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CPTGE - RESUMAO 2

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Resumo Ciência Política 
Unidade 1: Conceitos de Ciência: 
-Relação entre fenômenos, coisas ou fatos; 
-Determinada ordem dos fenômenos e investigação do processo; 
- Para Comte (positivista): Podem ser abstratas(gerais): fatos elementares da 
natureza (física e química); concretas(específicas): aspectos particulares dos 
fenômenos (mineralogia, geologia). 
 
Dificuldades da Ciência Política (acarreta dificuldade em sua classificação 
como ciência): 
Terminológicas: Em cada país, de acordo com cada concepção os significados 
dos termos podem variar. Por exemplo o significado de Estado e de 
democracia. A fixação conceitual pode resultar em caos. O vocabulário político 
tem caráter movediço. 
Mutabilidade do objeto estudado: Ao contrário das ciências naturais, o 
estudioso de ciências políticas não conta com um objeto de estudo com poucas 
variações. De acordo com o país ou com a geração, ocorrem variações, não 
permitindo a criação de leis imutáveis. 
Neutralidade do observador: Não há forma de se garantir a neutralidade do 
estudioso diante do objeto estudado, por mais que se esforce, sofrerá 
influências internas de sua construção pessoal. Não se obtêm conclusões livres 
e imparciais. 
 
Prismas da Ciência Política: 
A Ciência Política, em sentido amplo, tem por objeto o estudo dos 
acontecimentos, das instituições e das ideias políticas, tanto em sentido teórico 
como em sentido prático, referente ao passado, ao presente e às 
possibilidades futuras. 
Prisma Filosófico: Considera a origem, os fins, a essência do Estado. 
Prisma Sociológico: Política científica, racionalização do poder, legitimação da 
autoridade e das bases sociais, regime político. 
Prisma Jurídico: Hans Kelsen- O Estado de explica por uma construção 
jurídica. O Estado é o Direito. Não há considerações subjetivas. Exclui moral, 
ética, histórica e sociologia. Inviolabilidade das normas jurídicas. Esta doutrina 
justifica as ditaduras totalitárias e dá poder a todas as medidas, mesmo as que 
vão contra a vida e a moral do povo (nazismo e fascismo) 
 
Tridimensionalismo 
Atualmente, a orientação é considerar a Ciência Política nas três esferas 
citadas, abrangendo todas as visões acerca do objeto estudado. 
 
 
 
Unidade 2- Ciência Política e as demais ciências sociais. 
Economia: Sem conhecimento econômico de um governo dificilmente se 
entenderá as relações entre as instituições que o compõem e os fenômenos 
políticos. 
Economia e paz: Sem paz social (paz interna) e externa (entre Estados) não há 
desenvolvimento econômico. 
História: Através desta se conhece a composição de um governo, ou seja as 
experiências passadas contribuem para a compreensão dos fenômenos 
presentes e a construção de um melhor futuro. 
Sociologia Política: Podia se confundir com a C. Política, comprometendo esta, 
mas somente enfocava os aspectos sociais em detrimento dos políticos. Ela faz 
parte da C. Política, pois esta é o todo(gênero), aquela é parte(espécie). 
 
 
Unidade 3- Teoria Geral do Estado 
Noção: 
Os juristas devem aprender o seu papel diante das instituições e dos 
problemas presentes na sociedade contemporânea, atuando naquela e 
aprendendo a solucionar estes, aprendizado que não é exclusivo, sua 
totalidade, às ciências jurídicas. 
TGE é uma disciplina que sintetiza todos os conhecimentos a ela entrelaçados 
(história, sociologia, filosofia, jurídico, psicologia, política, econômicos, 
antropológicos), buscando o aperfeiçoamento do Estado, procurando atingir 
seus fins com eficácia e justiça. 
Estuda o que existe de comum aos Estados. É uma introdução ao Direito 
Público, à Teoria Constitucional. 
 
Tríplice aspecto da TGE: 
1-Teoria social do Estado: análise da gênese e do desenvolvimento do 
fenômeno estatal, em função dos fatores históricos, sociais e econômicos. 
2. Teoria política do Estado: quando justifica as finalidades do governo em 
razão dos diversos sistemas de cultura. 
3. Teoria jurídica do Estado: quando estuda a estrutura, a personificação e o 
ordenamento legal do Estado 
 
Maquiavel: Pai do Direito Público. Abandona os fundamentos teológicos e se 
baseia na realidade. 
 
Georg Jellinek é o responsável pela criação da Teoria Geral do Estado como 
disciplina autônoma, tendo por objeto o conhecimento do Estado. 
 
Objeto da TGE: 
É o estudo do Estado sob todos os aspectos, incluindo a origem, a 
organização, o funcionamento e as finalidades, compreendendo-se no seu 
âmbito tudo o que se considere existindo no Estado e nele influindo. 
Método: 
Não usa-se método simples para estudar TGE, é necessário considerar todos 
seus aspectos. 
 
 
Unidade 4- O Estado 
 
Origem do termo Estado: Modernamente, surgiu com Maquiavel. 
Noção de Estado: 
Essência política do homem = vida em sociedade (necessidade natural) – 
convivência / organização / Estado. 
- Razão e vontade: bases da criação e da organização do Estado. O Estado é 
obra da inteligência e da vontade dos membros do grupo social. 
 
Considerações sobre a relação do indivíduo, Estado e sociedade: 
O indivíduo jamais se liberta da tutela do Estado. Ele está sob a proteção e sob 
a sanção imposta pelo Estado, do seu nascimento até a sua morte. 
A sociedade tem suas relações reguladas pelo Estado. Não tem poder 
coercitivo, e suas decisões só tem legitimidade se aprovadas pelo Estado. 
Possuem meios de coação, mas indiretos (ex: ser advertido moralmente.) 
Suas normas são dotadas de generalidade, ou seja, abrangem todos aqueles 
em seu território, a não obediência destas implica em penalidade. 
Objetivos do Estado: ordem e defesa social. 
Finalidade do Estado: consecução do bem público. 
Para tanto, o Estado emprega diversos meios, que variam conforme as épocas, 
os povos, os costumes e a cultura. Mas o objetivo é sempre o mesmo e não se 
confunde com o de nenhuma outra instituição ou sociedade. 
 
Atributos do Estado: 
Autoridade: É o DIREITO de mandar, dirigir, ser ouvido e obedecido. 
Poder: É a FORÇA pela qual se manda alguém obedecer. 
O Estado tem autoridade para mandar, controlar, ou seja é característica do 
Estado, e tem poder para exigir tal cumprimento, tem força para tal. A edição 
de leis é de competência do Estado e de seus entes. Um cidadão qualquer não 
tem autoridade para exigir algo, a não ser que este algo esteja compreendido 
em uma garantia presente na lei, e nem de forçar alguém a realizar algo. Um 
policial, por exemplo, o Estado concede a ele autoridade e poder para prender 
alguém em flagrante, mas essa autoridade e poder não emana do indivíduo e 
sim do cargo de policial, que é um agente do Estado dotado de tais 
prerrogativas para exercer sua função, baseadas na lei. O poder, sem 
autoridade para exigi-lo, não é legítimo, podendo ser considerado tirano. 
O Estado não é imutável, varia com o tempo e o espaço. 
“Estado é a ordem jurídica soberana que tem por fim o bem comum de um 
povo, situado em determinado território”. (Dalmo de Abreu Dallari) 
 
Sociedade e comunidade: 
Distinções: 
Comunidade: Relações espontâneas e naturais, emotivas, psíquicas. 
Sociedade: Racionalismo, artificialismo, presente uma maior formalidade. 
Exemplo: Hipoteticamente, a UFV é o Estado. Dotado de ordenamento, 
finalidade, objetivo e poder. O curso de Direito seria uma sociedade, regida 
pela UFV, com suas características formais e gerais. Os alunos pertencem à 
sociedade. Já em nossa sala, que pertence à sociedade do Direto, há 
comunidades: a dos meninos do futebol, que tem o esporte em comum; da 
turma que gosta de tomar uma cerveja no bar da Rita, etc. Comunidade é 
composta por relações naturais, já a sociedade, não obrigatoriamente. O 
indivíduo gostando ou não pertence a uma sociedade, porém, se ele não gosta 
de futebol não se integrará a comunidade dos esportistas. Assim, tenho que 
conviver com determinadoindivíduo em sociedade, é esperado e até exigido, 
há presença de convenções sociais, etc. Porém, este mesmo indivíduo pode 
não pertencer à mesma comunidade que eu, já que temos interesses imediatos 
diferentes. A sociedade tem uma organização e objetivos bem delimitados. 
Podemos dizer que a sociedade é formada por comunidades e nem sempre 
uma comunidade forma uma sociedade. Então, sucintamente: Comunidade- 
relações subjetivas; Sociedade- relações objetivas. 
 
Sociedade natural: Família 
Outras sociedades: igrejas, escolas, empresas, clubes, etc. 
- Requisitos da sociedade: organização permanente e objetivo comum. 
- Estado = sociedade política. 
. Organização: normas de Direito – hierarquia (governantes e governados) 
. Objetivo comum: finalidade = bem público 
 
 
Unidade 5- Origem e justificação do Estado 
 
Teorias sobre a origem do Estado 
-Teoria Patriarcal: O Estado seria uma ampliação da família, com sua evolução 
e unificação de diversas famílias que se organizaram. Presença de elementos 
monárquicos. Não explica a evolução política do Estado. 
-Teoria Matriarcal: A autoridade derivada da mãe. Em um estado de 
promiscuidade, com incerteza da paternidade, a maternidade é garantida e seu 
poder também. Oposição ao patriarcalismo. 
-Teoria Patrimonial: Origem do Estado baseada no suprimento de diversas 
necessidades dos indivíduos, assim, unindo as diversas profissões se 
alcançaria tal objetivo, já que nenhum homem basta a si mesmo. O Estado se 
beneficia com a divisão do trabalho. 
- Para Cícero: Estado = organização destinada a proteger a propriedade e a 
regulamentar as relações de ordem patrimonial. O direito de propriedade é um 
direito natural, anterior ao Estado. 
- Engels: o Estado é um produto da sociedade, quando ela chega a 
determinado grau de desenvolvimento. 
- Heller: A posse da terra gera o poder público e dá origem à organização 
estatal. 
- O Estado feudal, da Idade Média, ajusta-se perfeitamente a esta concepção: 
era uma organização essencialmente de ordem patrimonial. O feudalismo 
induz-nos a crer que os Estados particulares se criam com base na 
propriedade territorial 
-Teoria Contratualista (Thomas Hobbes, Hugo Grotius, John Locke e 
Rousseau). 
O Estado originou-se de uma convenção (contrato) entre os membros da 
sociedade humana. 
-Teoria da Força (Thomas Hobbes, Gumplowicz e Oppenheimer) 
A organização política (Estado) resultou do poder de dominação dos mais 
fortes sobre os mais fracos. O Estado surgiu com a finalidade de regulamentar 
a dominação dos vencedores e a submissão dos vencidos. 
Estado de natureza: guerra permanente (o homem é o lobo do próprio homem 
– homo homini lupus - Hobbes). O vencedor domina o vencido. 
Análise crítica: O Estado detêm a força, mas esta não pode justificar a 
legitimidade do Estado e a expressão jurídica e os seus fenômenos. 
 
Teorias sobre a justificação do Estado 
 
- Teoria do direito divino sobrenatural: O Estado foi criado por Deus e o 
governante (Rei, Faraó), recebe seu poder DIRETAMENTE de Deus. Destitui 
de poder o Papa, já que o governante tem acesso direto à divindade. O Rei é 
sagrado, não é passível de contrariedade, e se for cruel, os súditos devem orar 
pela sua conversão. Absolutismo monárquico. 
-Teoria do direito divino providencial: O Estado não foi diretamente criado por 
Deus. Os homens tem livre arbítrio, se organizam, fazem suas leis e confirmam 
a autoridade, mas contam com a proteção invisível de Deus. O Rei é senhor e 
servo ao mesmo tempo, e as instituições aceitas são as que combinam com o 
Direito Natural, estas são harmoniosas com a vontade divina e devem ser 
acatadas. 
 
Justificações das Teorias Racionalistas: 
 
Justificam o Estado como de origem convencional (produto da razão humana). 
O Estado surge de um acordo unitário e consciente entre os indivíduos. Todas 
as teorias partem do pressuposto que o homem primitivo vivia em estado de 
natureza. 
 
a) Thomas Hobbes (1588-1679) 
- Primeiro estudioso do contratualismo. 
- Estado de natureza – ferocidade instintiva = contrato necessário (interesse) = 
cessão de TODOS os direitos a uma pessoa ou a um grupo. 
- Em O Leviatã, Hobbes distingue o Estado real (teoria da força) do Estado 
ideal (deduzido da razão). 
 
b) John Locke (1632/1704) 
- Contratualismo em bases liberais: oposição a Hobbes. 
- Não há transferência total de direitos pelos homens. Transfere-se apenas os 
necessários à manutenção da paz e segurança públicas (conservação dos 
direitos individuais). 
- Pacto voluntário, de fundo utilitário, cujo objetivo é o bem público (ou bem 
comum). 
- Garantia do direito de insurreição (possibilidade de mudar a forma ou a 
composição do governo que se desvie de sua finalidade: promoção da paz, da 
segurança e do bem-estar social. 
 
 
c) Jean Jacques Rousseau (1712/1778) 
- Teórico maior do contratualismo. 
- Estado convencional (resultado da vontade geral) – povo superior ao Rei (não 
há direito divino da Coroa) – finalidade do governo: bem comum e justiça. 
- Descumprimento do pacto = direito de revolução. 
- Consequência da teoria de Rousseau: destruição do Estado teológico e 
derrocada do absolutismo monárquico. 
- Estado de natureza de Rousseau = felicidade absoluta. 
Surge o Contrato Social, nos seguintes termos: cada um põe em comum sua 
pessoa e todo o seu poder sob a suprema direção da vontade geral. Cada um, 
obedecendo a essa vontade geral, obedece a si mesmo. A liberdade consiste 
em trocar a vontade particular pela vontade geral. O “eu” é transferido para a 
unidade comum e o homem passa a fazer parte do todo coletivo, do corpo 
social, erigido à qualidade de único soberano. A vontade geral não pode ser 
limitada por princípio algum. 
Análise crítica (aplicável a todas as teorias racionalistas) 
- Estado de natureza é mera conjectura. 
- Se o Estado é uma associação voluntária, cada um pode sair quando quiser 
(insegurança). 
Raciocínio contraditório de Rousseau: 
A vontade geral criada pelo contrato é ilimitada, assim pode ocorrer ofensas 
aos direitos fundamentais dos indivíduos. “Quem discorda da maioria se ilude, 
se engana, e só é livre quando obedece à vontade geral”. Transforma o homem 
em escravo da coletividade. 
 
Justificação histórica ou Escola Histórica: 
 
- Oposição ao artificialismo das teorias contratualistas. 
- Estado = produto do desenvolvimento natural de uma determinada 
comunidade, estabelecida em um determinado território (nada de organização 
convencional ou artificial). 
“Um agrupamento social, ao atingir certo grau de desenvolvimento, passa a ter 
como imperativo absoluto a organização estatal, que se desenvolve e se 
aperfeiçoa no sentido de promover o bem comum, garantir a paz e a 
segurança, sob a influência dos usos e costumes do agrupamento humano. O 
Estado é um fato social, uma realidade histórica, não uma manifestação de 
vontades, apuradas em um dado momento.” 
Defensores da teoria: Savigny, Ihering, Adam Muller, Bluntschli e Edmund 
Burke 
Segundo Burke, apenas é natural e justo o que provém do desenvolvimento 
histórico, do longo hábito: a natureza e a história são fatores determinantes e 
justificativos dos fenômenos sociais. Deixadas a si mesmas, as coisas 
encontram, geralmente, a ordem que lhes convém. 
 
Lembrar que não há consenso e as teorias são hipotéticas.

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