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Constituição de milícia privada Art. 288-A. Constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar, milícia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes previstos neste código; Pena: reclusão, de 4 a 8 anos. Tipo objetivo: Este dispositivo foi introduzido pela lei 12.720/12. Também traz uma associação de pessoas com a finalidade específica de cometer crimes. Por expressa previsão legal, entretanto, só se configura se a intenção for a de cometer crimes do código penal. Se a milícia visar o cometimento de crimes de lei especial, o enquadramento será no crime de associação criminosa. O dispositivo se refere às milícias privadas que se unem para prestar serviços de segurança em certa localidade e que, nesta condição praticam diversos crimes como roubo, extorsão, etc. O aspecto que diferencia o delito de milícia privada do crime de associação criminosa é a sua forma de atuação. Nas milícias, um grupo de pessoas previamente organizado toma, mediante violência e ameaça, determinado território e passa a atuar de forma ostensiva, fazendo as vezes de polícia preventiva. Condutas típicas: >Constituir: criar, fundar; >organizar: estruturar, estabelecer bases para o funcionamento; >integrar: unir-se às atividades do grupo, fazer parte da milícia; >manter: após a constituição, colaborar para que prossiga em suas atividades; >custear: colaborar financeiramente para a existência da organização. Haverá concurso matéria entre os crimes de constituição de milícia privada com os delitos efetivamente praticados pelos integrantes do grupo. A doutrina entende, pela posição geográfica ao lado do delito de associação criminosa, que o número mínimo para a formação de uma milícia privada é de três pessoas. Sujeito ativo: qualquer pessoa (crime comum). Não há como requisito a exigência de que seja policial. Sujeito passivo: qualquer pessoa. Consumação: se dá com a constituição da milícia. Trata-se de crime permanente e exige estabilidade, ou seja, intenção de agir de forma reiterada. Ação penal: pública incondicionada.