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CONTABILIDADE DE CUSTOS

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Contabilidade de Custos
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Contabilidade de Custo
Carga Horária: 45 Créditos: 03
 
Ementa:
	Introdução à contabilidade de custos. Classificações e nomenclaturas de custos. Esquema básico da contabilidade de custos. Departamentalização. Custos diretos de produção: materiais diretos (controle e valoração) e mão-de-obra direta (controle e valoração). Custos indiretos de fabricação: critérios de rateio. Contabilização dos custos de produção, o custo do produto vendido e a demonstração de resultado. Aplicação dos custos indiretos de fabricação. Custeio por Absorção. Custeio Variável (contabilização).
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Bibliografia Básica:
ASSEF, Roberto. Guia prático de formação de preços: aspectos mercadológicos, tributários, e financeiros para pequenas e médias empresas. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2006. 
BERNARDI, Luís Antonio. Manual de formação de preços: políticas, estratégias e fundamentos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007. 
PEREZ Jr., J. H. et al. Contabilidade de custos para não contadores. 4.ed. São Paulo: Atlas.2009.
 
Bibliografia Complementar:
BORNIA, Antonio Cezar. Análise Gerencial de Custos: aplicação em empresas modernas. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2006.
PEREZ Jr., J. H. et al. Gestão estratégica de custos. São Paulo: Atlas, 2008.
MEGLIORINI, Evandir. Custos: análise e gestão. 3. ed. São Paulo: Prentice Hall, 2011.
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Custos na estrutura organizacional
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 Custos na estrutura organizacional
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Custos na estrutura organizacional
A responsabilidade pelas atividades de custos depende do porte das empresas e da cultura de informações com que seus dirigentes trabalham. 
Costumeiramente empresas de médio e grande porte têm uma área responsável por essas atividades dentro da estrutura da Controladoria.
Quando o negócio não suporta uma estrutura dedicada exclusivamente à apuração de custos, algumas atividades podem ser executadas pelo contador e, em muitos casos, pelo proprietário (por exemplo, o cálculo de custos para formação de preço de venda).
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A contabilidade de custos pode se inserir no contexto da Contabilidade Financeira ou Gerencial, dependendo dos objetivos do usuário, conforme detalhado a seguir.
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Objetivos da apuração de custos
Avaliação dos estoques de produtos em processo e acabados (Balanço Patrimonial) e, consequentemente, apuração dos custos dos produtos vendidos (demonstração de resultados).
Auxílio no processo de tomada de decisão empresarial, gerando informação para:
 formação de preços de venda dos produtos ou serviços;
 descontinuidade de produtos não rentáveis ou incentivo ao incremento de venda de produtos de alta rentabilidade;
 produção interna vs. aquisição de terceiros de componentes ou serviços;
 mudanças em processos produtivos, visando redução de custos;
 etc.
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Objetivos da apuração de custos
Auxílio no processo de planejamento operacional, mediante a utilização de dados realizados no passado para projeção de resultados futuros.
Auxílio no processo de controle, gerando informações que permitam comparações de custos:
 reais e predeterminados;
 do período corrente com o de períodos anteriores;
 de um centro de custo com outro.
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Objetivos da apuração de custos
Contabilidade Financeira
Contabilidade Gerencial
Contabilidade de Custos
Sistema Orçamentário
Sistema de Informações Gerenciais
Fonte: Martins, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2003, pág. 22
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 Objetivos da apuração de custos
O arbitramento fiscal
 A empresa que não tem um sistema estruturado para avaliação dos estoques, não possui um “sistema integrado e coordenado à contabilidade”, para efeito de apuração do imposto de renda.
 Os estoques são avaliados por critérios arbitrados pelo fisco:
Produtos acabados – 70% do maior preço de venda no período base;
Produtos em processo – 56% do maior preço de venda no período ou 1 ½ vez o maior custo das matérias-primas adquiridas no período.
Como regra geral, esses critérios implicam antecipação do imposto devido. É a penalidade que o fisco impõe à empresa, pela inexistência de controles.
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 Custo, Despesa, Perda e Investimento
Custos 
São os recursos aplicados na produção de bens ou serviços.
Exemplos:
	- matéria-prima (ex: celulose, na fabricação do papel, ou papel e tinta, na fabricação de livros);
 	- mão-de-obra da área industrial (tanto de supervisão quanto aquela aplicada diretamente na fabricação do produto);
 	- depreciação e manutenção de máquinas da produção etc.
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 Custo, Despesa e Perda
Despesas
São os recursos consumidos para a obtenção de receitas. 
Exemplos: salários dos funcionários das áreas administrativas e comerciais, materiais de escritório, transporte dos produtos vendidos.
O “custo dos produtos vendidos” cuja denominação não é tecnicamente correta (mas a prática assim a consagrou), também se caracteriza como despesa, dado que consiste no montante necessário para a obtenção da respectiva receita. 
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Na prática, há alguns elementos cuja classificação em custo ou despesa não é tão objetiva quanto esperaríamos que fosse.
Por exemplo, os gastos do departamento médico, que atendem a funcionários administrativos e de produção, podem ser classificados como despesas administrativas integralmente ou compor os custos de produção.
Nestes casos, a relevância do item é fator preponderante para a decisão quanto ao tratamento a ser dado.
Uma vez adotado um critério, deve haver constância na sua aplicação, de forma a permitir a comparação dos dados gerados em períodos distintos.
 Custo, Despesa, Perda e Investimento
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Perda
Consiste no consumo anormal e involuntário de bens ou serviços, sem a correspondente obtenção de receita.
 Exemplos: danos causados por inundações, incêndios, paralisações por motivos de greve etc.
Os valores referentes às perdas são registrados diretamente no resultado do período, não compondo, portanto, o custo de produção.
 Custo, Despesa, Perda e Investimento
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Investimento
É todo o gasto em bens mantidos no ativo, visando a geração de benefícios em períodos futuros.
 Exemplos: estoques de materiais, aquisição de máquina, gastos pré-operacionais.
 Custo, Despesa, Perda e Investimento
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 Custos: período, produto acabado e vendido
Custos do período
São todos aqueles aplicados na produção do período (em geral, mês), independentemente do estágio de acabamento do produto ou de sua destinação (estoque ou venda).
Custo dos produtos acabados
É composto pelo somatório de todos os elementos necessários à obtenção do produto, independentemente do ciclo de produção ser superior a um período. Assim, produtos iniciados em períodos anteriores, cujos custos se caracterizavam como de produção em processo, são agregados ao equivalente custo do período de finalização do processo produtivo, para apuração do custo total.
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 Custos: período, produto acabado e vendido
Custo dos produtos vendidos
É composto pela soma de todos os custos incorridos na sua produção, que pode ter ocorrido no próprio período ou em um ou mais períodos precedentes.
Os custos de um produto que passa por todos os estágios pode ser, graficamente, ser assim representado:
Custo de produção do período
Custo de produção em processo
Custo de produto acabado
Custo do produto vendido
Balanço
Demonstrativo Resultado
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 Elementos dos custos de produção
Materiais Diretos
Matéria-prima e materiais de embalagem
Incorporam o valor dos materiais, além do custo de aquisição, todos os gastos necessários para sua colocação em condição de uso ou venda (no caso da empresa comercial), como: fretes, armazenagem, tarifas alfandegárias, imposto de importação etc.
Os impostos incidentes nas compras (IPI e ICMS), desde que recuperáveis, devem ser excluídos do
custo dos materiais, visto que a empresa, nestes casos, é mera intermediária entre o órgão arrecadador e o consumidor final. O imposto pago na aquisição do material é descontado do imposto cobrado na venda do produto.
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 Elementos dos custos de produção
Materiais Diretos
Os estoque de materiais (e também de produtos acabados) podem ser avaliados pelos seguintes critérios:
PEPS (ou FIFO) – Primeiro que Entra, Primeiro que Sai
Custo Médio
UEPS (ou LIFO) – Último que Entra, Primeiro que Sai
Legislação do Imposto de Renda não permite o uso do UEPS. Em épocas de aumento de preços, esse critério resulta em redução do lucro (e consequente postergação do IR).
A maioria das empresas adota o Custo Médio.
UEPS é o que mais se “aproxima” do custo de reposição, indicado para efeitos gerenciais.
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 Elementos dos custos de produção
Mão-de-obra Direta
“...é aquela relativa ao pessoal que trabalha diretamente sobre o produto em elaboração, sendo possível a averiguação de qual o tempo despendido e de quem executou o trabalho, sem necessidade de qualquer apropriação indireta ou rateio. Se houver qualquer tipo de alocação por meio de estimativa ou divisões proporcionais, desaparece a característica de ‘direta’.” (Martins, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2003, pág. 133)
Supervisores e gerentes de produção não são classificados como mão-de-obra direta quando atuam em mais de um produto.
 Além da remuneração contratual, integram o custo de mão-de-obra direta: encargos sociais, horas extras, férias, 13º. Salário e outros benefícios concedidos pela empresa.
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 Elementos dos custos de produção
 Custos indiretos de fabricação
São constituídos por todos os outros custos incorridos na produção e que não são classificados como materiais diretos ou mão-de-obra direta.
Dentre os mais relevantes destacamos:
Depreciação de máquinas, equipamentos e instalações industriais
Aluguéis
Energia elétrica
Manutenção
Materiais auxiliares de produção
Mão-de-obra indireta (supervisão e gerência)
Combustíveis
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 Custos Variáveis vs. Fixos
 Custos Variáveis
São proporcionais às quantidades produzidas no período; logo, quanto maior o volume de produção, maior é o custo variável total.
Unitariamente, os custos variáveis não oscilam em função do volume produzido.
Exemplos:
Matéria-prima
Embalagem
Materiais secundários de produção
Energia elétrica (ao menos uma parte)
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 Custos Variáveis vs. Fixos
 Custos Fixos
Independem das quantidades produzidas no período.
Quanto maior o volume de produção, menor é o custo unitário dos produtos, dado que há mais absorção dos custos fixos.
Exemplos:
Aluguéis
Mão-de-obra indireta
Depreciação
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 Custos Diretos vs. Indiretos
 Custos Diretos
São identificados aos produtos sem necessidade de rateio.
 Custos Indiretos
Requerem alguma base de rateio para serem distribuídos aos produtos.
Todo critério de rateio caracteriza-se, em maior ou menor grau, pela subjetividade e arbitrariedade.
Dependendo dos critérios adotados, os resultados apurados por produto podem oscilar, dificultando avaliações de desempenho.
Uma vez adotado um critério, com todas as imperfeições inerentes ao rateio, não deve alterado rapidamente, a fim de se manter a comparação das informações ao longo do tempo.
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 Departamentalização ou Centros de custos e de lucros
É a divisão da empresas em áreas distintas, de acordo com as atividades desenvolvidas em cada uma dessas áreas. Dependendo da nomenclatura utilizada nas empresas, essas áreas poderão ser chamadas de departamentos, setores, centros de custos ou centro de despesas.
 Centro de Custo
“É a menor fração de atividade ou área de responsabilidade para a qual é feita a acumulação de custos”. (Horngren, Contabilidade de Custos, um enfoque administrativo)
O estabelecimento de centros de custos é um meio e não um objetivo pra a apuração dos custos.
O centro de custo pode ou não corresponder a um componente da estrutura organizacional (departamento, seção, setor etc.)
 Centro de Lucro
Acumula-se as receitas , além dos custos, o que permite a apuração do resultado (lucro ou prejuízo).
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 Sistemas por Ordem e Processo
 Sistema de Acumulação de Custos por Ordem
Os custos são acumulados por lotes de produção, em produção por encomenda ou de projetos especiais.
Aplica-se em grande parte das empresas do segmento gráfico
 Sistema de Acumulação por Processo
Adequado a processos de produção contínua de produtos uniformes, em geral de grandes volumes e com permanente geração de estoque de produtos acabados.
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 Custeios por Absorção e Variável
 Método de Custeio por Absorção
São considerados todos os custos de produção: fixos e variáveis.
É o único método admitido pela legislação fiscal (para apuração do Imposto de Renda) e pela Lei das S.A.
 RKW (Reichskuratorium fur Wirtschaftlichtkeit)
Método originado na Alemanha para controle governamental dos preços, no início do século XX.
Além dos custos são somadas as despesas para valorização dos produtos.
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 Custeios por Absorção e Variável
 Método de Custeio por Absorção
Despesas
Custos
Estoque de
Produtos
Venda
Demonstração de Resultados
Receita
 CPV
Lucro Bruto
 Despesas
Lucro Operacional
Fonte: Martins, Eliseu. Contabilidade de Custos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2003, pág. 37
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todos os custos são apropriados aos produtos:
Capacidade.......: $ 100.000 un.;
Produção...........: $ 80.000 un.;
Custos fixos.......: $ 1.000.000;
Custos variáveis: $ 5/un.
custo unitário é $ 17,50 
(1.000.000 / 80.000 + $ 5,00)
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Separação entre custo e despesa
Apropriação dos custos diretos diretamente aos produtos
Rateio dos custos indiretos
processo de rateio dos custos indiretos
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Resultado
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Distorções no custeio dos produtos -rateios
Não mensuração dos custos da não-qualidade
Não segregação dos custos das atividades
Prof. Osni Hoss, Dr. – Gestão de Custos
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Prof. Osni Hoss, Dr. – Gestão de Custos
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 Margem de contribuição
 Receitas de venda
(-)
Custos variáveis de produção
(-)
Despesas variáveis de venda
=
Margem de contribuição
Significa o valor que contribuirá para absorver os custos fixos, portanto, se:
MC > custos fixos = Lucro
MC < custos fixos = Prejuízo
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13 Ponto de Equilíbrio (Break-even Point)
 No ponto de equilíbrio,
Receitas = Custos + Despesas Totais
Custos + Despesas Fixas
Margem de contribuição unitária
PE =
Para apurar o PE em quantidade, faz-se:
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14 Margem de Segurança
É a quantidade de vendas acima do ponto de equilíbrio
Para obter em % s cálculos são os seguintes:
Receita Realizada – Receita no PE
Receita Realizada
PE =
PE =
Qtdd vendida – Qtdd no PE
Qtdd no PE
 =

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