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UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES PRÓ-REITORIA DE ENSINO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE CAMPUS DE SANTO ÂNGELO CURSO DE FARMÁCIA DISCIPLINA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO ÂMBITO FARMACÊUTICO II RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO ÂMBITO FARMACÊUTICO II Suzana Kapelinski Santo Ângelo - RS, março de 2016 Suzana Kapelinski RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO ÂMBITO FARMACÊUTICO II Relatório das atividades de estágio, apresentado na disciplina de Estágio Supervisionado no Âmbito Farmacêutico II, do Curso de Farmácia, do Departamento de Ciências da Saúde da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões, URI – Campus de Santo Ângelo. Supervisor local: Kelly Barros Klein e Suzane Mattiazi Dilli Comissão de estágio: Cláudia V. Viegas Cristiane de Pellegrin Kratz Leandro N. Francescato. Santo Ângelo - RS, março de 2016. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 1 2 OBJETIVOS .......................................................................................................................... 2 2.1 Objetivo Geral .................................................................................................................. 2 2.2 Objetivos Específicos ....................................................................................................... 2 3 DISCUSSÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS E CASOS CLÍNICOS ............ 2 3.1 Apresentação do local de estágio...................................................................................... 2 3.2 Atividades desenvolvidas ................................................................................................. 4 3.3 Casos Clínicos .................................................................................................................. 6 3.3.1 Caso Clínico 1 ........................................................................................................... 6 3.3.2 Caso Clínico 2 ........................................................................................................... 7 4 SUGESTÕES ......................................................................................................................... 7 5 CONCLUSÃO ........................................................................................................................ 8 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 8 ANEXOS ................................................................................................................................. 12 1 1 INTRODUÇÃO O estagio supervisionado é um processo de ensino e aprendizagem que oferecem ao estudante situações praticas vivenciadas em ambientes reais de atuação profissional. Para o curso de farmácia o estagio supervisionado é uma atividade acadêmica de caráter obrigatório e esta inserida na carga horaria total do plano curricular e a sua execução é uma condição indispensável para a obtenção do grau de farmacêutico (VIEIRA, MULERO. LORANDI, et.al. 2013). Com a formação do profissional farmacêutico se torna decisivo para o futuro da pratica da atenção farmacêutica, pois ao adquirir os conhecimentos de farmácia clinica, o farmacêutico estará apto para realizar acompanhamento farmacoterapeutico completo e de qualidade avaliando os resultados clinico – laboratoriais dos pacientes (PEREIRA, FREITAS. 2008). Durante a dispensação do medicamento, o farmacêutico deve respeitar o direito do usuário de conhecer o medicamento que lhe é dispensado e de decidir sobre a saúde e bem estar informando e assessorando ao paciente sobre a utilização correta do medicamento (ARRAIS. BARRETO. COELHO. 2007). Vale ressaltar que além do conhecimento de farmácia clinica, a atenção farmacêutica é uma ferramenta que facilita a interação do farmacêutico com o usuário do sistema de saúde facilitando um melhor acompanhamento dos pacientes, controlando a farmacoterapeutica, prevenindo, identificando e solucionando problemas que possam surgir durantes esse processo (PEREIRA, FREITAS. 2008). O problema relacionado ao medicamento (PRM) esta relacionado a farmacoterapia que interfere ou pode interferir nos resultados terapêuticos e na qualidade de vida do usuário, as causas mais comuns estão relacionados ao sistema de saúde, ao usuário e seus aspectos biopsicossociais aos profissionais de saúde e ao medicamento (Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica. 2002 ). 2 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Acompanhar a atuação do farmacêutico na atenção farmacêutica prestada em uma drogaria. 2.2 Objetivos Específicos A importância do farmacêutico na atenção farmacêutica, orientando e prevenindo problemas que os medicamentos podem causar para a saúde do paciente. Observar o perfil da drogaria e dos farmacêuticos responsáveis técnicos comparando –se com os aspectos da legislação. A integração do farmacêutico como uma importante ferramenta para prevenir problemas relacionados a medicamentos (PRM). 3 DISCUSSÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS E CASOS CLÍNICOS 3.1 Apresentação do local de estágio A farmácia Panvel fica localizada na Rua Marquês do Herval, nº 1583, centro, na cidade de Santo Ângelo, possuindo o horário de funcionamento das 8 horas às 22 horas, de segunda-feira a sábado, exceto aos domingos e feriados com horário de funcionamento das 9 horas às 12h20min e das 16 horas às 20 horas. A farmácia conta com 10 funcionários sendo duas farmacêuticas, um gerente, uma consultora de beleza, duas caixas, três vendedoras e uma faxineira. Os funcionários não possuem metas de vendas e não há comissão ao final do mês, mas possuem a função de vender durante cada dia da semana um produto da marca própria da empresa. O horário que cada farmacêutica cumpre está registrado no certidão de regularidade técnica emitida pelo respectivo CRF, contendo o nome e o horário de 3 trabalho, este certidão está fixado na parede sendo visível para os clientes e funcionários de acordo RDC 44 de 2009. Os funcionários como caixa e vendedoras, no primeiro dia de trabalho recebem um manual para leitura com as normas da legislação, as normas da empresa e os POPs de acordo com a RDC 44 de 2009. Durante o trabalho, o gerente, as farmacêuticas e a consultora de beleza recebem treinamentos durante o ano, com duração em media de dois dias. Na drogaria os funcionários são orientados a serem educados, gentis, disponibilizando o máximo de atenção possível com cada paciente, conversando, sempre com objetivo de prestar o melhor atendimento. Além disso, a empresa conta com um programa de fidelização que se baseia no acúmulo de pontos, onde a cada 1 real em compras, gera 3 pontos, conforme a RDC 96/2008 não podem ter medicamentos como objeto de pontuação, troca, sorteios ou prêmios. O estabelecimento possui uma infraestrutura media, contendo paredes externas com coloração branca e sendo um ambiente iluminado estando apto a RDC 44/2009. No local contem uma sala para atividades administrativas, recebimento, armazenamento e depósito de produtos, dispensação de medicamentos, cozinha,depósito de material de limpeza e banheiro sanitário de uso exclusivo para os funcionários. A área para atendimento ao público possui prateleiras nas laterais com produtos de perfumaria, absorventes, preservativos, fraldas, produtos infantis e maquiagens. Há também gondolas na frente dos balcões de atendimento, onde estão organizados os medicamentos isentos de prescrição (MIP’s), ordenados por classes terapêuticas. Também produtos de higiene pessoal, sendo que todos estão classificados conforme a empresa determina, e essa classificação muda de ordem a cada mês. Os medicamentos que não possuem necessidade prescrição médica encontram-se organizados em ordem analfabética em prateleiras de vidro, tendo acesso a esse local apenas os funcionários da empresa de acordo com a RDC 44/2009. Os medicamentos de controle especial ficam armazenados em um armário, dispostos em ordem alfabética, chaveados, e essa ficando apenas com as farmacêuticas como segue a portaria 344/1998. Encontra-se em uma das laterais da farmácia, uma prateleira de antibióticos, sendo que estes estão organizados conforme ordem alfabética como segue a RDC44/ 4 2010. No local, também se encontram prateleiras de estocagem de outros produtos, como cosméticos, produtos para primeiro socorros e leites infantis. Em anexos estão apresentados os documentos pela farmácia que são a Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) expedida pela ANVISA (ANEXO A); Licença ou Alvará Sanitário expedido pelo órgão Estadual ou Municipal de Vigilância Sanitária, segundo legislação vigente (ANEXO B); Certidão de Regularidade Técnica, emitido pelo Conselho Regional de Farmácia da respectiva jurisdição (ANEXO C); e o Manual de Boas Práticas Farmacêuticas, conforme a legislação vigente e as especificidades de cada estabelecimento (ANEXO D). As Licenças ou Alvarás Sanitários e o Certidão De Regularidade Técnica estão afixados em local visível ao público, como demostrado na RDC 44/2009. O serviços farmacêuticos envolvidos durante o trabalho, são a dispensação de medicamentos, orientação farmacêutica ao público, armazenamento de medicamentos, controle de entrada e saída de medicamentos controlados, controle de estoque, controle de medicamentos vencidos, lançamento de receitas no programa SNGPC e ao programa ControlPharma, balanço de medicamentos, atualização dos documentos da farmácia, capacitação de funcionários, transferência de produtos entre filiais e emissão de notas fiscais. Mas a farmacêutica não realiza a aplicação de injetáveis, perfuração do lóbulo auricular, aferição de pressão arterial estando de acordo com a RDC 44 de 2009. 3.2 Atividades desenvolvidas O estagio supervisionado no âmbito farmacêutico II tem com o proposito abranger a realidade atual da atenção farmacêutico, o atual farmacêutico que ao logo do tempo vem demostrando a importância de acompanhar o paciente alertando e educado a forma correta do uso da medicação. O estagio que teve duração de 105 horas e que foi realizado nos meses de janeiro e fevereiro teve as seguintes atividades: A farmacêutica explicou normas da empresa, o funcionamento, o armazenamento de medicamentos, mostrou o armário dos medicamentos controlados e entregou os POPs para a leitura. Visualizou-se as notas fiscais de medicamentos controlados, os passos a serem seguidos, o controle de entrada, o armazenamento e o lançamento de notas. 5 Atendimento aos clientes principalmente em momentos quando havia mais pessoas A verificação da validade dos produtos, que se encontravam para vencer no ano de 2016 a janeiro de 2017 eram identificados e descritos em uma tabela onde deveria constatar o numero do lote, o código, a data de vencimento e o nome do medicamento; Reposição e organização dos medicamentos recém-chegados nas prateleiras. A dispensação de medicamentos e produtos de perfumarias com o auxilio da farmacêutica. Com o decorrer do estagio acompanhado pelas farmacêuticas viu-se que a atenção farmacêutica em algumas situações é ausente havendo a falta de tempo entre o paciente e o profissional farmacêutico. Durante a dispensação do medicamento identifiquei um importante fator, a realização de orientações referentes ao uso do medicamento, como por exemplo, orientado quanto à forma correta de tomar o medicamento, os possíveis problemas que o medicamento pode causar sua interação com outros medicamentos, a importância de cumprir o tratamento até o fim e os cuidados especiais no armazenamento (guarda) do produto em casa. Durante o estagio houve relatos de muitos pacientes com problemas de saúde, os problemas mais relatados foi à hipertensão e a diabetes, pois há inúmeras procuras de medicamentos para essas enfermidades. Diante desse problema, o farmacêutico sempre terá seu papel em procurar garantir uma vida mais saudável para o paciente orientado na alimentação e também no uso correto do medicamento. Diante de quaisquer sintomas, especialmente os mais comuns como aqueles decorrentes de viroses banais, gripe, febre, dor de garganta, os paciente sempre procuram um medicamento que foi orientado por um amigos íntimo ou parentes mais experientes ou até mesmo do farmacêutico amigo. Os medicamentos isentos de prescrição (MIPs) mais dispensados são o Doril, Anador, Tylenol, Dorflex, Dramin, ASS, Neosaldina, dentre outros e dos medicamentos controlados mais vendidos são o Alprazolam eRrivotril. Um medicamento MIP, este deve ser administrado nas menores doses possíveis e dispensado em quantidades adequadas para o tratamento, evitando-se o prejuízo à saúde 6 da pessoa, neste caso se não for acompanhado de informações para o uso correto e racional, conduz ao aumento dos casos de internação por intoxicações a outros problemas relacionados ao uso de medicamentos (PRMs). 3.3 Casos Clínicos 3.3.1 Caso Clínico 1 C.M.I 45 anos, sexo masculino, agricultor, casado e reside no interior de Santo Ângelo. Veio queixar-se de dores abdominais e tonturas relatando que é hipertenso a 2 anos. Faz o uso de omeprazol 20 mg 1 comprimido logo após o almoço e de medicações diárias como hidroclorotiazida 25 mg 1 comprimido manhã e losartana potássica 50 mg 1 comprimido noite. Parâmetros verificados: Peso corporal: 70 kg altura 1 m e 68 cm IMC: 24,8 PA: 190/11 mmHg Esta fazendo uso de gikgo biloba à 1 mês, quem lhe indicou foi um parente próximo para lhe melhorar a memoria. Durante o final de semana consome bebidas alcoólicas, mas mesmo assim toma seus medicamentos diariamente. No presente estudo, traçou o perfil dos PRMs presentes nas prescrições medicamentosas do paciente, em seguida estão descritos e discutidos em itens os PRMs encontrados e em anexo E está apresentado o protocolo de resolução do caso clinico 1: O omeprazol está com posologia correta, mas o paciente utiliza em um horário inadequado, PRM 3. O omeprazol causa interação com os alimentos, pois, o paciente costuma tomar o seu medicamento depois do almoço, PRM 6. O Ginkgo biloba causa a redução da eficácia do omeprazol, causando nesse caso pouca melhora da saúde do paciente em relação às dores estomacais que o paciente relatou, PRM 6. Outro problema que poderia estar associado ao aumento da pressão arterial é o uso concomitante do Ginkgo biloba que interferiria na ação da hidroclorotiazida, PRM 6. O uso de álcool pode aumentar o efeito da hidroclorotiazida, PRM 6. 7 3.3.2 Caso Clínico 2 I.R.J 38 anos, sexo feminino, professora, casada e reside em Santo Ângelo, veio queixar-se de secura na boca, ganho de peso, tremores, sonolência e desconforto gastrointestinal.Relatou fazer uso do diazepam 1 comprimido noite e cloridrato de amtriptilina 25 mg 1 comprimido pela manhã no qual o medico a prescreveu, e também a administração de 1 comprimido de acido acetilsalicílico 100 mg pela manhã em que a farmacêutica a receitou pois, a paciente possuía dores musculares e para a prevenção da trombose. Parâmetros verificados: Peso Corporal : 62 Kg, 1m e 78cm de altura. IMC: 19,55 PA: 110/70 mm Hg Não faz uso de chás, não consome bebida alcoolica e não é fumante, mas utiliza antiácidos isso não diariamente. Diante do estudo, realizou-se o perfil dos PRMs presentes nas prescrições medicamentosas do paciente, e discutiu-se em itens os PRMs encontrados, em anexo F está apresentado a resolução do caso clinico 2 : A sonolencia está ocasionados pelo efeito adverso do diazepam, e a secura na boca e ganho de peso são causados pelo efeito adverso do cloridrato de amitriptilina, PRM 5. O desconforto gastrointestinal que é causado pelo uso de acido acetilslialicico no período da manhã PRM 5. A interação do cloridrato de amtriptilina com diazepam que pode levar ao desenvolvimento de deficiências psicomotoras, PRM 6. 4 SUGESTÕES A existência de um local reservado para conduzir entrevistas é necessária ao processo da atenção farmacêutica uma vez que este envolve, dentre suas etapas, a coleta de dados de usuários e atividades de aconselhamento e discussão. O farmacêutico e o balconista na maioria das vezes, pouco se preocupam em solicitar informações importantes que possam ser utilizadas na prevenção de possíveis agravos à saúde do paciente, ocasionados pelas reações adversas e interações 8 medicamentosas, assim como houve pouca preocupação de orientar e informar sobre o tratamento, precauções e guarda do medicamento. Ter farmacêutico na farmácia, durante todos os domingos do mês, pois está na lei a necessidade de um farmacêutico presente em todo o momento que a farmácia permanece aberta; Manter visível ao público um encarte com as informações do Programa Panvel Fidelidade. 5 CONCLUSÃO Portanto, o Estágio Supervisionado no Âmbito Farmacêutico I realizado na Farmácia Panvel, teve como importância a participação do farmacêutico na atenção farmacêutica que é uma atividade que visa ao profissional obter informações da saúde do paciente realizado orientações, prevenindo e solucionando problemas que estão relacionados ao medicamento. O contato com o farmacêutico na atenção farmacêutica, trouxe novos conhecimentos relacionados à teórica e a prática, mostrando a troca de experiência com um profissional que trabalha na área há algum tempo. Para uma drogaria a atenção farmacêutica é um dos atos em que o farmacêutico busca orientar e intervir com o uso da medicação, mas o que se vê na farmácia é um farmacêutico ausente no momento da dispensação, no qual deveria estar à frente do paciente realizado perguntas e interversões sobre o uso dos medicamentos. Além disso, no convívio que mantive na drogaria a atenção farmacêutica é uma das tarefas que devem ser exercidas pelo farmacêutico com muita responsabilidade, orientações básicas são muito importantes para o paciente, pois levar consigo um medicamento sem nenhuma orientação pode acarretar no futuro complicações na saúde do paciente e causando maiores gastos em internações. 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARRAIS. D. S. P, BARRETO. L. M, COELHO. L. L. H. Aspectos dos processos de prescrição e dispensação de medicamentos na percepção do paciente: estudo de base populacional em Fortaleza, Ceará, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, abr, 2007. 9 BAGATINI. F, Simões M. O. C .Interações entre fármacos e medicamentos fitoterápicos à base de ginkgo ou ginseng. Revista Brasileira de Farmacognosia. Jan./Mar. 2008. BRASIL, Resolução RDC nº 44, de 17 de agosto de 2009 – Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências. BRASIL, Resolução RDC nº 44, de 26 de outubro de 2010, que dispõe sobre o controle de medicamentos à base de substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição médica, isoladas ou em associação, e dá outras providências. BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC nº 96, de 17 de dezembro de 2008. Dispõe sobre a propaganda, publicidade, informação e outras práticas cujo objetivo seja a divulgação ou promoção comercial de medicamentos. BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional da Vigilância Sanitária. Portaria nº 344, de 12 de maio de 1998. Aprova o Regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Brasília; Ministério da Saúde, 1998. CHRISTOPHER W. C, SIMON J. B, GOLAN. D. E. Princípios de farmacologia, a base fisiopatológica da farmacoterapia. ed 3. 2014. Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica. Brasília - DF, 2002 COSTA R. A, ANDRADE P, J, NOBRE. F et al .VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão. Edição de Julho 2010, vol. 95 (1), Supl. 1, págs. 1-51. Formulário Terapêutico Nacional – 2010 PEREIRA L. R. L, FREITAS. O, A evolução da Atenção Farmacêutica e a perspectiva para o Brasil. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences vol. 44, n. 4, out./dez., 2008. 10 SILVA. O. F. T, MARCELINO E. C, GOMES S. P. J. A. Utilizações e interações medicamentosas de produtos contendo o ginkgo biloba. Universidade Federal de São João Del-Rei - UFSJ. 2010 VIANNA. C. J. C, FRANCO. A. S. C, LUCARELLI. R. R, et al . Avaliação Das Prescrições Contendo Omeprazol E Associações Na Farmácia Pública De Governador Valadares. Governador Valadares. 2010. Vieira S. R. M, Mulero. A. C, Lorandi A. P, et.al, Estágio Supervisionado em Farmácia. SANTOS 2013. 11 12 ANEXOS Anexo A 13 Anexo B 14 Anexo C 15 Anexo D 16 17 Anexo E PROTOCOLO DE RESOLUÇÃO DE CASO CLÍNICO PARA ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO ÂMBITO FARMACÊUTICO II APRESENTAÇÃO DO CASO CLÍNICO: Caso clinico 1 1. IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE E DESCRIÇÃO DO CASO CLÍNICO: Idade, sexo e dados demográficos C.M.I 45 anos, sexo masculino, agricultor, casado e reside no interior de Santo Ângelo. Sinais e sintomas relatados Dores abdominais, tontura Exames apresentados e dados biométricos Peso corporal: 70 kg altura 1 m e 68 cm IMC: 24,8 PA: 190/11 mmHg Medicamentos utilizados Omeprazol 20 mg 1 comprimido logo após o almoço e de medicações diárias como hidroclorotiazida 25 mg 1 comprimido manhã e losartana potássica 50 mg 1 comprimido noite. Outras informações Esta fazendo uso de gikgo biloba à 1 mês, quem lhe indicou foi um parente próximo para lhe melhorar a memoria. Durante o final de semana consome bebidas alcoólicas, mas mesmo assim toma seus medicamentos diariamente. 2. Relação dos principais Problemas de Saúde (queixa do paciente) e medicamentos utilizados: Problema de saúde identificado Situação clínica por ocasião da consulta farmacêutica Medicamentos utilizados (p.a.) Período de utilização do medicamento Dores estomacais Tratada mas não controladoOmeprazol 20 mg 1 ano 18 Diurético Tratada mas não controlado Hidroclorotiazida 25 mg 5 anos Pressão alta Tratada mas não controlado losartana potássica 50 mg 5 anos 3. ESTUDO DOS MEDICAMENTOS UTILIZADOS (1 quadro para cada medicamento utilizado) A. PRINCIPAIS INFORMAÇÕES TÉCNICAS SOBRE O MEDICAMENTO: ATENOLOL B. PRINCIPAIS INFORMAÇÕES TÉCNICAS SOBRE O MEDICAMENTO: HIDROCLOROTIAZIDA Indicação clinica Insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão arterial sistêmica e edema de diferentes causas. Classe e mecanismo de ação Diurético tiazídico. Atuam ao inibir o co‐transportador Na+/Cl‐ no túbulo contorcido distal. Aumentam a perda de K+ e reduzem a perda de Ca+. Dose e posologia recomendada 12,5 a 50mg/dia. Metabolismo e excreção Metabolismo hepático, não significativo e excreção: renal na forma ativa 50% a 70%. Principais reações adversas Hiponatremia, hipopotassemia, hipomagnesemia, hipercalcemia, hiperuricemia e aumento de crises de gota, intolerância aos carboidratos, sintomas digestivos, impotência, reação alérgica, hipotensão ortostática, fotossensibilidade. Principais interações Alcaçuz: pode resultar em risco aumentado de hipopotassemia e/ou redução da efetividade do diurético, anti-inflamatórios não- esteroides e colestiramina podem diminuir o efeito da hidroclorotiazida, carbamazepina: o uso concomitante pode resultar em hiponatremia, ginkgo biloba: o uso concomitante pode resultar em aumento da pressão arterial. Contraindicações Hipersensibilidade a hidroclorotiazida ou sulfonamidas, insuficiência hepática grave, insuficiência renal grave (anúria). 19 Referências consultadas Formulário Terapêutico Nacional – 2010 C. PRINCIPAIS INFORMAÇÕES TÉCNICAS SOBRE O MEDICAMENTO: LOSARTANA POTASICA Indicação clinica Insuficiência cardíaca congestiva (ICC), hipertensão arterial sistêmica, profilaxia de acidente cerebrovascular em pacientes hipertensos com hipertrofia ventricular esquerda, nefropatia diabética em pacientes com diabete melito tipo 2 e história de hipertensão. Classe e mecanismo de ação A angiotensina II, um potente vasoconstritor, é o principal hormônio ativo do sistema renina-angiotensina e o maior determinante da fisiopatologia da hipertensão. A angiotensina II liga-se ao receptor AT1encontrado em muitos tecidos e desencadeia várias ações biológicas importantes, incluindo vasoconstrição e liberação de aldosterona. A angiotensina II também estimula a proliferação de células da musculatura lisa. Dose e posologia recomendada 1 comprimido a noite Metabolismo e excreção Metabolismo hepático 14% via citocromo P450 isoenzimas CYP2C9 e CYP3A4. Metabolito ativo. Sofre metabolismo de primeira passagem e excreção: 13% a 35% renal, depuração renal 42 a 75 mL/min; 50% a 60%biliar. Principais reações adversas Prurido, exantema, alopecia, dermatite, pele seca, eritema, rubor, fotossensibilidade, sudorese, urticária, gota, hiperpotassemia, hiponatremia, diarreia, dispepsia, alteração no paladar, pancreatite, anemia, linfoma maligno, trombocitopenia, hepatotoxicidade, dor nas pernas e costas, cãibra muscular e mialgia, rabdomiólise, diminuição da libido, impotência, tosse, infecção respiratória superior. Principais interações Anti-inflamatórios não- esteroides, fluconazol, rifampicina: podem diminuir a efetividade da losartana, lítio: pode ter a toxicidade (fraqueza, tremor, sede, confusão) aumentada pela losartana. Contraindicações Hipersensibilidade ao fármaco. Gravidez. Categoria de risco na gravidez (FDA): C (primeiro trimestre) e D (segundo e terceiro trimestres). Referências Formulário Terapêutico Nacional – 2010 20 consultadas D. PRINCIPAIS INFORMAÇÕES TÉCNICAS SOBRE O MEDICAMENTO: OMEOPRAZOL Indicação clinica Doença do refluxo gastresofágico sintomático, ulceras pépticas de múltiplas etiologias, adjuvante no tratamento de infecção por Helicobacter pylori. Classe e mecanismo de ação Inibidor da bomba de prótons. Dose e posologia recomendada 20 a 40 mg, 1 vez ao dia. Metabolismo e excreção Metabolismo hepático. Excreção renal. Principais reações adversas Cefaleia, tontura, dor abdominal, diarreia, náusea, vômito, flatulência, obstipação, exantema, fraqueza, lombalgia, tosse e infecção do trato respiratório superior. Principais interações Benzodiazepínicos (clorazepato, diazepam, triazolam): risco aumentado de toxicidade benzodiazepínica, carbamazepina: aumento do risco de toxicidade pela carbamazepina, digoxina: aumento do risco de toxicidade (náusea, vômito, arritmia), erva-de-são-joão (Hypericum perforatum) e Ginkgo biloba: redução da eficácia do omeprazol. Contraindicações Hipersensibilidade ao omeprazol. Referências consultadas Formulário Terapêutico Nacional – 2010 4. IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS PRM’S IDENTIFICADOS: Identificação e classificação dos PRM’s O omeprazol o paciente utiliza em após o almoço, PRM 3. O Ginkgo biloba causa a redução da eficácia do omeprazol, PRM 6. Ginkgo biloba que interferiria na ação da hidroclorotiazida, PRM 6. O uso de álcool causa interferência com hidroclorotiazida, PRM 6. 21 O uso do omeprazol com alimentos ocorre a interação, PRM 6 5. FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICA E FARMACOLOGICA DA IDENTIFICAÇÃO DOS PRM’S COM BIBLIOGRAFIA (segundo normas ABNT) FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICA E FARMACOLOGICA A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial (PA). Associa-se frequentemente a alterações funcionais e/ou estruturais dos órgãos-alvo (coração, encéfalo, rins e vasos sanguíneos) e a alterações metabólicas, com consequente aumento do risco de eventos cardiovasculares fatais e não-fatais (COSTA, ANDRADE, NOBRE. et al. 2010). Levando em consideração as várias informações quanto aos horários e modo de uso do omeprazol, o mais correto seria sua administração cerca de 0,5 a 1 hora antes das refeições. Não deveria ser administrado em jejum pela manhã, pois somente 10% das bombas de prótons estão ativas, e o conteúdo ácido do lúmen gástrico encontra-se alto. E, juntamente com alimentos, sua biodisponibilidade pode diminuir, o que afetaria muito sua ação (VIANNA, FRANCO, LUCARELLI, et al. 2010). O omeprazol é um fármaco utilizado no tratamento da úlcera péptica e do refluxo gastroesofágico, sendo que a sua metabolização ocorre, principalmente, via isoforma CYP2C19 do sistema hepático P450. Através de um ensaio clínico randomizado conduzido com 18 voluntários sadios, verificou-se que o ginkgo, quando administrado concomitantemente com este fármaco, reduziu a biodisponibilidade do mesmo e aumentou a concentração plasmática do seu metabólito ativo, denominado 5-hidróxiomeprazol. Esse resultado indica que o ginkgo pode induzir a isoforma CYP2C19 e, com isso, reduzir a concentração plasmática do omeprazol (BAGATINI, SIMÕES.2008). A administração de Ginkgo associada com diuréticos tiazídicos (hidroclorotiazida) pode provocar, após uma semana, aumento da pressão sanguínea, porém este quadro pode ser revertido com a suspensão das duas medicações. Além 22 disto, o Ginkgo administrado com anti- hipertensivos inibidores dos canais de cálcio (nifedipina, anlodipina e diltiazem), pode aumentar os efeitos adversos destes fármacos (SILVA, MARCELINO, GOMES. 2010). Há associação entre a ingestão de álcool e alterações de PA dependentes da quantidade ingerida.Claramente, uma quantidade maior de etanol eleva a PA e está associada a maiores morbidade e mortalidade cardiovasculares. Por outro lado, as evidências de correlação entre uma pequena ingestão de álcool e a consequente redução da pressão arterial ainda são frágeis e necessitam de comprovações. Em indivíduos hipertensos, a ingestão de álcool, agudamente e dependentemente da dose, reduz a PA, porém ocorre elevação algumas horas após o seu consumo. Tendo em vista a controvérsia em relação à segurança e ao benefício cardiovascular de baixas doses, assim como a ação nefasta do álcool na sociedade, devemos orientar aqueles que têm o hábito de ingerir bebidas alcoólicas a não ultrapassarem 30 g de etanol ao dia, para homens, de preferência nãohabitualmente; sendo a metade dessa quantidade a tolerada para as mulheres (COSTA, ANDRADE, NOBRE. et al. 2010). 6. MANEJO PARA POSSÍVEL INTERVENÇÃO DOS PRM’S E RECOMENDAÇÃO: Orientar para a ingestão das cápsulas do omeprazol com estômago vazio, 30 23 MANEJO PARA PRM’S E RECOMENDAÇÃO minutos antes de uma refeição (preferentemente café da manha) devendo ser ingeridas intactas. Interromper o uso concomitante de Ginkgo biloba para que a pressão arterial se estabilize. Aferir a pressão arterial, periodicamente. Não ingerir álcool juntamente com os medicamentos. Orientar das possíveis interações de antihipertensivos e medicamentos de uso contínuo que podem ser prescritos para o paciente hipertenso. Quadro - Classificação de Problemas Relacionados com Medicamentos (PRM), segundo consenso de Granada (2002) Princípio básico da Farmacoterapia PRM Necessidade: PRM 1: O paciente apresenta um problema de saúde por não 24 utilizar a medicação que necessita PRM 2: O paciente apresenta um problema de saúde por utilizar um medicamento que não necessita Efetividade: PRM 3: O paciente apresenta um problema de saúde por uma inefetividade não quantitativa da medicação PRM 4: O paciente apresenta um problema de saúde por uma inefetividade quantitativa da medicação Segurança: PRM 5: O paciente apresenta um problema de saúde por uma insegurança não quantitativa de um medicamento PRM 6: O paciente apresenta um problema de saúde por uma insegurança quantitativa de um medicamento Anexo F PROTOCOLO DE RESOLUÇÃO DE CASO CLÍNICO PARA ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO ÂMBITO FARMACÊUTICO II APRESENTAÇÃO DO CASO CLÍNICO: caso clinico 2 7. IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE E DESCRIÇÃO DO CASO CLÍNICO: Idade, sexo e dados demográficos I.R.J 38 anos, sexo feminino, professora, casada e reside em Santo Ângelo Sinais e sintomas relatados Muito sonolenta, tremores, secura na boca, ganho de peso e desconforto gastrointestinal Exames apresentados e dados biométricos Peso Corporal : 62 Kg, 1m e 78cm de altura. IMC: 19,55 PA: 110/70 mmHg Medicamentos utilizados Cloridrato de amitriptilina 25 mg 1 comprimido pela manhã, diazepam 1 comprimido noite e acido acetilsalicílico 100 mg 1 comprimido manhã. Outras informações Não faz uso de chás, não consome bebida alcoólica e não é fumante, mas utiliza antiácido isso não diariamente. 25 8. Relação dos principais Problemas de Saúde (queixa do paciente) e medicamentos utilizados: Problema de saúde identificado Situação clínica por ocasião da consulta farmacêutica Medicamentos utilizados (p.a.) Período de utilização do medicamento Antidepressivo Tratada e controlada Cloridrato de amitriptilina 25 mg 6 meses Trombose e dores musculares Tratada, prevenido e controlada Acido acetilsalicílico 100 mg 1 semana Calmante Tratada e controlada Diazepam 6 meses 9. ESTUDO DOS MEDICAMENTOS UTILIZADOS (1 quadro para cada medicamento utilizado) E. PRINCIPAIS INFORMAÇÕES TÉCNICAS SOBRE O MEDICAMENTO: CLORIDRATO DE AMITRIPTILINA Indicação clinica Transtornos e episódios de depressão maior, particularmente quando sedação é necessária. Classe e mecanismo de ação O mecanismo de ação comum aos antidepressivos tricíclicos em nível pré-sináptico é o bloqueio de recaptura de monoaminas, principalmente norepinefrina (NE) e serotonina (5-HT), em menor proporção dopamina (DA). Aminas terciárias inibem preferencialmente a recaptura de 5- HT e secundárias a de NE. Dose e posologia recomendada 1 comprimido manha Metabolismo e excreção Metabolismo exclusivamente hepático, gerando o metabólito ativo nortriptilina eliminação renal (18% em forma ativa) e fecal (pequena proporção). Principais reações adversas Sedação, tontura, insônia, hipomnésia, fadiga, ansiedade, 26 tremores finos de extremidades, disartria, incoordenação motora, desorientação, visão turva, diminuição do limiar convulsivo, sintomas extrapiramidais, sudorese. Principais interações Álcool e outros depressores do sistema nervoso central, anticoagulantes cumarínicos, fármacos com efeitos anticolinérgicos ( anti-histamínicos H1, antiparkinsonianos e neurolépticos): podem ter seus efeitos intensificados. Em pacientes recebendo anticoagulante oral, o tempo de protrombina deve ser cuidadosamente avaliado e ajustes da dose do anticoagulante podem ser necessárias. Contraindicações Enfarte do miocárdio recente, arritmias cardíacas, insuficiência hepática grave, fase maníaca do transtorno bipolar, porfiria. Referências consultadas Formulário Terapêutico Nacional – 2010 F. PRINCIPAIS INFORMAÇÕES TÉCNICAS SOBRE O MEDICAMENTO: diazepam Indicação clinica Ansiedade generalizada e insônia transitória (tratamento de curta duração). Classe e mecanismo de ação Os benzodiazepínicos, exercem um efeito ansiolítico através da inibição das sinapses no sistema límbico, uma região do SNC que controla o comportamento emocional e que se caracteriza por uma elevada densidade de receptores GABAA. Dose e posologia recomendada 1 comprimido noite Metabolismo e excreção Metabolização hepática com produção de metabólitos ativos. Principais reações adversas Alterações na salivação, náusea, vômito, obstipação, diarreia, sedação, ataxia, tonturas, confusão, hipotensão, amnésia, vertigem, cefaleia, reações paradoxais (irritabilidade, excitabilidade, agressividade, alucinação), distúrbios do sono (insônia rebote), tremor, dependência. Principais interações Álcool, analgésicos opioides, anestésicos, antidepressivos tricíclicos, anti-histamínicos, barbitúricos, inibidores enzimáticos, 27 fosamprenavir: podem aumentar o efeito e a toxicidade do diazepam. Ginkgo biloba, rifampicina, rifapentina, teofilina: podem reduzir o efeito do diazepam em caso de uso concomitante. Contraindicações Hipersensibilidade a quinina ou a mefloquina, hemoglobinúria., miastenia grave. Referências consultadas Formulário Terapêutico Nacional – 2010 G. PRINCIPAIS INFORMAÇÕES TÉCNICAS SOBRE O MEDICAMENTO: acido acetilsalicílico 100 mg Indicação clinica Dor leve a moderada, enxaqueca e outros tipos de cefaleia, febre, processos inflamatórios, profilaxia e tratamento de doenças tromboembólicas. Classe e mecanismo de ação A atividade dos AINE como antiagregantes plaquetários e sua capacidade de prolongar o tempo de sangramento devem-se ao efeito inibidor da síntese de prostaglandinas, mediantea inativação da cicloxigenase – enzima que catalisa a síntese de prostaglandinas a partir do ácido araquidônico. Dose eposologia recomendada Dose de 100 a 200 mg, por via oral, a cada 24 horas. Metabolismo e excreção Metabolismo: hepático e excreção: renal. Principais reações adversas Indigestão, náuseas, vômitos, ulceras gastrintestinais, sangramentos. Principais interações Ácido valproico: pode aumentar as concentrações séricas de ácido valproico livre, anticoagulantes: aumento da atividade anticoagulante e risco de sangramento. Contraindicações Hipersensibilidade ao ácido acetilsalicílico ou a anti- inflamatórios não-esteroides, tratamento de gota, ulceração péptica prévia ou ativa, hemofilia e outras doenças hemorrágicas. Referências consultadas Formulário Terapêutico Nacional – 2010 28 10. IDENTIFICAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS PRM’S IDENTIFICADOS: Identificação e classificação dos PRM’s Sonolência durante o dia está ocasionados pelo efeito adverso do diazepam, PRM 5. Secura na boca e ganho de peso e tremores são causados pelo efeito adverso do cloridrato de amitriptilina, PRM 5. O desconforto gastrointestinal que é causado pelo uso de acido acetilslialicico no período da manhã, PRM 5. A interação do cloridrato de amtriptilina com diazepam que pode levar ao desenvolvimento de deficiências psicomotoras, PRM 6. 11. FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICA E FARMACOLOGICA DA IDENTIFICAÇÃO DOS PRM’S COM BIBLIOGRAFIA (segundo normas ABNT) FUNDAMENTAÇÃO TÉCNICA E FARMACOLOGICA A segurança relativa dos benzodiazepínicos provém de sua eficácia limitada na modulação dos receptores GABAA. Os benzodiazepínicos em altas doses raramente provocam morte, a não ser que sejam administrados com outras drogas ou fármacos, como etanol, depressores do SNC, analgésicos opióides ou antidepressivos tricíclicos (CHRISTOPHER, SIMON, GOLAN. 2014). A interação do diazepam com o álcool, anestésicos, antidepressivos tricíclicos, anti- histamínicos, podem aumentar o efeito e a toxicidade do diazepam. Nesse caso deve-se ocorrer a substituição por um benzodiazepínico eliminado por glicuronidação, como o lorazepam, monitorando o aparecimento de sinais de intoxicação como sedação, tonturas, ataxia, fraqueza, diminuição da cognição ou desempenho motor, confusão, depressão respiratória ou sonolência (Formulário Terapêutico Nacional – 2010). O perfil de efeitos adversos dos ATC resulta de sua capacidade de ligação a diversos canais de receptores, além de seus alvos terapêuticos. Os ATC também podem atuar 29 como antagonistas nos receptores muscarínicos (colinérgicos), histamínicos, adrenérgicos e dopamínicos. Os efeitos anticolinérgicos são mais proeminentes e consistem em sintomas típicos de bloqueio dos receptores muscarínicos de acetilcolina: náusea, vômitos, anorexia, boca seca, visão turva, confusão, constipação, taquicardia e retenção urinária. Os efeitos anti-histaminérgicos incluem sedação, ganho de peso e confusão (no idoso). Os efeitos antiadrenérgicos consistem em hipotensão ortostática, taquicardia reflexa, sonolência e tonteira (CHRISTOPHER, SIMON, GOLAN. 2014). 12. MANEJO PARA POSSÍVEL INTERVENÇÃO DOS PRM’S E RECOMENDAÇÃO: Orientar para ingerir o acido acetilsalicílico com alimentos ou grande quantidade de água ou leite para evitar desconforto gastrintestinal. 30 MANEJO PARA PRM’S E RECOMENDAÇÃO: Não fazer uso de bebidas alcoólicas. Não suspender o uso de maneira repentina. Orientar que o uso de cloridrato de amitriptilina pode afetar a capacidade de realizar atividades que exigem atenção e coordenação motora como operar máquinas e dirigir. Quadro - Classificação de Problemas Relacionados com Medicamentos (PRM), segundo consenso de Granada (2002) Princípio básico da Farmacoterapia PRM Necessidade: PRM 1: O paciente apresenta um problema de saúde por não utilizar a medicação que necessita PRM 2: O paciente apresenta um problema de saúde por utilizar um medicamento que não necessita Efetividade: PRM 3: O paciente apresenta um problema de saúde por uma inefetividade não quantitativa da medicação PRM 4: O paciente apresenta um problema de saúde por uma inefetividade quantitativa da medicação Segurança: PRM 5: O paciente apresenta um problema de saúde por uma insegurança não quantitativa de um medicamento 31 PRM 6: O paciente apresenta um problema de saúde por uma insegurança quantitativa de um medicamento
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