d.C.
O principal pilar da economia imperial foi o comércio. O Estado controlava de forma rígida tanto o comércio interno como externo, e detinha o monopólio da emissão de moeda. Constantinopla continuou a ser o mais importante centro comercial da Europa durante toda a Idade Média, até à República de Veneza progressivamente tomar esta posição. Contudo, as conquistas árabes resultaram em um período de declínio e estagnação. As reformas de Constantino V marcaram o início do renascimento econômico e deram origem a um novo período de prosperidade. Entre os séculos X e XII, o Império Bizantino impressiona os viajantes pela riqueza acumulada na capital. Porém, a Quarta Cruzada deu origem a uma crise econômica profunda. 
Sociedade:
A sociedade bizantina era totalmente hierarquizada. No topo da sociedade encontrava-se o imperador e sua família. Logo abaixo vinha a nobreza formada pelos assessores do rei. Abaixo destes estava o alto clero. A elite era composta por ricos fazendeiros, comerciantes e donos de oficinas artesanais. Uma camada média da sociedade era formada por pequenos agricultores, trabalhadores das oficinas de artesanato e pelo baixo claro. Grande parte da população era formada por pobres camponeses que trabalhavam muito, ganhavam pouco e pagavam altas taxas de impostos.
Política:
As estruturas políticas do império bizantino estavam ligadas à visão religiosa, “assim como Deus é o regulador da ordem cósmica, o imperador como seu prolongamento humano deveria ser o regulador da ordem social”. Bizâncio teve como legado os últimos momentos do império romano, que centralizou fortemente o poder do imperador, portanto, desde o início o império bizantino constituiu-se em um estado autocrata, com o imperador sendo basileus (aquele que dispões de verdade absoluta) e isapostólos (representantede Deus).
Todos poderiam concorrer ao trono, excetuando-se os eunucos, os cegos, os hereges e as mulheres, entretanto, apesar de não haver uma regra sucessória definida, o imperador ainda em vida coroava seu sucessor, que geralmente tendenciava para que o poder ficasse na mesma família.
Bibliografia:
Compêndio dos Símbolos , Definições e Declarações de Fé e Moral - Denzinger Hünermann. Ano: 2007. Editora: LOYOLA. Pág. 460
The Filioque: History of a Doctrinal Controversy. A. Edward Siecienski. Editora: Oxford Studies in Historical Theology. 1ª Edição. Pág. 113
 Adrian Fortescue and the Eastern Christian Churches.  Anthony Dragani. Editora: Gorgias Press. Ano: 2007. 1ª Edição. Pág. 44. 
História do Império Bizantino. Autor: Mario Curtis Giordani. Editora: Vozes. 5ª Edição. Ano: 2001. Pág. 67-79. 93-110. 205-232.
De Bizâncio Para O Mundo - A Saga De Um Império Milenar. Wells, Colin Editora: Difel. 1ª Edição. Ano: 2011. Pág. 36-49. 112-117. 189-202. 278-301. 
O Império Bizantino (Coleção Tudo é História). Autor: Almeida Filho, Ruy de Oliveira / Franco Jr., Hilário. Editora: Brasiliense. 3ª Edição. Ano: 1985. Pág. 24-37. 45-59. 60-72. 
Bizâncio - a ponte da Antiguidade para a Idade Média. Autor: Santos, Aldo Porto / Angold, Michael. Editora: Imago. 1ª Edição. Ano: 2002.

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