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01 Organização Administrativa

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1. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
	1.1 Em sentido amplo e em sentido estrito.
		1.1.1 Em sentido amplo: alcança órgãos que executam função política (fixação de políticas públicas) + órgãos que executam função administrativa (execução de políticas públicas).
		1.1.2 Em sentido estrito: somente órgãos que executam função administrativa (execução de políticas públicas).
	1.2 Em sentido formal, subjetivo ou orgânico e em sentido material, objetivo ou funcional.
		1.2.1 Em sentido formal, subjetivo ou orgânico: conjunto de órgãos e pessoas que o Direito considera como administração pública. Aqui se pergunta “quem realiza?”. É o critério adotado pelo ordenamento positivo brasileiro. Por exemplo, só se consideram entidades da Administração Indireta aquelas previstas no art. 37, XIX, CRFB/88 (autarquias, fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista).
		1.2.2 Em sentido material, objetivo ou funcional: conjunto de atividades próprias da administração pública. Aqui se pergunta “o que é realizado?”. Hodiernamente, temos como atividades próprias da administração pública:
Serviço público: prestações que representem comodidades para a população.
Polícia administrativa: restrições aos particulares com o fim de garantir o interesse público.
Fomento: incentivo à iniciativa privada, através de concessão de benefícios/incentivos fiscais.
Intervenção: desde a intervenção do Estado no mercado (art. 173, CRFB/88) até a intervenção na propriedade privada (por exemplo, desapropriação).
(CESPE_ABIN_2010_Oficial Técnico de Inteligência_Direito) A administração pública é caracterizada, do ponto de vista objetivo, pela própria atividade administrativa exercida pelo Estado, por meio de seus agentes e órgãos. 
(CESPE_PCES_2010_Delegado) Em sentido material ou objetivo, a administração pública compreende o conjunto de órgãos e pessoas jurídicas encarregadas, por determinação legal, do exercício da função administrativa do Estado. 
1.3 Organização administrativa.
		1.3.1 Entidades POLÍTICAS: integrantes da Federação brasileira (União, Estados, Distrito Federal e Municípios), decorrem da chamada descentralização política – é aquela que ocorre quando o ente descentralizado exerce atribuições próprias que não decorrem do ente central. Cada um desses entes locais detém competência legislativa própria que encontra seu fundamento na própria Constituição Federal. As atividades jurídicas que exercem não constituem delegação ou concessão do governo central, pois delas são titulares de maneira originária.
		Essas entidades possuem como característica marcante a autonomia política, que se divide em três elementos. A) Auto-organização (capacidade de elaboração da Constituição/Lei Orgânica). B) Autogoverno (capacidade de eleição de seus representantes). C) Autoadministração (capacidade de organização da máquina administrativa e prestação de seus serviços). 
		Entidades ADMINISTRATIVAS: integrantes da administração indireta, não possuem autonomia política, mas apenas autonomia administrativa, decorrem da chamada descentralização administrativa – é aquela que ocorre quando as atribuições que os entes descentralizados exercem só têm o valor jurídico que lhes empresta o ente central; suas atribuições não decorrem, com força própria, da Constituição, mas do poder central que as instituiu.
(FCC_TJ-PE_2012_AJ) Dentre as características da Administração Pública, é correto afirmar que esta 
(A) tem amplo poder de decisão, mesmo fora da área de suas atribuições, e com faculdade de opção política sobre qualquer matéria objeto da apreciação.
(B) não pode ser considerada uma atividade neutra, normalmente vinculada à lei ou à norma técnica, mas sim atividade política e discricionária.
(C) comanda os administrados com responsabilidade constitucional e política, mas sem responsabilidade profissional pela execução.
(D) é dotada de conduta independente, motivo pelo qual não tem cabimento uma conduta de natureza hierarquizada.
(E) não pratica atos de governo; mas pratica tão somente atos de execução, com maior ou menor autonomia funcional, segundo a competência do órgão e de seus agentes.
(CESPE_Câmara dos Deputados_2014_Analista Legislativo) A descentralização da administração pública será administrativa se o ente descentralizado tiver atribuições e competências não decorrentes das atribuições do ente central, como é o caso do governo do DF em relação à União. 
		1.3.2 Centralização X Descentralização X Desconcentração. 
		Na centralização, o Estado executa suas atividades diretamente, por meio dos órgãos e agentes presentes na Administração Direta.
		Já na descentralização, o Estado desempenha suas funções ou através da criação de uma nova pessoa jurídica (critério formal, art. 37, XIX, CRFB/88: autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista) ou através de particulares, via concessão ou permissão. Neste sentido, temos três tipos de descentralização:
Territorial ou geográfica: é a que se verifica quando uma entidade local, geograficamente delimitada, é dotada de personalidade jurídica própria, de direito público, com capacidade administrativa genérica. No Brasil, são exemplos os Territórios Federais.
CRFB/88
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
§ 2º - Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.
Outorga/ por serviços: quando o Poder Público, através de lei, cria uma pessoa jurídica integrante da Administração Indireta. Entende-se que são transferidas tanto a execução como a titularidade do serviço. Como exemplo, autarquias (inclusive os consórcios públicos), fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista
Delegação/por colaboração: quando o Poder Público, via contrato, transfere somente a execução de determinado serviço público. Aqui entram as concessionárias /permissionárias / autorizatárias de serviços públicos e as empresas sob controle acionário do poder público.
		A desconcentração representa uma técnica administrativa de distribuição interna de competências, resultando na criação de órgãos dentro da estrutura de uma mesma pessoa jurídica. Ou seja, ocorre tanto no âmbito da Administração Direta como nos entes da Administração Indireta. Criação de uma estrutura hierárquica, com subordinação entre os órgãos existentes. Existência de controle hierárquico. 
(CESPE_TREES_2010_AJAJ) A desconcentração mantém os poderes e as atribuições na titularidade de um mesmo sujeito de direito, ao passo que a descentralização os transfere para outro sujeito de direito distinto e autônomo, elevando o número de sujeitos titulares de poderes públicos. 
(CESPE_PCES_2010_Escrivão) Diferentemente da descentralização, em que a transferência de competências se dá para outra entidade, a desconcentração é processo eminentemente interno, em que um ou mais órgãos substituem outro com o objetivo de melhorar e acelerar a prestação do serviço público.
(FCC_PrefeituraSP_2012_Auditor Fiscal) A criação, pelo Município, de uma autarquia para desempenhar atividade especializada, consistente na gestão do regime previdenciário do servidor público, constitui exemplo de
(A) descentralização política, caso alcance servidores de outros poderes além do Executivo. 
(B) desconcentração, eis que se trata da criação de ente autônomo ao qual é atribuída a execução de atividade de titularidade do ente central.
(C) descentralização administrativa, também denominada por serviços, funcional ou técnica, sujeitando-se a autarquia à tutela do ente instituidor nos limites da lei.
(D) descentralização por colaboração, eis que envolve a transferência da titularidade de serviço ou atividade administrativa a outro ente, dotado de personalidade jurídica própria.
(E) desconcentração,também denominada delegação, correspondendo à transferência da execução da atividade ou serviço público, mantendo-se, contudo, a titularidade do ente instituidor.
		1.3.3) Órgãos Públicos.
			1.3.3.1) Teorias que explicam a relação do Estado com seus agentes.
			A) Teoria do mandato: agente é mandatário do Estado. Outorga de poderes, através de um contrato de direito privado (mandato). Críticas: o Estado não possui vontade própria. Logo, não pode ser mandante. Se o agente extrapolar os poderes conferidos, o Estado não será responsável.
			B) Teoria da representação: agente como representante de um incapaz. Equipara a pessoa jurídica a um incapaz. Se o agente extrapolar na sua atuação, o Estado não seria responsável.
			C) Teoria do órgão: adotada no Brasil. A pessoa jurídica manifesta-se por órgãos que integram sua estrutura. Elaborada por Otto Gierke. Imputação – o Agente é o próprio Estado.
			1.3.3.2) Conceito: unidade integrante da estrutura de uma pessoa jurídica da Administração Pública. Ou seja, há órgãos tanto na Administração Direta como na Indireta. Lei 9.784/99:
Art. 1o Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração.
§ 2o Para os fins desta Lei, consideram-se:
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta;
			1.3.3.3) Características: não possuem personalidade jurídica; Resultam do processo de “desconcentração”; sua atuação é imputada à pessoa jurídica à qual pertencem; não possuem capacidade processual. Exceção: órgãos independentes no exercício de suas prerrogativas constitucionais/institucionais.
(CESPE_ANTAQ_2014_Especialista) Os órgãos administrativos são pessoas jurídicas de direito público que compõem tanto a administração pública direta quanto a indireta. 
(CESPE_TCE-ES_2012_Auditor) De acordo com a teoria do órgão, a atuação da pessoa jurídica deve ser imputada ao agente — pessoa natural — integrante de sua estrutura. 
 (FCC_TJ-PE_2012_AJ) Em relação aos órgãos e agentes da Administração Pública é correto afirmar:
(A) a atuação dos órgãos não é imputada à pessoa jurídica que eles integram, mas tendo a prerrogativa de representá-la juridicamente por meio de seus agentes, desde que judiciais.
(B) a atividade dos órgãos públicos não se identifica e nem se confunde com a da pessoa jurídica, visto que há entre a entidade e seus órgãos relação de representação ou de mandato.
(C) os órgãos públicos são dotados de personalidade jurídica e vontade própria, que são atributos do corpo e não das partes porque estão ao lado da estrutura do Estado.
(D) como partes das entidades que integram os órgãos são meros instrumentos de ação dessas pessoas jurídicas, preordenados ao desempenho das funções que lhe forem atribuídas pelas normas de sua constituição e funcionamento.
(E) ainda que o agente ultrapasse a competência do órgão não surge a sua responsabilidade pessoal perante a entidade, posto não haver considerável distinção entre a atuação funcional e pessoal.
			1.3.3.4) Classificação dos órgãos públicos.
				A) Quanto à estrutura. Simples: apenas um centro de competência. Exercício de atribuições de maneira concentrada. Compostos: aqueles que, em sua estrutura, possuem outros órgãos, resultado este obtido através do processo de “desconcentração administrativa”. Ex: Ministérios. 
				B) Quanto à atuação funcional. Singulares: decisões concentradas em apenas um agente. Ex: Presidência da República. Colegiados: decisões resultantes da manifestação conjunta de seus membros. Ex: Conselho de contribuintes.
				C) Quanto à esfera de atuação. Centrais: são os órgãos que exercem suas atribuições em todo o território do ente político (União, Estados, DF e Municípios). Por exemplo, a Secretaria de Segurança Pública. Locais: são os órgãos que atuam sobre uma parte do território. Por exemplo, a Delegacia de Polícia.
				D) Quanto às funções. Ativos: são os órgãos que desempenham atividade administrativa ativa. Por exemplo, um Ministério. Consultivos: como o próprio nome diz, desempenham atividade consultiva. Por exemplo, o Conselho de Defesa Nacional. Controle: aqueles que efetuam controle sobre a atividade de outros órgãos/entidades. Por exemplo, Tribunais de Contas.
				E) Quanto à posição estatal. CLASSIFICAÇÃO MAIS IMPORTANTE!
Independentes: previstos na CRFB/88, encontram-se no topo da hierarquia, representam os três poderes da República e suas atribuições são exercidas por agentes políticos. Ex: Presidência da República, Câmara dos Deputados. 
Autônomos: hierarquicamente logo abaixo dos órgãos independentes, possuem ampla autonomia administrativa, financeira e técnica. Ex: Ministério da Justiça. 
Superiores: possuem atribuições de direção, controle e decisão. Reduzida autonomia administrativa e financeira. Ex: Departamento de Polícia Federal. 
Subalternos: exercem atribuições de mera execução, com poder decisório reduzido ou ausente. Ex: Setor de almoxarifado da Polícia Federal.
(CESPE_MPE-RR_2012_Promotor) Na classificação dos órgãos públicos segundo a posição estatal, consideram-se autônomos, sem subordinação hierárquica, os órgãos situados na cúpula da administração. 
 (FCC_TRF04_2009_AJEM) No que se refere aos órgãos públicos, é INCORRETO afirmar ser característica destes (algumas não presentes em todos), dentre outras, o fato de que
(A) não possuem personalidade jurídica e são resultado da desconcentração.
(B) podem firmar, por meio de seus administradores, contratos de gestão com outros órgãos.
(C) alguns possuem autonomia gerencial, orçamentária e financeira.
(D) não possuem patrimônio próprio, mas integram a estrutura da pessoa jurídica.
(E) têm capacidade para representar em juízo a pessoa jurídica que integram
(FCC_TRT-11_2012_AJAJ) Existem vários critérios de classificação dos órgãos públicos, tais como, os critérios de “esfera de ação”, “posição estatal”, “estrutura”, dentre outros. No que concerne ao critério “posição estatal”, as Casas Legislativas, a Chefia do Executivo e os Tribunais são órgãos públicos 
(A) autônomos.
(B) superiores.
(C) singulares.
(D) centrais.
(E) independentes.
		1.3.4 Criação e extinção de entidades da Administração Indireta.
CRFB/88
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Autarquia: lei cria e extingue.
Empresa Pública – Sociedade de Economia Mista: lei autoriza a instituição e a extinção.
Fundação Pública de Direito Público (fundação autárquica/autarquia fundacional): lei cria e extingue. Fundação Pública de Direito Privado(fundação governamental): lei autoriza a instituição e a extinção.
Lei 11.182/2005
Art. 1o Fica criada a Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC, entidade integrante da Administração Pública Federal indireta, submetida a regime autárquico especial, vinculada ao Ministério da Defesa, com prazo de duração indeterminado.
Lei 12.404/2011
Art. 2o Fica o Poder Executivo autorizado a criar empresa pública denominada Empresa de Transporte Ferroviário de Alta Velocidade S.A. - ETAV, vinculada ao Ministério dos Transportes, com prazo de duração indeterminado. 
A iniciativa para apresentação de projeto de lei para extinção das entidades da Administração Indireta é competência privativa do Presidenteda República (art. 61, §1º, II, “e”).
E a criação de subsidiárias?
CRFB/88
Art. 37.
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;
		A autorização não precisa ser específica. Ou seja, não precisa ser editada uma nova lei para cada subsidiária a ser criada. Basta uma autorização genérica na lei de criação da entidade da Administração Indireta (STF, ADI 1.649). Vejamos:
Lei 9.478/99
Art. 61. A Petróleo Brasileiro S.A. - PETROBRÁS é uma sociedade de economia mista vinculada ao Ministério de Minas e Energia, que tem como objeto a pesquisa, a lavra, a refinação, o processamento, o comércio e o transporte de petróleo proveniente de poço, de xisto ou de outras rochas, de seus derivados, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos, bem como quaisquer outras atividades correlatas ou afins, conforme definidas em lei.
Art. 65. A PETROBRÁS deverá constituir uma subsidiária com atribuições específicas de operar e construir seus dutos, terminais marítimos e embarcações para transporte de petróleo, seus derivados e gás natural, ficando facultado a essa subsidiária associar-se, majoritária ou minoritariamente, a outras empresas.
(CESPE_MS_2013_Analista) A criação de uma sociedade de economia mista pode ser autorizada, genericamente, por meio de dispositivo de lei cujo conteúdo específico seja a autorização para a criação de uma empresa pública. 
(FCC_TJ-RJ_2012_AJEM) Determinado Estado da Federação editou decreto alterando a gestão da previdência complementar dos servidores públicos do Estado e transferindo-a para autarquia especial criada no mesmo ato. A medida é 
(A) regular, na medida em que é obrigatório ao Estado disciplinar a previdência complementar dos servidores públicos não submetidos ao sistema único.
(B) regular, desde que a nova autarquia passe a gerir os recursos previdenciários dos servidores públicos admitidos após sua criação.
(C) irregular, tendo em vista que a delegação operada somente poderia ter sido feita para ente integrante da Administração Indireta.
(D) irregular, na medida em que a gestão de recursos previdenciários dos servidores não poderia ser delegada a outro ente, ainda que integrante da Administração Indireta.
(E) irregular, na medida em que a autarquia somente poderia ter sido criada por lei.
(FCC_TRT-11_2012_AJEM) Segundo a Constituição Federal, a instituição de fundação pública deve ser autorizada por
(A) ato administrativo emanado pelo Poder Público federal que, inclusive, definirá suas áreas de atuação.
(B) ato administrativo emanado pelo Poder Público municipal, do Município onde estiver localizada sua sede que, inclusive, definirá suas áreas de atuação.
(C) ato administrativo emanado pelo Poder Público estadual que, inclusive, definirá suas áreas de atuação.
(D) lei específica, cabendo à lei complementar definir suas áreas de atuação.
(E) decreto municipal, emitido pelo Prefeito do Município onde estiver localizada sua sede que, inclusive, definirá suas áreas de atuação.
		1.3.5 Ampliação da autonomia de órgãos e entidades da Administração Pública
CRFB/88
Art. 37.
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I - o prazo de duração do contrato;
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
III - a remuneração do pessoal."
(FCC_PrefeituraSP_2012_Auditor Fiscal) Determinada sociedade de economia mista municipal pretende ampliar sua autonomia gerencial, orçamentária e financeira. De acordo com a Constituição Federal, para tal finalidade, os administradores da entidade poderão
(A) firmar contrato de gestão com o poder público, tendo por objeto a fixação de metas de desempenho.
(B) solicitar a qualificação da empresa como agência executiva, mediante a apresentação de plano de metas e indicadores de desempenho.
(C) celebrar contrato de gestão com o poder público, passando a empresa a obter a qualificação de Organização Social - OS.
(D) celebrar contrato de programa com o poder público, para a execução de serviços públicos em regime de competição com a iniciativa privada.
(E) consorciar-se com entidade qualificada como Organização Social - OS, mediante a celebração de contrato de gestão, com a fixação de metas de desempenho.
1.3.6 Entidades da Administração Indireta
		A) Autarquia.
			1 – Criada por lei. Pessoa jurídica de direito público. Desempenham atividades TÍPICAS de Estado, despidas de caráter econômico! Regidas pelo PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE – só podem exercer aquelas atividades especificamente previstas em lei!
			2 – Origem de seu patrimônio: pode ter sido transferido pela Administração Direta ou adquirido diretamente. 
			2 – Classificação: comum, sob regime especial, fundacional, associação pública. 
				2.1 – A comum é aquela que se encaixa no regime jurídico geral das autarquias (DL 200/67). 
				2.2 –A ESPECIAL é aquela que possui características além do regime jurídico geral, como, por exemplo, processo especial de nomeação de dirigentes (ex: agências reguladoras, Lei 9.986/00, art. 5º). 
OBS: O tema agências reguladoras é muito cobrado nas provas! Seguem algumas características importantes do regime especial dessas agências:
- Nomeação da Diretoria através de sabatina do Legislativo: indicação do nome pelo Presidente da República com posterior aprovação do Senado Federal (art. 5º, Lei 9.986/00).
- Mandato fixo dos dirigentes: o prazo é definido na lei de criação da Agência (art. 6º, Lei 9.986/00).
- Perda do mandato de dirigente somente em hipóteses específicas: renúncia / condenação judicial transitada em julgado / processo administrativo disciplinar. Mas a lei de criação da Agência pode prever outras condições para a perda do mandato (art. 9º e § único, Lei 9.986/00).
- Quarentena dos diretores – tema que vai gerar polêmica! Vejamos o art. 8º da Lei 9.986/00 (Lei de recursos humanos das Agências Reguladoras):
Art. 8o O ex-dirigente fica impedido para o exercício de atividades ou de prestar qualquer serviço no setor regulado pela respectiva agência, por um período de quatro meses, contados da exoneração ou do término do seu mandato. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.216-37, de 2001)
A novíssima Lei 12.813/13, reguladora das situações de conflitos de interesses no Poder Executivo federal, publicada no D.O.U. de 17.05.2013, trouxe os seguintes artigos:
Art. 2o Submetem-se ao regime desta Lei os ocupantes dos seguintes cargos e empregos:
I - de ministro de Estado;
II - de natureza especial ou equivalentes;
III - de presidente, vice-presidente e diretor, ou equivalentes, de autarquias, fundações públicas, empresas públicas ou sociedades de economia mista; e (LEMBRANDO QUE AS AGÊNCIAS REGULADORAS BRASILEIRAS, APESAR DE NÃO SER OBRIGATÓRIA A CONSTITUIÇÃO DESTA FORMA, SÃO TODAS AUTARQUIAS!!!)
IV - do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 6 e 5 ou equivalentes.
Art. 6o Configura conflito de interesses após o exercício de cargo ou emprego no âmbito do Poder Executivo federal:
I - a qualquer tempo, divulgar ou fazer uso de informação privilegiada obtida em razão das atividades exercidas; e
II - no período de 6 (seis) meses, contado da data da dispensa, exoneração, destituição, demissão ou aposentadoria, salvo quando expressamente autorizado, conforme o caso, pela Comissão de Ética Pública ou pela Controladoria-Geral da União:
a) prestar, direta ou indiretamente, qualquer tipo de serviço a pessoa física ou jurídica com quem tenha estabelecido relacionamentorelevante em razão do exercício do cargo ou emprego;
b) aceitar cargo de administrador ou conselheiro ou estabelecer vínculo profissional com pessoa física ou jurídica que desempenhe atividade relacionada à área de competência do cargo ou emprego ocupado;
c) celebrar com órgãos ou entidades do Poder Executivo federal contratos de serviço, consultoria, assessoramento ou atividades similares, vinculados, ainda que indiretamente, ao órgão ou entidade em que tenha ocupado o cargo ou emprego; ou
d) intervir, direta ou indiretamente, em favor de interesse privado perante órgão ou entidade em que haja ocupado cargo ou emprego ou com o qual tenha estabelecido relacionamento relevante em razão do exercício do cargo ou emprego.
Art. 15. (VETADO).
Tudo estaria resolvido, se não fosse o veto ao art. 15, que trazia a seguinte redação:
Art. 15. Ficam revogados o art. 8º da Lei nº 9.986, de 18 de julho de 2000, o art. 16 da Medida Provisória nº 2.216-37, de 31 de agosto de 2001, e os arts. 6º e 7º da Medida Provisória nº 2.225-45, de 4 de setembro de 2001.
Ou seja, o prazo de quarentena seria, em todos os casos, de SEIS MESES! Entretanto, com o veto, haverá muita discussão aqui!
Para a sua prova: olhe para o enunciado da questão. Se perguntar sobre a quarentena “nos termos da Lei 9.986”, responda quatro meses. Se perguntar “nos termos da Lei 12.813”, responda seis meses!
Cumpre ressaltar que, para uma autarquia ser qualificada como agência reguladora, não é essencial a presença do nome “agência”, mas sim que possua um regime jurídico diferenciado! EX: CVM – Comissão de Valores Mobiliários.
				2.3 – A fundacional nada mais é que uma autarquia com nome de fundação (Ex: A UFRJ é uma autarquia; a UNIRIO é uma fundação. Logo, a UNIRIO é considerada uma autarquia fundacional/fundação autárquica). 
				2.4 – A associação pública é uma possibilidade de personificação do consórcio público (CRFB/88, art. 241 c/c Lei 11.107/05, art. 6º, §1º).
CRFB/88
Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados, autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos.
Lei 11.107/2005
Art. 6º O consórcio público adquirirá personalidade jurídica:
I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis de ratificação do protocolo de intenções;
II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil.
			3 – Patrimônio: bens públicos. 
			Impenhoráveis – a execução contra a Autarquia segue o art. 100 da CRFB/88 (precatório).
			Imprescritíveis – não cabe aquisição dos bens da autarquia por usucapião.
			Alienação condicionada – os bens só podem ser alienados se observados os critérios previstos em lei (no caso, Lei 8.666/93).
			4 – Regime de pessoal: RJU (Regime Jurídico Único). No âmbito da União, o RJU é o estatutário. Art. 39, CRFB/88. OBS: STF, ADI 2135.
			5 – Nomeação e exoneração de dirigentes: a forma está prevista na lei instituidora, que pode estabelecer a aprovação prévia do Senado Federal do nome escolhido pelo Presidente da República (CRFB/88, art. 84, XIV c/c art. 52, III, “f”). OBS: a lei NUNCA pode prever que a exoneração dependa de aprovação legislativa!
			6 – Foro competente. Se autarquia federal, Justiça Federal (CRFB/88, art. 109, I). Se for mandado de segurança contra autoridade da autarquia federal, também competência da Justiça Federal (art. 109, VIII). Autarquias estaduais e municipais: Justiça Estadual.
			7 – Privilégios processuais: 
				7.1 – prazo em quádruplo para contestar e em dobro para recorrer (Lei 5.869/73, art. 188); 
				7.2 – duplo grau obrigatório (Lei 5.869/73, art. 475); 
				7.3 – dispensa de depósito prévio em ação rescisória – só se houver lei garantindo esta possibilidade! Vejamos o Código de Processo Civil:
Art. 488. A petição inicial será elaborada com observância dos requisitos essenciais do art. 282, devendo o autor:
I - cumular ao pedido de rescisão, se for o caso, o de novo julgamento da causa;
II - depositar a importância de 5% (cinco por cento) sobre o valor da causa, a título de multa, caso a ação seja, por unanimidade de votos, declarada inadmissível, ou improcedente.
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no no II à União, ao Estado, ao Município e ao Ministério Público.
				Ou seja, não houver lei garantindo o benefício acima, a Autarquia deve realizar o depósito prévio! OBS: Salvo o INSS, que já possui dispensa do depósito prevista em lei! Há súmula do STJ:
Súmula 175: DESCABE O DEPOSITO PREVIO NAS AÇÕES RESCISORIAS PROPOSTAS PELO INSS.
				7.4 – representação em Juízo através de procuradores de carreira, dispensada a apresentação de instrumento de mandato (procuração):
Súmula 644/ STF: AO TITULAR DO CARGO DE PROCURADOR DE AUTARQUIA NÃO SE EXIGE A APRESENTAÇÃO DE INSTRUMENTO DE MANDATO PARA REPRESENTÁ-LA EM JUÍZO.
			8 – Prescrição quinquenal.
Decreto 20.910/32
Art. 1º - As Dividas Passivas Da União, Dos Estados E Dos Municípios, Bem Assim Todo E Qualquer Direito Ou Ação Contra A Fazenda Federal, Estadual Ou Municipal, Seja Qual For A Sua Natureza, Prescrevem Em Cinco Anos Contados Da Data Do Ato Ou Fato Do Qual Se Originarem.
Decreto-Lei 4.597/42
Art. 2º O Decreto nº 20.910, de 6 de janeiro de 1932, que regula a prescrição qüinqüenal, abrange as dívidas passivas das autarquias, ou entidades e órgãos paraestatais, criados por lei e mantidos mediante impostos, taxas ou quaisquer contribuições, exigidas em virtude de lei federal, estadual ou municipal, bem como a todo e qualquer direito e ação contra os mesmos.
			9 – Imunidade tributária.
CRFB/88
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
			OBS: esta garantia afasta a cobrança de impostos, mas não de outros tributos, como taxas e contribuições!
			
			10 – Responsabilidade civil.
O Artigo 37, §6°, CRFB/88.
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
	Consagração da teoria do risco administrativo – responsabilidade objetiva. Aqui são alcançados somente os danos causados por ação. Eventual responsabilidade por omissão administrativa será, em regra, regulada pela teoria da culpa administrativa.
	OBS1: a questão da ausência de responsabilidade das prestadoras de serviços públicos a terceiros não-usuários do serviço já foi superada pelo STF. Vejamos:
EMENTA: CONSTITUCIONAL. RESPONSABILIDADE DO ESTADO. ART. 37, § 6º, DA CONSTITUIÇÃO. PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO PRESTADORAS DE SERVIÇO PÚBLICO. CONCESSIONÁRIO OU PERMISSIONÁRIO DO SERVIÇO DE TRANSPORTE COLETIVO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA EM RELAÇÃO A TERCEIROS NÃO-USUÁRIOS DO SERVIÇO. RECURSO DESPROVIDO. I - A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é objetiva relativamente a terceiros usuários e não-usuários do serviço, segundo decorre do art. 37, § 6º, da Constituição Federal. II - A inequívoca presença do nexo de causalidade entre o ato administrativo e o dano causado ao terceiro não-usuário do serviço público, é condição suficiente para estabelecer a responsabilidade objetiva da pessoa jurídica de direito privado. III - Recurso extraordináriodesprovido. STF, RE 591.874/MS, Tribunal Pleno, julgamento 26.08.2009. 
	OBS2: a responsabilidade civil da autarquia não exclui o dever subsidiário do Estado que a instituiu de reparar os danos! Vejamos o STJ:
ADMINISTRATIVO – RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO – ACIDENTE DE TRÂNSITO – DANO MATERIAL – RESPONSABILIDADE DA AUTARQUIA – RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA DO ESTADO. A Jurisprudência desta Corte considera a autarquia responsável pela conservação das rodovias e pelos danos causados a terceiros em decorrência da má conservação, contudo remanesce ao Estado a responsabilidade subsidiária. STJ, REsp 875.604, Segunda Turma, julgamento 09.06.2009.
 (CESPE_ANTAQ_2014_Analista) O poder normativo das agências reguladoras, cujo objetivo é atender à necessidade crescente de normatividade baseada em questões técnicas com mínima influência política, deve estar amparado em fundamento legal. 
(CESPE_ANTAQ_2014_Analista) Embora as autarquias não estejam hierarquicamente subordinadas à administração pública direta, seus bens são impenhoráveis e seus servidores estão sujeitos à vedação de acumulação de cargos e funções públicas. 
(FCC_TRT23_2011_AJEM) Analise as características abaixo.
I. Personalidade jurídica de direito público.
II. Criação por lei.
III. Capacidade de autoadministração.
IV. Especialização dos fins ou atividades.
V. Sujeição a controle ou tutela.
Trata-se de
A) empresa pública.
B) fundação.
C) autarquia.
D) sociedade de economia mista.
E) órgão público.
			11 – Agências Executivas
Lei 9.649/98
Art. 51. O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autarquia ou fundação que tenha cumprido os seguintes requisitos:
        I - ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento;
        II - ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor.
        § 1o A qualificação como Agência Executiva será feita em ato do Presidente da República.
        § 2o O Poder Executivo editará medidas de organização administrativa específicas para as Agências Executivas, visando assegurar a sua autonomia de gestão, bem como a disponibilidade de recursos orçamentários e financeiros para o cumprimento dos objetivos e metas definidos nos Contratos de Gestão.
(FCC_TST_2012_AJAJ) Uma pessoa jurídica que se enquadre no conceito de autarquia
(A) é essencialmente considerada um serviço autônomo.
(B) deve necessariamente possuir um regime jurídico especial.
(C) terá garantia de estabilidade de seus dirigentes.
(D) subordina-se hierarquicamente a algum Ministério, ou órgão equivalente no plano dos demais entes federativos.
(E) não integra a Administração Indireta.
(FCC_TRT-20_2012_Juiz) De acordo com a normatização federal que disciplina a matéria, agência executiva é
(A) fundação pública, constituída por lei sob regime especial que lhe confere autonomia administrativa, orçamentária e financeira.
(B) entidade criada por lei, com autonomia administrativa, orçamentária e financeira, para exercer poder de polícia.
(C) autarquia de regime especial, estabelecido na lei instituidora, com competência institucional para regular atividade econômica ou serviço público prestado sob regime de concessão ou permissão.
(D) a qualificação conferida, por decreto governamental, a empresas públicas ou fundações governamentais, para ampliação da autonomia administrativa, orçamentária e financeira.
(E) a qualificação dada à autarquia ou fundação que celebre contrato de gestão com o respectivo Ministério supervisor e que tenha plano estratégico de reestruturação e desenvolvimento institucional para melhoria da qualidade de gestão e redução de custos.
(FCC_TRF-02_2012_Técnico) É certo que o patrimônio inicial da autarquia é formado a partir
(A) da transferência de bens móveis e imóveis do ente federado que a tenha criado.
(B) dos bens móveis e imóveis adquiridos especificamente para tal finalidade.
(C) da transferência exclusiva de bens dominicais pertencentes ao órgão público responsável por sua instituição.
(D) do ato de desapropriação de bens móveis e imóveis expedido pelo ente da federação responsável por sua criação.
(E) da requisição de bens móveis e imóveis pertencentes a outros órgãos públicos da respectiva administração pública.
		B) Fundação Pública.
			1 – Se Fundação Pública de Direito Público, lei cria – neste caso, é chamada de FUNDAÇÃO AUTÁRQUICA. 
			Se Fundação Pública de Direito Privado, lei autoriza criação – neste caso, é chamada de FUNDAÇÃO GOVERNAMENTAL.
Decreto-Lei 200/67
Art. 5º Para os fins desta lei, considera-se:
IV - Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes.
§ 3º As entidades de que trata o inciso IV deste artigo adquirem personalidade jurídica com a inscrição da escritura pública de sua constituição no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, não se lhes aplicando as demais disposições do Código Civil concernentes às fundações. (Incluído pela Lei nº 7.596, de 1987)
			2 – Conceito: personificação de um patrimônio, finalidade não-lucrativa, atividade de cunho social.
			3 – Quando a CRFB/88 fala “fundação pública”, a regra é aplicada tanto para a fundação pública de direito público como para a fundação pública de direito privado.
			4 – Às Fundações Públicas, sejam de direito público ou de direito privado, não se aplica o controle exercido pelo Ministério Público, como ocorre em relação às fundações privadas.
			5 – Foro competente: fundação pública de direito público federal – como possui natureza de autarquia, aplica a regra do art. 109, I, CRFB/88. Se fundação pública de direito privado, justiça estadual. OBS: STJ, CC 37.681, julgado em 27.08.2003 (Fundação Habitacional do Exército).
			6 – Prescrição quinquenal, imunidade tributária e responsabilidade civil: mesma regra das autarquias.
 (CESPE_CPRM_2013_Direito) A figura do instituidor, que faz a doação patrimonial; o objeto, consistente em atividades de interesse social; e a ausência de fins lucrativos constituem elementos essenciais no conceito de fundação pública. 
(FCC_TRT24_2011_AJEM) São características das autarquias e fundações públicas:
A) Processo especial de execução para os pagamentos por elas devidos, em virtude de sentença judicial; Impenhorabilidade dos seus bens.
B) Imunidade tributária relativa aos impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes; Prazos simples em juízo.
C) Presunção de veracidade, imperatividade e executoriedade dos seus atos; Não sujeição ao controle administrativo.
D) Prazos dilatados em juízo; Penhorabilidade dos seus bens.
E) Processo de execução regido pelas normas aplicáveis aos entes privados; Imunidade tributária relativa aos impostos sobre o patrimônio, renda ou serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
(FCC_DPE-SP_2012_Defensor) As fundações de direito público, também denominadas autarquias fundacionais, são instituídas por meio de lei específica e
(A) seus agentes não ocupam cargo público e não há responsabilidade objetiva por danos causados a terceiros.
(B) seus contratos administrativos devem ser precedidos de procedimento licitatório, na forma da lei.
(C) seus atos constitutivos devem ser inscritos junto ao Registro Civil das Pessoas Jurídicas, definindo as áreas de sua atuação.
(D) seus atos administrativos não gozam de presunção de legitimidade e não possuem executoriedade.
(E) seu regime tributário é comum sobre o patrimônio, a renda e os serviços relacionados às suas finalidades essenciais.
		C)Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista.
			1 – As diferenças entre empresa pública e sociedade de economia mista são meramente formais. Não há diferença quanto ao objeto ou área de atuação. São instituídas para exploração de atividade econômica (CRFB/88, art. 173) ou para a exploração de serviços públicos (CRFB/88, art. 175).
			2 – Regime jurídico: são entidades de natureza híbrida. Formalmente, são pessoas jurídicas de direito privado, mas recebem a influência de normas de direito público. Se exploram atividade econômica em regime de concorrência, há predominância de normas de direito privado (Ex: Petrobrás, CEF, BB). Se exploram serviços públicos, há predominância de normas de direito público (Ex: ECT, Infraero).
			3 – Benefícios fiscais.
CRFB/88
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
§ 2º - As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor privado.
			Ou seja, se for empresa pública ou sociedade de economia mista exploradora de atividade econômica em regime de concorrência (CRFB/88, art. 173), não cabe a estipulação de benefícios fiscais. O mesmo não ocorre para aquelas que exploram serviços públicos.
			4 – Imunidade tributária recíproca: STF entende que se for empresa pública ou sociedade de economia mista prestadora de serviços públicos há incidência de imunidade recíproca. Cumpre ressaltar que essa questão está, neste momento, sendo discutida no STF! Foi reconhecida repercussão geral no tema, em relação ao Recurso Extraordinário com Agravo 643.686, publicado em 06.05.2013! Vejamos os trechos relevantes da ementa:
REPERCUSSÃO GERAL. TRIBUTÁRIO. IPTU. EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS (ECT). IMUNIDADE RECÍPROCA (ART. 150, VI, A, CF). RELEVÂNCIA ECONÔMICA SOCIAL E JURÍDICA DA CONTROVÉRSIA. RECONHECIMENTO DA EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO. PRECEDENTES DA CORTE. RECONHECIMENTO DA IMUNIDADE RECÍPROCA. RATIFICAÇÃO DO ENTENDIMENTO. POSSIBILIDADE. APLICAÇÃO DO PROCEDIMENTO DA REPERCUSSÃO GERAL (ART. 543-B, CPC).
1. Perfilhando a cisão estabelecida entre prestadoras de serviço público e exploradoras de atividade econômica, esta Corte sempre concebeu a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos como uma empresa prestadora de serviços públicos de prestação obrigatória e exclusiva do Estado. Precedentes.
(...)
4. No julgamento da citada ACO nº 765/RJ, em virtude de se tratar, como no presente caso, de imunidade tributária relativa a imposto incidente sobre a propriedade, entendeu a Corte, quanto ao IPVA, que não caberia fazer distinção entre os veículos afetados ao serviço eminentemente postal e o que seria de atividade econômica.
5. Na dúvida suscitada pela apreciação de um caso concreto, acerca de quais imóveis estariam afetados ao serviço público e quais não, não pode ser sacrificada a imunidade tributária do serviço público, sob pena de restar frustrada a integração nacional.
6. Mesmo no que concerne a tributos cuja materialidade envolva a própria atividade da ECT, tem o Plenário da Corte reconhecido a imunidade tributária a essa empresa pública, como foi o caso do ISS, julgado no RE nº 601.392/PR, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, redator para acórdão o Ministro Gilmar Mendes, julgado em 1/3/13.
7. Manifesto-me pela existência de repercussão geral da matéria constitucional e pela ratificação da pacífica jurisprudência deste Tribunal sobre o assunto discutido no apelo extremo e, em consequência, conheço do agravo, desde já, para negar provimento ao recurso extraordinário.
			Informe-se, ainda, que o STF já reconheceu a imunidade tributária recíproca para a INFRAERO (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) e para a CODESP (Companhia Docas do Estado de São Paulo), conforme julgados abaixo:
RECURSO. Extraordinário. Imunidade tributária recíproca. Extensão. Empresas públicas prestadoras de serviços públicos. Repercussão geral reconhecida. Precedentes. Reafirmação da jurisprudência. Recurso improvido. É compatível com a Constituição a extensão de imunidade tributária recíproca à Empresa Brasileira de Infraestrututa Aeroportuária – INFRAERO, na qualidade de empresa pública prestadora de serviço público. STF, ARE 638.315, Rel. Min Presidente, julgamento em 09.06.2011.
EMENTA: TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE RECÍPROCA. SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA CONTROLADA POR ENTE FEDERADO. CONDIÇÕES PARA APLICABILIDADE DA PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL. ADMINISTRAÇÃO PORTUÁRIA. COMPANHIA DOCAS DO ESTADO DE SÃO PAULO (CODESP). INSTRUMENTALIDADE ESTATAL. ARTS. 21, XII, f, 22, X, e 150, VI, a DA CONSTITUIÇÃO. DECRETO FEDERAL 85.309/1980. 1. IMUNIDADE RECÍPROCA. CARACTERIZAÇÃO. STF, RE 253.772, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 25.08.2010.
			5 – Licitação: somente para atividade-meio, não aplica para atividade-fim.
			Quanto às prestadoras de serviços públicos, seguem as regras gerais de licitação (Lei. 8666/93). Já aquelas que exercem atividade econômica podem ter um regime especial – ainda não instituído até hoje – conforme previsão da CRFB/88. Vejamos:
Art. 173. 
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração pública;
			6 – Responsabilidade civil: se prestadoras de serviço público, entram no art. 37, §6º, da Constituição Federal.
CRFB/88
Art. 37.
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
			7 – Regime de pessoal: emprego público; necessidade de concurso público (CRFB/88, art. 37, II); não há estabilidade (CRFB/88, art. 41); teto remuneratório (CRFB/88, art. 37, XI) – só para empresa pública e sociedade de economia mista que receba dinheiro do orçamento para custeio do pessoal (CRFB/88, art. 37, §9º); conflitos da relação de trabalho são julgados pela Justiça do Trabalho (CRFB/88, art. 114, I).
			OBS: conforme recente julgado do STF, a dispensa dos empregados deve ser motivada! Vejamos:
EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS – ECT. DEMISSÃO IMOTIVADA DE SEUS EMPREGADOS. IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE MOTIVAÇÃO DA DISPENSA. RE PARCIALEMENTE PROVIDO. I - Os empregados públicos não fazem jus à estabilidade prevista no art. 41 da CF, salvo aqueles admitidos em período anterior ao advento da EC nº 19/1998. Precedentes. II - Em atenção, no entanto, aos princípios da impessoalidade e isonomia, que regem a admissão por concurso público a dispensa do empregado de empresas públicas e sociedades de economia mista que prestam serviços públicos deve ser motivada, assegurando-se, assim, que tais princípios, observados no momento daquela admissão, sejam também respeitados por ocasião da dispensa. III – A motivação do ato de dispensa, assim, visa a resguardar o empregado de uma possível quebra do postulado da impessoalidade por parte do agente estatal investido do poder de demitir. IV - Recurso extraordinário parcialmente provido para afastar a aplicação, ao caso, do art. 41 da CF, exigindo-se, entretanto, a motivação para legitimar a rescisão unilateral do contrato de trabalho. STF, RE 589.998, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 20.03.2013.
			8 – Dirigentes: nomeação compete ao Chefe do Executivo. STF já disse que não cabe exigir aprovação do Legislativo, mesmo que a empresa pública ou a sociedade de economia mista preste serviçospúblicos.
			9 – Patrimônio: os bens são privados. Entretanto, se os bens estiverem atrelados ao serviço público, são impenhoráveis, pela incidência do princípio da continuidade dos serviços públicos.
			10 – Cabimento de mandado de segurança contra ato praticado por EP/SEM: somente quando exercerem funções delegadas do Poder Público! Ex: Súmula 333 STJ - Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação. 
			Não cabe contra os chamados “atos de gestão comercial” – Lei 12.016/09, art. 1º, §2º: Não cabe mandado de segurança contra os atos de gestão comercial praticados pelos administradores de empresas públicas, de sociedade de economia mista e de concessionárias de serviço público.
			11 – EP/SEM não estão sujeitas à falência! Lei 11.101, art. 2º, I: Art. 2o Esta Lei não se aplica a: I – empresa pública e sociedade de economia mista;
			12 – Diferenças:
	
	Empresa Pública
	Sociedade de Economia Mista
	Forma Jurídica
	Qualquer uma admitida em Direito. OBS: Empresa Pública UNIPESSOAL
	Somente Sociedade Anônima
	Composição do capital
	Só estatal. OBS: DL 900/69, Art5º
	Público + Privado, com controle estatal.
	Foro processual
	Se federal, Justiça Federal (CRFB/88, art. 109, I). Se estadual ou municipal, Justiça Estadual
	Federal, estadual e municipal: Justiça Estadual
Decreto-Lei 900/69
Art. 5º Desde que a maioria do capital volante permaneça de propriedade da União, será admitida, no capital da Empresa Pública (artigo 5º inciso II, do Decreto-Lei nº 200, de 25 de fevereiro de 1967), a participação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da Administração Indireta da União, dos Estados Distrito Federal e Municípios.
(FCC_TRT-02_2014_AJAJ) A propósito de semelhanças ou distinções entre as empresas públicas e as sociedades de economia mista sabe-se que,
(A) as empresas públicas submetem-se integralmente ao regime jurídico de direito público, na medida em que seu capital é 100% público, enquanto as sociedades de economia mista podem se submeter ao regime jurídico de direito privado, caso a participação privada no capital represente maioria com poder de voto.
(B) as sociedades de economia mista admitem participação privada em seu capital, enquanto as empresas públicas não; ambas se submetem ao regime jurídico típico das empresas privadas, embora possam ter que se submeter à regra de exigência de licitação para contratação de bens e serviços.
(C) as duas pessoas jurídicas de direito público integram a Administração indireta e podem ser constituídas sob quaisquer das formas disponíveis às empresas em geral, distinguindo-se pela composição do capital, 100% público nas sociedades de economia mista e com participação privada empresas públicas.
(D) as duas pessoas jurídicas de direito público submetem-se ao regime jurídico de direito privado, com exceção à forma de constituição, na medida em que são criadas por lei específica, enquanto as empresas não estatais são instituídas na forma da legislação societária vigente.
(E) ambas submetem-se ao regime jurídico de direito público, não se lhes aplicando, contudo, algumas normas, a fim de lhes dar celeridade e competitividade na atuação, tal como a lei de licitações e a realização de concurso público para contratação de seus servidores.
(CESPE_MI_2013_Analista) Nas empresas públicas e sociedades de economia mista, não existem cargos públicos, mas somente empregos público
(CESPE_AGU_2013_Procurador) Caso um particular ajuíze ação sob o rito ordinário perante a justiça estadual contra o Banco do Brasil S.A., na qual, embora ausente interesse da União, seja arguida a incompetência do juízo para processar e julgar a demanda, por se tratar de sociedade de economia mista federal, a alegação de incompetência deverá ser rejeitada, mantendo-se a competência da justiça estadual.

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